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Aula 07 - Dir Administrativo (071019)

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Livro Eletrônico

Aula 07

Direito Administrativo p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) Com


Videoaulas - 2019
Herbert Almeida, Time Herbert Almeida

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1! Noções introdutórias .................................................................................................. 2!


1.1! Conceito ..................................................................................................................................2!
1.2! Legislação ...............................................................................................................................2!
1.3! Destinatários ..........................................................................................................................3!
1.4! Finalidade ...............................................................................................................................4!
1.5! Princípios ................................................................................................................................5!
1.6! Objeto .....................................................................................................................................7!
1.7! Modalidades .........................................................................................................................11!
1.8! Obrigatoriedade ...................................................................................................................21!
1.9! Inexigibilidade de licitação ...................................................................................................
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22!
1.10! Dispensa de licitação .........................................................................................................24!
1.11! Procedimento ....................................................................................................................32!
1.12! Revogação e anulação ......................................................................................................42!
1.13! Sanções .............................................................................................................................44!
2! Resumo .................................................................................................................... 48!
3! Questões para fixação .............................................................................................. 49!
4! Questões comentadas na aula .................................................................................. 98!
5! Gabarito ................................................................................................................. 125!
6! Referências............................................................................................................. 126!

Olá meus amigos e minhas amigas. Nesta aula, vamos estudar o seguinte tema:

Licitação Pública

Sobre a aula, destaco que este é um assunto bem interessante e que muito provavelmente estará
em sua prova. Então, mais do que nunca, estudem com bastante atenção. Além disso, recomendo
que vocês façam a leitura da Lei 8.666/1993 na íntegra (dá um pouco mais de uma hora de leitura).
Ao longo da aula vamos considerar os valores das modalidades, e suas derivações, instituídos pelo
Decreto 9.412/2018.
Espero que gostem da aula, bons estudos!

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1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

1.1 CONCEITO

Para iniciar nosso estudo vamos primeiro conceituar a licitação. Para Maria Sylvia Zanella Di
Pietro:1
[...] pode-se definir a licitação como o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função
administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a
possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração de
contrato.

Em seguida, a autora faz alguns comentários importantes de alguns pontos do conceito. Um


procedimento administrativo é um conjunto de atos integrados que são realizados dentro de uma
sequência para alcançar um resultado ou ato final. Dessa forma, a licitação é um procedimento
utilizado para oferecer a oportunidade aos diversos interessados em apresentar propostas para, ao
final, selecionar aquela considerada a mais vantajosa para a Administração.
Ainda complementando, Di Pietro destaca que é através da licitação que a Administração abre, a
todos os interessados que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a
possibilidade de apresentação de proposta. O instrumento convocatório, seja a carta-convite ou o
edital, apresenta as condições básicas para participar da licitação e estabelece as normas a serem
observadas no contrato que se pretende celebrar. Assim, o atendimento da convocação implica na
aceitação das condições ali estabelecidas.
Por fim, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais
conveniente para a celebração de contrato é a parte final do conceito. Segundo a autora,
diferentemente do que ocorre na iniciativa privada, quando uma parte faz uma proposta e a outra
aceita, no setor público a licitação equivale a uma oferta dirigida a toda a coletividade que
preencha os requisitos legais e regulamentares. Dentro dessa coletividade, algumas pessoas
apresentarão propostas, que equivalem à aceitação da oferta da Administração. Por fim, o ente
público deverá selecionar a proposta que seja mais conveniente para resguardar o interesse
público, dentro dos requisitos fixados no ato convocatório.

1.2 LEGISLAÇÃO

O arcabouço jurídico das licitações é amplo. O fundamento principal decorre do inciso XXI do artigo
37 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), segundo o qual:
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

1
Di Pietro, 2013, p. 370.

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Desde já, é importante destacar que o dispositivo constitucional permite que a legislação
estabeleça casos em que não se aplica a licitação, ponto que estudaremos mais adiante.
Prosseguindo, o artigo 22, inciso XXVII, da CF/88 estabelece como competência privativa da União
legislar sobre “normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III”, conforme redação dada pela EC 19/1998. Dessa
forma, à União compete estabelecer as normas gerais, aplicáveis a todos os entes federados,
cabendo aos estados, Distrito Federal e municípios editarem normas específicas. De certa forma, a
União também pode editar normas específicas, mas que, neste caso, não se aplicaria aos demais
entes federados.
Ainda na Constituição, a EC 19/1998, dando nova redação ao artigo 173, § 1º, da CF, fez previsão
para o estatuto jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista, dispondo, entre
outros temas, sobre normas próprias de licitação e contratação para essas entidades. Esse estatuto
foi elaborado, constituindo-se na Lei 13.303/2016, que apresenta um regime licitatório específico
para as empresas estatais.
Partindo para a legislação infraconstitucional, a Lei 8.666/1993, que regulamenta o inciso XXI do
artigo 37 da CF, estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes
a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Outro documento importante é a Lei 10.520/2002, que institui, no âmbito da União, estados,
Distrito Federal e municípios, a modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de
bens e serviços comuns.
A partir de agora, nossa análise tomará por base a Lei 8.666/1993 (Lei de Licitações e Contratos,
LLC, Lei de Licitações, Estatuto geral das licitações ou somente Estatuto). Assim, quando não
houver menção sobre qual lei estamos falando ou sobre qual lei se refere os dispositivos
mencionados, estaremos tratando Lei 8.666/1993.

1.3 DESTINATÁRIOS

O artigo 1º da Lei de Licitações estabelece o seu campo de aplicação da seguinte forma:


Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos
especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Dessa forma, as normas gerais de licitação se aplicam a todos os entes federados (União, estados,
Distrito Federal e municípios), envolvendo os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário),
incluindo ainda os Tribunais de Contas e o Ministério Público. Aplica-se também aos órgãos
encarregados de gerir os fundos especiais e às autarquias, fundações públicas.

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Contudo, sobre a parte final do art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/1993, surge um tema que
poderá gerar dúvidas nas próximas provas.
Conforme mencionado acima, a EC 19/1998 permitiu a elaboração de legislação própria para
empresas públicas e sociedades de economia mista. Essa nova legislação é a Lei 13.303/2016, que
apresenta um regime licitatório específico para as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e suas subsidiárias, exploradoras de atividade econômica, ainda que a atividade econômica
ou
esteja sujeita ao regime de monopólio da União, ou prestadoras de serviços públicos (Lei
13.303/2016, art. 1º, caput). Ademais, as disposições da Lei 13.303/2016 aplicam-se inclusive às
sociedades, inclusive as de propósito específico, que sejam controladas por empresa pública ou
sociedade de economia mista (Lei 13.303/2016, art. 1º, § 6º).
Assim, desde a edição da Lei 13.303/2016, podemos dizer que houve uma revogação tácita do
trecho final do art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/1993, uma vez que esta não se aplica mais às
empresas públicas e às sociedades de economia mista, incluindo ainda às suas subsidiárias e
sociedades por elas controladas.
Salientamos, entretanto, que é preciso tomar cuidado nas questões de concursos. Principalmente
em questões literais, uma vez que o art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/1993 não foi
expressamente revogado. Se a questão cobrar o âmbito de aplicação da Lei 8.666/1993, o mais
adequado, atualmente, é excluir a aplicação às empresas estatais.
Ressalta-se, por fim, que ao longo desta aula a Lei 13.303/2016 não será estudada, já que o
assunto aqui abordado refere-se às normas gerais de licitações previstas na Lei 8.666/1993.

1.4 FINALIDADE
está descrita
A finalidade ou destinação da licitação encontra-se disciplinada em seu artigo 3º nos seguintes
termos:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Essa redação foi dada pela Lei 12.349/2010, incluindo como terceira finalidade a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável. Dessa forma, podemos destacar as finalidades da seguinte
forma:
¥ garantir a observância do princípio constitucional da isonomia: o procedimento deve
proporcionar igualdade entre os participantes no procedimento licitatório. Este princípio
sofreu flexibilização a partir da Lei 12.349/2010, uma vez que essa Lei incluiu possibilidades
de se instituir margem de preferência para os possíveis candidatos;
¥ seleção da proposta mais vantajosa: a proposta mais vantajosa é aquela que atende da
melhor maneira às necessidades da entidade e do interesse público, o que nem sempre será
o menor preço;

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¥ promoção do desenvolvimento nacional sustentável: devido ao grande impacto que as


compras governamentais têm na economia. As licitações públicas devem buscar o
desenvolvimento econômico e o fortalecimento de cadeias produtivas de bens e serviços
domésticos, com vistas à instituição de incentivos à pesquisa e à inovação.
Dessa forma, foram incluídas margens de preferência na Lei de Licitações, a exemplo da previsão o
§5º do artigo 3º: “Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015): (i) produtos manufaturados e para serviços nacionais
que atendam a normas técnicas brasileiras; e (ii) bens e serviços produzidos ou prestados por
empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com
deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade
previstas na legislação”.

1.5 PRINCÍPIOS

O artigo 3º apresentado acima traz como princípios básicos da licitação a:2


¥ legalidade: não pode prevalecer a vontade do administrador, pois sua atuação deve pautar-
se no que a lei impõe;
¥ impessoalidade: na licitação, esse princípio está intimamente ligado aos princípios da
isonomia e do julgamento objetivo. As decisões da Administração devem pautar-se em
critérios objetivos, sem levar em consideração as condições pessoais dos licitantes;
¥ moralidade e probidade administrativa: o comportamento da Administração não deve ser
apenas lícito, mas também se basear na moral, nos bons costumes, nas regras de boa
administração, nos princípios da justiça e de equidade, na ideia comum de honestidade;
¥ igualdade: a licitação não se destina exclusivamente a escolha da proposta mais vantajosa.
Para isso, bastaria que o Administrador comprasse de uma empresa de seu irmão com o
menor preço do mercado. Contudo, deve ir além disso, garantindo também a igualdade de
direitos a todos os interessados em contratar;
¥ publicidade: diz respeito não apenas à divulgação do procedimento para conhecimento de
todos os interessados (publicação do edital, divulgação da carta-convite), como também aos
atos da Administração praticados nas várias fases do procedimento. Quanto maior a
competitividade, maior deve ser a publicidade.
O §3º da Lei 8.666/1993 estabelece que a licitação “não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis
ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva
abertura”. Esta ressalva dá origem a outro princípio da licitação, qual seja o sigilo na apresentação
das propostas.
Outrossim, o artigo 4º dá o direito a qualquer cidadão para acompanhar o desenvolvimento da
licitação, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos. Além

2
Comentários com base em Di Pietro, 2013,

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disso, diversos outros dispositivos constituem aplicação do princípio da publicidade, constituindo


meios para a ampla fiscalização sobre a legalidade do procedimento.
¥ vinculação ao instrumento convocatório: segundo o artigo 41, “A Administração não pode
descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”. Em
complemento, o inciso V do artigo 43 estabelece que o: “julgamento e classificação das
propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital”. Dessa forma, o
edital constitui a lei interna da licitação, ao qual estão vinculados a entidade licitante e todos
os concorrentes;
¥ julgamento objetivo: decorre do princípio da legalidade, estabelecendo que o julgamento
das propostas há de ser feito de acordo com os critérios fixados no edital. Esse princípio
decorre também do artigo 45, que estabelece o seguinte:
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua
aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

O artigo 3º, além de apresentar os princípios expressos, estabelece, ao seu final, que se aplicam
também os princípios que “lhes são correlatos”. Dessa forma, a doutrina menciona diversos outros
princípios. Hely Lopes Meirelles3, por exemplo, apresenta uma relação maior de princípios:
procedimento formal, publicidade, igualdade entre os licitantes, sigilo das propostas, vinculação ao
edital, julgamento objetivo, probidade administrativa e adjudicação compulsória.
Segundo o autor, como procedimento formal, a licitação deve obediência às prescrições legais que
a regem em todos os seus atos e fases, devendo seguir, ainda, os regulamentos e cadernos de
obrigações próprios da entidade, além do edital ou carta-convite.
Por fim, a adjudicação diz respeito ao ato da autoridade competente que atribui ao vencedor do
certame o seu objeto. A adjudicação é o ato unilateral pelo qual a Administração declara que, se
vier a celebrar o contrato referente ao objeto da licitação, obrigatoriamente o fará com o licitante
vencedor4. Dessa forma, a adjudicação compulsória ao vencedor impede que a Administração,
concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a terceiro que não seja o legítimo
vencedor.
Esse princípio, porém, dá direito apenas a adjudicação, não garantindo a celebração do contrato.
Assim, impede-se que o órgão celebre o contrato com outro ou abra novo procedimento licitatório
para o mesmo objeto enquanto estiver válida a adjudicação. Impede, também, que o órgão protele
a contratação indefinidamente sem apresentar motivo para tal. Todavia, não constitui direito
subjetivo à assinatura do contrato, ou seja, a Administração possui a prerrogativa de, por motivos
supervenientes, deixar de assinar o contrato.

3
Meirelles, 2013, p. 299.
4
Barchet, 2008, p. 427.

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1.6 OBJETO

Segundo Hely Lopes Meirelles5, o objeto da licitação “é a obra, o serviço, a compra, a alienação, a
concessão, a permissão e a locação que, afinal, será contratada com o particular”. Dessa forma, o
objeto da licitação confunde-se com o próprio objeto do contrato.
Vejamos algumas definições apresentadas pela própria Lei 8.666/1993 (art. 6º):
¥ obra: toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por
execução direta ou indireta;
¥ serviço: - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a
Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade,
seguro ou trabalhos técnico-profissionais;
¥ compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou
parceladamente;
¥ alienação: toda transferência de domínio de bens a terceiros;
A concessão e a permissão são formas de delegação de serviços públicos previstas no artigo 175
da CF/88. Por fim, a locação ocorre quando um proprietário cede determinado bem para utilização
de terceiros.

(Cespe – Administrador/DPF/2014) A utilização da licitação pública para a aquisição de


produtos e serviços atende ao princípio da isonomia para a contratação, assegurando
igualdade de condições aos interessados em fornecer ao Estado.
Comentário: a realização de licitação ocorre para oferecer oportunidade a mais de um
interessado em apresentar proposta, e para assegurar a igualdade de condições a todos os
participantes do processo. A garantia disso reflete o princípio da igualdade/isonomia
apresentada no artigo 3º da LLC.
Gabarito: correto.
(Cespe – Administrador/DPF/2014) O princípio da impessoalidade, no que se refere à
execução de obras públicas, proíbe a subcontratação de empresas para a execução de parte
do serviço licitado, porquanto a escolha pessoal do subcontratado pelo contratado viola o
interesse público.

5
Meirelles, 2013, p. 300.

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Comentário: o princípio da impessoalidade afirma que a Administração deve pautar-se em


critérios objetivos, sem levar em consideração as condições pessoais dos licitantes. Quanto à
subcontratação, cabe saber que ela é permitida desde que expressamente prevista no edital.
Gabarito: errado.
(Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Em razão do princípio da eficiência, é possível,
mediante licitação, a contratação de empresa que não tenha apresentado toda a
documentação de habilitação exigida, desde que a proposta seja a mais vantajosa para a
administração.
Comentário: o princípio da eficiência determina que a Administração Pública, agindo com
moralidade e legalidade, se utilize dos bens públicos de modo a garantir maior rentabilidade
social e evitando desperdícios.
Somente conhecendo o princípio já é possível ver que ele não se alinha com o enunciado da
questão.
Além disso, a contratação de qualquer empresa que não apresente a documentação
solicitada é vedada, obedecendo ao princípio da legalidade.
Gabarito: errado.
(Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Não há previsão legal para o estabelecimento,
nos processos licitatórios, de margem de preferência para bens e serviços com tecnologia
desenvolvida no Brasil.
Comentário: a margem de preferência foi instituída pela MP 495/2010, que flexibilizou o
conceito de proposta mais vantajosa para a Administração, incluindo como um de seus
objetivos o desenvolvimento nacional sustentável. Assim, é possível considerar uma proposta
como mais vantajosa, mesmo que ela não seja a de menor valor.
Os casos de margem de preferência devem levar em conta (art. 3º, §6º):
I - geração de emprego e renda;
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais;
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País;
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
Além disso, poderá ser estabelecida margem de preferência adicional para os produtos
manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica
realizados no País.
Logo, há previsão legal para margem de preferência para bens e serviços com tecnologia
desenvolvida no Brasil.
Gabarito: errado.
(Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Dadas as alterações feitas, nos últimos anos, no
marco regulatório das licitações públicas, aos requisitos do melhor preço e da maior

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vantagem para a administração pública somaram-se, também, critérios de sustentabilidade


ambiental.
Comentário: as finalidades da licitação estão previstas no artigo 3º da LLC. Para tanto, o texto
traz como finalidades
• a garantia e observância ao princípio da isonomia;
• a seleção da proposta mais vantajosa; e
• a promoção do desenvolvimento nacional sustentável (conforme redação da Lei
12.349/2010).
Dessa forma, correta a assertiva.
Gabarito: correto.
(Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Cabe privativamente à União legislar acerca de
normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos estados, do DF e dos municípios.
Comentário: compete à União estabelecer as normas gerais, aplicáveis a todos os entes
federados, cabendo aos estados, Distrito Federal e municípios editarem normas específicas.
Gabarito: correto.
(Cespe – Grupo Gestor/MPOG/2013) O primeiro critério de desempate a ser utilizado, em
uma concorrência, é o de bens e serviços produzidos no país.
Comentário: os critérios desempate que constam no artigo 3º, § 2o da Lei 8.666/93 são os
seguintes:
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente,
aos bens e serviços:
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no
País.
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei
para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de
acessibilidade previstas na legislação.
Para tanto, correta a assertiva.
Gabarito: correto.
(Cespe – Grupo Gestor/MPOG/2013) Todo o processo licitatório deve ocorrer em sigilo, para
que seja possível manter a isonomia do processo.
Comentário: o processo licitatório deve ter seu acesso liberado ao público, sendo apenas o
conteúdo das propostas sigiloso até a sua abertura (§3º da Lei 8.666/1993).
Gabarito: errado.

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(Cespe – APGI/INPI/2013) Um dos objetivos dessa lei é dar transparência ao processo


licitatório e permitir igualdade de participação a todos, além de observar a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável.
Comentário: segundo o artigo 3º (vamos repetir esse artigo várias vezes, pois ele é
fundamental para a prova) da Lei 8.666/1993:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
As finalidades da licitação expressamente previstas no artigo 3º são:
• garantir a observância do princípio constitucional da isonomia;
• seleção da proposta mais vantajosa para a administração; e
• promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Podemos enquadrar também a garantia do cumprimento de seus princípios, dentre eles o da
publicidade que tem, entre seus objetivos, a garantia da transparência do procedimento.
Gabarito: correto.
(Cespe – AJ/TJ ES/2010) A licitação é um processo administrativo por se constituir de atos
jurídicos praticados com o propósito de se alcançar um determinado resultado.
Comentário: a licitação é um procedimento administrativo, sendo realizada para alcançar
determinado resultados: “garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a
seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável”.
Gabarito: correto.
(Cespe – AJ/TJ ES/2010) Como forma de favorecer a celeridade na contratação de serviços
públicos ou na alocação de bens, a legislação atribui competência concorrente aos municípios
para que estes possam criar modalidades simplificadas de licitação.
Comentário: somente a União pode legislar sobre normas gerais de licitação. Assim, os
demais entes federados não podem criar outras modalidades licitatórias, conforme
determina o §8º do art. 22 da LLC:
§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.
Gabarito: errado.
(Cespe – APGI/INPI/2013) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal, de forma
concorrente, editar normas gerais de contratação, em todas as modalidades, para suas
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais, e para as empresas públicas e
sociedades de economia mista que lhes são vinculadas.
Comentário: a competência para editar normas gerais sobre licitações e contratos é da
União, cabendo aos estados, Distrito Federal e municípios apenas editar normas específicas.

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Gabarito: errado.

1.7 MODALIDADES

O artigo 22 da Lei 8.666/1993 estabelece as seguintes modalidades de licitação: concorrência,


tomada de preços, convite, concurso; e leilão. Além dessas, a Lei 10.520/2002 instituiu a
modalidade de licitação chamada pregão. Por fim, a Lei 9.472/1997, Lei da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), criou a modalidade chamada consulta, aplicável às demais agências
reguladoras por determinação do artigo 37 da Lei 9.986/2000.
O § 8º do artigo 22 da Lei veda expressamente a criação de outras modalidades de licitação ou a
combinação das modalidades nela referidas. Esse dispositivo deve ser entendido como uma
vedação para que se criem novas modalidades de licitação por atos administrativos, decretos ou lei
federal, estadual ou municipal. Porém, a criação de novas modalidades por meio de lei nacional é
permitida, a exemplo da Lei 10.520/2002, que é uma lei nacional, aplicável a todos os entes
federados.
O critério para escolha da concorrência, tomada de preços ou convite – conhecidas como
modalidades comuns –, em geral, decorre do valor do objeto a ser licitado.
O convite é aplicável para obras e serviços de engenharia até o valor de R$ 330 mil e para
compras e demais serviços o limite é de R$ 176 mil. Por sua vez, a tomada de preços (TP) pode ser
utilizada em obras e serviços de engenharia de até R$ 3,3 milhões e para compras e demais
serviços o valor máximo é de R$ 1,43 milhão. Acima desses valores, aplica-se a concorrência.
Cabe destacar que as modalidades mais complexas podem ser utilizadas nos valores abrangidos
pelas modalidades mais simples. Isso quer dizer que seria possível, por exemplo, aplicar a
concorrência em uma obra ou serviço de engenhar de R$ 70 mil, ou R$ 350 mil. Essa aplicação
decorre dos §§ 3º e 4º do artigo 23, vazado nos seguintes termos:
§ 3° A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na
compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de direito real de
uso e nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a
tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o
convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.
§ 4° Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer
caso, a concorrência.

Dessa forma, podemos afirmar que a concorrência abrange a tomada de preços e o convite,
enquanto a tomada de preços abrange o convite. A figura a seguir resume tudo isso:

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Obras e Serviços
Modalidade Compras e Demais Serviços
de Engenharia

Concorrência

Acima de R$ 3,3 Acima de R$ 1,43 milhão


Tomada de milhões
preços

Convite Até R$ 3,3 Até R$ 1,43 milhão


milhões

Até R$ 330 mil Até R$ 176 mil

Esses valores, no caso dos consórcios públicos, previstos na Lei 11.107/2005, serão aplicados em
dobro, quando o consórcio for formado por até três entes da federação, e em triplo, quando
formado por um maior número. Exemplificando, se o consórcio for formado por três entes
federados, ele poderá utilizar a modalidade de tomada de preços para obras e serviços de
engenharia até o valor de R$ 6,6 milhões (2x 3,3).

