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D - Fiscal - Aula

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Noções elementares de Direito Fiscal

Princípios
 Princípio da Prevalência da Substância sob a Forma e
Princípio da Proibição do Abuso de Direito
Artigo 1.º (Base do imposto) (CIRS)
1 - O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) incide
sobre o valor anual dos rendimentos das categorias seguintes,
depois de efetuadas as correspondentes deduções e abatimentos:
Categoria A - Rendimentos do trabalho dependente;
Categoria B - Rendimentos do trabalho independente;
Categoria C - Rendimentos comerciais e industriais;
Categoria D - Rendimentos agrícolas;
Categoria E - Rendimentos de capitais;
Categoria F - Rendimentos prediais;
Categoria G - Mais-valias;
Categoria H - Pensões;
Categoria I - Outros rendimentos.
2 - Os rendimentos, quer em dinheiro, quer em espécie, ficam
sujeitos a tributação, seja qual for o local onde se obtenham, a
moeda e a forma por que sejam auferidos.

Artigo 3.º (Rendimentos da categoria B) (CIRS)


1 - Consideram-se rendimentos do trabalho independente:
a) Os auferidos, por conta própria, no exercício de atividades de
carácter científico, artístico ou técnico;
b) Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou da
prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida
no sector industrial, comercial ou científico, quando auferidos pelo
seu titular originário.
2 - Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, só se
consideram de carácter científico, artístico ou técnico as atividades
desenvolvidas no âmbito das profissões constantes de lista anexa ao
Código.
3 - Para efeitos deste imposto, consideram-se como provenientes da
propriedade intelectual os direitos de autor e direitos conexos.
4 - Consideram-se ainda rendimentos do trabalho independente os
auferidos no exercício, por conta própria, de uma atividade
exclusivamente de prestação de serviços não compreendida noutras
categorias, sempre que o sujeito passivo não tenha nenhum
empregado ou colaborador ao seu serviço.
5 - Consideram-se também rendimentos desta categoria:
a) As importâncias devidas a título de indemnização pela suspensão,
redução ou mudança do local do respetivo exercício das atividades
referidas nos n. os 1 e 4;
b) As importâncias provenientes da prática de atos isolados de
carácter científico, artístico ou técnico ou de prestação de serviços
prevista no n.º 4 deste artigo.
6 - Para efeitos do disposto no n.º 4, as circunstâncias que
determinam a inclusão nesta categoria deverão verificar-se no
princípio do ano a que o IRS respeita ou no começo da atividade,
quando iniciada nesse ano.
7 - Os rendimentos referidos neste artigo ficam sujeitos a tributação
desde que pagos ou colocados à disposição dos respetivos titulares.

Artigo 4.º (Rendimentos da categoria C) (CIRS)


1 - Consideram-se rendimentos comerciais e industriais os lucros
imputáveis ao exercício de qualquer atividade comercial ou
industrial, incluindo:
a) Pesca;
b) Explorações mineiras e outras indústrias extrativas;
c) Transportes;
d) Construção civil e prestação de serviços conexos;
e) Atividades urbanísticas e exploração de loteamentos e ainda a
prestação de serviços conexos;
f) Atividades hoteleiras e similares, abrangendo a venda ou
exploração do direito real de habitação periódica;
g) Atividades turísticas, compreendendo as de agências de viagens e
de turismo e a prestação de serviços conexos;
h) Artesanato;
i) Organização de espetáculos públicos, diversões e manifestações
desportivas;
j) Prestação de serviços de publicidade, administração de bens,
segurança privada e fornecimento de informações comerciais;
l) Atividades autónomas de intermediação, como as exercidas por
corretores, despachantes oficiais, agentes de propriedade industrial,
representantes ou agentes comerciais e agentes de leilões, bem
como atividades de mediação ou representação na realização de
contratos de qualquer natureza;
m) Atividades de reparação ou restauração de máquinas,
instrumentos ou outros bens, incluindo as prestações de serviços
conexas.
2 - Consideram-se ainda rendimentos comerciais e industriais:
a) Os provenientes de atividades agrícolas e pecuárias não conexas
com a exploração da terra ou em que esta tenha carácter
manifestamente acessório;
b) Os provenientes de atividades agrícolas, silvícolas e pecuárias
integradas noutras de natureza comercial ou industrial;
c) Os rendimentos referidos no artigo 6.º, bem como os referidos no
artigo 9.º, quando imputáveis a atividades comerciais ou industriais,
sujeitas a tributação em território nacional, sem prejuízo da
retenção às taxas previstas no artigo 74.º para os rendimentos
referidos nas suas alíneas a) e b) e no artigo 94.º para os
rendimentos prediais, a qual terá a natureza de pagamento por
conta do imposto;
d) As mais-valias resultantes das atividades comerciais e industriais
definidas nos termos do Código do IRC;
e) As importâncias atribuídas a empresários individuais a título de
indemnização pela suspensão ou redução da sua atividade ou pela
mudança de local do respetivo exercício;
f) Os auferidos pela prestação de serviços não abrangidos noutras
categorias;
g) Os provenientes de atos isolados de natureza comercial ou
industrial não compreendidos noutras categorias.
3 - Considera-se que a exploração da terra tem carácter
manifestamente acessório quando os respetivos custos diretos
sejam inferiores a 25% dos custos diretos totais do conjunto da
atividade exercida.
4 - Para efeitos do disposto na alínea b) do n.º 2, consideram-se
integradas em atividades de natureza comercial ou industrial as
agrícolas, silvícolas e pecuárias cujos produtos se destinem a ser
utilizados ou consumidos em mais de 60% do seu valor naquelas
atividades.

