Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Relatório Lac3

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 21

Letícia Alves da Cunha

Relatório LAC3
Parasitologia

Bauru
2024
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

1.1 Protozoários

1.2 Helmintos

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 DIA 1: Método direto, método de sedimentação e análise de lâmina

2.2 DIA 2: Análise de lâminas

2.3 DIA 3: Método de flutuação, giardíase e leitura de lâmina

2.4 DIA 4: Método de RUGAI, estrongiloidíase, Ancilostomíase e leitura


de lâmina

2.5 DIA 5: Leishmaniose e leitura de lâmina

2.6 DIA 6: Extração de DNA nas fezes

2.7 DIA 7: Leitura de DNA em gel de agarose na eletroforese

2.8 DIA 8: Kato katz, esquistossomose e leitura de lâmina

2.9 DIA 9: Malária e leitura de lâmina

3. CONSIDERAÇOES FINAIS

4. BIBLIOGRAFIA

1. INTRODUÇÃO
A parasitologia estuda uma relação ecológica desarmônica (unilateral) entre
seres de espécies diferentes, onde um busca suprir as suas necessidades
metabólicas em outro, causando danos (nem sempre visíveis e/ ou
significativos). Existem parasitos monóxenos (que possuem apenas um
hospedeiro para completar seu ciclo) e heteróxenos (que possuem dois ou
mais hospedeiros para completar seu ciclo).
Apesar dos vírus, algumas bactérias e alguns fungos também são parasitas,
mas estes são estudados em microbiologia. A ciência da parasitologia estuda
apenas dois grupos de seres vivos: os protistas e os Animais, com os
Helmintos (Filos Platyhelminthes e Nematoda).

1.1 Protozoários
Protozoários são seres unicelulares, que medem entre 0,01 e 0,05 mm, mas
que podem chegar a 0,5 mm. Apresentam formas variadas e estratégias de
mobilidade especializadas, característica esta utilizada para classificá-los. São
formados por uma única célula que, para sobreviver, realiza todas as funções
mantenedoras da vida. Cada organela apresenta uma função que é vital para a
sua sobrevivência. Para sobreviver, podem ser filtradores, predadores,
mutualistas ou parasitas (que são as formas que nos interessam neste estudo).
Saber suas estratégias de reprodução é importante para que se possa
entender os seus ciclos de vida, onde se encaixam as fases de infecção (ou
infestação) e parasitismo em outros seres vivos. Protozoários podem se
reproduzir assexuadamente, principalmente por cissiparidade (divisão binária)
ou por brotamento. Estas estratégias possibilitam um rápido crescimento de
suas populações, inclusive dentro de seus hospedeiros. Também podem se
reproduzir sexuadamente, por conjugação ou fecundação. Estas estratégias
aumentam a variabilidade genética de suas populações, o que dificulta o seu
combate.
Algumas espécies de protozoários, dependendo da situação, podem adotar
estratégias fisiológicas distintas, que lhes permitem sobreviver a adversidades:
podem estar ativos, alimentando-se, reproduzindo na fase que chamamos de
trofozoíto ou podem adotar uma forma resistente e/ou inativa, que chamamos
de cisto. Quanto à morfologia, apresentam grandes variações, podendo ser
esféricos, ovais ou mesmo alongados. Seus corpos podem ser recobertos por
cílios ou flagelos, que utilizam como estruturas de locomoção. Além destas,
podem se mover por membranas ondulantes, cirros, pseudópodes, ou ainda,
não apresentar nenhuma estrutura de locomoção. Estas características são
utilizadas para classificar os protozoários em quatro grupos distintos: ciliados,
flagelados, ameboides e esporozoários.
Quatro filos de protozoários são de interesse para a parasitologia humana:
Trypanosomatidae (Leishmania brasiliensis, Leishmania chagasi e
Trypanosoma cruzi), Trichomonididae (Trichomonas vaginalis), Hexamitidae
(Giardia lamblia) e Entamoebidae (E. histolytica, E. Coli e E. díspar).