1.7.1 Concorrência

A concorrência é a mais complexa das modalidades comuns, sendo aplicada em licitações de maior
vulto, precedida de ampla publicidade. De acordo com o §1º do artigo 22, a concorrência é a
modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto.
Essa é a mais complexa modalidade de licitação, podendo ser aplicada, em tese, em qualquer
situação quando o critério de escolha for o valor.
Apresenta como características principais a universalidade e a ampla publicidade:

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¥ universalidade: significa a possibilidade de participação de quaisquer interessados que, na


fase de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital6, independentemente de registro cadastral;
¥ ampla publicidade: a divulgação da concorrência deverá ocorrer por todos os meios
disponíveis, por tantas vezes quantas julgar necessária.7
A publicidade da concorrência é a mais ampla. Além do prazo mais dilatado entre a publicação do
edital e o recebimento das propostas ou da realização do evento, deve-se buscar divulgar os meios
em jornais, internet ou outros meios.
Vamos aproveitar para apresentar os prazos exigidos pela Lei entre a publicação do edital e
recebimento das propostas ou da realização do evento (artigo 21, §2º e incisos):
Prazo Situação
a) concurso; ou
45 dias b) concorrência, para o regime de empreitada integral ou quando a licitação
for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço";
c) concorrência, nos casos não especificados acima; ou
30 dias d) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou
"técnica e preço";
e) tomada de preços, nos casos não especificados acima; ou
15 dias
f) leilão;

5 dias úteis g) convite.

Conforme consta no §4º, art. 21, qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma
forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Voltando para a concorrência, podemos destacar ainda outra característica dessa modalidade, que
é a fase de habilitação preliminar, realizada após a abertura do procedimento (publicação do
resumo do edital).8
A aplicação da concorrência não decorre somente do preço. A LLC estabelece outros casos que
exigem a utilização dessa modalidade, independentemente do valor do objeto. Maria Di Pietro9
resume da seguinte forma os casos em que a concorrência é obrigatória:
a) obras e serviços de engenharia de valor superior a R$ 3.300.000,00 (três milhões e
trezentos mil reais);
b) compras e serviços que não sejam de engenharia, de valor superior a R$ 1.430.000,00 (um
milhão, quatrocentos e trinta reais);

6
Di Pietro. 2013. p. 412.
7
Borges e Bernardes, 2010, p. 81.
8
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 621.
9
Di Pietro, 2013, p. 408-409.

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c) compra e alienação de bens imóveis, qualquer que seja o seu valor, ressalvado o disposto
no artigo 19, que admite concorrência ou leilão para alienação de bens adquiridos em
procedimentos judiciais ou mediante dação em pagamento (§3º do artigo 23);
Uma pequena pausa para explicar este item. Para compra ou alienação (venda) de bens imóveis
(construções, terrenos etc.), deve-se utilizar a concorrência. Entretanto, o artigo 19 permite que se
utilize tanto a concorrência quanto o leilão, para a alienação, quando a aquisição do bem decorrer
de procedimento judicial ou dação em pagamento.10
d) concessões de direito real de uso (§3º do art. 23);
e) licitações internacionais. Porém, a Lei admite uma exceção em que se poderá utilizar a
tomada de preços e outra em que se poderá utilizar o convite. De acordo com o §3º do art.
23, a concorrência é obrigatória:
[...] nas licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo, a tomada
de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o convite,
quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.

Cabe ressaltar que, mesmo nas hipóteses apresentadas acima para licitações internacionais, os
limites de valores utilizados para o convite e para tomada de preços devem ser respeitados.
f) alienação de bens móveis de valor superior a R$ 1,43 milhão (art. 17, § 6º, c/c art. 23, II, b);
g) registro de preços (art. 15, §3º, I) ressalvadas as hipóteses de utilização do pregão, conforme
artigos 11 e 12 da Lei 10.520/2002;
h) concessão de serviço público (art. 2º, II, da Lei 8.987/1995);
i) parcerias público-privadas (PPP), conforme art. 10 da Lei 11.079/2004.

10
Segundo a Receita Federal, a dação em pagamento é “a extinção de uma obrigação consistente no pagamento da dívida
mediante a entrega de um objeto diverso daquele convencionado. Nesses termos, o devedor transfere ao credor da obrigação um
bem imóvel que é de sua propriedade”.

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obras e serviços de engenharia acima de R$ 3,3


milhões
De acordo com o
valor
compras e serviços que não de engenharia acima de
R$ 1,43 milhão

compra e alienação de bens imóveis (ressalva:


alienação de bens adquiridos de processos judiciais
ou dação em pagamento - pode ser concorrência ou
leilão)
Concorrência
concessão de direito real de uso

concessão de serviço público


Independente do
valor
alienação de bens móveis acima de R$ 1,43 milhão

registro de preços (ressalvados os casos de pregão)

parcerias público-privadas (PPP)

licitações internacionais (ressalvas admitem TP ou


convite)

1.7.2 Tomada de preços

A tomada de preços (TP), por sua vez, é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (art. 22,
§2º, Lei 8.666/1993).
A TP permite a participação de duas espécies de concorrentes: os cadastrados, que já
comprovaram em momento anterior ao da licitação o preenchimento dos requisitos previstos no
edital para a execução do contrato; e os não cadastrados, que poderão apresentar a
documentação comprobatória até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.
Ela é utilizada para celebração de contratos relativos a obras, serviços e compras de menor vulto
quando comparada com concorrência. Assim como na concorrência, o julgamento é realizado por
uma comissão composta por três membros.
É a modalidade aplicável nas seguintes situações:
a) obras e serviços de engenharia com valor estimado de até R$ 3.300.000,00 (três milhões e
trezentos mil reais);
b) compras e serviços que não de engenharia até o valor estimado de R$ 1.430.000,00 (um
milhão, quatrocentos e trinta cinquenta mil reais);
c) em licitações internacionais, desde que preenchidas as seguintes condições:

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o o órgão ou entidade disponha de cadastro internacional de fornecedores;


o o valor estimado do contrato a ser celebrado não ultrapasse o limite de valor para a TP;
Obras e serviços de
engenharia - até R$ 3,3
milhões
Em função do valor
Compras e serviços que
não de engenharia - até
R$ 1,43 milhão
Tomada de Preços
cadastro internacional de
fornecedores
Licitações internacionais,
desde que:
valor estimado dentro do
limite para TP

1.7.3 Convite

O convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,


cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Essa é a modalidade mais simples das três comuns. Assim, a comissão de licitação,
excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exiguidade de pessoal
disponível, poderá ser substituída por servidor formalmente designado pela autoridade
competente (art. 51, §1º).
A diferença fundamental em relação a outras modalidades é que o convite utiliza a carta-convite
no lugar do edital para fins de convocação dos participantes. Esse instrumento não precisa ser
publicado em diário oficial, mas deve ser afixado em local apropriado para que os demais
cadastrados possam participar.
Resumindo, há dois grupos de possíveis participantes. O primeiro envolve os concorrentes,
cadastrados ou não, em número mínimo de três, aos quais a Administração envia a carta-convite.
O segundo grupo é formado pelos demais cadastrados, que poderão manifestar interesse em
participar com antecedência mínima de até 24 horas da apresentação da proposta.
Há possibilidade de convidar menos do que três interessados quando, por limitações de mercado
ou manifesto desinteresse, seja impossível a obtenção do número mínimo de licitantes. Essas
circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite
(art. 22, §7º).

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Por outro lado, quando existirem mais do que três possíveis interessados, a cada novo convite,
realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações (art. 22, §6º).
Para fechar, essa é a modalidade aplicável nas seguintes situações:
a) obras e serviços de engenharia com valor estimado em até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta
mil reais);
b) compras e demais serviços com valor estimado em até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis
mil reais);
c) licitações internacionais, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no Brasil,
observados os limites de valor apresentados acima.

Obras e serviços de
engenharia - até R$ 330 mil

De acordo com o valor

Compras e demais serviços -


até R$ 176 mil

Convite
Não haja fornecedor do bem
ou serviço no Brasil
Licitações internacionais,
desde que
A contratação respeite os
limites de valor para o
convite

1.7.4 Concurso

O concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho


técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias (art. 22, §4º).
Nessa modalidade, não interessa mais o valor, mas a natureza do objeto.
O procedimento dessa modalidade é bem diferente do utilizado nas modalidades comuns. O
julgamento é realizado por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e
reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.
Ademais, os tipos de licitação previstos no artigo 45 da Lei 8.666/1993 não se aplicam para essa
modalidade, conforme contas no §1º daquele artigo: “Para os efeitos deste artigo, constituem
tipos de licitação, exceto na modalidade concurso”.
O artigo 52 da Lei determina que o concurso deverá ser precedido de regulamento próprio, a ser
obtido pelos interessados no local indicado no edital, indicando pelo menos: I - a qualificação
exigida dos participantes; II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; III - as condições
de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.

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O concurso destina-se à contratação de trabalhos técnico, científico ou artístico, a exemplo de


obras de artes, projetos arquitetônicos, monografias, etc. Dessa forma, os critérios de avaliação
serão distintos para cada processo, tendo em vista às peculiaridades do tipo de aquisição.
Por fim, é importante não confundir o concurso, como modalidade de licitação realizada com o
objetivo de contratar trabalhos; com o concurso público, utilizado, nos termos do inciso II do art.
37 da CF/88, para selecionar pessoas para ocupar cargos/empregos públicos.

1.7.5 Leilão

Nos termos do § 5º do art. 22, o leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados
para a venda, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, dos seguintes
bens:
a) bens móveis inservíveis para a administração;
b) produtos legalmente apreendidos ou penhorados; ou
c) para a alienação de bens imóveis, em que a aquisição derivou de procedimentos judiciais ou
dação em pagamento, conforme determina os art. 19, III.
Não é em todos os casos, porém, que se pode utilizar o leilão para a alienação de bens móveis. O
Estatuto de Licitações define como limite o valor de R$ 1,43 milhão de reais, acima desse valor
deve-se utilizar a concorrência.
Com efeito, o artigo 53 estabelece que o leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor
designado pela Administração. Além disso, todo bem a ser leiloado será previamente avaliado
pela Administração para fixação do preço mínimo de arrematação.
Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a
5% (cinco por cento), com exceção dos leilões internacionais, nos quais o pagamento da parcela à
vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas.
Finalizando, o § 5º do artigo 53 estabelece, para fins de atendimento do princípio da publicidade,
que o edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no município em que se
realizará.

1.7.6 Consulta

Essa modalidade é aplicada exclusivamente às agências reguladoras. A consulta foi criada pela Lei
Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/1997), que também criou a Anatel. Posteriormente, sua
aplicação foi estendida para todas as demais agências através do artigo 37 da Lei 9.986/2000.
Contudo, a consulta é uma modalidade de exceção, pois o artigo 54 da Lei 9.472/1997 estabelece
que a contratação de obras e serviços de engenharia civil está sujeita aos procedimentos
previstos na Lei 8.666/1993. Além disso, o artigo 56 dispõe que os bens e serviços comuns
poderão ser contratados por meio do pregão. Finalmente, o artigo 58 da Lei da Anatel dispõe que
a modalidade de consulta tem por objetivo o fornecimento de bens e serviços não compreendidos
nos artigos 56 e 57, que tratam dos bens ou serviços comuns.
Dessa forma, a consulta não se aplica a:

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¥ obras e serviços de engenharia civil (modalidades da Lei 8.666/1993); e


¥ bens e serviços comuns (pregão, Lei 10520/2002).
Por fim, a Resolução Anatel nº 5/1998, dispõe que a consulta “é a modalidade de licitação em que
ao menos cinco pessoas, físicas ou jurídicas, de elevada qualificação, serão chamadas a apresentar
propostas para fornecimento de bens ou serviços não comuns”.

1.7.7 Pregão

As modalidades licitatórias previstas na Lei 8.666/1993, na maioria das vezes, não conseguiram dar
a celeridade desejável à atividade administrativa de escolha dos futuros contratados11. Para
resolver este problema, a Lei 10.520/200212 instituiu uma nova modalidade licitatória, o pregão,
com disciplina e procedimentos próprios, destinada à aquisição de bens e serviços comuns.
A Lei 10.520/2002 é uma lei nacional, aplicável, portanto, à União, estados, Distrito Federal e
municípios.
O artigo 1º da Lei dispões que,
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão,
que será regida por esta Lei.
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado.

Destacamos o poderá, pois, para a União, o pregão é obrigatório, preferencialmente na forma


eletrônico, conforme determina o artigo 4º do Decreto 5.450/2005:
Art. 4° Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo
preferencial a utilização da sua forma eletrônica.

A aplicação do pregão não decorre de seu valor, mas do objeto. O pregão é utilizado para a
aquisição de bens e serviços comuns, independentemente do valor estimado para a contratação.
Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.
Bem ou serviço comum não quer dizer que seja simples, mas que suas características podem ser
descritas no edital através das especificações de mercado. Dessa forma, o TCU já entendeu
possível até a contratação de serviços de engenharia ou o fornecimento de bens e serviços comuns
de informática e automação.

11
Carvalho Filho, 2013, p. 304.
12
O primeiro diploma legal a dispor sobre o pregão foi a Lei 9.472/1997 – Lei Geral de Telecomunicações.

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(Cespe – APGI/INPI/2013) A venda de bens imóveis de propriedade da União poderá ser


realizada diretamente ao interessado, desde que realizado o pagamento integral do valor do
imóvel até 24 horas da abertura da respectiva concorrência.
Comentário: a questão fez uma misturança dos artigos que tratam do leilão, vejamos:
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administração, procedendo-
se na forma da legislação pertinente.
§ 1° Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo de
arrematação.
§ 2° Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5%
(cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues
ao arrematante, o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação,
sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.
§ 3° Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas.
Dessa forma, os bens arrematados poderão ser pagos à vista ou em percentual estabelecido
no edital, que não pode ser inferior a 5%. Depois de lavrada a ata, os bens devem ser
entregues imediatamente. O prazo para pagamento do restante deve constar no edital de
convocação. Por fim, o prazo de vinte e quatro horas é para pagamentos à vista em licitações
internacionais.
Gabarito: errado.
(Cespe – APGI/INPI/2013) A unidade administrativa poderá endereçar convites a empresas
do ramo do objeto licitado, cadastradas ou não. No entanto, o processo deve transcorrer
conforme o que prevê a lei.
Comentário: a carta-convite pode ser enviada para empresas cadastradas ou não, desde que
sejam do ramo do objeto licitado. Além disso, a cópia do instrumento convocatório deverá
ser afixada, em local apropriado, para permitir a participação de demais interessados,
cadastrados, que manifestarem interesse em participar do convite no prazo de até 24 horas
antes da apresentação da proposta. A repetição é fundamental para o concurseiro:
Art. 22. [...] § 3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a
qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro)
horas da apresentação das propostas.
Por fim, é óbvio que o procedimento deve transcorrer conforme determina a lei (princípio da
legalidade).
Gabarito: correto.
(Cespe – AGPI/INPI/2013) Para um serviço de engenharia que tiver o valor integral de R$
750.000,00, é possível utilizar a modalidade licitatória denominada concorrência.
Comentário: a concorrência abrange as demais modalidades, podendo ser aplicada, em geral,
a qualquer valor. Assim, para serviços de engenharia cujo valor estimado seja de R$ 750 mil
(poderia utilizar a tomada de preços também). Assim, nas situações em que o convite é
permitido, também é possível utilizar a tomada de preços; e quando a tomada de preços for

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permitida, também será possível utilizar a concorrência. A tabela abaixo resume os limites
para as modalidades:

Gabarito: correto.
(Cespe – Analista de Licitação/MME/2013) O Poder Público pode se utilizar, exclusivamente,
do procedimento licitatório na modalidade concurso para celebrar contrato de
a) credenciamento.
b) trabalhos artísticos.
c) empréstimo público.
d) serviços de publicidade.
e) convênio.
Comentário: segundo o §4º do artigo 22:
§4° Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
Dessa forma, quando se deseja celebrar um contrato para trabalhos artísticos, a modalidade
obrigatória será o concurso, com estipulação de prêmio ou remuneração ao vencedor.
Gabarito: alternativa B.

1.8 OBRIGATORIEDADE

Vimos que o artigo 37, inciso XXI, da CF/88 determina que, ressalvados os casos especificados na
legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de
licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes.
Regulamentando o mencionado inciso, a Lei 8.666/1993 dispõe, em seu artigo 2º, que as obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de
licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.
Percebe-se, dessa forma, que se a Administração desejar contratar com terceiros a realização de
obras, serviços e compras; alienar bens; fazer concessões ou permissões de serviços públicos; ou,
então, realizar locações; deverá utilizar o procedimento licitatório para proporcionar a todos os
interessados iguais oportunidades de concorrência, buscando obter, ainda, a seleção da proposta
mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Nesse contexto, Hely Lopes Meirelles ensina que,

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A expressão obrigatoriedade de licitação tem um duplo sentido, significando não só a compulsoriedade da licitação em
geral como, também, a da modalidade prevista em lei para a espécie, pois atenta contra os princípios de moralidade e
eficiência da Administração o uso de modalidade mais singela quando se exige a mais complexa, ou o emprego desta,
normalmente mais onerosa, quando o objeto do procedimento não a comporta.

Em que pese as lições do autor, cabe destacar, principalmente para concursos, que nada impede
que se aplique a licitação mais complexa quando se poderia utilizar uma mais simples, como no
caso em que se utiliza a concorrência quando poderia ser aplicada a tomada de preços.
Por fim, vimos que a Constituição e, por conseguinte, a Lei 8.666/1993 permitem ressalvas à
utilização da licitação, são os casos de dispensa e inexigibilidade de licitação, conforme veremos a
seguir.

1.9 INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

A inexigibilidade de licitação ocorre quando há inviabilidade jurídica de competição entre


contratantes, quer pela natureza específica do negócio, quer pelos objetivos sociais visados pela
Administração13. Ocorre em situações que, mesmo que o Administrador desejasse, não seria
possível proporcionar a competição. Dessa forma, as situações de inexigibilidade são vinculadas.
Imagine uma prefeitura municipal que deseje contratar a cantora Ivete Sangalo, diretamente ou
através de seu empresário exclusivo, como fazer uma competição nessa situação? Agora, pense
em uma situação em que um órgão, localizado no interior da Amazônia, em um município em que
só existe um fornecedor de pneus. Como fazer a competição se só há um fornecedor? São
situações como essas em que se aplica a inexigibilidade de licitação.
Dessa forma, o artigo 25 da Lei de Licitações dispõe o seguinte:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se
realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda,
pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

A primeira observação que devemos fazer é que o rol de situações apresentadas no artigo 25 é
apenas exemplificativo. Isso quer dizer que a inexigibilidade não ocorre apenas nas três situações
apresentadas no artigo. Sempre que existir a inviabilidade de competição, estará presente um caso
de inexigibilidade.
Agora vamos analisar cada um dos casos enumerados no artigo.

13
Meirelles, 2013, p. 309.

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1.9.1 Produtor ou vendedor exclusivo

A primeira hipótese, produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, é bem óbvia. Se só


há uma pessoa disponível para fornecer o produto ou serviço, seria inútil realizar uma licitação.
Contudo, Meirelles destaca que se deve diferenciar a exclusividade industrial da comercial. A
primeira é a do produtor privativo no País; enquanto a segunda é a dos vendedores e
representantes na praça. Dessa forma, quando só há um produtor, não há dúvida que a
Administração só poderá adquirir daquela empresa. Assim, a exclusividade de produtor é absoluta,
afastando a possibilidade de licitação em qualquer de suas modalidades.
Porém, o conceito de exclusividade de vendedor e representante comercial é relativo. Assim, o
autor propõe que a exclusividade para o convite é na praça (único vendedor na localidade); para a
tomada de preços é no registro cadastral (único vendedor no registro cadastral); e para a
concorrência é no País (único vendedor no País).

1.9.2 Serviços técnicos profissionais especializados

A situação do item II é a mais complexa. Conforme entendimento do Tribunal de Contas da União


(Súmula 252/2010), devem estar presentes, simultaneamente, três requisitos para que ocorra a
inexigibilidade prevista no inciso II do artigo 25 da Lei 8.666/1993:
¥ serviço técnico especializado, entre os mencionados no artigo 13 da Lei;
¥ natureza singular do serviço; e
¥ notória especialização do contratado.
O artigo 13 dispõe sobre os serviços técnicos profissionais especializados da seguinte forma:
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos
relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
§ 1° Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos
profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso,
com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. [...]
§ 3° A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu
corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de
licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços
objeto do contrato.

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Assim, se houver possibilidade de competição, o serviço deve ser contratado por concurso. De
outra forma, caso preenchidos os demais requisitos, deve-se utilizar a inexigibilidade.
A natureza singular decorre de características próprias e específicas do objeto do contrato. Isso
envolve a peculiaridade da situação que motivou o contrato e a existência de certo contratado
que, em função da qualidade e singularidade do serviço, torne-se essencial para a situação. Assim,
trata-se de dupla singularidade: (1) da situação que motivou o contrato; (2) dos serviços prestados
pelo especialista.14
Finalmente, o conceito de profissional de notória especialização é encontrado na própria Lei
(artigo 25, §1º):
§ 1° Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o
seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

Dessa forma, a notória especialização ocorre quando o trabalho do profissional ou da empresa é


indiscutivelmente o mais adequado para a plena realização do objeto do contrato.15

1.9.3 Contratação de artistas

A última hipótese, também de fácil compreensão, ocorre na contratação de profissionais de


qualquer setor artístico, a exemplo dos músicos. Essa contratação deve ocorrer diretamente ou
mediante empresário exclusivo. Além disso, é imprescindível que o profissional seja consagrado
pela crítica especializada ou pelo público em geral.

1.10 DISPENSA DE LICITAÇÃO

A dispensa de licitação ocorre quando, apesar de existir a possibilidade de competição, o legislador


tenha autorizado ou determinado que a Administração não realize a licitação. Diferentemente da
inexigibilidade, as hipóteses de dispensa estão taxativamente previstas em lei. Dessa forma, a
Administração não pode ampliar discricionariamente as hipóteses de dispensa.
A forma de contratação direta por dispensa de licitação divide-se em licitação dispensada e
licitação dispensável.

1.10.1 Licitação dispensada (vedações)

As hipóteses em que a licitação é dispensada estão expressamente previstas no artigo 17 da Lei


8.666/1993. São casos em que, apesar de ser viável a competição, a Lei determina que não se
realize licitação.

14
Barchet, 2008, p. 460.
15
“Havendo impossibilidade jurídica de competição e não sendo o serviço de natureza singular, de modo a permitir a execução
por mais de um profissional, em respeito ao princípio da igualdade, o administrador deve proceder a pré-qualificação dos
interessados (art. 114) e implantar sistemática objetiva e imparcial na distribuição dos serviços” (Meirelles, 2013, p. 312, a partir
da Decisão 69/93 TCU e Parecer GQ-77/95, da AGU).