 Tipos de Tributos
Artigo 165.º (Reserva relativa de competência legislativa) (CRP)
1. É da exclusiva competência da Assembleia da República
legislar sobre as seguintes matérias, salvo autorização ao Governo:
i) Criação de impostos e sistema fiscal e regime geral das
taxas e demais contribuições financeiras a favor das entidades
públicas;
2. As leis de autorização legislativa devem definir o objecto, o
sentido, a extensão e a duração da autorização, a qual pode ser
prorrogada.
3. As autorizações legislativas não podem ser utilizadas mais de
uma vez, sem prejuízo da sua execução parcelada.
4. As autorizações caducam com a demissão do Governo a que
tiverem sido concedidas, com o termo da legislatura ou com a
dissolução da Assembleia da República.
5. As autorizações concedidas ao Governo na lei do Orçamento
observam o disposto no presente artigo e, quando incidam sobre
matéria fiscal, só caducam no termo do ano económico a que
respeitam.

Artigo 4.º (Pressupostos dos tributos) (LGT)


1 - Os impostos assentam essencialmente na capacidade
contributiva, revelada, nos termos da lei, através do rendimento ou
da sua utilização e do património.
2 - As taxas assentam na prestação concreta de um serviço público,
na utilização de um bem do domínio público ou na remoção de um
obstáculo jurídico ao comportamento dos particulares.
3 - As contribuições especiais que assentam na obtenção pelo
sujeito passivo de benefícios ou aumentos de valor dos seus bens
em resultado de obras públicas ou da criação ou ampliação de
serviços públicos ou no especial desgaste de bens públicos
ocasionados pelo exercício de uma atividade são consideradas
impostos.

Artigo 103.º - (Sistema fiscal) (CRP)


1. O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades financeiras
do Estado e outras entidades públicas e uma repartição justa dos
rendimentos e da riqueza.
2. Os impostos são criados por lei, que determina a incidência, a
taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes.
3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam
sido criados nos termos da Constituição, que tenham natureza
retroactiva ou cuja liquidação e cobrança se não façam nos termos
da lei.

 Impostos
Artigo 18.º - Sujeitos (LGT)
1 - O sujeito ativo da relação tributária é a entidade de direito
público titular do direito de exigir o cumprimento das obrigações
tributárias, quer diretamente quer através de representante.
2 - Quando o sujeito ativo da relação tributária não for o Estado,
todos os documentos emitidos pela administração tributária
mencionarão a denominação do sujeito ativo.
3 - O sujeito passivo é a pessoa singular ou coletiva, o património ou
a organização de facto ou de direito que, nos termos da lei, está
vinculado ao cumprimento da prestação tributária, seja como
contribuinte direto, substituto ou responsável.
4 - Não é sujeito passivo quem:
a) Suporte o encargo do imposto por repercussão legal, sem prejuízo
do direito de reclamação, recurso, impugnação ou de pedido de
pronúncia arbitral nos termos das leis tributárias;
b) Deva prestar informações sobre assuntos tributários de terceiros,
exibir documentos, emitir laudo em processo administrativo ou
judicial ou permitir o acesso a imóveis ou locais de trabalho.