1.2 Helmintos
São multicelulares e possuem sistemas de órgãos complexos. Os helmintos
podem ser divididos ainda em: vermes cilíndricos (nematódeos) ou vermes
achatados (platelmintos), como tênias (cestódios) e fascíolas (trematódeos).
Em contraste aos protozoários, os helmintos não se multiplicam em seres
humanos, mas podem provocar respostas eosinofílicas quando migram através
do tecido. A maioria dos helmintos possui ciclos de vida complexos que
envolvem tempo significativo fora de seus hospedeiros humanos. Alguns,
incluindo Strongyloides stercoralis, Capillaria philippinensis e Hymenolepis
nana, que podem aumentar por causa de autoinfecção. Na estrongiloidíase, a
autoinfecção pode resultar em hiperinfecções disseminadas com risco de vida
em pessoas imunossuprimidas, em particular aqueles que tomam corticoides.
A gravidade das infecções helmínticas geralmente correlaciona-se com a carga
parasitária, que depende do grau de exposição ambiental, de fatores do
parasita e das respostas imunes do hospedeiro determinadas geneticamente.
Nematódeos são vermes cilíndricos, não segmentados, cujo comprimento varia
de 1 mm a 1 m. Os nematódeos possuem uma cavidade corpórea, o que os
distingue de tênias e trematódeos. Dependendo da espécie, diferentes estágios
no ciclo de vida são infecciosos ao ser humano. Milhões de pessoas são
infectadas por nematódeos que habitam a flora intestinal e são transmitidos por
ovos ou larvas nas fezes. Os mais comuns são Ascaris lumbricoides
(ascaridíase), Ancilostoma duodenales e Necator americanos
(ancilostomíase), Trichuris Trichiura (tricuríase) e Strongyloides Stercorallis
(estrongiloidíase).
Cestódios (tênias) adultos são vermes longos e planos multissegmentados que
não possuem trato digestório e absorvem nutrientes diretamente do intestino
delgado do hospedeiro. No trato digestório do hospedeiro, os cestódeos
adultos podem crescer muito; até 40 m para uma das espécies. As tênias que
infectam seres humanos são a tênia do peixe (Diphyllobothrium latum), a tênia
da carne (Taenia saginata) e a tênia da carne de porco (Taenia solium).
Trematódeos são vermes não segmentados que infectam os vasos
sanguíneos, fígado, pulmões ou trato gastrointestinal. Geralmente têm não
mais que alguns centímetros de comprimento; no entanto, alguns têm apenas 1
mm, e alguns até 7 cm. Em seres humanos, a maioria das infecções por
trematódeos é causada por espécies de Schistosoma (esquistossomose),
vermes no fígado como Fasciola hepatica (fasciolíase) e Clonorchis
sinensis (clonorquíase) e vermes pulmonares, incluindo certas espécies
de Paragonimus (paragonimíase).
Infecções parasitárias devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de
síndromes clínicas apresentadas por moradores ou viajantes que se
locomovem para áreas onde condições sanitárias e de higiene são precárias,
ou onde doenças transmitidas por vetor são endêmicas. O diagnóstico das
infecções parasitárias era feito pela identificação de ovos, larvas ou parasitas
adultos nas fezes, sangue, tecidos ou outras amostras, ou pela presença de
anticorpos no sangue, mas atualmente cada vez mais o diagnóstico é feito pela
identificação de antígenos parasitários ou testes moleculares para o DNA do
parasita.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 DIA 1

 Método direto:
Objetivo: Indicado para pesquisar trofozoítos de protozoários em fezes
diarreicas recém-emitidas (máximo 30 minutos após a coleta).
Observação: Não se utiliza conservantes e em casos de fezes formadas deve-
se fazer homogeneização. Válido somente para fezes frescas e possibilidade
de falso-negativo.
Técnica:
1-Colocar duas a três gotas de salina a 0,85% em uma lâmina de vidro.
2-Tocar um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena
porção para a lâmina de microscopia.
3-Espalhar as fezes, fazendo um leve esfregaço.
4- Ler em microscópio óptico na objetiva de 10X e 40X. Pode-se corar a lâmina
para encontrar outras formas parasitárias, como cistos de protozoários ou
larvas de helmintos, para isso basta adicionar 1 gota de Lugol.