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Todas as situações de licitação dispensada se referem à alienação de bens imóveis ou móveis,


previstas respectivamente nos incisos I e II do artigo 17. Não quer dizer que todas as situações de
alienação são de licitação dispensada, mas que todos os casos de licitação dispensada são de
alienação de bens.
Inicialmente, vamos entender os casos em que se exige licitação para alienação de bens.
Quando se tratar de bens imóveis, para a administração direta, autárquica e fundacional, exige-
se:
1. autorização legislativa;
2. existência de interesse público devidamente justificado;
3. avaliação prévia;
4. licitação na modalidade de concorrência, admitindo-se o leilão nos casos previstos no artigo
19 da Lei (bens oriundos de dação em pagamento ou procedimentos judiciais);
Para as empresas públicas e sociedades de economia mista não se exige autorização legislativa.
Tratando-se de bens móveis, para todas as entidades da Administração, exige-se:
1. existência de interesse público devidamente justificado;
2. avaliação prévia;
3. licitação – neste caso a Lei não especifica a modalidade. A doutrina ensina que a modalidade
decorre dos valores previstos no artigo 23 para o convite, TP e concorrência. Ademais, é
possível utilizar o leilão para móveis cuja avaliação não ultrapasse R$ 1,43 milhão.
O artigo 19 da LLC dispõe que os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja
derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato
da autoridade competente, observadas as seguintes regras:
1. avaliação dos bens alienáveis;
2. comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
3. adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
Assim, a alienação de bens imóveis, quando a aquisição decorrer de dação em pagamento ou
procedimento judicial, não exige autorização legislativa. Além disso, é possível utilizar a
concorrência ou o leilão.
Não entraremos em detalhes nos casos de licitação dispensada, uma vez que, além de ser um
assunto amplo e complexo, raramente é cobrado em concursos, ainda mais quando a matéria não
está inserida no Direito Administrativo. Assim, vamos apenas enumerar os casos.
Para a alienação de bens imóveis, a licitação é dispensada nas seguintes situações (art. 17, inciso I):
a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da
administração pública; c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do
inciso X do art. 24 (compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades
precípuas da administração); d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração
pública, de qualquer esfera de governo; f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão

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de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos,
destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização
fundiária de interesse social; g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da
Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da
Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; h) alienação gratuita ou
onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros
quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social
desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; e i) alienação e concessão de
direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde
incidam ocupações em áreas não superiores a 2.500 ha (dois mil e quinhentos hectares) para fins
de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais.
Além desses casos, a Lei 11.195/2005 deu nova redação ao § 2º do artigo 17, dispondo sobre casos
em que a Administração poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de
imóveis com licitação dispensada.
Tratando-se de bens móveis, os casos de licitação dispensada são os seguintes: a) doação,
permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade
e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação; b) permuta,
permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública; c) venda de ações,
que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica; d) venda de títulos, na
forma da legislação pertinente; e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou
entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades; f) venda de materiais e
equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização
previsível por quem deles dispõe.
1.10.1.1 Licitação dispensável
As hipóteses de licitação dispensável encontram-se taxativamente previstas no artigo 24 da Lei de
Licitações. Maria Sylvia Zanella Di Pietro divide as hipóteses de licitação dispensável em quatro
grupos, vejamos:
à Em razão do pequeno valor (incisos I e II do artigo 24):
¥ até R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) para obras e serviços de engenharia (10% do valor
previsto no artigo 23, I, a);
¥ até R$ 17.600,00 (dezessete mil e seiscentos reais) para compras e serviços que não sejam
de engenharia (10% do valor previsto no artigo 23, II, a).
Para consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e para as autarquias ou
fundações qualificadas como Agências Executivas, os limites acima são aplicados em dobro (20%).
à Em razão da situação (art. 24):
¥ nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem (inciso III);
¥ nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente

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para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as


parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e
oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos (inciso IV);
¥ licitação deserta ou frustrada – quando não acudirem interessados à licitação anterior e
esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas,
neste caso, todas as condições preestabelecidas (inciso V);
¥ quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar
o abastecimento – por exemplo: a União adquire determinado bem e o coloca no mercado
para baixar os preços e normalizar o abastecimento do produto (inciso VI);
¥ quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos
praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos
oficiais competentes (inciso VII) – a Administração deve dar oito dias úteis para
apresentação de novas propostas;
¥ quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos
estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
Nacional (inciso IX);
¥ na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de
rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido (inciso XI);
¥ para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente
vantajosas para o Poder Público (inciso XIV);
¥ nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações,
unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de
curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo
de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais
puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor
não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23 – R$ 176.000,00 – (inciso
XVIII);
¥ na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por
associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda
reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de
equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública (inciso
XXVII); e
¥ para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam,
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de
comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão (inciso XXVIII);

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à Em razão do objeto (art. 24):


¥ para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha,
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia
(inciso X);
¥ nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário
para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com
base no preço do dia (inciso XII);
¥ para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade
certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade (inciso
XV);
¥ para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários
à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao
fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for
indispensável para a vigência da garantia (inciso XVII);
¥ para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de
uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização
requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante
parecer de comissão instituída por decreto (inciso XIX);
¥ para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no
caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a
alínea “b” do inciso I do caput do art. 2316 (inciso XXI);
¥ na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de
fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de
exploração de criação protegida (inciso XXV);
¥ na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das
Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior,
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e
ratificadas pelo Comandante da Força (inciso XXIX);
¥ na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins
lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito
do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na
Reforma Agrária, instituído por lei federal (inciso XXX);
¥ na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o
Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990,
conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição
destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica (inciso XXXII);

16
Quando aplicada a obras e serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação específica.

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à Em razão da pessoa:
¥ para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno (União, estados, DF,
municípios, autarquias e fundações públicas de direito público), de bens produzidos ou
serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha
sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado (inciso VIII);
¥ na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da
pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação
ético-profissional e não tenha fins lucrativos (inciso XIII);
¥ para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração,
e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a
pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a
Administração Pública, criados para esse fim específico;
¥ na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a
prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado (inciso XX) – exemplo: Apae17;
¥ na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com
concessionário, permissionário ou autorizado (inciso XXII);
¥ na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas
subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção
de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado
(inciso XXIII);
¥ para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais,
qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no
contrato de gestão (inciso XXIV); e
¥ na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua
administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos
termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação
(inciso XXVI);
¥ na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de
cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção
de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta
regular de água (XXXIII);
¥ para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos para
a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente,
tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou

17
Exemplo apresentado na obra de Borges e Bernardes, 2008, p. 156.

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fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional,


científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e
financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que envolvam
transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS,
e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência da Lei
8.666/1993, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado
(XXXIV);
¥ para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos penais,
desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública (XXXV).

(Cespe – Administrador/DPF/2014) A dispensa de licitação é prevista em caso de


inviabilidade de competição, situação que permite à administração adjudicar diretamente o
objeto do contrato.
Comentário: quando existe a inviabilidade de competição o que fica caracterizado é a
inexigibilidade. A dispensa de licitação somente poderá ocorrer nas situações descritas na Lei,
em que existe a possibilidade de competição, mas que o legislador não tenha autorizado ou
determinado a licitação.
Gabarito: errado.
(Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Considere que determinado órgão da
administração pública pretenda adquirir equipamentos de informática no valor de R$
5.000,00. Nesse caso, o referido órgão tem a opção discricionária de realizar licitação ou
proceder à aquisição direta mediante dispensa de licitação, em razão do baixo valor dos
equipamentos.
Comentário: a licitação é dispensável apenas em casos expressos na Lei. Um dos casos seria
em razão de pequeno valor, conforme consta no art. 24, incs. I e II. Assim, para a compra de
produtos e serviços, é possível dispensar a licitação até valor de R$17.600,00. Nesse caso,
como os produtos somam R$5.000,00, a administração poderá, discricionariamente,
dispensar a licitação.
Gabarito: correto.
(Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Considere que determinada pessoa jurídica de
direito privado que administra um porto brasileiro pretenda contratar o único escritório de
advocacia especializado em direito portuário no Brasil para promover ações judiciais acerca
dessa matéria. Nessa situação, é dispensável a licitação.
Comentário: a situação relatada configura inexigibilidade de licitação por se tratar de serviço
técnico de natureza singular (art. 25º). Entende-se tais serviços como decorrente de
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento,
equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com as atividades da empresa, que
permitam inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena
satisfação do objeto do contrato.

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Gabarito: errado.
(Cespe – Agente Administrativo/MTE/2014) Se a administração necessita adquirir
equipamentos que só podem ser fornecidos por produtor, empresa ou representante
comercial exclusivo, a licitação é dispensada, pois cabe ao poder público ajuizar a
conveniência e oportunidade da dispensa.
Comentário: mais uma questão em que a banca trocou inexigibilidade e dispensa. No caso
apresentado, assim como para os serviços descritos no art. 13º da Lei; para serviços de
natureza singular; com profissionais ou empresas de notória especialização; e para a
contratação de quaisquer profissionais do setor artístico, é a inexigibilidade que vigora e não
a dispensa.
Gabarito: errado.
(Cespe – Grupo Gestor/MPOG/2013) Defesas de causas judiciais ou administrativas são
consideradas serviços técnicos profissionais especializados.
Comentário: falamos sobre isso ao tratar da inexigibilidade licitatória. Ali, pudemos ver que o
artigo 13º da Lei apresenta como serviços técnicos profissionais especializados diversos itens,
dentre eles o patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas.
Gabarito: correto.
(Cespe – AGPI/INPI/2013) A decisão de não realizar o certame é vinculada nos casos de
inexigibilidade, como é o caso da contratação de profissional, de qualquer setor artístico,
consagrado pela opinião pública.
Comentário: os casos de inexigibilidade ocorrem quando há inviabilidade de competição.
Dessa forma, o administrador não tem outra opção, pois não é possível realizar a licitação. A
lei dá alguns exemplos de situações de inexigibilidade (art. 25):
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,
empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se
realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda,
pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
Gabarito: correto.
(Cespe – AA/ANP/2013) De acordo com a Lei n.º 8.666/1993, é inexigível a licitação para
contratar empresa de notória especialização para a realização de curso.
Comentário: essa pergunta exige um pouco de atenção, pois a assertiva quase inteira está
correta. Para a contratação de serviços técnicos profissionais especializados, devem estar
preenchidos três requisitos:
a) serviço técnico especializado, entre os mencionados no artigo 13;

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b) natureza singular do serviço;


c) notória especialização do contratado.
A realização de curso pode se enquadrar no item de “treinamento e aperfeiçoamento de
pessoal”. Todavia, faltou o requisito “natureza singular do serviço”, ou seja, as características
próprias e específicas do objeto do contrato que fazem com que somente aquele profissional
atenda às condições exigidas.
Por esse motivo, está errada a questão.
Gabarito: errado.
(Cespe – TFCE/TCU/2012) Por representarem exceção ao princípio da licitação consagrado no
texto constitucional, as hipóteses de inexigibilidade de licitação previstas na Lei n.º
8.666/1993 configuram um elenco taxativo, e não meramente exemplificativo.
Comentário: essa pergunta exige um pouco de atenção, pois a assertiva quase inteira está
correta. a doutrina considera os casos de dispensa de licitação (art. 24) como um rol taxativo,
ou seja, a Administração só pode dispensar os casos expressamente previstos naquele
dispositivo.
Por outro lado, considera-se que o rol de inexigibilidade como exemplificativo, isto é, podem
existir casos não previstos expressamente na Lei. Veja que o art. 25 estabelece que “É
inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial”. Esse “em
especial” dá ideia de exemplificação.
Assim, sempre que existir inviabilidade de competição, estaremos diante de um caso de
inexigibilidade.
Gabarito: errado.

1.11 PROCEDIMENTO

Segundo Hely Lopes Meirelles18,


O procedimento da licitação inicia-se na repartição interessada com a abertura de processo em que a autoridade
competente determina sua realização, define seu objeto e indica os recursos hábeis para a despesa. Essa é a fase
interna da licitação, à qual se segue a fase externa, que se desenvolve através dos seguintes atos, nesta sequência:
audiência pública; edital ou convite de convocação aos interessados; recebimento da documentação e propostas;
habilitação dos licitantes; julgamento das propostas; adjudicação e homologação.

Assim, a licitação se divide em duas fases:


¥ fase interna: segundo o artigo 38 da LLC, o procedimento da licitação será iniciado com a
abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado,
contendo (1) a autorização respectiva, (2) a indicação sucinta de seu objeto e (3) do recurso
próprio para a despesa;

18
Meirelles, 2013, p. 313.

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¥ fase externa: inicia-se com a audiência pública (somente para licitações de grande vulto),
depois segue para a publicação do resumo do edital ou convite, recebimento da
documentação, habilitação, julgamento das propostas, homologação e adjudicação.

1.11.1 Audiência pública

A Administração deverá efetuar a audiência pública, antes da publicação do edital, sempre que o
valor estimado para a licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for
superior a R$ 330.000.000,00 (trezentos e trinta milhões) – cem vezes o valor previsto no artigo
23, I, “c”.
O objetivo da audiência pública é fornecer informações aos possíveis interessados e permitir que
eles se manifestem sobre o objeto a ser licitado. Ela será concedida pela autoridade responsável
com antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e
divulgada, com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mesmos
meios previstos para a publicidade da licitação.
Audiência pública:
à Realização: 15 dias úteis da publicação do edital;
à Divulgação: 10 dias úteis da sua realização.

1.11.2 Edital

O edital é o instrumento pelo qual a Administração leva ao conhecimento do público a abertura da


licitação, fixa as condições de sua realização e convoca os interessados para a apresentação de
suas propostas19. É a lei interna da licitação, vinculando, nos termos do artigo 41, a Administração
e os proponentes.
O conteúdo do edital está capitulado no artigo 40, nos seguintes termos:
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por
esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da
abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, [...]

O edital deve conter o objeto da licitação, em descrição sucinta e clara, permitindo que os
interessados entendam o que a Administração deseja contratar.
Deve conter o prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos para
execução do contrato e para entrega do objeto da licitação. Deve dispor também sobre as sanções
para o caso de inadimplemento; condições para participação (habilitação) e apresentação das
propostas; critérios objetivamente estabelecidos para julgamento das propostas; locais, horários e
códigos para obter informações e esclarecimentos; instruções e normas para os recursos; e
condições de recebimento do objeto da licitação.

19
Meirelles, 2013, p. 314.

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Além disso, o edital deve dispor sobre o local onde poderá ser examinado o projeto básico20 e se
há projeto executivo21 disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa
ser examinado e adquirido.
Sobre o pagamento, a Lei dispõe que o edital deve prever: condições equivalentes de pagamento
entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais. Deve dispor sobre
o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, permitida a fixação de preços máximos e
vedados a fixação de preços mínimos. Incluirá, também, normas sobre os critérios de reajuste.
Por fim, o inciso XIV regulamenta as condições de pagamento, exigindo que o edital preveja:
XIV - condições de pagamento, prevendo:
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento
de cada parcela;
b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos
financeiros;
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento
de cada parcela até a data do efetivo pagamento;
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações
de pagamentos;
e) exigência de seguros, quando for o caso;

Os prazos entre a publicação do edital e a apresentação das propostas já foram apresentados


quando falamos da concorrência.
O §2º do artigo 40 determina que constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante, os
seguintes documentos:

20
Art. 6° Para os fins desta Lei, considera-se:
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra
ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes
elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos
constitutivos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou
de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas
especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua
execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de
suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente
avaliados;
21
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as
normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;

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I. o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros
complementos;
II. orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários;
III. a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor;
IV. as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação.
Ademais, nos termos dos §§ 4º e 5º do artigo 7º da LLC, são vedadas: (a) a inclusão, no objeto da
licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos
quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo; e (b) a
realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou
ainda quando o fornecimento for feito sob o regime de administração contratada, previsto e
discriminado no ato convocatório.
Vimos que, além do edital, há ainda a carta convite, que é o instrumento convocatório utilizado na
modalidade de licitação chamada de convite. É uma forma mais simples de edital, que dispensa a
publicação, devendo, no entanto, ser encaminhado a pelo menos três interessados e afixado em
local adequada para permitir a participação de outros interessados que manifestarem interesse
até 24 horas antes da abertura das propostas. As regras previstas para o edital se aplicam, no que
for cabível, ao convite, resguardada a simplicidade deste último documento.

1.11.3 Habilitação

A habilitação destina-se a aferir se o interessado em firmar o contrato com o Poder Público possui
os requisitos necessários para a adequada execução de seu objeto22. Nesta fase, ocorre a abertura
dos envelopes com a “documentação” de habilitação da empresa, juntamente com a apreciação
desses documentos.
Os documentos de habilitação somente podem referir-se aos previstos no artigo 27 da Lei de
Licitações. Esse talvez seja um dos maiores vícios encontrados em licitações. Por diversas vezes, os
órgãos costumam exigir outros documentos, implicando na restrição indevida à competitividade.
Consequentemente, os editais sofrem diversas impugnações, implicando em longos atrasos no
procedimento.
Dessa forma, o artigo 27 dispõe o seguinte:
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa
a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal.

22
Barchet, 2008, p.434.

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A habilitação jurídica tem a finalidade de verificar se o licitante possui aptidão para adquirir
direitos e contrair obrigações (identidade, registro comercial, ato constitutivo, etc.).
A qualificação técnica se refere à capacidade ou aptidão de desempenho para cumprir o objeto da
licitação (registro ou inscrição em entidade profissional, comprovantes da existência de
aparelhamento e de pessoal qualificado, provas de atendimento dos requisitos, etc.).
A qualificação econômico financeira tem o objetivo de verificar se o contratado dispõe de
condições de satisfazer os encargos econômicos oriundos da execução do contrato (balanço
patrimonial, certidão negativa de falência ou concordata, etc.).
A regularidade fiscal diz respeito às condições da empresa frente ao fisco (CPF, CNPJ, inscrição no
cadastro de contribuintes, regularidade com as fazendas federal, estadual e municipal,
regularidade com Seguro Social e FGTS).
O inciso V trata da proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos.

1.11.4 Julgamento das propostas

1.11.4.1 Comissão de licitação


O inciso XVI do artigo 6ª, define comissão como,
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, criada pela Administração com a função de receber,
examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de
licitantes.

Ou seja, a comissão tem a função de receber, examinar e julgar os documentos e procedimentos,


tanto da licitação quanto do cadastramento de licitantes. Dessa forma, a comissão é a responsável
pela habilitação dos participantes e pelo julgamento das propostas.
O artigo 51 da Lei dispõe que a habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua
alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por comissão
permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles
servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da Administração
responsáveis pela licitação.
No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades
administrativas e em face da exiguidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por servidor
formalmente designado pela autoridade competente (art. 51, §1º).
A Lei determina que a Comissão será constituída para um ano, veda a recondução de todos os seus
membros para a mesma comissão no período subsequente. Ou seja, no próximo ano, pelo menos
um dos membros da comissão deverá ser substituído por outro servidor.
Além disso, o §3° dispõe que os membros das comissões de licitação responderão solidariamente
por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual divergente estiver
devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a
decisão.

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As comissões serão permanentes, quando constituídas para os certames rotineiros da


Administração, e especiais, quando instituídas para um objeto específico, como a contratação de
um sistema de TI ou a construção de um prédio novo.
Por fim, o §5º do artigo 51 salienta que, no caso de concurso, o julgamento será feito por uma
comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da
matéria em exame, servidores públicos ou não.
1.11.4.2 Tipos de licitação
De acordo com o artigo 45 do Estatuto das Licitações,
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua
aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.

Assim, os tipos de licitação dizem respeito aos critérios adotados para a seleção da proposta
vencedora. A Lei estabelece quatro tipos de licitação:
¥ menor preço: quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as
especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço (este é o critério obrigatório
para o pregão);
¥ melhor técnica;
¥ técnica e preço;
¥ maior lance ou oferta: nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
A “melhor técnica” e a “técnica e preço” destinam-se exclusivamente para os serviços de natureza
predominantemente intelectual, em especial (exemplificativo) na elaboração de projetos,
cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em
particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. A
licitação de técnica e preço aplica-se, ainda, na aquisição de bens e serviços de informática não
enquadrados como comuns.
Na licitação do tipo “melhor técnica”, ocorre o seguinte:
1. são analisadas as propostas técnicas dos licitantes;
2. em seguida são abertos os envelopes das propostas de preço, dentre aqueles que obtiveram
a valoração mínima (não desclassificados) na etapa anterior;
3. inicia-se a negociação com o licitante que apresentou a melhor proposta técnica. O objetivo é
adequar a proposta de preço do licitante com a melhor proposta técnica ao preço ofertado
pelo candidato que obteve a melhor proposta de preço;
4. caso a negociação com o primeiro colocado não obtenha sucesso, segue-se para a negociação
com o segundo colocado, seguindo dessa forma até que se obtenha sucesso na negociação.
Percebam, dessa forma, que a proposta de preço tem um relevo maior que a proposta técnica.

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No tipo de licitação de “técnica e preço” a classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a
média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos
preestabelecidos no instrumento convocatório. Dessa forma, as propostas de técnica e de preço
são analisadas simultaneamente, consagrando-se vencedor o interessado que obtiver a melhor
média ponderada entre as duas propostas.
É importante salientar que, segundo o artigo 5º da Lei 8.666/93, todos os valores, preços e custos
utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, salvo nos
casos de licitação internacional (quando poderá ser permitida a cotação em moeda estrangeira).

1.11.5 Homologação e adjudicação

Após a divulgação do resultado, com a escolha da proposta vencedora, a comissão de licitação


deve encaminhar o processo para a autoridade competente, encerrando-se, assim, o seu papel.
Após o julgamento das propostas, ocorrerá a deliberação da autoridade competente quanto à
homologação e adjudicação do objeto da licitação.
Para Di Pietro23 a homologação equivale à aprovação do procedimento; ela é precedida do exame
dos atos que o integram pela autoridade competente, a qual, se verificar algum vício de
ilegalidade, anulará o procedimento ou determinará o seu saneamento (correção), quando
possível. Se tudo estiver correto, ocorrerá a homologação.
No momento da homologação, a autoridade terá três alternativas:24
¥ confirmar o julgamento, homologando-o;
¥ ordenar a retificação da classificação, no todo ou em parte, se verificar irregularidade
corrigível no julgamento; ou
¥ anular o julgamento, ou todo o procedimento, se encontrar irregularidade insanável e
prejudicial ao certame em qualquer fase da licitação.
A adjudicação, por sua vez, é o ato pelo qual a Administração, pela mesma autoridade competente
para homologar, atribui ao vencedor o objeto da licitação para subsequente celebração do
contrato. É um ato declaratório vinculado pelo qual a Administração determina quem foi o
vencedor da licitação.
Em que pese tenhamos falado na que a adjudicação é um ato vinculado, enquanto a celebração do
contrato é discricionária; percebemos que diversos autores advogam de forma diferente,
ensinando que, uma vez adjudicado o objeto, a contratação também se torna vinculada.
Interessante é que os ensinamentos da aula tomaram por base a edição de 2013 da obra de Hely
Lopes Meirelles e, no mesmo livro, o autor já apresenta uma abordagem diferente sobre a
consequência da adjudicação. Segundo o autor, são efeitos jurídicos da adjudicação:
a) a aquisição do direito de contratar com a Administração nos termos em que o adjudicatário venceu a licitação; b) a
vinculação do adjudicatário a todos os encargos estabelecidos no edital e aos prometidos na proposta; c) a sujeição do
adjudicatário às penalidades previstas no edital e normas legais pertinentes se não assinar o contrato no prazo e

23
Di Pietro, 2013, p. 430.
24
Meirelles, 2013, p. 337.

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condições estabelecidas; d) o impedimento de a Administração contratar o objeto licitado com outrem; e) a liberação dos
licitantes vencidos de todos os encargos da licitação e o direito de retirarem os documentos e levantarem as garantias
oferecidas, salvo se obrigados a aguardar a efetivação do contrato por disposição do edital ou legal.