Artigo 104.º - (Impostos) (CRP)


1. O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das
desigualdades e será único e progressivo, tendo em conta as
necessidades e os rendimentos do agregado familiar.
2. A tributação das empresas incide fundamentalmente sobre o seu
rendimento real.
3. A tributação do património deve contribuir para a igualdade entre
os cidadãos.
4. A tributação do consumo visa adaptar a estrutura do consumo à
evolução das necessidades do desenvolvimento económico e da
justiça social, devendo onerar os consumos de luxo.
 IRC
Artigo 2.º - Sujeitos passivos (CIRC)
1 - São sujeitos passivos do IRC:
a) As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as
cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas coletivas de
direito público ou privado, com sede ou direção
b) As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou
direção efetiva em território português, cujos rendimentos não
sejam tributáveis em imposto sobre o rendimento das pessoas
singulares (IRS) ou em IRC diretamente na titularidade de pessoas
singulares ou coletivas;
c) As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham
sede nem direção efetiva em território português e cujos
rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRS.
2 - Consideram-se incluídas na alínea b) do n.º 1, designadamente,
as heranças jacentes, as pessoas coletivas em relação às quais seja
declarada a invalidade, as associações e sociedades civis sem
personalidade jurídica e as sociedades comerciais ou civis sob forma
comercial, anteriormente ao registo definitivo.
3 - Para efeitos deste Código, consideram-se residentes as pessoas
coletivas e outras entidades que tenham sede ou direção efetiva em
território português.

Artigo 3.º - Base do imposto (CIRC)


1 - O IRC incide sobre:
a) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma
comercial, das cooperativas e das empresas públicas e o das demais
pessoas coletivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1
do artigo anterior que exerçam, a título principal, uma atividade de
natureza comercial, industrial ou agrícola;
b) O rendimento global, correspondente à soma algébrica
dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos
de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a título
gratuito, das pessoas coletivas ou entidades referidas nas alíneas a)
e b) do n.º 1 do artigo anterior que não exerçam, a título principal,
uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola;
c) O lucro imputável a estabelecimento estável situado em
território português de entidades referidas na alínea c) do n.º 1 do
artigo anterior;
d) Os rendimentos das diversas categorias, consideradas
para efeitos de IRS e, bem assim, os incrementos patrimoniais
obtidos a título gratuito por entidades mencionadas na alínea c) do
n.º 1 do artigo anterior que não possuam estabelecimento estável
ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis.
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, o lucro consiste
na diferença entre os valores do património líquido no fim e no
início do período de tributação, com as correções estabelecidas
neste Código.
3 - São componentes do lucro imputável ao estabelecimento
estável, para efeitos da alínea c) do n.º 1, os rendimentos de
qualquer natureza obtidos por seu intermédio, bem como os
seguintes rendimentos de que sejam titulares as entidades aí
referidas:
a) Rendimentos derivados da venda a pessoas ou entidades
com residência, sede ou direção efetiva em território português de
bens ou mercadorias idênticos ou similares aos vendidos através
desse estabelecimento estável;
b) Os demais rendimentos obtidos em território português,
provenientes de atividades idênticas ou similares às realizadas
através desse estabelecimento estável.
4 - Para efeitos do disposto neste Código, são consideradas de
natureza comercial, industrial ou agrícola todas as atividades que
consistam na realização de operações económicas de caráter
empresarial, incluindo as prestações de serviços.