 Método de sedimentação:
Objetivo: Diagnosticar ovos pesados e larvas de helmintos, dependendo da
carga parasitaria consegue-se encontrar cistos também.
Técnica de sedimentação espontânea de Hoffman
1- Colocar aproximadamente 2g de fezes em um copo plástico descartável,
com cerca de 5 ml de água e dissolver com auxílio de um palito descartável.
2- Acrescentar 20 ml de água e coar a suspensão. Os detritos retidos são
lavados com mais 20 ml de água.
3- Completar o volume com água.
4- Deixar essa suspensão em repouso durante duas a 24 horas.
5- Desprezar o líquido sobrenadante cuidadosamente, homogeneizar o
sedimento e coletar uma porção dele.
6- Colocar parte do sedimento numa lâmina, corar com Lugol e cobrir com
lamínula. Examinar no mínimo duas lâminas de cada amostra.

Técnica centrífugo-sedimentação
1- Colocar cerca de 2g de fezes em um copo descartável, diluídas em 10 ml
de água corrente.
2- Filtrar através de uma peneira e transferir para um tubo de centrífuga (tubo
de ensaio ou Falcon).
3- Centrifugar a 2.500 rpm por 1 minuto
4- Homogeneizar o sedimento resultante dessa última centrifugação
5- Transferir uma ou duas gotas de material e lugol para uma lâmina de
microscopia, coberta com lamínula.
6- Examinar ao microscópio óptico.

 Análise de lâmina: Foi encontrado larvas de Strongyloide Stercoralis, ovos


de Ascaris Lumbricoides, cistos de Giardia Lamblia e ovos de Entamoeba
Coli.

2.2 DIA 2
 Análises de lâminas
Pool lâmina 4: Foi encontrado ovo de Ascaris Lumbricoides, ovo de
Hymenopelis Nana, ovo de Tenia sp. e larvas de Strongyloide Stercoralis.
Pool lâmina 6: Foi encontrado cisto de Entamoeba Coli, ovo de Ascaris
Lumbricoides e ovo de Hymenopelis Nana.

Cisto de Entamoeba Coli Ovo de Hymenopelis Nana

Ovo de Tenia sp. Ovo de Ascaris Lumbricoides

2.3 DIA 3
 Método de flutuação
Objetivo: Utiliza a diferença de densidade para detectar ovos leves e cistos.
Observação: Os reagentes podem alterar ou deteriorar as formas parasitárias.
Técnica de flutuação espontânea (Willis)
1. Misturar 1g de fezes em 10ml de solução de sacarose ou cloreto de sódio.
2. Filtrar em gaze, com auxílio de uma peneira, para outro recipiente.
3. Colocar o filtrado em um pequeno tubo (10ml) até que o líquido forme um
menisco no bordo do tubo.
4. Colocar uma lamínula sobre o tubo e deixar repousar por aproximadamente
10 minutos.
5. Retirar a lamínula e colocá-la junto com lugol em lâmina para leitura.
Técnica de centrífuga-flutuação (Faust)
1. Pegar uma porção de fezes, diluí-la e filtrá-la em cálice ou copo descartável
2. Adicionar cerca de 10 ml do filtrado em tubo Falcon e centrifugar por 1 min/
2500 rpm
3. Descartar o sobrenadante e manter o sedimento
4. Adicionar solução de sulfato de zinco e centrifugar a 2.500 rpm por 1 min.
5. O volume será completado com solução de sulfato de zinco até formar um
menisco no bordo do tubo.
6. Colocar lamínula sobre o menisco e deixar em contato com por 1 minuto.
7. A lamínula será removida por inversão rápida e colocada sobre uma lâmina
à qual se havia depositado uma gota de lugol.