José dos Santos Carvalho Filho ensina que,


Uma vez homologados o resultado e a própria licitação, presume-se que a Administração tem interesse na atividade a ser
contratada. Desse modo, é correto considerar-se que o vencedor tem inafastável direito à adjudicação e,
consequentemente, ao próprio contrato.

Na mesma linha de entendimento estão os ensinamentos do professor Bandeira de Mello25.

(Cespe – Administrador/DPF/2014) O projeto básico — conjunto de elementos necessários e


suficientes para caracterizar a obra ou serviço objeto da licitação — deve ser elaborado com
base nos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica, o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, as condições de avaliação do custo e
a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo sempre conter orçamento
detalhado e global da obra, sob pena de nulidade.
Comentário: não necessita de maiores comentários. Esse é o texto contido no art. 6º, inciso
IX da Lei de Licitações e Contratos. Além desses elementos, o projeto básico deve apresentar
a) desenvolvimento da solução escolhida; b) soluções técnicas globais e localizadas,
suficientemente detalhadas; c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra; d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de
métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra; e e)
subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua
programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso.
Gabarito: correto.
(Cespe – Administrador/DPF/2014) O edital de licitação, no caso de licitações pertinentes a
obras e serviços, deve incluir os requisitos mínimos exigidos para a aptidão técnica dos
interessados, devendo a comprovação desses requisitos ser feita por atestados registrados
nas entidades profissionais competentes, fornecidos por pessoas jurídicas de direito público
ou privado.
Comentário: para estar habilitado a concorrer à licitação é necessário apresentar a seguinte
documentação I - habilitação jurídica; II - qualificação técnica; III - qualificação econômico-
financeira; IV – regularidade fiscal e trabalhista; V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII
do art. 7o da Constituição Federal (Art. 27º). Em complemento a isso, o artigo 30º da referida
Lei traz o seguinte texto:
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

25
Bandeira de Mello, apud Barchet, 2008, p. 440.

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I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;


II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características,
quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal
técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada
um dos membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos; [...]
§ 1º A comprovação de aptidão referida no inciso II deste artigo, no caso de licitações pertinentes a obras e
serviços, será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente
certificados pela entidade profissional competente.
Gabarito: correto.
(Cespe – TJ/TRT10/ 2013) É vedada a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de
materiais e serviços sem previsão de quantidades ou em quantitativos que não
correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.
Comentário: perfeito! Essa é a descrição do art. 7º, §4º, da Lei 8.666/93. Dessa forma, é
vedada a inclusão de materiais ou serviços sem previsão de suas quantidades ou que não
correspondam às previsões reais dos projetos básico ou executivo.
Gabarito: correto.
(Cespe – TJ/TRT10/ 2013) É vedada a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de
materiais e serviços sem previsão de quantidades ou em quantitativos que não
correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.
Comentário: perfeito! Essa é a descrição do art. 7º, §4º, da Lei 8.666/93. Dessa forma, é
vedada a inclusão de materiais ou serviços sem previsão de suas quantidades ou que não
correspondam às previsões reais dos projetos básico ou executivo.
Gabarito: correto.
(Cespe - Tec MPU/2013) Na descrição do objeto da licitação, é obrigatória a previsão das
quantidades de materiais e serviços a serem fornecidas.
Comentário: a questão que respondemos acima é muito semelhante. A Lei exige a previsão
dos quantitativos de materiais e serviços a serem contratados.
Gabarito: correto.
(Cespe - PCF/2013) Caso haja impossibilidade de se quantificarem todos os serviços a serem
licitados, deve constar da planilha orçamentária do edital uma verba estimada para esses
itens do orçamento.
Comentário: acabamos de ver que a Lei exige a quantificação de materiais e serviços. Dessa
forma, não existe essa possibilidade de uma planilha com reserva de recursos para eventuais
serviços não quantificados.
Gabarito: errado.
(Cespe – AA/IBAMA/2013) É proibida a realização de licitação cujo objeto inclua bens sem
similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo em casos
específicos previstos em legislação.

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Comentário: exatamente! Segundo o art. 7º, § 5º, da Lei 8.666/1993, é “vedada a realização
de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e
especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável”.
Gabarito: correto.
(Cespe – Grupo Gestor/MPOG/2013) Nos processos licitatórios, sejam eles de âmbito
nacional ou internacional, deve ser utilizada, obrigatoriamente, como expressão monetária a
moeda corrente nacional.
Comentário: o artigo 5º da LLC assegura que todas as transações licitatórias deverão ter
como expressão monetária a moeda nacional, exceto o disposto no artigo 42 da referida lei:
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política
monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.
§ 1o Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá
fazer o licitante brasileiro.
Gabarito: errado.
(Cespe – AGPI/INPI/2013) Se durante a fase de habilitação nenhum licitante lograr ser
habilitado, deve ser aberto o prazo de oito dias para complementação de documentos.
Comentário: vamos ao conteúdo do §3º do art. 48 da Lei de Licitações:
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a
administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova
documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de
convite, a redução deste prazo para três dias úteis.
O gabarito preliminar dessa questão foi dado como certo, sendo anulada no gabarito
definitivo. Segundo o Cespe: “O item não especifica se o prazo nele contido deveria ser
contado em dias úteis ou dias corridos, fato que prejudicou o julgamento objetivo do item.
Dessa forma, opta-se por anular o item.”
Gabarito: anulado.
(Cespe – TFCE/TCU/2012) Poderá o cidadão, mesmo não sendo licitante, impugnar edital de
licitação pública que não esteja em conformidade com a lei.
Comentário: segundo o art. 41º da LLC:
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente
vinculada.
§ 1° Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta
Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de
habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo
da faculdade prevista no § 1o do art. 113. [...]
§ 2° Decairá do direito de impugnar os termos do edital de licitação perante a administração o licitante que
não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em concorrência, a
abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a realização de
leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito
de recurso. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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§ 3° A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá de participar do processo licitatório
até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
§ 4° A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de participar das fases subseqüentes.
Assim, correta a questão.
Gabarito: correto.
(Cespe – TFCE/TCU/2012) Dado que o instrumento convocatório da licitação não é imutável,
pode haver modificações no edital, entretanto, de acordo com a referida lei, duas condições
nunca podem ser alteradas: a de que a divulgação ocorra pela mesma forma que se deu o
texto original, e a de que o prazo inicialmente estabelecido seja reaberto.
Comentário: vejamos o conteúdo do art. 21, §4º, da Lei 8.666/1993:
§ 4° Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original,
reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não afetar a
formulação das propostas.
Dessa forma, a regra é a publicação das alterações pela mesma forma que se deu a
divulgação do texto original, reabrindo os prazos previstos inicialmente. Assim, se um edital é
alterado, a Administração terá que divulgar suas alterações da mesma forma que fez com o
texto original, iniciando novamente o prazo para apresentação das propostas.
Todavia, a lei coloca como exceção os casos em que, inquestionavelmente, a
alteração não afetar a formulação das propostas. Por exemplo, um pequeno erro de digitação
sem relação com a descrição do objeto. Nesse caso, não será reaberto o prazo inicial.
Gabarito: errado.
(Cespe - Nível Superior/MC/2013) As minutas dos contratos administrativos podem ser
examinadas pela assessoria jurídica do órgão público, entretanto, deve a administração
pública remeter o processo ao TCU para julgar e aprovar previamente as minutas dos
contratos a serem firmados.
Comentário: as minutas dos contratos administrativos devem ser previamente examinadas e
aprovadas por assessoria jurídica da Administração, ou seja, não devem ser remetidos ao
TCU.
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente
autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do
recurso próprio para a despesa [...]
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes
devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
Gabarito: errado.

1.12 REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO

As regras para revogação e anulação estão vazadas no artigo 49 da seguinte forma:


Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por
razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e

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suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de
terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1° A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar,
ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2° A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do
art. 59 desta Lei.
§ 3° No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4° O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de
inexigibilidade de licitação.

O artigo 59, mencionado nos parágrafos 1º e 2º, determina que a declaração de nulidade do
contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele,
ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Contudo, a nulidade não
exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até
a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que
não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
A anulação da licitação decorre de ilegalidade, operando efeitos retroativos (ex tunc), pois o ato
ilegal não produz consequências jurídicas nem gera direitos ou obrigações entre as partes,
podendo ser declarada pela Administração ou pelo Poder Judiciário. Assim, a anulação do
procedimento licitatório não gera o dever de indenizar. Entretanto, a nulidade do contrato não
exonera a Administração do dever de indenizar o contratado por aquilo que tiver realizado até a
data em que for declarada e por eventuais prejuízos regularmente comprovados, desde que o
contratado não tenha sido o responsável pelo ato ilegal.26
A revogação, por sua vez, ocorre por motivos de conveniência e oportunidade. Dessa forma, só
pode ser declarada exclusivamente pela Administração. São efeitos não retroativos (ex nunc), uma
vez que a revogação opera sobre atos válidos e eficazes, eis o motivo de obrigar o Poder Público a
indenizar o adjudicatário prejudicado.
A Lei restringe os casos em que é possível revogar a licitação, admitindo apenas nas em
decorrência de fatos supervenientes (fatos novos) devidamente comprovados, pertinente e
suficiente para justificar a revogação (art. 49, caput).
Com efeito, tanto a anulação quanto a revogação devem ser devidamente justificadas,
demonstrando a ocorrência do motivo e a lisura do Poder Público.
É importante destacar que a anulação poder ser total ou parcial, enquanto não é possível revogar
um simples ato do procedimento, como o julgamento. Dessa forma, ou se revoga todo o
procedimento licitatório, ou não se revoga nada27. Ademais, uma vez celebrado o contrato, não
será mais possível revogar o procedimento licitatório, mas apenas anulá-lo em caso de ilegalidade.
Por fim, a Lei assegura o contraditório e a ampla defesa no caso de revogação ou anulação. Porém,
para se oportunizar o contraditório e a ampla defesa é imprescindível que haja um direito

26
Barchet, 2008, p. 441; Art. 59, § Único, Lei 8.666/1993.
27
Meirelles, 2013, p. 339.

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tutelado, o que só se constitui a partir da homologação e adjudicação. Dessa forma, caso ainda
não se tenha homologado e adjudicado a licitação, não se faz necessário oportunizar o
contraditório e a ampla defesa para anular ou revogar o procedimento.

1.13 SANÇÕES

As sanções administrativas estão disciplinadas nos artigos 86, 87 e 88 da Lei de Licitações. Existem
cinco tipos de sanções que podem ser impostas aos contratados:28
a) advertência;
b) multa de mora, por atraso na execução;
c) multa de ofício, por inexecução total ou parcial, podendo ser aplicada cumulativamente com
a advertência ou com as outras penalidades demonstradas abaixo;
d) suspensão temporária da possibilidade de participar em licitação e impedimento de contratar
com a Administração por até dois anos;
e) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto
perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada com base no inciso anterior.
A última penalidade é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou
Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de
10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua
aplicação.

(Cespe – APGI/INPI/2013) Conforme previsto em lei, é considerada execução direta toda


contratação realizada com empresas do setor privado, executoras do referido contrato.
Comentário: a Lei 8.666/1993 apresenta alguns conceitos importantes que costumam ser
cobrados, vejamos (Art. 6º):
• VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos
próprios meios;
• VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer
dos seguintes regimes:
o empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
preço certo e total;

28
Barchet, 2008, p. 501.

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o empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
preço certo de unidades determinadas;
o tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou
sem fornecimento de materiais;
o empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade,
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada
em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de
segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para
que foi contratada;
A execução direta é realizada pelos próprios órgãos ou entidades, utilizando seus próprios
meios (pessoal, material, etc.). A situação descrita na questão corresponde à execução
indireta.
Gabarito: errado.
(Cespe – AJ/TRE MS/2013) Com base na Lei n.º 8.666/1993, que trata de licitações, assinale a
opção correta.
a) O convite é a modalidade de licitação realizada entre interessados previamente
cadastrados ou que preencham os requisitos para cadastramento até o terceiro dia anterior à
data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
b) São princípios fundamentais da licitação, entre outros, a igualdade, a publicidade e o
julgamento subjetivo.
c) A licitação é dispensável em contratações de fornecimento ou suprimento de energia
elétrica com qualquer tipo de empresa.
d) Há inexigibilidade de licitação quando houver inviabilidade de competição, como ocorre na
aquisição de bens singulares, dos quais é exemplo um quadro específico de determinado
pintor.
e) Os estados podem ampliar o rol traçado na referida lei para os casos de dispensa, pois
possuem a capacidade de autoadministração e autolegislação.
Comentário: vamos analisar cada alternativa:
a) a descrição apresentada na alternativa se refere à tomada de preço e não ao convite –
ERRADA;
b) podemos citar como princípios necessários à licitação a legalidade, impessoalidade,
moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento
convocatório, julgamento objetivo e os que lhes são correlatos – ERRADA;
c) o que ocorre nessa situação é a dispensa de licitação em razão da pessoa – ERRADA;
d) é isso ai. Quando não há a possibilidade de competição, ocorre a inexigibilidade licitatória.
Nesse caso em específico, o que acontece é a contratação de um profissional do setor
artístico, o que se enquadra nas situações previstas na Lei – CORRETA;

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e) as hipóteses de dispensa são aquelas presentes taxativamente na Lei, ou seja, não


permitem que a Administração amplie esse rol de situações – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
(Cespe – AE ES/2013) Acerca de licitações, assinale a opção correta.
a) O leilão é a modalidade licitatória destinada à venda de bens e serviços considerados
inservíveis à administração ou que tenham sido legalmente apreendidos ou adquiridos por
força de execução judicial.
b) A legislação ordinária e a jurisprudência pátria, dada a lacuna da CF no que se refere às
licitações, impuseram o procedimento licitatório como regra para a aquisição de bens e
serviços pelo poder público.
c) Como consequência do princípio da publicidade, em regra, as propostas dos licitantes
devem ser abertas assim que apresentadas à administração pública, que deve dar
conhecimento delas aos interessados, a fim de conferir transparência ao procedimento.
d) A obrigatoriedade da licitação alcança as sociedades de economia mista.
e) Inclui-se entre as hipóteses de dispensa de licitação a contratação de profissionais do setor
artístico consagrados pela crítica especializada.
Comentário: analisando as questões temos:
a) quase tudo certo! O erro da alternativa está na afirmação de o leilão é a modalidade para a
venda de serviços, quando na realidade ela responde apenas pela venda de bens – ERRADA;
b) a realização de licitação é exigência constitucional, logo não se fala em lacuna (vide CF,
arts. 22, XXVII, 37, XXI, e 173, §1º, III) – ERRADA;
c) as propostas só devem se abertas em local e hora determinado para tal fim. Além disso, o
procedimento da Lei 8.666/1993 se inicia pela abertura dos envelopes de habilitação, segue
pela devolução dos envelopes de proposta aos desclassificados e, em seguida, virá a abertura
dos envelopes com as propostas. Assim, não é no momento da entrega dos envelopes que as
propostas são abertas, e sim na hora e local designado para tal fim e somente após a
habilitação – ERRADA;
d) essa questão foi cobrada antes da vigência da Lei 13.303/2016, que estabelece o Estatuto
da Empresa Pública e da Sociedade de Economia Mista. Então, a alternativa foi considerada
correta com base no art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/1993. Contudo, ainda hoje, essa
questão está correta. Afinal, as sociedades de economia mista também são obrigadas a
licitar, porém com base no regime da Lei 13.303/2016 – CORRETA;
e) essa é para não esquecer mais! A contratação de profissional do setor artístico é uma
hipótese de inexigibilidade de licitação e não de dispensa – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
(Cespe – NeR/TJ RR/2013) Considerando a disciplina das licitações no ordenamento jurídico
brasileiro, assinale a opção correta.

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a) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a


seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento
nacional sustentável.
b) A legislação veda que se exija dos licitantes, na fase da habilitação, atestado de
regularidade fiscal.
c) É inexigível a licitação para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos
históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do
órgão ou entidade.
d) No caso de pregão, antes da etapa competitiva, o pregoeiro deverá verificar a
aceitabilidade da proposta em função das exigências do edital.
e) Entre os tipos de licitação expressamente previstos na legislação incluem-se a
concorrência, a tomada de preços e o convite.
Comentário: começamos bem! A alternativa A traz a transcrição do artigo 3º da Lei de
Licitações e é nossa opção correta. A alternativa B está errada, porque a habilitação também
abrange a regularidade fiscal ao interessado. O erro da alternativa C está na famosa troca do
Cespe – a situação apresentada não trata de inexigibilidade, mas sim de licitação dispensável.
A alternativa E apresentou algumas modalidades de licitação (art. 22º da LLC). Porém, quando
nos referimos aos tipos de licitação (critérios), devemos recorrer ao art. 45 da Lei. São eles:
menor preço; melhor técnica; técnica e preço; e maior lance ou oferta.
Por fim, a alternativa D versa sobre o pregão. Nesse caso, a etapa competitiva ocorre durante
a sessão pública do pregão e compreende o recebimento das propostas e a documentação da
habilitação, a disputa, o julgamento, a classificação e a habilitação da melhor proposta. Dessa
forma, o pregoeiro irá verificar a aceitabilidade da proposta durante a etapa competitiva.
Além disso, em comparação à LLC, no pregão ocorre a inversão de fases, ou seja, primeiro se
julga e depois acontece a habilitação.
Gabarito: alternativa A.

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2 RESUMO

MODALIDADES

Obras e serviços Compras e demais


Procedimento adotado
engenharia serviços

Concorrência § Habilitação preliminar + 3,3 milhões + 1,43 milhão

Tomada de § Cadastrados
Até 3,3 milhões Até 1,43 milhão
preços § Até 3º anterior para cadastrar

§ Convidados: mínimo 3
Convite Até 330 mil Até 176 mil
§ Fixação cópia: outros (24h)

§ Trabalho técnico, científico ou artístico


Concurso § Prêmio ou remuneração
§ Divulgação edital: no mínimo 45 dias antes

§ Alienação de bens
Leilão § Móveis (regra): inservíveis, apreendidos, penhorados
§ Imóveis (exceção): origem dação em pagamento ou proc. Judicial

§ Lei 10.520/2002
§ Bens e serviços comuns
Pregão
§ Não importa valor
§ Lances

TIPOS DE LICITAÇÃO

§ Menor preço entre as propostas que estiverem de acordo com as especificações


Menor preço
§ Regra

§ Alienação de bens ou concessão de direito real de uso


Maior lance ou oferta
§ A Administração vai receber dinheiro ao invés de pagar

§ Natureza predominantemente intelectual


Melhor técnica § Negociação § Projetos, cálculos, fiscalização, gerenciamento,
etc.
§ Ponderação
Técnica e preço § Grande vulto, tecnologia sofisticada, domínio
§ Bens e serviços de
restrito
informática

CONTRATAÇÃO DIRETA

§ Inviabilidade de competição
Inexigibilidade § Rol exemplificativo
§ Exemplos (art. 25)

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§ Exclusividade de fornecedor
§ Serviços técnicos (art. 13), natureza singular, notória especialização (não pode
publicidade e divulgação)
§ Artista consagrado

§ Discricionariedade: pode licitar ou contratar diretamente


§ Rol exaustivo (art. 24)
§ Exemplos:
§ Baixo valor
§ Emergência, calamidade pública, guerra
Dispensa
§ Licitação deserta
§ Regulação de preços e abastecimento
§ Rescisão contratual anterior (remanescente)
§ Organização social
§ Construção, reforma, ampliação sistema prisional

3 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO


1. (Cespe – Juiz Substituto/TJ CE/2018)
A modalidade licitatória restrita aos interessados devidamente cadastrados ou que atendam
a todas as condições exigidas no cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas é denominada
a) convite.
b) tomada de preços.
c) concorrência.
d) pregão.
e) registro de preços.
Comentário:
a) convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas (art.
22, § 3º) – ERRADA;
b) a tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data
do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (art. 22, § 2º). Logo, o
enunciado corresponde justamente ao conceito da tomada de preços – CORRETA;

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c) a concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de


habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital
para execução de seu objeto (art. 22, § 1º) – ERRADA;
d) o pregão é uma modalidade de licitação do tipo menor preço, para aquisição de bens e de
serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado, e a disputa é feita por propostas e lances
sucessivos, em sessão pública, presencial ou eletrônica (previsão na Lei 10.520/02) – ERRADA;
e) o registro de preço (SRP) não é uma modalidade de licitação, ele é um sistema de compras no
setor público. O SRP consiste em um conjunto de procedimentos para registro formal de preços de
produtos, ou de prestação de serviços, para contratações futuras – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

2. (Cespe – Administrador/IFF/2018)
De acordo com a Lei n.º 8.666/1993 — Lei de Licitações e Contratos —, é dispensável a
licitação
a) nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.
b) para aquisição, por empresas públicas e autarquias, de bens produzidos por órgãos
públicos.
c) para contratação de profissional de qualquer setor artístico, desde que consagrado pela
crítica especializada.
d) para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor exclusivo.
e) se, na modalidade convite, não for alcançado o número mínimo legalmente exigido de
empresas qualificadas no certame.
Comentário:
a) corretíssimo! A assertiva é reprodução do art. 24, III, da Lei 8.666/93 – CORRETA;
b) a licitação será dispensada para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de
bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública
e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência da Lei de Licitações,
desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. Logo, a situação não
se aplica às empresas públicas (art. 24, VIII) – ERRADA;
c) essa é uma hipótese na qual caberá a inexigibilidade de licitação e não a dispensa (art. 25, III) –
ERRADA;
d) da mesma forma, essa é uma das hipóteses em que a licitação será inexigível (art. 25, I) –
ERRADA;
e) quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a
obtenção do número mínimo de licitantes exigidos para a modalidade convite, essas circunstâncias
deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite, ou seja: (i) se
houver justificativa, o convite é realizado com menor número de licitantes; (ii) se não houver

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justificativa, tem que repetir o certa (art. 22,§ 7º). Assim, este não é um caso de dispensa –
ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

3. (Cespe – Administrador/IFF/2018)
A licitação de obra de construção de determinado edifício público pode ser realizada sem a
apresentação
a) do projeto básico.
b) de orçamento detalhado por custo unitário.
c) do projeto executivo.
d) de recursos orçamentários suficientes.
e) da inclusão do projeto no plano plurianual.
Comentário: essa questão diz respeito ao art. 7º da Lei. Se não, vejamos:
Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em
particular, à seguinte seqüência:
I - projeto básico
II - projeto executivo;
III - execução das obras e serviços.
§ 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade competente,
dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido
concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar
do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou
serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da
Constituição Federal, quando for o caso.