Artigo 4.º - Extensão da obrigação de imposto


1 - Relativamente às pessoas coletivas e outras entidades com
sede ou direção efetiva em território português, o IRC incide sobre a
totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse
território.
2 - As pessoas coletivas e outras entidades que não tenham sede
nem direção efetiva em território português ficam sujeitas a IRC
apenas quanto aos rendimentos nele obtidos.
3 - Para efeitos do disposto no número anterior, consideram-se
obtidos em território português os rendimentos imputáveis a
estabelecimento estável aí situado e, bem assim, os que, não se
encontrando nessas condições, a seguir se indicam:
a) Rendimentos relativos a imóveis situados no território
português, incluindo os ganhos resultantes da sua transformação
onerosa;
b) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes
representativas do capital de entidades com sede ou direcção
efectiva em território português ou de outros valores mobiliários
emitidos por entidades que aí tenham sede ou direcção efectiva, ou
ainda de partes de capital ou outros valores mobiliários quando, não
se verificando essas condições, o pagamento dos respectivos
rendimentos seja imputável a estabelecimento estável situado no
mesmo território;
c) Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenha
residência, sede ou direcção efectiva em território português ou cujo
pagamento seja imputável a um estabelecimento estável nele
situado:
1) Rendimentos provenientes da propriedade intelectual
ou industrial e bem assim da prestação de informações respeitantes
a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou
científico;
2) Rendimentos derivados do uso ou da concessão do
uso de equipamento agrícola, industrial, comercial ou científico;
3) Outros rendimentos de aplicação de capitais;
4) Remunerações auferidas na qualidade de membros de
órgãos estatutários de pessoas colectivas e outras entidades;
5) Ganhos de jogo, lotarias e apostas mútuas.
4 - Não se consideram obtidos em território português os
rendimentos enumerados na alínea c) do número anterior quando
os mesmos constituam encargo de estabelecimento estável situado
fora desse território relativo à actividade exercida por seu
intermédio.
5 - Considera-se estabelecimento estável qualquer instalação fixa
ou representação permanente através das quais seja exercida uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.
6 - São tratados como estabelecimento estável as explorações
agrícolas, silvícolas ou pecuárias e bem assim as minas, os poços de
petróleo ou de gás, as pedreiras ou quaisquer outros locais de
extracção de recursos naturais, situados em território português.
7 - Considera-se ainda que existe estabelecimento estável
quando as entidades referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º
exerçam no território português a sua actividade através de
empregados ou de outro pessoal contratado para esse efeito, por
período seguido ou interpolado, não inferior a 120 dias,
compreendido num intervalo de doze meses.
8 - Para efeitos da imputação prevista no artigo seguinte,
considera-se que os sócios ou membros das entidades nele referidas
que não tenham sede nem direcção efectiva em território português
obtêm esses rendimentos através de estabelecimento estável aí
situado.
9 - Para efeitos do disposto neste Código, o território português
compreende também as zonas adjacentes às águas territoriais sobre
as quais Portugal possa exercer os direitos que lhe correspondam
relativamente ao solo e subsolo do mar e aos seus recursos naturais,
de acordo com a legislação portuguesa e o direito internacional.

Artigo 8.º - Período de tributação (CIRC)


1 - O IRC, salvo o disposto no n.º 10, é devido por cada período
de tributação, que coincide com o ano civil, sem prejuízo das
exceções previstas neste artigo.
2 - As pessoas coletivas com sede ou direção efetiva em
território português que, nos termos da legislação aplicável, estejam
obrigadas a elaborar demonstrações financeiras consolidadas, bem
como as pessoas coletivas ou outras entidades sujeitas a IRC que não
tenham sede nem direção efetiva neste território e nele disponham
de estabelecimento estável, podem adotar um período anual de
imposto diferente do estabelecido no número anterior, o qual deve
ser mantido durante, pelo menos, os cinco períodos de tributação
imediatos, salvo se o sujeito passivo passar a integrar um grupo de
sociedades obrigado a elaborar demonstrações financeiras
consolidadas, em que a empresa-mãe adote um período de
tributação diferente daquele adotado pelo sujeito passivo.
4 - O período de tributação pode, no entanto, ser inferior a um
ano:
a) No ano do início de tributação, em que é constituído pelo
período decorrido entre a data em que se iniciam actividades ou se
começam a obter rendimentos que dão origem a sujeição a imposto
e o fim do período de tributação;
b) No ano da cessação da actividade, em que é constituído
pelo período decorrido entre o início do período de tributação e a
data da cessação da actividade;
c) Quando as condições de sujeição a imposto ocorram e
deixem de verificar-se no mesmo período de tributação, em que é
constituído pelo período efectivamente decorrido;
d) No ano em que, de acordo com o n.º 3, seja adoptado um
período de tributação diferente do que vinha sendo seguido nos
termos gerais, em que é constituído pelo período decorrido entre o
início do ano civil e o dia imediatamente anterior ao do início do
novo período.
5 - Para efeitos deste Código, a cessação da actividade ocorre:
a) Relativamente às entidades com sede ou direcção efectiva
em território português, na data do encerramento da liquidação, ou
na data da fusão ou cisão, quanto às sociedades extintas em
consequência destas, ou na data em que a sede e a direcção efectiva
deixem de se situar em território português, ou na data em que se
verificar a aceitação da herança jacente ou em que tiver lugar a
declaração de que esta se encontra vaga a favor do Estado, ou ainda
na data em que deixarem de verificar-se as condições de sujeição a
imposto;
b) Relativamente às entidades que não tenham sede nem
direcção efectiva em território português, na data em que cessarem
totalmente o exercício da sua actividade através de estabelecimento
estável ou deixarem de obter rendimentos em território português.
6 - Independentemente dos factos previstos no número anterior,
pode ainda a administração fiscal declarar oficiosamente a cessação
de actividade quando for manifesto que esta não está a ser exercida
nem há intenção de a continuar a exercer, ou sempre que o sujeito
passivo tenha declarado o exercício de uma actividade sem que
possua uma adequada estrutura empresarial em condições de a
exercer.
7 - A cessação oficiosa a que se refere o n.º 6 não desobriga o
sujeito passivo do cumprimento das obrigações tributárias.
8 - O período de tributação pode ser superior a um ano
relativamente a sociedades e outras entidades em liquidação, em
que tem a duração correspondente à desta, nos termos
estabelecidos neste Código.
9 - O facto gerador do imposto considera-se verificado no último
dia do período de tributação.
10 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os seguintes
rendimentos, obtidos por entidades não residentes, que não sejam
imputáveis a estabelecimento estável situado em território
português:
a) Ganhos resultantes da transmissão onerosa de imóveis,
em que o facto gerador se considera verificado na data da
transmissão;
b) Rendimentos objecto de retenção na fonte a título
definitivo, em que o facto gerador se considera verificado na data
em que ocorra a obrigação de efectuar aquela.
c) Incrementos patrimoniais referidos na alínea e) do n.º 3
do artigo 4.º, em que o facto gerador se considera verificado na data
da aquisição.