 GIARDÍASE
Agente: Giardia lamblia
Características:
Trofozoíto é a forma infectante, que parasita o intestino delgado e é esta forma
que causa sinais e sintomas. Possui 4 pares de flagelos e 2 núcleos.
Cisto é a forma de resistência no meio externo e por isso possui uma
membrana dupla. Na água estes cistos podem sobreviver por
aproximadamente dois meses e a concentração de cloro utilizada no
tratamento de água não é suficiente para destruí-los.
Transmissão: Fecal-oral, através de fezes, alimentos ou água contaminada
Ciclo: Ingestão de cistos que vão para o intestino delgado, onde acontece o
desencistamento na luz intestinal, que dá origem a 2 trofozoítos cada. Estes
trofozoítos se fixam na parede do intestino por meio dos discos adesivos e vai
ocorrer a colonização do epitélio por conta da multiplicação destes. Logo após
ocorre o encistamento e liberação de cistos nas fezes.
Sintomas: Diarreia intermitente, dor abdominal, vômito, perda de peso, etc.
Fezes aquosas e gordurosas, pois a Giárdia atrapalha na absorção ao
intestino.

 Leitura de lâmina: Trofozoítos de Giardia lamblia

2.4 DIA 4
 Método de RUGAI
Objetivo: Indicado para fezes frescas para observar larvas vivas através de
termotropismo e hidrotropismo.
Observação: Inviável para fezes diarreicas ou com conservantes, além de ter
a possibilidade de falso negativo se tiver uma baixa carga parasitária.
Técnica:
1. Retirar a tampa do recipiente que acondiciona as fezes e envolvê-lo em
gazes, fazendo uma pequena “trouxa”.
2. Colocar o material preparado, com a abertura voltada para baixo, num
cálice de sedimentação, contendo água aquecida (45ºC) em quantidade
suficiente para entrar em contato com as fezes e deixar em repouso por
uma hora.
3. Coletar o sedimento no fundo do cálice, com ajuda de uma pipeta.
4. Corar as larvas com Lugol e observá-las com o maior aumento para
identificá-las.

 Estrongiloidíase
Agente: Strongyloides stercorallis
Características: Dioicos, fêmea partenogenética e macho de vida livre
Transmissão: Penetração de larvas através pele; Autoinfecção externa (as
larvas rabditoides ficam no períneo penetram novamente, completando o ciclo),
autoinfecção interna (quando no intestino a larva rabditoide se transforma em
filarióide e vai para o pulmão completar seu ciclo) e hiperinfecção (carga
parasitária muito grande e vermes em vários órgãos- disseminação).
Ciclo: Larvas filarióides penetram a pele, que circulam pela corrente sanguínea
até chegar ao pulmão, onde vão subir pela laringe e o indivíduo vai degluti-las.
Quando chegam no intestino elas se desenvolvem em vermes adultos. A fêmea
partenogenética põe ovos com larvas rabditoides que são excretadas e no
ambiente se transforma em filarióides, completando o ciclo.

 Leitura de lâmina: Larvas de Strongyloide Stercorallis


 Ancilostomíase
Agente: Ancilostoma duodenales e Necator americanus
Características: Possuem 2 pares de dentes/placas afiadas, que servem para
aderir a parede do intestino e sugar o sangue do seu hospedeiro.
Transmissão: fecal-oral, traves de solo, alimentos ou água contaminada.
Ciclo: Indivíduo infectado evacua no solo e a eclosão de ovos formam a larva
rabditoides, que formará a larva L3. As larvas L3 penetram a pele e atingem os
vasos sanguíneos e seguem até os capilares pulmonares, que entram pelos
alvéolos, atingindo a laringe e a faringe. Na faringe, as larvas são deglutidas,
seguindo, via sistema digestório, para o intestino delgado. No intestino as
larvas atingem a fase adulta e fixam-se na parede intestinal, onde macho e
fêmea copulam produzindo ovos, que são eliminados com as fezes.
Sintomas: Dermatite, tosse, febre, inflamação na garganta, cólica, ulceração,
diarreia, perda de apetite, enjoo, vomito, síndrome de Loeffer.