Assim, vamos analisar cada assertiva:


a) o projeto básico é essencial, conforme observamos no inciso I, § 2º, acima – ERRADA;
b) as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando existir orçamento detalhado em
planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários (art. 7º, § 2º, II) –
ERRADA;
c) o projeto executivo é uma exceção, considerando que a Lei prevê que esse poderá ser
desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços (art. 7º, § 1º) – CORRETA;
d) e e) na sequência, observamos que essa é a previsão dos incisos III e IV, do § 2º, acima
destacados – ERRADAS.
Gabarito: alternativa C.

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4. (Cespe – Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018)


De acordo com a Lei n.º 8.666/1993 (Lei de Licitações), é inexigível a licitação na hipótese de
a) contratação de serviços de publicidade, de natureza singular, com profissionais de notória
especialização.
b) guerra ou grave perturbação da ordem.
c) não acudirem interessados à licitação anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo
para a administração.
d) compras de gêneros perecíveis no tempo necessário para a realização dos processos
licitatórios correspondentes.
e) aquisição de materiais e equipamentos que só possam ser fornecidos por produtor ou
empresa comercial exclusivos.
Comentário: a licitação é inexigível nas hipóteses de inviabilidade de competição. Nessa linha,
vamos analisar as alternativas:
a) a contratação de serviço técnico profissional, de natureza singular, com profissional ou empresa
de notória especialização é causa de inexigibilidade. Todavia, a Lei de Licitações veda esse tipo de
contratação direta para publicidade e divulgação (art. 25, II) – ERRADA;
b) guerra ou grave perturbação da ordem é caso de dispensa de licitação (art. 24, III) – ERRADA;
c) isso é licitação deserta, que justifica a dispensa de licitação (art. 24, V) – ERRADA;
d) essa também é uma situação de dispensa de licitação, consoante art. 24, XII): “é dispensável a
licitação: [...] XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente
com base no preço do dia” – ERRADA;
e) a exclusividade de fornecedor é um caso que justifica a inexigibilidade de licitação (art. 25, I) –
CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

5. (Cespe – Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018)


A empresa X, contratada após processo licitatório na modalidade de concorrência, com o
objetivo de reformar imóvel pertencente à administração pública, deixou de realizar 30% da
obra licitada, o que equivale a R$ 250.000, em decorrência de graves problemas financeiros.
Nessa situação hipotética, conforme previsão da Lei n.º 8.666/1993, para a contratação de
nova empresa para finalizar a obra remanescente
a) pode-se optar pela contratação direta, por configurar hipótese de inexigibilidade de
licitação.
b) pode-se dispensar de licitação, desde que obedecida a ordem de classificação e mantidos
os termos oferecidos ao licitante vencedor.
c) pode-se dispensar a licitação, desde que contratada a empresa classificada em segundo
lugar no processo licitatório original.

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d) deve-se realizar novo processo licitatório na modalidade de concorrência.


e) deve-se realizar novo processo licitatório na modalidade convite.
Comentário: segundo a Lei 8.666/1993, a licitação é dispensável “na contratação de remanescente
de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a
ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante
vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido” (art. 24, XI). Assim, trata-se de
hipótese de dispensa de licitação, devendo a Administração observar a ordem de classificação e as
mesmas condições da proposta do licitante vencedor (letra B).
A opção A está errada, pois não é o caso de inexigibilidade. A letra C está incorreta, uma vez que
não necessariamente será contratado o segundo colocado. Este terá a preferência na contratação
(será o primeiro a ser convocado), mas se o segundo colocado não aceitar a Administração poderá
convocar o terceiro colocar e assim sucessivamente. Por fim, as letras D e E estão erradas porque
não há obrigatoriedade de novo processo licitatório em virtude da possibilidade de contratação
direta.
Gabarito: alternativa B.

6. (Cespe – Delegado de Polícia Civil/PC MA/2018)


Considerando que, iniciado procedimento licitatório voltado à aquisição de determinados
bens de interesse do estado do Maranhão, não tenham aparecido interessados em participar
do referido certame, assinale a opção correta de acordo com a legislação pertinente.
a) A falta de interessados no procedimento licitatório é causa de inexigibilidade de licitação, o
que possibilita a contratação direta pela administração pública, inclusive com a alteração das
condições básicas anteriormente estabelecidas.
b) A falta de interessados no procedimento licitatório é causa de dispensa de licitação,
quando tal procedimento, justificadamente, não puder ser repetido sem prejuízo para a
administração pública, devendo ser mantidas as condições preestabelecidas.
c) A frustração do procedimento licitatório impõe a alteração das condições preestabelecidas
no instrumento convocatório, de modo a atrair interessados em nova licitação.
d) A despeito da falta de interessados no referido certame licitatório, novo processo
licitatório deverá ser realizado, sob pena de burla à obrigatoriedade de realização de licitação
para as contratações públicas.
e) Mantido o interesse na contratação, a frustração do procedimento licitatório impõe a
contratação direta pela administração pública, não havendo de se falar em burla à
obrigatoriedade de realização de licitação.
Comentário:
a) a inexigibilidade ocorre quando há inviabilidade de competição (art. 25) – INCORRETA;
b) é essa! Será dispensável a licitação quando não acudirem interessados à licitação anterior e
esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste
caso, todas as condições preestabelecidas (caso de licitação deserta) (art. 24, V) – CORRETA;

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c) e e) as expressões mais adotadas são licitação deserta (quando não comparece ninguém) e
fracassada (quando comparecem licitantes, mas todos são inabilitados ou desclassificados). A
expressão “frustração” não é adotada com tanta frequência como as outras duas, sendo que
alguns autores a utilização como sinônimo de deserta e outros como sinônimo de fracassada. Logo,
não é um termo tão preciso para fins de prova. De qualquer forma, quando a licitação for
fracassada, haverá a possibilidade de conceder prazo para os licitantes apresentaram nova
documentação ou nova proposta (art. 48, § 3º). Por outro lado, quando for deserta e não houver
possibilidade de repetir o certame, haverá a possibilidade de dispensar, desde que mantidas as
mesmas condições da licitação anterior. Portanto, não existe disposição sobre alterar as condições
para atrair novos interessados. Da mesma forma, não haveria uma “imposição” em contratar
diretamente – ERRADAS;
d) como vimos, nesse caso, seria possível dispensar a licitação – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

7. (Cespe – Auditor de Contas Públicas/TCE PB/2018)


Se um órgão da administração pública desejar adquirir trabalho científico com oferta de
prêmio aos vencedores, a modalidade de licitação a ser adotada e a quantidade mínima de
dias de antecedência em relação ao evento para publicação do edital devem ser,
respectivamente,
a) convite; trinta dias.
b) pregão; quinze dias.
c) concurso; quarenta e cinco dias.
d) leilão; quarenta e cinco dias.
e) concorrência; trinta dias.
Comentário: O concurso será a nossa modalidade. Isso porque o Concurso é a modalidade de
licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico,
mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes
de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias (art. 22, § 4).
Portanto, o nosso gabarito é a letra ‘c’.
Gabarito: alternativa C.

8. (Cespe – Auditor de Contas Públicas/TCE PB/2018)


Nas licitações públicas, de acordo com o princípio do julgamento objetivo,
a) comprovado o melhor interesse da administração, os critérios de julgamento poderão
incluir fatores subjetivos.
b) concluído o procedimento, a administração estará impedida de atribuir o objeto da
licitação a outrem que não o licitante vencedor.
c) o julgamento do certame deve nortear-se pelo critério previamente fixado no instrumento
convocatório, observadas todas as normas a seu respeito.

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d) a administração poderá cobrar do licitante qualquer qualificação, ainda que não inserida
no edital, desde que a exigência tenha nexo relacional com o objeto da contratação.
e) o julgamento do certame deve realizar-se segundo razões de conveniência e oportunidade
do gestor.
Comentário:
a) o edital deverá indicar critérios para julgamentos com disposições claras e parâmetros objetivos
(art. 40, VIII) – ERRADA;
b) trata-se do princípio da adjudicação compulsória e não o princípio do julgamento objetivo.
princípio da adjudicação compulsória prevê que a Administração deva atribuir o objeto da licitação
ao licitante vencedor. É o que diz o artigo 50 da Lei – ERRADA;
c) o julgamento das propostas será objetivo, devendo a comissão de licitação ou o responsável
pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente
estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle (art. 45) – CORRETA;
d) e e) o edital é a lei entre as partes, vinculando tanto a administração quanto os interessados.
Assim, não cabem interpretações ou decisões discricionárias, sob pena de ferir os objetivos da
licitação, listado no art. 3º da Lei – ERRADAS.
Gabarito: alternativa C.

9. (Cespe – Agente de Documentação/TCE PB/2018)


Se a administração pública de um estado da Federação tiver de contratar um grupo de dança
consagrado pela mídia local para festividades do aniversário da capital desse estado, a
contratação, nesse caso, deverá ocorrer mediante
a) dispensa de licitação em razão da escolha do executante.
b) inexigibilidade de licitação por previsão legal.
c) concurso.
d) licitação na modalidade convite.
e) licitação na modalidade tomada de preços.
Comentário: é um nítido caso de inexigibilidade de licitação, considerando que a competição será
inviável. Em complemento: será inexigível a licitação para contratação de profissional de qualquer
setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública (art. 25, III).
Gabarito: alternativa B.

10. (Cespe – Defensor Público/DPE AC/2017)


É hipótese de inexigibilidade de licitação
a) a contratação de profissional do setor artístico, consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública, diretamente ou mediante empresário exclusivo.

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b) a venda direta de imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados


no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social
desenvolvidos por entidade da administração pública.
c) a contratação, para obras e serviços de engenharia, de valor até 10% da importância
limitadora da modalidade licitatória convite.
d) a contratação de coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por
associações formadas por pessoas de baixa renda.
e) o não atendimento, por parte de interessados, à licitação anterior, quando o procedimento
não puder ser repetido sem prejuízo da administração pública.
Comentário: a inexigibilidade de licitação ocorre quando há inviabilidade jurídica de competição
entre contratantes, quer pela natureza específica do negócio, quer pelos objetivos sociais visados
pela Administração. Ocorre em situações que, mesmo que o Administrador desejasse, não seria
possível proporcionar a competição. As hipóteses de inexigibilidade constam de um rol meramente
exemplificativo, que está no art. 25 da Lei 8.666/93. Dentre essas hipóteses, está a seguinte:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
(...)
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Assim, a alternativa A é o nosso gabarito. A alternativa B é um caso de licitação “dispensada” (art.


17, I, ‘f’). As demais alternativas tratam de hipóteses de licitação dispensável, na forma do art. 24,
incisos I, XXVII e V, respectivamente.
Gabarito: alternativa A.

11. (Cespe – Delegado de Polícia/PJC MT/2017)


Configura hipótese de inexigibilidade de licitação a
a) prestação de serviço de natureza singular para a divulgação de campanha educacional
dirigida à população.
b) aquisição de serviço de informática prestado por empresa pública que tenha sido criada
para esse fim específico.
c) aquisição de gêneros perecíveis, enquanto durar o processo licitatório correspondente,
desde que realizada com base no preço do dia.
d) aquisição de armamento de determinada marca, desde que justificada a escolha por
motivos de segurança pública.
e) contratação, por intermédio de empresário exclusivo, de cantor consagrado pela crítica
especializada.
Comentário: a) a inexigibilidade é vedada para serviços de publicidade e divulgação (art. 25, II) –
ERRADA;

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b) há dispensa de licitação para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de


uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a
Administração Pública, criados para esse fim específico (art. 24, XVI). Esta hipótese de dispensa
não se aplica às sociedades de economia mista e empresas públicas, que têm personalidade
jurídica de direito privado (ou seja, não são pessoas jurídicas de direito público interno);
c) também é uma hipótese de dispensa de licitação, prevista no art. 24, XII – ERRADA;
d) pode haver dispensa, e não inexigibilidade de licitação para a aquisição de materiais bélicos –
ERRADA;
e) a inexigibilidade é cabível para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada
ou pela opinião pública – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

12. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE PE/2017)


O setor de engenharia de um órgão público está elaborando as especificações técnicas de um
projeto básico para licitação tanto de serviço de consultoria quanto de obras e serviços de
engenharia, todos relativos à construção de instalações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para tanto, o setor consultou o presidente da comissão de licitações, solicitando, entre
outras, informações referentes às modalidades, tipos e regimes de licitação mais adequados
para a consecução dos serviços a seguir.
I Consultoria de empresa de engenharia para a elaboração de projeto de estruturas de
concreto pretendido para o prédio administrativo, com valor estimado de R$ 200 mil e prazo
de contrato previsto para 18 meses.
II Construção de prédio administrativo, com orçamento estimado de R$ 2 milhões e prazo de
12 meses para a execução da obra.
III Pintura de prédio administrativo, com orçamento estimado em R$ 20 mil e prazo de 1 mês
para a conclusão do serviço.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, considerando a legislação
aplicável a licitações de obras e serviços de engenharia.
A licitação para a contratação do serviço de pintura do prédio poderá ser dispensada, devido
ao valor estimado para esse serviço.
Comentário: pelos incisos I e II do art. 24, a licitação é dispensável para obras e serviços de
engenharia de valor estimado até R$ 33 mil ou para outros serviços e compras e para alienações de
valor até R$ 17,6 mil, desde que, em ambos os casos, não se refiram a parcelas de uma mesma
obra, compra ou serviço que possam ser realizadas de uma só vez. A pintura é um serviço que não
é de engenharia. Portanto, pelo valor estimado para a pintura, não haverá dispensa de licitação.
Gabarito: errado.

13. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)

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De acordo com a Lei de Licitações e Contratos, o prazo para interposição de


a) recurso e representação será de dez dias úteis.
b) representação e pedido de reconsideração será de cinco dias úteis.
c) representação e pedido de reconsideração será de dez dias úteis.
d) recurso e representação será de cinco dias úteis.
e) recurso e pedido de reconsideração será de cinco dias úteis.
Comentário: dos atos da Administração decorrentes da aplicação da LLC cabe recurso e
representação, ambos no prazo de 5 dias úteis, e pedido de reconsideração, em 10 dias úteis.
Gabarito: alternativa D.

14. (Cespe – AJAA/TRE BA/2017)


Empresa vencedora de processo licitatório, na modalidade concorrência, para a reforma de
um imóvel pertencente à administração pública deixou de realizar 30% da obra licitada, parte
equivalente ao valor de R$ 250.000, em decorrência de graves problemas financeiros. Por
esse motivo, o contrato foi rescindido. Conforme previsto pela Lei n.º 8.666/1993 — Lei de
Licitações e Contratos —, nessa situação hipotética, novo processo licitatório para a
contratação de empresa que finalize a obra remanescente será
a) inexigível, por se tratar da conclusão de obra remanescente.
b) dispensável, devendo a nova contratada obedecer à ordem de classificação e aos mesmos
termos oferecidos à licitante vencedora.
c) dispensável, devendo a nova contratada estabelecer o preço dos serviços que serão
realizados.
d) aberto obrigatoriamente na modalidade concorrência.
e) aberto preferencialmente na modalidade convite.
Comentário: na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência
de rescisão contratual, é autorizada a dispensa de licitação, desde que atendida a ordem de
classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor,
inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido (art. 24, XI).
Gabarito: alternativa B.

15. (Cespe – TJAA/TRE BA/2017)


Se o diretor de um museu público tiver de contratar a restauração de um objeto histórico, de
autenticidade certificada, com o objetivo de aprimorar o acervo da instituição, a licitação
para a restauração desse objeto, nos termos da legislação pertinente, será considerada
a) dispensável.
b) recusável.
c) inexigível.

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d) dispensada.
e) inviável.
Comentário: para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de
autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade,
a licitação será dispensável, na forma do art. 24, XV, da Lei 8.666/93.
Gabarito: alternativa A.

16. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)


No processo licitatório para a contratação de uma empresa para construir um prédio público,
cujo preço de referência foi orçado em trinta milhões de reais, estabeleceu-se o prazo de
cinquenta dias corridos para a divulgação do edital; adotou-se a modalidade concorrência; e
determinou-se que o tipo de licitação seria técnica e preço. Ademais, definiu-se que deveriam
ser desclassificadas as propostas que apresentassem preços superiores ao de referência bem
como aquelas que apresentassem preços inexequíveis. Nessa situação hipotética, a licitação
está em desacordo com o disposto na Lei n.º 8.666/1993 devido à adoção
a) do critério preço superior ao de referência para a desclassificação de propostas.
b) da modalidade concorrência.
c) do critério preço inexequível para a desclassificação de propostas.
d) do tipo de licitação técnica e preço.
e) do prazo insuficiente para a divulgação do edital.
Comentário: o tipo de licitação "técnica e preço" é utilizado exclusivamente para serviços de
natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos,
fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular,
para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. De forma
excepcional, poderá esse tipo ser usado para contratações relativas a fornecimento de bens e
execução de obras ou prestação de serviços, desde que exista autorização expressa e justificada da
autoridade promotora e o objeto se refira a bens, obras ou serviços de grande vulto que sejam
dependentes de tecnologia sofisticada.
Gabarito: alternativa D.

17. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)


Durante o processo licitatório de uma obra pública, regido pela Lei n.º 8.666/1993,
determinado licitante, em data oportuna, questionou à comissão de licitação a ausência de
preços na planilha de orçamento de referência do edital, a qual apresentava apenas os
serviços e suas quantidades. Nessa situação hipotética, caberá à comissão de licitação
a) manter o edital, já que, na fase de divulgação do edital, questionamentos relacionados ao
conteúdo do projeto básico só podem ser feitos pelos órgãos de controle.
b) manter o edital, já que, até a homologação da licitação, somente a planilha com serviços e
quantidades do orçamento de referência deve ser pública.

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c) rever o edital, já que a planilha com serviços e quantidades também deve ser mantida em
sigilo até a homologação da licitação.
d) rever o edital, já que é obrigatória a divulgação completa do orçamento de referência.
e) manter o edital, já que cabe à comissão de licitação definir se o orçamento da licitação
deve ser sigiloso ou não.
Comentário: o projeto básico faz uma avaliação do custo da obra, definição dos métodos
construtivos e prazo de execução. Além disso, a lei prevê que as obras e os serviços somente
poderão ser licitados quando houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício
financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma. Assim, a autoridade competente
está autorizada a rever o edital, como afirmado na alternativa D.
Gabarito: alternativa D.

18. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)


Durante a execução de uma obra pública, a auditoria constatou que havia uma exigência
ilegal no edital de licitações, o que, na época de divulgação do referido edital, tornaria a
licitação nula. Nessa situação, como o contrato está assinado e a obra está em fase de
execução, é necessário
a) paralisar o contrato até que o vício processual seja sanado e até que a contratada
apresente uma compensação financeira para a manutenção contratual.
b) paralisar a obra, solicitar novas propostas aos licitantes e, se surgir proposta mais
vantajosa que a da contratada, realizar a cessão contratual em favor da de menor valor.
c) anular o contrato e, caso não seja imputado à contratada a causa da nulidade, indenizá-la
tanto pelos serviços executados quanto por prejuízos regularmente comprovados.
d) manter o contrato vigente, desde que a empresa contratada tenha executado mais de 50
% da obra.
e) rescindir o contrato e convidar as demais licitantes, na ordem de classificação, para
concluir a execução da obra, nas mesmas condições contratuais da primeira colocada.
Comentário: a anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera, para a
Administração, a obrigação de indenizar, EXCETO pelo que a empresa contratada já tiver
executado (quando a anulação da licitação ocorre após a contratação) e por outros prejuízos
regularmente comprovados, contanto que a anulação não tenha ocorrido por culpa da própria
empresa (se a empresa for culpada, não precisa indenizar).
Gabarito: alternativa C.

19. (Cespe – Promotor de Justiça/MPE RR/2017)


Com referência aos crimes, às penas e ao processo judicial previstos na Lei de Licitações e
Contratos, julgue os seguintes itens.

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I Dispensa de licitação em situação estranha às hipóteses taxativas previstas em lei constitui


crime passível de punição com pena de detenção e multa fixada na sentença a ser revertida à
fazenda federal, distrital, estadual ou municipal, conforme o caso.
II Em casos de crimes previstos na lei em apreço, a ação penal é pública incondicionada e a
sua promoção cabe ao MP.
III Em relação aos crimes previstos na lei em questão, não será admitida ação penal privada
subsidiária da pública.
IV Quando os autores dos crimes previstos na referida lei forem ocupantes de cargo em
comissão ou exercerem função de confiança em órgão da administração pública direta ou
indireta, a pena imposta será acrescida da terça parte.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens III e IV estão certos.
b) Apenas os itens I, II e III estão certos.
c) Apenas os itens I, II e IV estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
Comentário: I - Dispensa de licitação em situação estranha às hipóteses taxativas previstas em lei
constitui crime passível de punição com pena de detenção e multa fixada na sentença a ser
revertida à fazenda federal, distrital, estadual ou municipal, conforme o caso – isso mesmo. Esse é
um crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, c/c art. 99, §2º – CORRETA;
II - Em casos de crimes previstos na lei em apreço, a ação penal é pública incondicionada e a sua
promoção cabe ao MP – os crimes definidos na LLC são de ação penal pública incondicionada,
cabendo ao Ministério Público promovê-la – CORRETA;
III - Em relação aos crimes previstos na lei em questão, não será admitida ação penal privada
subsidiária da pública – como dito acima, os crimes são de ação pública incondicionada (art. 100).
A ação penal privada subsidiária da pública será admitida, se aquela não for ajuizada no prazo legal
(art. 103) – ERRADA;
IV - Quando os autores dos crimes previstos na referida lei forem ocupantes de cargo em comissão
ou exercerem função de confiança em órgão da administração pública direta ou indireta, a pena
imposta será acrescida da terça parte – na forma do art. 84, §2º, a pena imposta será acrescida da
terça parte, quando os autores dos crimes previstos na Lei forem ocupantes de cargo em comissão
ou de função de confiança em órgão da Administração direta, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista, fundação pública, ou outra entidade controlada direta ou
indiretamente pelo Poder Público – CORRETA.
Portanto, as afirmativas I, II e IV estão corretas.
Gabarito: alternativa C.

20. (Cespe – Engenheiro civil/Prefeitura de São Luís – MA/2017)


Em edital para a realização de licitação de uma obra pública cujo valor orçado pela
administração tenha sido de R$ 500 mil, é permitido

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a) adotar a modalidade de licitação carta convite.


b) exigir garantia contratual de R$ 100 mil.
c) prever a desclassificação de propostas cujos preços sejam inferiores a R$ 250 mil.
d) exigir que a licitante apresente registro no sindicato da indústria da construção.
e) exigir comprovante de aptidão para execução da obra mediante apresentação de
atestados técnicos.
Comentário:
a) o convite é a modalidade licitatória a ser utilizada para obras e serviços de engenharia até R$
330 mil – ERRADA;
b) a garantia do contrato (art. 56, §2º) não poderia exceder 5% do valor do contrato (ou seja, R$ 25
mil) – ERRADA;
c) propostas manifestamente inexequíveis são aquelas cujos valores sejam inferiores a 70% do
menor dos seguintes valores: (i) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do
valor orçado pela administração, ou (ii) valor orçado pela administração. A questão não nos dá os
elementos para encontrar esses valores – ERRADA;
d) não há essa previsão na Lei 8.666/93 – ERRADA;
e) a comprovação de aptidão técnica, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços, será
feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente
registrados nas entidades profissionais competentes (art. 30, § 1º) – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

21. (Cespe – Engenheiro civil/Prefeitura de São Luís – MA/2017)


Se a administração decidir licitar uma obra sem previsão de recursos orçamentários, o gestor
público responsável pela decisão
a) poderá licitar a obra, mas a homologação da licitação estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
b) poderá licitar a obra, mas a assinatura do contrato estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
c) deverá captar recursos até o momento da homologação da licitação.
d) poderá prever no edital que o futuro contratado providencie o financiamento necessário
para a obra em bancos públicos.
e) não poderá licitar a obra enquanto não houver previsão de recursos orçamentários.
Comentário: as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando - houver projeto básico,
existir orçamento detalhado em planilhas e houver previsão de recursos orçamentários que
assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no
exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma (art. 7º, §2º). Destaque-se
que a Lei não exige a efetiva disponibilidade financeira (fato da Administração ter o recurso
disponível ou liberado), mas, tão somente, que haja previsão destes recursos na lei orçamentária.