Artigo 5.º – Estabelecimento estável


1 - Considera-se estabelecimento estável qualquer instalação fixa
através da qual seja exercida uma atividade de natureza comercial,
industrial ou agrícola.
2 - Incluem-se na noção de estabelecimento estável, desde que
satisfeitas as condições estipuladas no número anterior:
a) Um local de direção;
b) Uma sucursal;
c) Um escritório;
d) Uma fábrica;
e) Uma oficina;
f) Uma mina, um poço de petróleo ou de gás, uma pedreira ou
qualquer outro local de extração de recursos naturais situado em
território português.
3 - Incluem-se, ainda, na noção de ‘estabelecimento estável’:
a) Um local ou um estaleiro de construção, de instalação ou de
montagem, bem como as atividades de coordenação, fiscalização e
supervisão com eles conexas, quando a duração desse local ou
estaleiro ou a duração dessas atividades exceda seis meses;
b) As instalações, plataformas ou navios utilizados na prospeção ou
exploração de recursos naturais, quando a duração da sua atividade
exceda 90 dias;
c) As atividades de prestação de serviços, incluindo serviços de
consultoria, prestados por uma empresa, através dos seus próprios
empregados ou de outras pessoas contratadas pela empresa para
exercerem essas atividades em território português, desde que tais
atividades sejam exercidas durante um período ou períodos que, no
total, excedam 183 dias num período de 12 meses com início ou
termo no período de tributação em causa.
6 - Considera-se, ainda, que existe estabelecimento estável sempre
que uma pessoa, que não seja um agente independente nos termos
do n.º 7, atue em território português por conta de uma empresa,
sempre que:
a) Tenha, e habitualmente exerça, poderes de intermediação e de
conclusão de contratos que vinculem a empresa, no âmbito das
atividades desta, nomeadamente contratos:
i) Em nome da empresa;
ii) Para a transmissão da propriedade ou concessão do direito de uso
de bens pertencentes a essa empresa ou relativamente aos quais
essa empresa detenha o direito de uso; ou
iii) Para a prestação de serviços por essa empresa;
b) Exerça habitualmente um papel determinante para a celebração,
pela empresa, de contratos referidos na alínea anterior de forma
rotineira e sem alterações substanciais; ou c) Mantenha em
território português um depósito de bens ou mercadorias para
entrega desses bens ou mercadorias em nome da empresa, ainda
que não celebre habitualmente contratos relativamente a esses bens
ou mercadorias nem tenha qualquer intervenção na celebração
desses contratos.
7 - Não se considera que uma empresa tem um estabelecimento
estável em território português pelo simples facto de aí exercer a
sua atividade por intermédio de um comissionista ou de qualquer
outro agente independente, desde que essas pessoas atuem no
âmbito normal da sua atividade, suportando o risco empresarial da
mesma.
8 - Com a ressalva do disposto no n.º 3, a expressão
«estabelecimento estável» não compreende as atividades de caráter
preparatório ou auxiliar a seguir exemplificadas:
a) As instalações utilizadas unicamente para armazenar ou expor
mercadorias pertencentes à empresa;
b) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantido
unicamente para as armazenar ou expor;
c) Um depósito de mercadorias pertencentes à empresa mantido
unicamente para serem transformadas por outra empresa;
d) Uma instalação fixa mantida unicamente para comprar
mercadorias ou reunir informações para a empresa;
e) Uma instalação fixa mantida unicamente para exercer, para a
empresa, qualquer outra atividade de caráter preparatório ou
auxiliar;
f) Uma instalação fixa mantida unicamente para o exercício de
qualquer combinação das atividades referidas nas alíneas a) a e),
desde que a atividade de conjunto da instalação fixa resultante desta
combinação seja de caráter preparatório ou auxiliar.

