A Observação Como Prática Pedagógica No Ensino de Geografia
A Observação Como Prática Pedagógica No Ensino de Geografia
A Observação Como Prática Pedagógica No Ensino de Geografia
br ISSN: 2178-0463
RESUMO
ABSTRACT
This article discusses the importance of the pedagogical observation as
practice in the teaching of geography since the act of observing is
fundamental to the analysis and understanding of social relationships that
individuals establish among themselves and with the environment in which
they live. Literature is used in order to base the importance of observation in
the analysis and understanding of socio-spatial relationships. Taking as
reference the official document Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) –
Geography and daily practices of empirical classroom at the Elementary
School Classes, it is argued that the observation is a powerful methodological
tool for teaching / learning geography. The observing as a science that
reveals what is beyond the visible.
Nubelia Moreira da Silva
Professora de Geografia do Instituto Federal Key-words: Teaching of Geography; Methodology; Observation.
de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Norte (IFRN)
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INTRODUÇÃO
OBSERVAÇÃO E APRENDIZAGEM 52
O ensino de Geografia, de forma geral, é realizado por meio de aulas expositivas ou da leitura
dos textos do livro didático. Entretanto, é possível trabalhar com esse campo do conhecimento de
forma mais dinâmica e instigante para os alunos, mediante situações que problematizem os
diferentes espaços geográficos materializados em paisagens, lugares e territórios; que disparem
relações entre o presente e o passado, o específico e o geral, as ações individuais e as coletivas; e
promovam o domínio de procedimentos que permitam aos alunos “ler” a paisagem local e outras
paisagens presentes em outros tempos e espaços. (BRASIL, 2001, p. 153)
1
Localizada no limite dos municípios de Fortaleza e Eusébio.
Além do ver, o observar é ler. Ler é produzir descontinuidades, é fazer o tempo insinuar-se no
espaço para desfazer sua continuidade. Perceber a cidade não é uma manifestação dela, mas um
modo de fazê-la significante para uma percepção que lhe empresta significado. A percepção da
cidade não está nela, mas na própria inteligência que percebe.
uma Geografia assim concebida leva-nos fatalmente a considerar o aluno como um ser neutro,
sem vida, sem cultura, sem história. O aluno não participa do espaço geográfico que ele estuda.
Se o espaço não é encarado como algo em que o aluno está inserido, a verdade geográfica do
indivíduo se perde e a Geografia torna-se alheia para ele. (RESENDE apud SZTERLING, 1998,
p. 138)
As crianças, apesar do pouco contato com espaços mais amplos, possuem muitos
conhecimentos sobre os ambientes que lhes são familiares. A escola deve aproveitar a
identificação que elas fazem desses lugares e seus elementos e a partir daí direcionar-
lhes a observação e a interpretação, facilitando-lhes a compreensão de espaços mais
amplos.
Partindo de experiências concretas, é mais significante para o aluno chegar à
elaboração formal dos conceitos em níveis cada vez mais abstratos de pensamentos e
formas mais complexas de representação.
Nessa perspectiva, o construtivismo se configura como uma abordagem
poderosa para a efetivação dessa proposta: ensinar Geografia usando elementos
concretos e lúdicos para despertar nas crianças o prazer de aprender essa ciência os
conhecimentos desta ciência que é fundamental na formação da consciência humana
como cidadão do mundo e do espaço em se que habita.
Mas o que é o construtivismo? Freitag (1994), ao discutir aspectos filosóficos e
socioantropológicos do construtivismo pós-piagetiano, explica o que é a teoria
construtiva de Piaget:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Enviado em 05/2012
Aprovado em 09/2012