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Gabarito: alternativa E.

22. (Cespe – Analista Judiciário/TRT CE/2017)


Em processo licitatório promovido pela administração pública para adquirir novos
equipamentos, constatou-se, entre os concorrentes, o empate entre duas empresas
brasileiras que fabricam os equipamentos no Brasil. Conforme o disposto na Lei n.º
8.666/1993, entre as duas que empataram, a empresa vencedora será escolhida
a) pela apresentação da proposta em primeiro lugar.
b) após novo processo licitatório do qual participarão somente as empresas que empataram.
c) por sorteio.
d) pelo critério da experiência.
Comentário: o art. 3º, §2º determina que, em igualdade de condições, como critério de
desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)
II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no
País;
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei
para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de
acessibilidade previstas na legislação.

Os critérios de desempate são aplicados sucessivamente, ou seja, primeiro será dada preferência
aos bens e serviços produzidos no País (inciso I) e, caso nenhuma empresa atenda a esse critério, aí
sim passe-se a dar preferência aos produzidos ou prestados por empresas brasileiras (inciso II), e
assim sucessivamente, até o inciso V.
Se nenhum desses critérios for satisfeito, o desempate será feito por sorteio (art. 45, §2º).
Gabarito: alternativa C.

23. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT CE/2017)


Uma modalidade complexa de licitação é a concorrência, cujo prazo para divulgação, em
regra, é de trinta dias, podendo ser estendido para quarenta e cinco dias caso a concorrência
seja do tipo
a) serviços comuns.
b) trabalho científico.
c) convite.
d) técnica e preço.

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Comentário: o prazo mínimo até o recebimento das propostas será de quarenta e cinco dias para a
concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço” (art. 21, ‘b’).
Gabarito: alternativa D.

24. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT CE/2017 – adaptada)


Órgão da administração pública direta que pretenda realizar serviço de engenharia cujo valor
estimado seja superior a R$ 3,3 milhões deve optar pela modalidade de licitação denominada
a) convite.
b) tomada de preços.
c) leilão pelo menor valor.
d) concorrência.
Comentário: o convite é aplicável para obras e serviços de engenharia até o valor de R$ 330 mil e
para compras e demais serviços o limite é de R$ 176 mil. Por sua vez, a tomada de preços (TP)
pode ser utilizada em obras e serviços de engenharia de até R$ 3,3 milhões e para compras e
demais serviços o valor máximo é de R$ 1,43 milhão. Como o valor é superior a R$ 3,3 milhões,
tem que adotar a concorrência.
Gabarito: alternativa D.

25. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT CE/2017)


Conforme a Lei de Licitações e Contratos — Lei n.º 8.666/1993 —, nos projetos básico e
executivo deve-se observar, entre outros requisitos, a adoção
a) dos padrões de excelência conforme a normativa internacional.
b) de tecnologias importadas como forma de transferência de conhecimento.
c) de métodos de construção que levem em conta o impacto social.
d) das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas.
Comentário: nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados
principalmente os seguintes requisitos:
Art. 12 (...)
I - segurança;
II - funcionalidade e adequação ao interesse público;
III - economia na execução, conservação e operação;
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local
para execução, conservação e operação;
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas;
VII - impacto ambiental.

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Portanto, na forma do inciso VI, nosso gabarito é a alternativa D.


Gabarito: alternativa D.

26. (FCC – Agente de Fiscalização – Administração/TCE-SP/2017)


Determinado órgão público pretende adquirir peças estrangeiras necessárias para a
manutenção de seus equipamentos técnicos, que estão dentro do período de garantia
técnica, mas não tem certeza se a aquisição deve ser feita por meio de licitação. Nessa
situação, portanto, tendo em vista o disposto na Lei n° 8.666/93, é correto afirmar que a
compra pretendida
a) pode ser por dispensa de licitação, se a compra for feita junto ao fornecedor original e se a
exclusividade for indispensável para vigência da garantia.
b) deve ser feita por meio de licitação, em virtude de se tratar de aquisição de peças de
origem estrangeira.
c) pode ser feita diretamente por inexigibilidade de licitação, em razão de se tratar de peças
de origem estrangeira.
d) poderia ser feita diretamente, por inexigibilidade de licitação, se fosse para aquisição de
peças similares nacionais.
e) deve ser feita com o fornecedor original, diretamente, por se tratar de hipótese de
inexigibilidade de licitação.
Comentário: a Lei 8.666/93 prevê que é dispensável a licitação para a aquisição de componentes
ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante
o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal
condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia (art. 24, XVII).
Gabarito: alternativa A.

27. (FCC – Analista Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)


Numa licitação para contratação de serviços de desassoreamento de uma represa, a
autarquia responsável pelo serviço desclassificou uma das licitantes sob o fundamento de
que não teria preenchido os requisitos necessários para prestação da garantia da proposta.
Restou, com isso, apenas uma licitante no procedimento, cabendo à Administração
a) revogar a licitação e reiniciar o procedimento, com revisão das condições impostas no
edital, tendo em vista que a habilitação de apenas um licitante não cumpre a exigência legal
de observância do princípio da competitividade.
b) a possibilidade de concentrar as próximas fases da licitação, antecipando o resultado,
porque já conhecido, como forma de privilegiar o princípio da eficiência.
c) prosseguir com a licitação até final decisão, pois ainda que já se conheça o possível
resultado do certame, é necessário verificar o atendimento de todos os requisitos e o
cumprimento de todas as fases.

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d) reavaliar a decisão de desclassificação, para possibilitar o aditamento da documentação


apresentada no caso do vício ser sanável, de modo a garantir que o certame prossiga com
efetiva disputa.
e) anular a licitação, diante do vício de legalidade referente à ausência de competidores,
republicando-se o edital, com possibilidade de aproveitamento dos atos já praticados no
procedimento.
Comentário: o princípio da competitividade foi regularmente observado com a participação de
mais de uma empresa no certame. O fato de apenas uma ficar até o final não significa uma ofensa
a esse princípio. Assim, mesmo restando somente um habilitado, a Administração deve prosseguir
com o processo, cumprindo todas as fases do certame até o resultado final. O procedimento
licitatório, portanto, deve ser respeitado, não havendo que se falar em adiantar ou pular fases, só
por ter restado apenas um habilitado.
Gabarito: alternativa C.

28. (FCC – Analista Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)


Enquanto determinado órgão municipal promovia uma licitação com base na Lei n° 8.666/93
para contratação de serviços de desenvolvimento, operação e manutenção de softwares, no
âmbito de uma autarquia estadual, tramitava um processo administrativo para contratação
com o mesmo objeto, reconhecida, contudo, hipótese de dispensa de licitação. Essa
dualidade de situações, idêntico objeto ora contratado por meio de licitação, ora mediante
dispensa de licitação,
a) é incompatível com a Lei n° 8.666/93, tendo em vista que as hipóteses de dispensa de
licitação não permitem juízo discricionário por parte do administrador, de forma que, caso se
tipifique uma delas, é inócua a realização de certame, cujo resultado já se conhece
antecipadamente, sob pena de oneração desnecessária do erário público.
b) poderia ser compatível com a Lei n° 8.666/93 caso a dispensa de licitação fosse
reconhecida na esfera municipal, em razão da menor disponibilidade de empresas potenciais
competidoras no certame na circunscrição territorial, o que não ocorre no âmbito estadual,
sendo de rigor a observância do princípio da máxima competição.
c) é compatível com a Lei n° 8.666/93 se for considerado o valor da contratação, posto que o
número de empresas com capacidade de atendimento do vulto e complexidade do objeto de
contratação pretendido pela autarquia estadual é menor que aquelas capazes de atender a
Municipalidade, sendo plenamente factível a hipótese de inviabilidade de competição
narrada.
d) pode ser compatível caso, por exemplo, a autarquia estadual esteja contratando uma
empresa estatal também integrante da administração indireta estadual, que tenha sido
criada antes da entrada em vigor da Lei n° 8.666/93 e cujo objeto social contemple a
prestação dos serviços de informática em questão, em valores compatíveis com o mercado.
e) não será compatível com a Lei n° 8.666/93 se o município fizer parte do Estado em cuja
estrutura estiver empresa estatal prestadora dos serviços em questão, posto que, nesta

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hipótese, a norma que estabelece dispensa de licitação obriga que a municipalidade contrate
o referido ente.
Comentário: na situação trazida pelo enunciado, o objeto pode ser contratado mediante a
realização de procedimento licitatório ou mediante dispensa licitação, desde que a contratação se
enquadre em alguma das hipóteses previstas no art. 24 da Lei, que traz as situações em que a
licitação é “dispensável”, ou seja, em que a Administração, por decisão discricionária, pode
escolher fazer a licitação ou fazer a contratação direta.
Dentre essas situações, está a do inciso VIII, pelo qual, para a aquisição, por pessoa jurídica de
direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que
integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à
vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
Assim, para a contratação do objeto mencionado na questão, a licitação poderia ser realizada ou
dispensada.
Gabarito: alternativa D.

29. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)


Uma Prefeitura realizou concurso, regido pela Lei n° 8.666/1993, para escolha do projeto do
novo viaduto que pretende construir e integrar ao sistema viário local, como parte do
programa de ampliação e modernização. Declarado o vencedor e concluída a licitação, de
posse do novo projeto a Municipalidade pretende agora dar início à licitação, também regida
pela Lei n° 8.666/1993, para contratação das obras, para as quais
a) será dispensada apresentação de orçamento com a composição de custos unitários, em
razão desse aspecto já ter sido objeto da licitação anterior.
b) caberá ao novo licitante vencedor a apresentação dos projetos básico e executivo
necessários à construção do viaduto.
c) será necessário obtenção pelo vencedor de financiamento no mercado para custear as
obras, cabendo ao poder público o pagamento dos serviços quando da conclusão e entrega
da mesma.
d) não será necessário comprovar a existência de recursos orçamentário-financeiros,
considerando que o pagamento pelo Poder Público só ocorrerá após a conclusão da obra.
e) não poderá concorrer ou participar do certame o autor do projeto vencedor do concurso,
posto que esta contratação envolveu a elaboração de projeto básico.
Comentário:
a) a lei prevê que é necessária a existência de orçamento detalhado em planilhas que expressem a
composição de todos os seus custos unitários para que seja possível a licitação de obras e serviços
(art. 7º, §2º, II, Lei 8.666/93) – ERRADA;
b) para a licitação de obras e serviços, é um pressuposto previsto pela lei a existência de projeto
básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em
participar do processo licitatório (art. 7º, §2º, I, Lei 8.666/93) – ERRADA;

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c) é vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução,
ressalvados os empreendimentos sob regime de concessão, nos termos da legislação específica
(art. 7º, §3º, Lei 8.666/93) – ERRADA;
d) as obras e serviços somente poderão ser licitados quando houver previsão de recursos
orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a
serem executadas no exercício financeiro em curso (art. 7º, §2º, III, Lei 8.666/93) – ERRADA;
e) a previsão legal é de que não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários o autor do projeto,
básico ou executivo (art. 9º, I, Lei 8.666/93) – CERTA.
Gabarito: alternativa E.

30. (FCC – Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador/TRF - 5ª REGIÃO/2017)


A Lei nº 8.666/1993 admite a participação de consórcios em contratos administrativos,
trazendo em seu artigo 33 as normas que, para tanto, devem ser seguidas. As empresas que
constituem o consórcio vencedor da licitação respondem, perante a Administração
a) solidariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, independentemente do
percentual de participação de cada uma no consórcio.
b) subsidiariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, proporcionalmente ao
percentual de participação de cada uma no consórcio.
c) solidariamente pelo cumprimento da obrigação assumida na fase de licitação e
subsidiariamente, na proporção do percentual de participação de cada uma no consórcio, na
fase de execução do contrato.
d) solidariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, independentemente do
percentual de participação de cada uma no consórcio, caso se cuide de consórcio
homogêneo, considerado aquele que reúne empresas com especialidades idênticas ou
semelhantes, ou seja, empresas do mesmo ramo.
e) subsidiariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, na proporção do percentual
de participação de cada uma no consórcio, na hipótese de consórcio heterônomo,
respondendo, neste caso, solidariamente apenas a empresa líder.
Comentário: vamos aproveitar para conhecer o texto do art. 33 mencionado no enunciado?
Art. 33. Quando permitida na licita•‹o a participa•‹o de empresas em cons—rcio, observar-se-
‹o as seguintes normas:

I - comprova•‹o do compromisso pœblico ou particular de constitui•‹o de cons—rcio, subscrito


pelos consorciados;

II - indica•‹o da empresa respons‡vel pelo cons—rcio que dever‡ atender ˆs condi•›es de


lideran•a, obrigatoriamente fixadas no edital;

III - apresenta•‹o dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada
consorciado, admitindo-se, para efeito de qualifica•‹o tŽcnica, o somat—rio dos quantitativos
de cada consorciado, e, para efeito de qualifica•‹o econ™mico-financeira, o somat—rio dos
valores de cada consorciado, na propor•‹o de sua respectiva participa•‹o, podendo a
Administra•‹o estabelecer, para o cons—rcio, um acrŽscimo de atŽ 30% (trinta por cento) dos

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valores exigidos para licitante individual, inexig’vel este acrŽscimo para os cons—rcios
compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;

IV - impedimento de participa•‹o de empresa consorciada, na mesma licita•‹o, atravŽs de


mais de um cons—rcio ou isoladamente;

V - responsabilidade solid‡ria dos integrantes pelos atos praticados em cons—rcio, tanto na


fase de licita•‹o quanto na de execu•‹o do contrato.

Podemos ver no inciso V que a responsabilidade dos consórcios é do tipo solidária, conforme
alternativa A.
Gabarito: alternativa A.

31. (FCC – Analista Judiciário - Área Administrativa/TST/2017)


Suponha que um órgão integrante da Administração direta tenha instaurado um
procedimento licitatório para a reforma e modernização de seu edifício sede. Ocorre que, no
curso do certame, sobreveio decisão governamental de realocação de diversos órgãos no
referido edifício, o que demandaria total alteração do layout e a construção de mais um
andar de garagem subterrânea. De acordo com as disposições da Lei n° 8.666/93, o órgão
responsável pela licitação em curso
a) deverá anular o certame, por perda de objeto, sendo vedada qualquer alteração do objeto
após a fase de habilitação.
b) está obrigado a concluir o certame, mantida a vinculação ao instrumento convocatório,
porém não deverá adjudicar o objeto ao vencedor.
c) poderá alterar o objeto da licitação, em razão de fatores supervenientes e para
atingimento do interesse público pertinente e suficiente para justificar tal conduta.
d) somente poderá incluir as novas obras no objeto do certame se ainda não apresentadas as
propostas econômicas, mantida a data da sessão de julgamento.
e) poderá revogar o certame, por despacho motivado, comprovada a superveniência de
razões de interesse público.
Comentário: na forma do art. 49 da Lei, a autoridade competente para a aprovação do
procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de
fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta,
devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer
escrito e devidamente fundamentado.
Assim, no caso do enunciado, o procedimento pode ser revogado, de forma motivada, conforme
alternativa E.
Gabarito: alternativa E.

32. (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade/TST/2017)


O procedimento de licitação regido pela Lei n° 8.666/1993 depende do preenchimento de
requisitos formais para sua instauração, processamento e conclusão. No processo

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administrativo no qual tramita o procedimento de licitação devem estar formalizadas as


providências e exigências legais obrigatórias, tais como,
a) para a abertura da licitação, breve descrição do objeto da contratação, com motivação
para tanto e indicação dos recursos para fazer frente à despesa pretendida.
b) previamente à abertura, comprovação de que não se trata de hipótese de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, analisando os dispositivos legais individualmente.
c) antes ou durante a publicação do edital, comprovação da existência de recursos
orçamentários e financeiros no exercício da abertura do procedimento para fazer frente à
integralidade da despesa do contrato, ainda que a execução atinja exercícios futuros.
d) aprovação do edital pelo Tribunal de Contas antes da efetiva publicação do certame para o
mercado quando se inicia o prazo para apresentação das propostas, a fim de que possa ser
analisada a legalidade do mesmo.
e) análise das minutas de edital e contrato pela assessoria jurídica da Administração pública
após a publicação do certame, possibilitando que o prazo de propostas possa transcorrer em
paralelo ao controle interno, como medida de economia processual.
Comentário:
a) o procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo,
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, conforme previsão do art. 38 –
CORRETA;
b) o que a lei prevê é que, ao procedimento administrativo, serão juntados oportunamente (e não
anteriormente) pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou
inexigibilidade (art. 38, VI) – ERRADA;
c) na verdade, as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando houver previsão de
recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou
serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo
cronograma (art. 7º, §2º, III) – ERRADA;
d) o Tribunal de Contas não precisa aprovar previamente o edital, apesar de possuir competência
para o controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos pela Lei
8.666/93– ERRADA;
e) as minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes
devem ser previamente (e não após) examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da
Administração (art. 9º, parágrafo único) – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

33. (FCC – Analista – Administrador/DPE-RS/2017)


Considere as seguintes afirmações:
I. A licitação destina-se a garantir a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

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II. É permitida a inclusão no edital de licitação de cláusulas que restrinjam a competitividade


em favor das sociedades cooperativas.
III. A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público, os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
IV. Nos processos de licitação poderá ser estabelecida margem de preferência.
V. Cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento
de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, deve obedecer, para cada
fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades,
salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa
da autoridade competente, devidamente publicada.
Conforme o disposto na Lei n° 8.666/1993, incidem nos princípios aplicados aos
procedimentos licitatórios APENAS os itens
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, II, IV e V.
d) I, II, III e V.
e) I, III, IV e V.
Comentário: os princípios da licitação estão contidos no art. 3º da Lei, que diz o seguinte: “a
licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes
são correlatos”. Agora vamos analisar cada item:
I. A licitação destina-se a garantir a promoção do desenvolvimento nacional sustentável – sim, é
exatamente o que consta do art. 3º – CORRETA;
II. É permitida a inclusão no edital de licitação de cláusulas que restrinjam a competitividade em
favor das sociedades cooperativas – na verdade, é vedado aos agentes públicos admitir, prever,
incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam
ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos
licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto
do contrato (art. 3º, §1º, I) – ERRADA;
III. A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público, os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura – a afirmação
corresponde ao exato texto do art. 3º, §3º. A regra é a publicidade, exceto quanto ao conteúdo das
propostas – CORRETA;

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IV. Nos processos de licitação poderá ser estabelecida margem de preferência – as margens de
preferência podem ser concedidas como critério de desempate, em igualdade de condições, a bens
produzidos no país, por exemplo (art. 3º, §2º) – CORRETA;
V. Cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de
bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, deve obedecer, para cada fonte
diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo
quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da
autoridade competente, devidamente publicada – em regra, todos os valores, preços e custos
utilizados nas licitações terão como expressão monetária a moeda corrente nacional, devendo
cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento de bens,
locações, realização de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte diferenciada de
recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo quando presentes
relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa da autoridade competente,
devidamente publicada (art. 5º) – CORRETA.
As afirmativas I, III, IV e V estão, portanto, corretas, como consta da alternativa E.
Gabarito: alternativa E.

34. (FCC – Analista – Administrador/DPE-RS/2017)


Considere os seguintes grupos:
I. compra, alienação e obras.
II. alienação de bens, investidura e permuta.
III. execução direta, execução indireta e empreitada por preço global.
IV. concorrência, concurso e leilão.
V. menor preço, melhor técnica e técnica e preço.
Nos termos da Lei n° 8.666/1993, os grupos que representam, respectivamente, modalidades
e tipos de licitação são APENAS
a) I e II.
b) IV e V.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e V.
Comentário: para não esquecer mais:

Modalidades de Licita•‹o (art.


Tipos de Licita•‹o (art. 45, ¤1¼)
22)

Menor pre•o Convite

Melhor tŽcnica Tomada de pre•os

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TŽcnica e pre•o Concorr•ncia

Maior lance ou oferta Concurso

Leil‹o

Preg‹o (10.520/02)

As afirmativas IV e V, apresentam, então, respectivamente, modalidades e tipos de licitação.


Gabarito: alternativa B.

35. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/DPE-RS/2017)


A aplicação do princípio da igualdade nas licitações dá-se nas diversas fases e incide sob
diferentes aspectos em relação aos envolvidos no certame, em razão do que
a) não se admite restrição de interessados ou a imposição de condições à participação nos
procedimentos de licitação, que devem concorrer em igualdade de condições para
apresentação de propostas.
b) o princípio da competividade deve ser compatibilizado com a finalidade do certame, sendo
admitido estabelecer condições de habilitação técnica que guardem pertinência com o objeto
a ser contratado.
c) é vedado estabelecer qualquer distinção ou discriminação em razão da natureza, porte ou
tipo de empresa habilitada a participar da licitação, seja para escolha do vencedor, seja como
critério de desempate.
d) é vedado estabelecer qualquer especificação de produtos, seja ela em razão de marca ou
origem de produção, ou ainda em razão de alguma condição relativa aos licitantes.
e) sua aplicação pode ser sistemática, em conjunto com os demais princípios que informam a
licitação, de forma que em sendo necessário que sejam estabelecidas restrições para maior
eficiência, o administrador pode justificar a não aplicação de algumas das vedações legais.
Comentário:
a) a licitação não se destina exclusivamente a escolha da proposta mais vantajosa, deve ser
garantida, também, a igualdade de direitos a todos os interessados em contratar. Isso não significa,
contudo, que não podem ser impostas restrições ou condições para participação no certame, para
atendimento das peculiaridades do caso concreto – ERRADA;
b) o procedimento licitatório subordina-se à ampla competitividade e ao princípio da isonomia,
exigindo que somente sejam impostas as restrições necessárias para a regular execução do objeto
do contrato. Por isso, é permitida a exigência de documentação relativa à habilitação técnica,
desde que pertinentes em relação ao objeto a ser contratado – CORRETA;
c) a lei autoriza a existência de preferências para, por exemplo, privilegiar o tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei –
ERRADA;

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d) a indicação de marca é admissível para fins de padronização, nos casos em que for tecnicamente
justificável (ver art. 7º, §5º e art. 15, I) – ERRADA;
e) não há que se falar em estabelecimento de restrições para maior eficiência e nem em não
aplicação de vedações previstas na lei – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

36. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/DPE-RS/2017)


A Administração pública licitou a aquisição de determinados medicamentos para entrega a
pacientes inscritos em programa de fornecimento gratuito regular. O certame estava
regularmente instruído com pesquisa de preços, a fim de apurar o preço máximo que a
Administração poderia pagar. Não obstante, a Administração pública atualizou a pesquisa no
curso do procedimento e identificou que em relação a vários medicamentos teria havido
relevante redução de preço, o que diminuiria em muito o custo de aquisição e permitiria a
alocação dos recursos que sobejassem para outros programas na área da saúde. Nesse caso a
Administração
a) deve anular o procedimento por vício de legalidade, tendo em vista que a lista de preços
estava irregular.
b) pode alterar a pesquisa de preços constante do procedimento de licitação,
independentemente da fase, prosseguindo os licitantes que tiverem feito propostas que
ainda estiverem interessados, a fim de não atrasar a aquisição dos medicamentos, com
fundamento na supremacia do interesse público.
c) deve revogar a licitação, tendo em vista que o procedimento se tornou ilegal em razão da
alteração dos valores dos medicamentos, não havendo fundamento legal para
prosseguimento.
d) pode revogar a licitação, demonstradas as supervenientes razões de interesse público que
motivam a decisão e providenciar novo certame com a pesquisa de preços atualizada.
e) deve prosseguir regularmente com a licitação, tendo em vista que quando do início do
procedimento a pesquisa de preços era legal e válida, não havendo, portanto, fundamento
para anular ou revogar o certame.
Comentário: no caso do enunciado, não encontramos nenhum vício no procedimento. O que
aconteceu foi uma alteração na situação fática, que fez com que as condições anteriormente
incidentes no caso não mais existissem. Não há que se falar, então, em anulação do procedimento.
Sabemos que a autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá
revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade,
de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
Portanto, constatadas razões supervenientes que influenciam no curso do procedimento, a
Administração pode, por motivos de interesse público, revogar a licitação, e posteriormente abrir
uma nova, mais adequada à realidade, com os preços atualizados, por exemplo. Assim, a
alternativa D é a única que sintetiza essas condições, sendo nosso gabarito.

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Gabarito: alternativa D.

37. (FCC – Técnico Judiciário - Logística/DPE-RS/2017)


Suponha que a Secretaria de Fazenda do Estado pretenda alienar produtos apreendidos em
uma operação da fiscalização. Para tanto, de acordo com a Lei n° 8.666/1993 e legislação
federal correlata,
a) poderá dispensar o procedimento licitatório, realizando a venda direta a potenciais
interessados previamente cadastrados.
b) somente poderá alienar os bens se forem declarados inservíveis, adotando, para tanto, a
modalidade licitatória convite.
c) deverá instaurar procedimento licitatório para alienação, na modalidade leilão, precedido
de avaliação para fixação do preço mínimo de venda.
d) poderá alienar os bens apreendidos, mediante licitação na modalidade pregão, precedido
de ata de registro de preços.
e) deverá, obrigatoriamente, alienar os bens mediante licitação na modalidade concorrência,
salvo os de pequeno valor, que poderão ser alienados em bloco, mediante leilão.
Comentário: para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a Lei prevê a
modalidade leilão, para quaisquer interessados, vencendo quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.
Gabarito: alternativa C.

38. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRE-PR/2017)


Considere que o órgão público competente licitou a contratação de obras de reforma no
ginásio de uma unidade escolar. O certame, contudo, não foi exitoso, não tendo acudido
interessados à licitação, de modo que as obras não foram contratadas. O administrador,
diante da proximidade do fim das férias escolares,
a) pode promover a contratação direta de construtora para realização das obras dentro do
período desejado, atestando que se tratou de licitação deserta ou fracassada, desde que não
se trate de empresa que tenha sofrido sanção de impedimento de contratar com órgãos e
entes públicos da mesma esfera de governo da ora contratante.
b) deve realizar nova licitação com majoração das estimativas de custo previstas no
orçamento, com fundamento na ausência anterior de interessados, para aumentar a
atratividade da contratação, reduzindo o prazo para execução das obras, a fim de viabilizar a
conclusão dentro do período de férias escolares.
c) pode, desde que demonstrado que uma nova licitação traria prejuízos para a
Administração e mantidas as mesmas condições da licitação, realizar contratação direta para
as obras de reforma pretendidas.

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d) pode contratar terceiro diretamente, tendo em vista que é inexigível a licitação quando o
certame original foi deserto e desde que mantidas as condições de mercado, por
inviabilidade de competição.
e) deve realizar nova licitação, podendo adotar modalidade simplificada, desde que mantidas
as mesmas condições da licitação originária que resultou deserta.
Comentário: quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não
puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições
preestabelecidas, a licitação será dispensável, na forma do art. 24, V. Essa hipótese é chamada de
licitação deserta, caracterizada quando não comparecem interessados. Se a licitação não puder ser
repetida sem prejuízo para a Administração, a Administração poderá contratar diretamente uma
empresa, desde que nas mesmas condições estabelecidas no edital da licitação.
Gabarito: alternativa C.

39. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRE-PR/2017)


Diante da pretensão de um órgão público consistente em unidade de despesa, de alienar
bens imóveis que não mais servem aos fins da Administração pública e, portanto, não mais se
prestam ao atendimento do interesse público, bem como bem móveis que não se mostram
mais aproveitáveis, pode
a) licitar a alienação dos referidos bens, utilizando-se para tanto, respectivamente, das
modalidades concorrência e leilão.
b) realizar pregão presencial para alienação de todos os bens, desde que os lances possam
ser individuais, ou seja, por item.
c) realizar leilão presencial ou eletrônico para alienação de todos os bens,
independentemente da origem da aquisição, uma vez que se mostram inservíveis,
observando a necessidade de que os lances sejam feitos por lotes e cada lote corresponda a
um bem.
d) licitar a alienação de todos os bens sob a modalidade de concorrência, reduzindo, no
entanto, os prazos legalmente previstos, para simplificação do procedimento, para os bens
que forem comprovadamente inservíveis e não apresentem liquidez de mercado.
e) alienar todos os bens para outros entes públicos, sem a realização de licitação,
prescindindo, nesse caso, em razão do notório interesse público e da gratuidade do ato, de
procedimento de dispensa de licitação.
Comentário:! de forma prática, conforme art. 17 da Lei 8.666/93, a alienação de bens da
Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será
precedida de avaliação prévia e licitação, que é dispensada nas hipóteses listadas no artigo:
- Bens Imóveis: em regra por concorrência (salvo se o imóvel é derivado de procedimentos judiciais
ou de dação em pagamento, quando poderá ser por leilão ou concorrência).
- Bens Móveis: em regra por leilão (> R$ 1,43 milhão haverá concorrência).
Ademais, é necessária a autorização legislativa apenas para bens imóveis (não para bens móveis)
da administração direta, autárquica ou fundacional (não para EP e SEM).
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Então, nosso gabarito é a alternativa A.


b) o pregão é modalidade para aquisição de bens e serviços comuns, e não para alienação –
ERRADA;
c) a lei de licitações não fala em leilão eletrônico. Ademais, o leilão é a modalidade de licitação
entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, e não bens de qualquer origem como disse a
alternativa – ERRADA;
d) já vimos que a modalidade concorrência é a regra para alienação de imóveis, enquanto o leilão é
utilizado para bens móveis – ERRADA;
e) a licitação é necessária para a alienação de bens imóveis e móveis, na forma do art. 17 da Lei –
ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

40. (FCC – Analista Judiciário - Análise de Sistemas/TRE-PR/2017)


Um município, em razão das fortes chuvas sofridas, em volume muito superior ao previsto,
sofreu com inundações extremamente fortes, que ocasionaram danos não só às habitações
dos moradores das regiões mais carentes, mas também causaram estragos na rede de água,
interrompendo o abastecimento. Em uma situação como essa, para viabilizar o imediato
reparo da rede e viabilizar a retomada da prestação do serviço, o Município
a) deve licitar a contratação dos serviços, pela modalidade pregão, tendo em vista que
inexiste hipótese de contratação direta que possibilite solução mais rápida do problema.
b) pode contratar diretamente a realização dos serviços somente se a contratada for pessoa
jurídica de direito privado integrante da Administração indireta de sua esfera de governo.
c) pode realizar contratação emergencial, pois a situação narrada permite inferir urgência de
atendimento para restabelecer o serviço de abastecimento de água, desde que observado o
prazo de 180 dias para a conclusão das obras, bem como que não haja prorrogação.
d) deve formalizar a contratação por inexigibilidade de licitação, tendo em vista que a
descrição dos fatos permite concluir haver especificidade dos serviços que comprovam a
inviabilidade de competição.
e) pode firmar contrato emergencial, para o que precisa comprovar que as intervenções são
indispensáveis, formalizando-o por meio de inexigibilidade de licitação, ou, caso não
configurada, por meio de dispensa de licitação.
Comentário:
a) a situação é emergencial, de forma que a realização do procedimento licitatório atrasaria e
atrapalharia. Por isso, a lei prevê hipótese de dispensa de licitação nesses casos – ERRADA;
b) não há essa restrição quanto à personalidade jurídica da empresa a ser contratada – ERRADA;
c) nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas,
obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens

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necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e


serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos (art. 24, IV) – CORRETA;
d) e e) nada nas alternativas levou às características de uma licitação inexigível. Isso porque a
inexigibilidade aplica-se a situações em que a competição entre os licitantes é inviável, quer pela
natureza específica do negócio, quer pelos objetivos visados pela Administração. No caso, temos
uma situação emergencial, de urgência, que autoriza a dispensa do procedimento licitatório –
ERRADAS.
Gabarito: alternativa C.

41. (FCC – Analista Judiciário - Análise de Sistemas/TRE-PR/2017)


Determinada autarquia publicou um edital de licitação para venda de bens móveis inservíveis.
Na intenção de obter o melhor resultado possível e incentivar ao máximo a competição entre
os interessados, não divulgou o valor de avaliação dos bens. Dessa forma, de acordo como o
disposto na Lei n° 8.666/1993,
a) a Administração pública violou a norma legal que veda o sigilo na licitação, salvo no que diz
respeito ao conteúdo das propostas, que, conforme a modalidade do certame, devem ser
divulgadas ou feitas apenas quando da sessão de abertura ou lances, respectivamente.
b) preservou-se o princípio da igualdade entre os licitantes, tendo em vista que todos tiveram
acesso ao mesmo nível de informação, tendo havido isonomia de condições para formulação
de propostas, não havendo qualquer ilegalidade na conduta da Administração.
c) a medida pode ser válida, desde que a regra do sigilo tenha constado expressamente do
edital e que, quando da sessão de abertura dos envelopes na modalidade concorrência,
sejam divulgados os valores de avaliação.
d) a Administração pública observou o princípio do sigilo dos valores da licitação, tendo em
vista que tanto os valores das propostas, quanto os valores de avaliação devem ser
divulgados apenas quando do julgamento do certame.
e) restou violado o princípio da publicidade que rege as licitações quando se trata de
obtenção de melhores resultados, não se aplicando às contratações de obras e serviços, cujos
quantitativos dos orçamentos devem ser sigilosos até a abertura das propostas.
Comentário:
a) a regra é a publicidade. O sigilo, no procedimento licitatório, é medida excepcional. Assim, o art.
3º, §3º diz que a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura – CORRETA;
b) claramente o princípio da igualdade foi violado, já que os participantes não tiveram acesso a
todas as informações necessárias para participação no certame – ERRADA;
c), d) e) não é possível prever no edital que a licitação será sigilosa, pois as situações que fazem
incidir o sigilo devem ser excepcionais e devidamente previstas em lei. Todas as fases do
procedimento devem, via de regra, ser divulgadas – ERRADAS.

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Gabarito: alternativa A.

42. (FCC – Analista Judiciário - Análise de Sistemas/TRE-PR/2017)


Dentre as possibilidades de contratação com inexigibilidade de licitação, a aquisição de bens
de fornecedor exclusivo depende da
a) apresentação de atestado de exclusividade, que goza de presunção absoluta sempre que
expedido pelos órgãos de registro locais competentes.
b) comprovação da exclusividade por meio de atestados emitidos pelo Sindicato, Federação
ou outro órgão do setor competente, cuja veracidade do conteúdo pode ser verificada pelo
ente público que realiza a licitação, como boa prática de gestão administrativa.
c) apresentação de certificados de notória especialização e qualidade, além da condição de
exclusividade no âmbito da mesma esfera de governo do ente que realiza a licitação.
d) declaração da notória exclusividade e da condição de único fornecedor no âmbito da
mesma esfera de governo onde se realiza a licitação.
e) comprovação de exclusividade e do limite de valor autorizado pela lei, tendo em vista que
contratos de valor superior a R$ 1.500.000,00 não admitem contratação direta para objetos
dessa natureza.
Comentário: segundo Hely Lopes Meirelles, considera-se “vendedor ou representante comercial
exclusivo, para efeito de convite, o que é único na localidade; para a tomada de preços, o que é
único no registro cadastral; para a concorrência, o que é único no país”.
O art. 25, I, diz que a inexigibilidade é cabível para aquisição de materiais, equipamentos, ou
gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita
através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda,
pelas entidades equivalentes. Assim, nosso gabarito é a alternativa B.
Esse atestado possui presunção relativa de veracidade, e não absoluta como dito na alternativa A,
pois admite prova em contrário.
Gabarito: alternativa B.

43. (FCC – Analista Previdenciário/FUNAPE/2017)


Antes da sessão de abertura dos envelopes das propostas de determinada concorrência
pública, identificou o administrador público que algumas mudanças técnicas e econômicas,
pertinentes ao cálculo da remuneração, deveriam ser realizadas, com vistas a otimizar
resultados para as duas partes. Esse cenário
a) exige cancelamento da sessão designada para abertura dos envelopes e revogação da
licitação em curso, para novo exame e publicação de novo edital.
b) permite que o poder público introduza alterações pertinentes, ouvidos os setores técnicos
cabíveis, republicando-se o edital de licitação, com nova designação de sessão de abertura
dos envelopes de propostas.

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c) obriga a administração a aguardar a realização da sessão de abertura dos envelopes e, caso


deserta a licitação, poderá ser dado início à nova publicação do certame.
d) não demanda nova publicação do edital, tendo em vista que eventuais alterações
substanciais que a Administração pública pretenda fazer posteriormente, podem ser
solicitadas ao vencedor do certame.
e) recomenda prévia oitiva dos licitantes interessados, com realização de nova audiência
pública, de forma a colher as impressões do mercado sobre as alterações que pretende
realizar, somente após a qual poderá cogitar de republicar o edital.
Comentário: qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o
texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. Na forma do art. 21, §3º,
os prazos para publicação serão contados a partir da sua última publicação do edital resumido ou
da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos
anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
Gabarito: alternativa B.

44. (FCC – Analista em Gestão Previdenciária/FUNAPE/2017)


Secretaria de educação municipal pretende adquirir material escolar para suas unidades de
ensino. A fim de evitar problemas de qualidade nos produtos listados e objetivamente
descritos como de natureza comum, fez constar do edital de pregão que publicou a
obrigatoriedade de apresentação de amostras dos 5 principais itens pelos licitantes na sessão
pública de apresentação de propostas. A exigência constante do edital
a) onera excessivamente os licitantes, cabendo a exigência de apresentação de amostras por
parte do vencedor do certame.
b) garante a presença na sessão de abertura somente de licitantes com propostas
consistentes, bem como permite que a escolha recaia sobre bens e serviços de melhor
qualidade.
c) é admitida quando o objeto do pregão se refere a apenas um bem, de fácil transporte ou
quando o administrador escolhe apenas um dentre os listados no objeto do certame, não
sendo legalmente permitido apresentação de variedade de amostras sobre itens diferentes.
d) permite a inabilitação técnica dos licitantes que não cumprirem esse requisito formal, não
sendo possível à Administração pública se fiar em compromissos de qualidade.
e) não é admitida quando se tratarem de bens de natureza comum, considerando a pouca
complexidade e fácil constatação de qualidade pelo administrador público.
Comentário: é interessante a FCC exigindo jurisprudência sobre a apresentação de amostras em
licitações públicas na modalidade pregão. Tal tema, inclusive, já foi objeto de bastante
controvérsia no âmbito dos tribunais de contas. Atualmente, o entendimento majoritário na
doutrina e na jurisprudência do TCU é de que exigência de amostras é possível, porém no pregão
deve ocorrer apenas em relação ao licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar (TCU,
Acórdão nº 3269/2012). Tal conclusão possui dois fundamentos: (i) a celeridade do pregão,

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característica que seria prejudicada com a apresentação das propostas antes do julgamento, já que
os licitantes desclassificados teriam direito de recorrer; (ii) pela onerosidade excessiva dessa
medida em relação aos licitantes que sequer seriam contratados futuramente.
Gabarito: alternativa A.

45. (FCC – Juiz de Direito/TJ-SC/2017)


As microempresas e empresas de pequeno porte, nas licitações públicas,
a) são dispensadas, em qualquer fase, da apresentação de documento comprobatório de
regularidade fiscal.
b) terão assegurada preferência de contratação, como critério de desempate.
c) não gozarão de qualquer vantagem em relação às demais empresas participantes do
certame.
d) terão assegurada preferência como critério de desempate, somente na modalidade de
pregão.
e) só poderão participar do certame se os demais licitantes também forem aderentes ao
Simples Nacional.
Comentário:
a) não há essa dispensa, mas há um prazo diferenciado, de 5 dias úteis (prorrogável) para
comprovar regularidade fiscal, que deverá ser exigida somente na contratação, e não como
condição para participação na licitação – ERRADA;
b) na forma do art. 5º-A, as normas de licitações e contratos devem privilegiar o tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei –
CORRETA;
c) o art. 3º, §14 determina que as normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento
diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte, na forma da lei. Assim,
podem ser estabelecidas vantagens, como a preferência de contratação em caso de empate –
ERRADA;
d) a preferência na contratação quando houver empate (assim considerado mesmo quando o
preço da ME ou EPP for até 10% superior ao menor preço nas modalidades da 8.666/90, e de 5%
em caso de pregão). Nesse caso, a MEE ou EPP poderá apresentar novo preço, inferior à proposta
vencedora – ERRADA;
e) não há essa exigência na Lei – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

46. (FCC – Juiz de Direito/TJ-SC/2017)


A empresa Canário & Sabiá Construções Ltda. foi contratada, após regular procedimento
licitatório, para contrato de obra pública, consistente na construção de um edifício destinado
ao uso de órgão estadual. Todavia, executada metade da obra contratada, a empresa
simplesmente abandonou a execução, sem justo motivo, inadimplindo também as obrigações

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trabalhistas e previdenciárias relativas ao mês em curso. Após regular processo


administrativo, o Diretor do órgão estadual rescinde o contrato e aplica à empresa a pena de
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública. Diante de
tal circunstância, é correto concluir que
a) a penalidade em questão foi aplicada por autoridade incompetente.
b) a Administração contratante responderá solidariamente pelas dívidas trabalhistas
remanescentes da execução contratual.
c) a rescisão do contrato em questão provocará, por consequência, a rescisão imediata de
todos os demais contratos celebrados pela empresa com o ente contratante.
d) a Administração contratante não responde pelos encargos previdenciários decorrentes da
execução do contrato, visto que são de responsabilidade exclusiva da empresa contratada.
e) é necessária a realização de novo processo licitatório para a conclusão da obra.
Comentário: o art. 87 dispõe que pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração
poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado a sanção de declaração de inidoneidade
para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade
que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração
pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção de suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não
superior a 2 (dois) anos. Vamos analisar cada alternativa:
a) a sanção de declaração de idoneidade é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do
Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso. O enunciado fala que a sanção foi aplicada
pelo diretor do órgão, e, portanto, autoridade incompetente para tanto – CORRETA;
b) em relação aos encargos trabalhistas, o Supremo (Rcl AgR 12.758/DF) entende que,
excepcionalmente, no exame de casos concretos, é possível a responsabilização subsidiária (e não
solidária) da Administração, quando se comprovar sua omissão culposa no exercício do seu dever
de fiscalização ou de escolha adequada da empresa a contratar, a chamada culpa in vigilando ou
culpa in eligendo – ERRADA;
c) o STJ entende que a inidoneidade, como sanção, só produz efeitos para o futuro, ou seja, ex
nunc, sem interferir nos contratos já existentes e em andamento – ERRADA;
d) a Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos
previdenciários resultantes da execução do contrato (art. 71, §2º) – ERRADA;
e) pode haver a dispensa para contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em
consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao
preço, devidamente corrigido (art. 24, XI) – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.

47. (FCC – Técnico de Tecnologia da Informação/ARTESP/2017)

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Após o encerramento de licitação, na modalidade tomada de preços, o licitante vencedor foi


convocado para assinar o termo de contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. No
entanto, o licitante vencedor, por vontade própria e sem apresentar qualquer justificativa,
não assinou o respectivo contrato. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, a Administração pública
a) deverá obrigatoriamente revogar a licitação.
b) poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em
igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto
aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório ou revogar a licitação.
c) deverá obrigatoriamente convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação,
para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado,
inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório.
d) não poderá impor qualquer sanção ao licitante vencedor, pois este tem o direito de não
assinar o respectivo contrato administrativo.
e) poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, não sendo
necessário que seja nos mesmos prazos e condições propostas pelo primeiro classificado,
haja vista a necessidade de adaptação dos termos contratuais às peculiaridades do novo
contratado, ou revogar a licitação.
Comentário:! na Lei 8.666/93, é facultado à Administração, quando o convocado não assinar o
termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições
estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em
igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos
preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação.
Assim, são analisadas as propostas na ordem de classificação pré-existente.
Não se faz obrigatória, portanto, a revogação do certame.
Ademais, na forma do art. 81, a recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar
ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza
o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente
estabelecidas.
Gabarito: alternativa B.

48. (FCC – Técnico de Tecnologia da Informação/ARTESP/2017)


Determinada autarquia estadual pretende contratar serviço de auditoria financeira, de
natureza singular, com empresa de notória especialização. Nos termos da Lei n° 8.666/1993,
a licitação, na hipótese narrada, é
a) dispensável.
b) inexigível.
c) obrigatória na modalidade concorrência.
d) obrigatória na modalidade tomada de preços.

Direito Administrativo p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - 2019 83


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e) obrigatória na modalidade pregão.


Comentário: segundo o art. 25, é inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição,
em especial, para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para
serviços de publicidade e divulgação.
Assim, para que algum serviço técnico listado no art. 13 seja contratado por inexigibilidade de
licitação é necessário que seja, simultaneamente, de natureza singular, prestado por profissional
ou empresa de notória especialização, além de não ser de publicidade ou divulgação.
Vamos conhecer o art. 13 e ver quais são serviços são considerados técnicos profissionais
especializados:
I - estudos tŽcnicos, planejamentos e projetos b‡sicos ou executivos;

II - pareceres, per’cias e avalia•›es em geral;

III - assessorias ou consultorias tŽcnicas e auditorias financeiras ou tribut‡rias;

IV - fiscaliza•‹o, supervis‹o ou gerenciamento de obras ou servi•os;

V - patroc’nio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;

VI - treinamento e aperfei•oamento de pessoal;

VII - restaura•‹o de obras de arte e bens de valor hist—rico.