Artigo 23.º - Gastos e perdas (CIRC)


1 - Para a determinação do lucro tributável, são dedutíveis todos
os gastos e perdas incorridos ou suportados pelo sujeito passivo
para obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC.
2 - Consideram-se abrangidos pelo número anterior,
nomeadamente, os seguintes gastos e perdas:
a) Os relativos à produção ou aquisição de quaisquer bens
ou serviços, tais como matérias utilizadas, mão-de-obra, energia e
outros gastos gerais de produção, conservação e reparação;
b) Os relativos à distribuição e venda, abrangendo os de
transportes, publicidade e colocação de mercadorias e produtos;
c) De natureza financeira, tais como juros de capitais alheios
aplicados na exploração, descontos, ágios, transferências, diferenças
de câmbio, gastos com operações de crédito, cobrança de dívidas e
emissão de obrigações e outros títulos, prémios de reembolso e os
resultantes da aplicação do método do juro efetivo aos instrumentos
financeiros valorizados pelo custo amortizado;
d) De natureza administrativa, tais como remunerações,
incluindo as atribuídas a título de participação nos lucros, ajudas de
custo, material de consumo corrente, transportes e comunicações,
rendas, contencioso, seguros, incluindo os de vida, doença ou saúde,
e operações do ramo «Vida», contribuições para fundos de
poupança-reforma, contribuições para fundos de pensões e para
quaisquer regimes complementares da segurança social, bem como
gastos com benefícios de cessação de emprego e outros benefícios
pós-emprego ou a longo prazo dos empregados;
e) Os relativos a análises, racionalização, investigação,
consulta e projetos de desenvolvimento;
f) De natureza fiscal e parafiscal;
g) Depreciações e amortizações;
h) Perdas por imparidade;
i) Provisões;
j) Perdas por reduções de justo valor em instrumentos
financeiros;
k) Perdas por reduções de justo valor em ativos biológicos
consumíveis que não sejam explorações silvícolas plurianuais;
l) Menos-valias realizadas;
m) Indemnizações resultantes de eventos cujo risco não seja
segurável.

 Regime simplificado de determinação da matéria coletável


Artigo 86.º-A (Âmbito de aplicação) (CIRC)
1 - Podem optar pelo regime simplificado de determinação da
matéria coletável, os sujeitos passivos residentes, não isentos nem
sujeitos a um regime especial de tributação, que exerçam a título
principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola
e que verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:
a) Tenham obtido, no período de tributação imediatamente anterior,
um montante anual ilíquido de rendimentos não superior a (euro)
200 000;
b) O total do seu balanço relativo ao período de tributação
imediatamente anterior não exceda (euro) 500 000;
c) Não estejam legalmente obrigados à revisão legal de contas;
d) O respetivo capital social não seja detido em mais de 20 %, direta
ou indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º, por entidades
que não preencham alguma das condições previstas nas alíneas
anteriores, exceto quando sejam sociedades de capital de risco ou
investidores de capital de risco;
e) Adotem o regime de normalização contabilística para
microentidades aprovado pelo Decreto-Lei n.º 36-A/2011, de 9 de
março;
f) Não tenham renunciado à aplicação do regime nos três anos
anteriores, com referência à data em que se inicia a aplicação do
regime.
2 - No período do início de atividade, o enquadramento no regime
simplificado de determinação da matéria coletável faz-se, verificados
os demais requisitos, em conformidade com o valor anualizado dos
rendimentos estimado, constante da declaração de início de
atividade.
3 - A opção pela aplicação do regime simplificado de determinação
da matéria coletável deve ser formalizada pelos sujeitos passivos:
a) Na declaração de início de atividade;
b) Na declaração de alterações a que se refere o artigo 118.º, a
apresentar até ao fim do 2.º mês do período de tributação no qual
pretendam iniciar a aplicação do regime simplificado de
determinação da matéria coletável.
4 - O regime simplificado de determinação da matéria coletável
cessa quando deixem de se verificar os respetivos requisitos ou o
sujeito passivo renuncie à sua aplicação.
5 - O regime simplificado de determinação da matéria coletável
cessa ainda quando o sujeito passivo não cumpra as obrigações de
emissão e comunicação das faturas previstas, respetivamente, no
Código do IVA e no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012,
de 24 de agosto, sem prejuízo das demais sanções aplicáveis.
6 - Os efeitos da cessação ou da renúncia do regime simplificado de
determinação da matéria coletável reportam-se ao 1.º dia do
período de tributação em que:
a) Deixe de se verificar algum dos requisitos referidos nas alíneas a)
a e) do n.º 1 ou se verifique a causa de cessação prevista no número
anterior;