Leitura de lâmina: Larvas de Ancilostoma duodenales e Necator americanos


2.5 DIA 5
2.5 DIA 5
 Leishmaniose tecidual e visceral:
Agente: Leishmania brasiliensis ou leishmania chagasi
Vetor: Mosquito Lutzomya
Transmissão: Picada da fêmea
Ciclo: Mosquito contaminado com promastigota vai picar a pessoa e essas
promastigotas vão ser fagocitadas por macrófagos. Dentro dos macrófagos vai
ocorrer a transformação de promastigota para amastigota e começa a se
multiplicar por divisão binária, até que este macrófago se rompe. As
amastigotas vão ficar circulando no sangue até que um mosquito fêmea pique
e faça o repasso sanguíneo, contraindo amastigotas. No estômago do
mosquito, essas amastigotas vão se transformar em promastigota e migrar
para a boca do mosquito, que vai picar outro hospedeiro.
Sintomas: Esplenomegalia, hepatomegalia, febre, anemia, perda de peso,
feridas na pele (tegumentar).

Leitura de lâmina: Promastigotas no sangue e tecido granulomatoso de lesão



2.6 DIA 6

 Extração de DNA QIAmp Fast DNA Stool


Objetivo: isolamento e purificação de DNA genômico de amostras biológicas
em fezes, muitas vezes utilizado para diferenciar espécies.
Tecnica:
1- Pesar cerca de 180-220 mg de fezes (correspondente a aproximadamente
200 µl do pellet fecal depois da concentração) em tubos falcon
2- Adicionar 1 ml Inhibitex Buffer e vortexar por 1 min
3- Aquecer a suspensão por 5 min a 70°C.
4- Vortexar por 15 segundos
5- Centrifugar por 1 min (14000 rpm/min)
6- Em um novo tubo de 1,5 ml pipetar 25 µl de proteinase K e acrescentar 600
µl do sobrenadante
7- Acrescentar 600 µl do tampão AL, no mesmo tubo, e vortexar por 15 seg
8- Incubar a 70° C por 10 min
9- Adicionar, no mesmo tubo, 600 µl de etanol e vortexar;
10- Cuidadosamente, transferir 600 ul da suspensão para a coluna e
centrifugar por 1 min (14000 rpm/min).
11- Transferir a coluna para um novo tubo 2,0 ml (kit) e adicionar mais 600 ul
da suspensão e centrifugar por 1 min (14000 rpm/min). Repetir esse passo até
esgotar a amostra;
12- Adicionar a coluna 500 µl do tampão de lavagem AW1 e centrifugar por 1
min 14000 rpm/min. Descartar o tubo de 2ml com o filtrado e substituí-lo por
outro limpo;
13- Adicionar a coluna 500 µl do tampão de lavagem AW2 e centrifugar por 3
min (14000 rpm/min); descartar o tubo de 2ml (Kit) com o filtrado e substituí-lo
por outro tubo de 1,5ml.
14- Centrifugar a coluna por mais 3 min (14000 rpm/min) para retirar o excesso
do tampão AW2;
15- Transferir a coluna para um novo tubo de 1,5 ml e adicionar 200 µl do
tampão de eluição ATE.
16- Incubar por 1 min em temperatura ambiente e centrifugar por 1 min (14000
rpm/min). Retirar a coluna e guardar o DNA a 4°C ou 20°C
2.7 DIA 7

 GEL DE AGAROSE 1%
Protocolo para 30mL de gel (cuba pequena):
1- Pesar 0,3g de agarose.
2- Limpar balança e bancada.
3- Passar para um erlenmeyer ou becker.
4- Acrescentar 30 mL de TBE 1X.
5- Levar para o microondas e deixar inicialmente por 30s. Deixar mais tempo
no microondas e tirar de 10 em 10s, diminuindo o tempo gradualmente, até
verificar que o gel se encontra incolor e sem grânulos.
6- Esperar esfriar um pouco para poder colocar na cuba (a temperatura deve
estar abaixo de 55ºC).