Artigo 123.º - Obrigações contabilísticas das empresas (CIRC)


1 - As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as
cooperativas, as empresas públicas e as demais entidades que
exerçam, a título principal, uma actividade comercial, industrial ou
agrícola, com sede ou direcção efectiva em território português,
bem como as entidades que, embora não tendo sede nem direcção
efectiva naquele território, aí possuam estabelecimento estável, são
obrigadas a dispor de contabilidade organizada nos termos da lei
comercial e fiscal que, além dos requisitos indicados no n.º 3 do
artigo 17.º, permita o controlo do lucro tributável.
2 - Na execução da contabilidade deve observar-se em especial o
seguinte:
a) Todos os lançamentos devem estar apoiados em
documentos justificativos, datados e susceptíveis de serem
apresentados sempre que necessário;
b) As operações devem ser registadas cronologicamente,
sem emendas ou rasuras, devendo quaisquer erros ser objecto de
regularização contabilística logo que descobertos.
3 - Não são permitidos atrasos na execução da contabilidade
superiores a 90 dias, contados do último dia do mês a que as
operações respeitam.

Artigo 15.º - Definição da matéria colectável (CIRC)


1 - Para efeitos deste Código:
a) Relativamente às pessoas colectivas e entidades referidas
na alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º, a matéria colectável obtém-se
pela dedução ao lucro tributável, determinado nos termos dos
artigos 17.º e seguintes, dos montantes correspondentes:
1) Prejuízos fiscais, nos termos do artigo 52.º;
2) Benefícios fiscais eventualmente existentes que
consistam em deduções naquele lucro;
b) Relativamente às pessoas colectivas e entidades referidas
na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º, a matéria colectável obtém-se
pela dedução ao rendimento global, incluindo os incrementos
patrimoniais obtidos a título gratuito, determinados nos termos do
artigo 53.º, dos seguintes montantes:
1) Gastos comuns e outros imputáveis aos rendimentos
sujeitos a imposto e não isentos, nos termos do artigo 54.º;
2) Benefícios fiscais eventualmente existentes que
consistam em deduções naquele rendimento;
c) Relativamente às entidades não residentes com
estabelecimento estável em território português, a matéria
colectável obtém-se pela dedução ao lucro tributável imputável a
esse estabelecimento, determinado nos termos do artigo 55.º, dos
montantes correspondentes a:
1) Prejuízos fiscais imputáveis a esse estabelecimento
estável, nos termos do artigo 52.º, com as necessárias adaptações,
bem como os anteriores à cessação de actividade por virtude de
deixarem de situar-se em território português a sede e a direcção
efectiva, na medida em que correspondam aos elementos
patrimoniais afectos e desde que seja obtida a autorização do
director-geral dos impostos mediante requerimento dos
interessados entregue até ao fim do mês seguinte ao da data da
cessação de actividade, em que se demonstre aquela
correspondência;
2) Benefícios fiscais eventualmente existentes que
consistam em deduções naquele lucro;
d) Relativamente às entidades não residentes que obtenham
em território português rendimentos não imputáveis a
estabelecimento estável aí situado, a matéria colectável é
constituída pelos rendimentos das várias categorias e, bem assim,
pelos incrementos patrimoniais obtidos a título gratuito,
determinados nos termos do artigo 56.º
2 - Quando haja lugar à determinação do lucro tributável por
métodos indirectos, nos termos dos artigos 57.º
e seguintes, o disposto nas alíneas a), b) e c) do número anterior é
aplicável, com as necessárias adaptações.
3 - O disposto nos artigos 63.º e seguintes é aplicável, quando
for caso disso, na determinação da matéria colectável das pessoas
colectivas e outras entidades referidas nas alíneas a), b) e c) do n.º 1.

Artigo 117.º - Obrigações declarativas (CIRC)


1 - Os sujeitos passivos de IRC, ou os seus representantes, são
obrigados a apresentar:
a) Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação, nos
termos dos artigos 118.º e 119.º;
b) Declaração periódica de rendimentos, nos termos do
artigo 120.º;
c) Declaração anual de informação contabilística e fiscal, nos
termos do artigo 121.º
2 - As declarações a que se refere o número anterior são de
modelo oficial, aprovado por despacho do Ministro das Finanças,
devendo ser-lhes juntos, fazendo delas parte integrante, os
documentos e os anexos que para o efeito sejam mencionados no
referido modelo oficial.

Artigo 51.º - Eliminação da dupla tributação económica de lucros e


reservas distribuídos (CIRC)
1 - Os lucros e reservas distribuídos a sujeitos passivos de IRC
com sede ou direção efetiva em território português não concorrem
para a determinação do lucro tributável, desde que se verifiquem
cumulativamente os seguintes requisitos:
a) O sujeito passivo detenha direta ou direta e
indiretamente, nos termos do n.º 6 do artigo 69.º, uma participação
não inferior a 5 % do capital social ou dos direitos de voto da
entidade que distribui os lucros ou reservas;
b) A participação referida no número anterior tenha sido
detida, de modo ininterrupto, durante os 24 meses anteriores à
distribuição ou, se detida há menos tempo, seja mantida durante o
tempo necessário para completar aquele período;
c) O sujeito passivo não seja abrangido pelo regime da
transparência fiscal previsto no artigo 6.º;
d) A entidade que distribui os lucros ou reservas esteja
sujeita e não isenta de IRC, do imposto referido no artigo 7.º, de um
imposto referido no artigo 2.º da Diretiva n.º 2011/96/UE, do
Conselho, de 30 de novembro, ou de um imposto de natureza
idêntica ou similar ao IRC e a taxa legal aplicável à entidade não seja
inferior a 60 % da taxa do IRC prevista no n.º 1 do artigo 87.º;
e) A entidade que distribui os lucros ou reservas não tenha
residência ou domicílio em país, território ou região sujeito a um
regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada
por portaria do membro do Governo responsável pela área das
finanças.

Artigo 23.º - Responsabilidade tributária subsidiária (LGT)


1 — A responsabilidade subsidiária efetiva-se por reversão do
processo de execução fiscal.
2 — A reversão contra o responsável subsidiário depende da
fundada insuficiência dos bens penhoráveis do devedor principal e
dos responsáveis solidários, sem prejuízo do benefício da excussão.
3 — Caso, no momento da reversão, não seja possível
determinar a suficiência dos bens penhorados por não estar definido
com precisão o montante a pagar pelo responsável subsidiário, o
processo de execução fiscal fica suspenso desde o termo do prazo de
oposição até à completa excussão do património do executado, sem
prejuízo da possibilidade de adopção das medidas cautelares
adequadas nos termos da lei.
4 — A reversão, mesmo nos casos de presunção legal de culpa, é
precedida de audição do responsável subsidiário nos termos da
presente lei e da declaração fundamentada dos seus pressupostos e
extensão, a incluir na citação.
5 — O responsável subsidiário fica isento de custas e de juros de
mora liquidados no processo de execução fiscal se, citado para
cumprir a dívida constante do título executivo, efectuar o respectivo
pagamento no prazo de oposição.
6 — O disposto no número anterior não prejudica a manutenção
da obrigação do devedor principal ou do responsável solidário de
pagarem os juros de mora e as custas, no caso de lhe virem a ser
encontrados bens.

Artigo 24.º - Responsabilidade dos membros de corpos sociais e


responsáveis técnicos (LGT)
1 — Os administradores, directores e gerentes e outras pessoas
que exerçam, ainda que somente de facto, funções de administração
ou gestão em pessoas colectivas e entes fiscalmente equiparados
são subsidiariamente responsáveis em relação a estas e
solidariamente entre si:
a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha
verificado no período de exercício do seu cargo ou cujo prazo legal
de pagamento ou entrega tenha terminado depois deste, quando,
em qualquer dos casos, tiver sido por culpa sua que o património da
pessoa colectiva ou ente fiscalmente equiparado se tornou
insuficiente para a sua satisfação;
b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou
entrega tenha terminado no período do exercício do seu cargo,
quando não provem que não lhes foi imputável a falta de
pagamento.
2 — A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos
membros dos órgãos de fiscalização e revisores oficiais de contas nas
pessoas colectivas em que os houver, desde que se demonstre que a
violação dos deveres tributários destas resultou do incumprimento
das suas funções de fiscalização.
3 — A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos
contabilistas certificados desde que se demonstre a violação dolosa
dos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização
técnica nas áreas contabilística e fiscal ou de assinatura de
declarações fiscais, demonstrações financeiras e seus anexos.

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