 Leitura de DNA em gel de agarose na eletroforese: DNA integro para a


realização de PCR = formação de bandas sem estar arrastadas.
2.8 DIA 8
 Kato Katz
Objetivo: Quantitativo para analisar ovos (padrão ouro para Esquistossomose)
Observação: Método sujo e impossível de fazer com fezes diarreicas.
Técnica:
1. Retirar uma porção de fezes do frasco coletor e depositar em guardanapo.
2. Cobrir as fezes com a tela de nylon e, com auxílio da espátula, filtrar o
material fecal.
3. Depositar o material filtrado na placa perfurada, amparada junto à lâmina de
vidro, de modo que seja formado um botão.
4. Depositar lâmina de papel celofane embebido na solução DIAFIX e realizar
a compressão.
5. Deixar a lâmina secar em temperatura ambiente e em seguida, realizar a
leitura em microscópio.
6. Caso ovos sejam visualizados, multiplicar a quantidade de ovos por 24 para
estimar a quantidade de ovos por grama de fezes da amostra

 Esquistossomose
Agente: Schistossoma mansoni
Características: fêmea adulta é mais alongada e encontra-se alojada em uma
fenda do corpo do macho e ovos específicos, apresentando um espículo.
Transmissão: Penetração de cercária na pele.
Ciclo: Ovos com miracídeos na água doce eclodem e estes vão em busca de
um hospedeiro (carmujo). Miracídeos se transforma em esporocisto e após
algumas semanas em cercárias. As cercária se desprende do caramujo e
penetra a pele do homem, podendo perder a cauda e se transformam em
esquitossômulo. Atingem a circulação sanguínea e linfática e vão para o fígado,
veia-porta e intestino. Se reproduzem e botam ovos, que voltam para o
ambiente.

 Leitura de lâmina comercial: Larva e ovo de Schistossoma mansoni


2.9 DIA 9
 Malária
Agente: Plasmodium spp. (Falciparum, vivaz, malarie)
Vetor: mosquito anófeles
Transmissão: Vetor, acidente laboratorial, transfusão sanguínea e via
congênita.
Ciclo: Mosquito fêmea pica e contamina com esporozoítos, que vai para o
fígado e invade o hepatócito, se reproduzindo assexuadamente por
esquizogônia. Os merozoítos vão parasitar hemácias e se transformar em
trofozoíto. Esses trofozoítos vão se reproduzir por esquizogônia e repetir o
processo até a trofozoíto se transformar em gametócitos. O mosquito fêmea
pica essa pessoa infectadas e adquire o plasmodium. Os gametócitos fazem
gametogênese no mosquito e se diferencia em macrogameta e microgameta,
que se fecundam e formam o zigoto. Esse zigoto se transforma em oocineto,
que se instala no intestino do mosquito, se transformando em oocisto. Oocisto
vai se multiplicar por esporogonia e dar origem a esporozoítas que vão para a
boca do mosquito.
Sintomas: Cefaleia, mialgia, cansaço, mal-estar, febre, enjoo e vomito.
Método diagnóstico: Gota espessa e teste rápido.

 Leitura de lâmina comercial: trofozoítos de Plasmodium spp.


3. CONSIDERAÇOES FINAIS

Em conclusão, destaca-se a importância crítica da parasitologia na


compreensão e mitigação das doenças causadas por parasitas em humanos e
animais. Ao longo deste estudo, examinamos uma variedade de parasitas,
desde protozoários até helmintos, e exploramos suas características, ciclos de
vida, patogenicidade e métodos de diagnóstico e controle.
É evidente que os parasitas representam uma ameaça significativa à saúde
pública em todo o mundo, especialmente em regiões onde as condições
sanitárias são precárias. Portanto, é fundamental continuar investindo em
pesquisa, educação e medidas de controle para reduzir a prevalência e o
impacto dessas doenças.
4. BIBLIOGRAFIA

 RUPPERT, E. E., FOX, R. S. & BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados:


Uma Abordagem. Funcional-evolutiva. 7a. Edição, Editora Roca Ltda., São
Paulo. 2005.
 MARIE, C. PETRI JR, W. A. Abordagem a infecções parasitárias. Manual
MS. 2023
 NEVES, D. P. Parasitologia Humana, Atheneu. São Paulo, 13 ed, 2005.
 Sloss MW, Zajac AN, Kemp RL. Parasitologia Clínica Veterinária, Manole.
SP, p. 198, 1999.
 Neves DP. Parasitologia Clínica, Atheneu. SP, 12 ed, 2012

Você também pode gostar