VIII - (Vetado).

A contratação de auditorias financeiras, então, se enquadra nessa hipótese, podendo ser efetivada
via inexigibilidade de licitação.
Gabarito: alternativa B.

49. (FCC – Direito/ARTESP/2017)


Suponha que tenha sido instaurado procedimento licitatório, na modalidade concorrência
pública, para a concessão de aeroportos regionais, tendo sido estabelecido, como critério de
julgamento, o maior valor de outorga ofertado para pagamento ao Poder Concedente. Na
fase de julgamento das propostas, identificou-se que o consórcio que ofereceu a melhor
proposta era composto por empresa que, de acordo com o noticiário nacional, estaria
envolvida em escândalos de corrupção com possíveis fraudes em licitações de obras públicas.
De acordo com as disposições da Lei n° 8.666/1993, a comissão de licitação
a) deverá desclassificar o consórcio, declarando vencedor o segundo colocado na licitação,
desde que este detenha as condições de idoneidade necessárias para contratar com a
administração.
b) poderá declarar o consórcio vencedor, desde que o mesmo substitua, antes da assinatura
do contrato, a empresa acusada de práticas ilícitas.
c) poderá inabilitar o consórcio, eis que constatada circunstância superveniente que
demonstra a perda das condições de idoneidade de um de seus membros.

Direito Administrativo p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - 2019 84


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d) deverá anular a licitação, por razões de interesse público e instaurar outro certame do qual
não poderá participar o referido consórcio.
e) somente poderá desclassificar o consórcio e firmar o contrato com o segundo colocado se
tiver sido aplicada sanção administrativa de inidoneidade ou proibição de contratar com a
Administração.
Comentário: nesse caso, a empresa não poderia ser desclassificada apenas com base em
informações veiculadas pelo noticiário nacional, quanto ao seu envolvimento em escândalos de
corrupção com possíveis fraudes em licitações. No momento da celebração do contrato, ela não
estava com sanção proferida pela administração de "declaração de inidoneidade ou proibição de
contratar com a Administração", prevista no art. 87, IV da lei 8666.
O entendimento do STJ, sobre o tema, é de que a declaração de inidoneidade apenas obstará as
participações nas licitações quando elas forem anteriores ao procedimento licitatório e, ainda
assim, a suspensão e inidoneidade não tem efeito vinculante para os contratos já firmados (STJ MS
13.101 DF). Sua aplicação incide sobre os contratos futuros, não possuindo efeitos retroativos.
Por isso, diante da situação narrada, a administração somente poderia desclassificar o consórcio
caso a sanção já tivesse sido aplicada.
Gabarito: alternativa E.

50. (FCC – Agente de Fiscalização/ARTESP/2017)


O Estado de São Paulo pretende realizar licitação na modalidade concorrência, para a
construção de vultosa obra pública, e será permitida, na mencionada concorrência, a
participação de empresas em consórcio. A propósito do tema e, conforme prescreve a Lei n°
8.666/1993,
a) exige-se a comprovação do compromisso, obrigatoriamente público, de constituição de
consórcio, subscrito pelos consorciados.
b) é possível a participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais de
um consórcio, exceto isoladamente.
c) no consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras, a liderança poderá ser atribuída tanto
à empresa brasileira, quanto à estrangeira, cabendo tal decisão ao órgão licitante.
d) o licitante vencedor ficará obrigado a promover, após a celebração do contrato, a
constituição e o registro do consórcio.
e) as empresas integrantes do consórcio respondem solidariamente pelos atos praticados em
consórcio, tanto na fase da licitação quanto na fase de execução contratual.
Comentário: a questão cobrou o conhecimento do art. 33, que trata das condições para
contratação de empresas em consórcio. Vamos ver cada alternativa:
a) quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, deve ser observada a
comprovação do compromisso público ou particular de constituição de consórcio, subscrito pelos
consorciados (inciso I) – ERRADA;

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b) há impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais


de um consórcio ou isoladamente (inciso IV) – ERRADA;
c) no consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras a liderança caberá, obrigatoriamente, à
empresa brasileira (§1º) – ERRADA;
d) o licitante vencedor fica obrigado a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e
o registro do consórcio (§2º) – ERRADA;
e) de fato, a lei prevê a responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em
consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato (inciso V) – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.

51. (FCC – Agente de Fiscalização/ARTESP/2017)


O Estado de São Paulo promoverá licitação, na modalidade leilão, objetivando a venda de
alguns de seus bens móveis inservíveis. Jair pretende participar do mencionado certame
licitatório. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, Jair
a) poderá participar da licitação, independentemente de ser cadastrado ou não, aplicando-se
ao certame todas as regras aplicáveis à licitação na modalidade pregão.
b) apenas poderá participar do certame se for interessado devidamente cadastrado.
c) não poderá participar do certame, pois o leilão não tem por objeto bens móveis inservíveis,
destinando-se tão somente à venda produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para a alienação de determinados bens imóveis, prevista na citada Lei.
d) poderá participar do certame e, para que consagre-se vencedor, deverá oferecer o maior
lance que será necessariamente superior ao valor da avaliação.
e) poderá participar do certame e, para que consagre-se vencedor, deverá oferecer o maior
lance que será igual ou superior ao valor da avaliação.
Comentário: leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19 da Lei, a quem oferecer o maior lance, igual
ou superior ao valor da avaliação.
Por isso, Jair pode participar do procedimento, e será vencedor caso ofereça o maior lance.
Gabarito: alternativa E.

52. (FCC – Analista Judiciário - Área Judiciária/TRT - 24ª Região (MS)/2017)


Em determinada licitação, na modalidade concorrência, umas das empresas licitantes
impugnou, tempestivamente, cláusula do edital, alegando a existência de ilegalidade no
instrumento convocatório. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, a impugnação tempestiva da
empresa
a) constitui impeditivo para a participação nas próximas fases do certame,
independentemente do momento em que ocorrerá o julgamento da impugnação.

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b) não a impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a


ela pertinente.
c) não a impedirá de participar do processo licitatório até ser proferida a primeira decisão
acerca da impugnação.
d) não a impedirá de participar do processo licitatório em nenhum momento da licitação,
independentemente da decisão acerca da impugnação.
e) não a impedirá de participar do processo licitatório até a última decisão a ela pertinente,
não se exigindo o trânsito em julgado, mas que seja a última decisão proferida.
Comentário: a previsão da Lei é de que a impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o
impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
Assim, ao apresentar impugnação, o licitante não fica impedido de participar das etapas seguintes
do procedimento.
Gabarito: alternativa B.

53. (FCC – Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador/TRT - 24ª Região (MS/2017)
Considere a seguinte situação hipotética: determinada licitação, na modalidade tomada de
preços, fixou o dia 20 do mês de julho do ano de 2017 (uma sexta-feira) como a data final
para o recebimento das propostas. A empresa XYZ pretende participar do certame, porém
não está previamente cadastrada para tanto. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, a empresa
XYZ
a) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 18 de julho de 2017, observada a necessária qualificação.
b) não poderá participar do certame, vez que só participam os que estão previamente
cadastrados.
c) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 20 de julho de 2017, observada a necessária qualificação.
d) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 15 de julho de 2017, não sendo necessária a qualificação nessa etapa do certame.
e) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 17 de julho de 2017, observada a necessária qualificação.
Comentário: a tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Se o prazo final era dia 20 de julho, então 3 dias antes seria dia 17 de julho, conforme alternativa E.
Gabarito: alternativa E.

54. (FCC – Analista Judiciário - Engenharia/TRT - 24ª Região (MS)/2017)

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Em determinada licitação, na modalidade tomada de preços, ultrapassada a fase de


habilitação, pretende um dos licitantes desistir da sua proposta. Nos termos da Lei n°
8.666/1993, a desistência da proposta, na fase pretendida,
a) não é admitida, em qualquer hipótese.
b) é admitida apenas se houver motivo justo, decorrente de fato superveniente e aceito pela
Comissão.
c) é sempre admitida, bastando que a empresa fundamente seu pedido.
d) só será admitida se os demais licitantes concordarem com a desistência, sendo necessário
que a empresa fundamente seu pedido.
e) só será admitida se houver motivo justo, decorrente ou não de fato superveniente, e desde
que aceito pela autoridade máxima do órgão licitante.
Comentário: no procedimento licitatório, ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e
abertas as propostas, não cabe desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo
em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento. De qualquer forma, após a
fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato
superveniente e aceito pela Comissão.
Gabarito: alternativa B.

55. (FCC – Técnico Judiciário - Segurança/TRT - 24ª Região (MS)/2017)


O Supremo Tribunal Federal em importante julgamento declarou inconstitucional considerar
como fatores de averiguação da proposta mais vantajosa os valores relativos aos impostos
pagos ao ente federativo que realiza a licitação. Isto porque, tais fatores, obviamente,
desfavorecem eventuais competidores locais e prejudicam sensivelmente os instalados em
localidades diversas. A situação narrada traz exemplo de clara aplicação de um dos princípios
que norteiam as licitações públicas. Trata-se do princípio da
a) adjudicação compulsória.
b) vinculação ao instrumento convocatório.
c) julgamento objetivo.
d) igualdade.
e) publicidade.
Comentário: o STF decidiu que é inconstitucional o preceito, segundo o qual, na análise de
licitações, serão considerados, para averiguação da proposta mais vantajosa, entre outros itens os
valores relativos aos impostos pagos à Fazenda Pública daquele Estado-membro. Segundo o
Supremo, afronta ao princípio da isonomia, igualdade entre todos quantos pretendam acesso às
contratações da Administração. Isso porque a Constituição proíbe a distinção entre brasileiros. A
concessão de vantagem ao licitante que suporta maior carga tributária no âmbito estadual é
incoerente com o preceito constitucional.
Gabarito: alternativa D.

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56. (FGV – Analista/ALERJ/2017)


De acordo com a Lei nº 8.666/93, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com alguns princípios básicos, como os:
a) da legalidade, da publicidade, da improbidade administrativa e da economicidade do preço
previsto no contrato administrativo;
b) da igualdade, da eficiência, da competitividade entre os interessados em licitar, da
publicidade e do julgamento subjetivo;
c) da impessoalidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo;
d) da moralidade, da celeridade, da oralidade, da publicidade e do julgamento conforme a
íntima convicção motivada;
e) da eficiência, da economicidade do preço previsto no contrato administrativo, da
pessoalidade e da publicidade.
Comentário: conforme prevê a Lei de Licitações (8.666/93) em seu art. 3º, a licitação destina-se a
garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais
vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Portanto, a alternativa C é a única que reúne todos os princípios mencionados na Lei, sendo o
nosso gabarito.
Gabarito: alternativa C.

57. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


Ao dispor sobre as modalidades de licitação, a Lei nº 8.666/93 estabelece que:
a) tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação;
b) concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de quarenta e cinco dias;
c) concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para execução de seu objeto;
d) convite é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
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penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação;
e) pregão é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório.
Comentário: vamos trazer o conceito de cada modalidade, para melhor fixação da matéria:
¥ Tomada de preços: modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a
todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação.
¥ Concorrência: modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu
objeto.
¥ Convite: modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não,
escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa.
¥ Concurso: modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
¥ Pregão: é a modalidade utilizada para aquisição de bens e serviços comuns, conforme previsão da lei
10.520/02.
Logo de cara encontramos, na alternativa A, a resposta correta, que se amolda perfeitamente no
conceito apresentado acima.
Gabarito: alternativa A.

58. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras. Nesse contexto, a Lei nº 8.666/93 assegura que:
a) a garantia, como regra geral, é consistente em valor de cinquenta por cento do valor total
do contrato e será atualizada nas mesmas condições do contrato, salvo nas hipóteses de
descumprimento de cláusula contratual pelo contratado, hipótese em que a garantia será
elevada a cem por cento do valor contratual;
b) para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade
técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente
aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até dez
por cento do valor do contrato;
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída cinco anos após a execução
do contrato, desde que não esteja em curso qualquer processo administrativo ou judicial
questionando o regular e integral cumprimento do contrato;
d) a única modalidade de garantia que poderá ser aceita pela Administração Pública é caução
em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma
escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado
pelo Banco Central do Brasil;

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e) todos os contratos administrativos deverão conter cláusula obrigatória de garantia, cujo


valor será arbitrado pelo Administrador Público contratante, de acordo com o interesse
público, não podendo a garantia ser exigida em valor inferior a dois terços do valor total do
contrato.
Comentário:
a) não existe essa previsão na lei 8.666/93. Pelo contrário, o art. 56, §2º diz que as garantias
previstas na lei não excederão a cinco por cento do valor do contrato, e terá se valor atualizado nas
mesmas condições daquele – ERRADA;
b) nos termos do §3º do art. 56, para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo
alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer
tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo
anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato – CORRETA;
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e,
quando em dinheiro, atualizada monetariamente (art. 56, §4º) – ERRADA;
d) as garantias previstas no art. 56, §1º são: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
seguro-garantia e fiança bancária – ERRADA;
e) a exigência ou não de garantia é decisão discricionária da Administração. Porém, para que possa
ser exigida, deve haver previsão expressa no instrumento convocatório da licitação (edital). Caso
decida pela exigência, caberá ao contratado (e não à Administração) escolher por uma das
modalidades de garantia previstas na lei – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.

59. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


A Lei nº 8.666/93 dispõe que o julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão
de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de
licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os
fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e
pelos órgãos de controle. Nesse sentido, o mesmo diploma legal estabelece que constituem
tipos de licitação:
a) convite; concessão; permissão; melhor preço para outorga de serviço público;
b) pregão; melhor técnica; desapropriação para atender a interesse público; concessão de
serviço público;
c) técnica mais eficaz; melhor preço; concorrência; tomada de preços;
d) leilão; convite; concessão de serviços públicos; autorização para alienação de bens
públicos;
e) menor preço; melhor técnica; técnica e preço; maior lance ou oferta.
Comentário: na forma do art. 45 da lei 8.666/93, o julgamento das propostas será objetivo,
devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os
tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os

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fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos
órgãos de controle. Constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital
ou convite e ofertar o menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço;
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.

A alternativa que somente contem tipos de licitação é a E. As demais misturam tipos com
modalidades, como convite, leilão, concorrência etc.
Gabarito: alternativa E.

60. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


De acordo com o objeto a ser solicitado, a Administração Pública faz uso de diferentes
modalidades de licitação. Em uma licitação do tipo menor preço de uma obra de engenharia
com valor estimado de R$ 850.000,00, o prazo mínimo para uma empresa entregar a
proposta de preço é de:
a) 5 dias;
b) 15 dias;
c) 30 dias;
d) 35 dias;
e) 45 dias.
Comentário: o critério para escolha da concorrência, tomada de preços ou convite – conhecidas
como modalidades comuns –, em geral, decorre do valor do objeto a ser licitado. O convite é
aplicável para obras e serviços de engenharia até o valor de R$ 330 mil e para compras e demais
serviços o limite é de R$ 176 mil. Por sua vez, a tomada de preços pode ser utilizada em obras e
serviços de engenharia de até R$ 3,3 milhões e para compras e demais serviços o valor máximo é
de R$ 1,43 milhão. Acima desses valores, aplica-se a concorrência. O enunciado diz que o valor da
contratação é estimado em R$ 850 mil, e que o tipo de licitação utilizado é o de “menor preço”.
Nesse caso, nossa resposta vem prevista no art. 21, §2º, III da Lei de Licitações, que diz que o prazo
para o recebimento das propostas em caso de tomada de preços, com o critério de menor preço, é
de 15 dias.
Gabarito: alternativa B.

61. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


O edital de um processo de licitação pode exigir das empresas participantes um capital
mínimo ou patrimônio líquido mínimo. Em uma obra com valor estimado de R$ 120.000,00. O
valor máximo que poderá ser exigido como capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo é:
a) R$ 12.000,00;

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b) R$ 9.600,00;
c) R$ 6.000,00;
d) R$ 4.800,00;
e) R$ 3.600,00.
Comentário: a Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços,
poderá estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de
patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas no §1º do art. 56 da Lei 8.666/93,
como dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-financeira dos licitantes e para
efeito de garantia ao adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado. O capital mínimo
ou o valor do patrimônio líquido mencionado não poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor
estimado da contratação, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da apresentação
da proposta, na forma da lei, admitida a atualização para esta data através de índices oficiais.
Dessa forma, como o valor estimado da obra é de R$ 120.000,00, 10% desse valor corresponde a
R$ 12.000,00, conforme alternativa A.
Gabarito: alternativa A.

62. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


A Administração Pública é responsável por convocar a empresa vencedora do processo de
licitação para assinatura do contrato. Caso a convocação não seja feita em determinado
prazo, os licitantes ficam liberados dos compromissos assumidos. A partir da data de entrega
da proposta da licitante, esse prazo é de:
a) 15 dias;
b) 30 dias;
c) 45 dias;
d) 60 dias;
e) 75 dias.
Comentário: na forma do art. 64, §3º da Lei 8.666/93, a Administração convocará regularmente o
interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro
do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação. Decorridos 60
(sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os
licitantes liberados dos compromissos assumidos.
Gabarito: alternativa D.

63. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


Diante da atual crise financeira por que passa o Estado do Rio de Janeiro, visando a atender
ao interesse público e preenchidos os requisitos legais, o Governador do Estado decidiu
alienar determinado bem imóvel para viabilizar aumento no caixa. De acordo com a Lei nº
8.666/93, tal alienação dependerá de:

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a) autorização do Poder Executivo, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de


tomada de preços;
b) ratificação prévia do Tribunal de Contas do Estado e de licitação na modalidade de
concorrência;
c) decisão do Poder Judiciário, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de leilão;
d) autorização legislativa, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência;
e) autorização do Poder Executivo, de avaliação do Tribunal de Contas e de licitação na
modalidade de leilão.
Comentário: para a alienação de bens, são os seguintes requisitos presentes na Lei 8.666, segundo
a qual deve haver:
-Interesse público;
-Avaliação prévia;
-Licitação pública (dispensada nas hipóteses do art. 17):
Imóveis: em regra por concorrência (salvo se o imóvel é derivado de procedimentos judiciais ou de
dação em pagamento, quando poderá ser por leilão ou concorrência).
Móveis: em regra por leilão (acima de R$ 1,43 milhão haverá concorrência).
-Autorização legislativa: apenas para bens imóveis (não para bens móveis) da administração direta,
autárquica ou fundacional (não para EP e SEM).
Portanto, a alternativa D expressa corretamente esses requisitos, sendo a nossa resposta correta.
Gabarito: alternativa D.

64. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


A Lei nº 8.666/93 dispõe que, para a habilitação nas licitações, exigir-se-á dos interessados
documentação relativa à:
a) habilitação jurídica, e será imprescindível a apresentação do ato constitutivo, estatuto ou
contrato social em vigor, devidamente registrado, acompanhado de documentos de eleição
de seus administradores, em se tratando de pessoas naturais;
b) qualificação técnica, e será sempre admitida a comprovação de aptidão através de
certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e
operacional equivalente ou superior;
c) qualificação técnica, e nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de
aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos exclusivamente por
pessoa jurídica de direito público;
d) qualificação econômico-financeira, e os documentos necessários à habilitação deverão ser
apresentados somente em original, vedada a utilização de qualquer processo de cópia, ainda
que autenticada por cartório competente ou por servidor da administração;

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e) qualificação econômico-financeira, e a Administração, nas compras para entrega futura e


na execução de obras e serviços, não poderá estabelecer, no instrumento convocatório da
licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo.
Comentário: na fase de habilitação, a Administração verifica se o licitante preenche ou não os
requisitos necessários previstos no edital e considerados indispensáveis para a futura execução do
contrato. Busca-se, assim, assegurar que o licitante, caso venha a ser o vencedor do certame,
tenha condições técnicas, financeiras e idoneidade para cumprir adequadamente o contrato
objeto da licitação. Nesse sentido, não podem ser feitas exigências despropositadas que restrinjam
a participação de licitantes e diminuam o caráter competitivo do certame. O art. 27 exige a
documentação relativa a: habilitação jurídica; qualificação técnica; qualificação econômico-
financeira; regularidade fiscal e trabalhista; cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da
Constituição Federal (que se refere à “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos”).
Quanto à habilitação jurídica, a lei exige, conforme o caso, o ato constitutivo, estatuto ou contrato
social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de
sociedades por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores
[alternativa A – ERRADA];
Quanto à qualificação técnica, o art. 30, §3º diz que será sempre admitida a comprovação de
aptidão através de certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade
tecnológica e operacional equivalente ou superior [alternativa B – CORRETA];
Essa qualificação técnica será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito
público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes, na forma
do art. 30, §1º [alternativa C – ERRADA];
Todos os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por
qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da administração
ou publicação em órgão da imprensa oficial, na forma do art. 32 da Lei [alternativa D – ERRADA];
A Administração, nas compras para entrega futura e na execução de obras e serviços, poderá
estabelecer, no instrumento convocatório da licitação, a exigência de capital mínimo ou de
patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias previstas na Lei [alternativa E – ERRADA].
Gabarito: alternativa B.

65. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017 – adaptada)


A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro pretende realizar licitação para
contratação de sociedade empresária com vistas à realização de obras e serviços de
engenharia, cujo valor foi estimado em um milhão e setecentos mil reais. De acordo com a Lei
nº 8.666/93, a modalidade de licitação indicada para o caso concreto é:
a) convite;
b) tomada de preços;
c) concorrência;

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d) leilão;
e) concessão.
Comentário: as modalidades de licitação previstas na Lei 8.666/93 serão determinadas em função
de alguns limites, tendo em vista o valor estimado da contratação. Para obras e serviços de
engenharia, temos os seguintes valores:
¥ convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);
¥ tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais);
¥ concorrência: acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais).
Dessa forma, tendo em vista o valor da contratação mencionado no enunciado ser de um milhão e
setecentos mil reais, a modalidade adequada é a tomada de preços, conforme alternativa B.
Gabarito: alternativa B.

66. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)


De acordo com a Lei nº 8.666/93, as licitações para a execução de obras e para a prestação de
serviços obedecerão, de forma geral, à seguinte sequência formal:
a) projeto básico, projeto executivo e execução das obras e serviços;
b) estudo preliminar, execução das obras e comprovação do cumprimento do contrato;
c) convite, sessão de julgamento e assinatura do contrato administrativo;
d) concurso, julgamento e homologação da licitação com assinatura do contrato;
e) publicação do edital, economicidade do valor do contrato e adjudicação do objeto.
Comentário: as licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão à
seguinte sequência (art. 7º):
1) projeto básico;
2) projeto executivo;
3) execução das obras e serviços.
A sequência correta está logo na alternativa A, portanto.
Gabarito: alternativa A.

67. (FGV – Procurador/ALERJ/2017)


A ocorrência de superfaturamento nas obras públicas brasileiras tem sido constantemente
relatada na mídia, com consequências penais, cíveis e administrativas para todos os
envolvidos. Em parte, isso ocorre porque os entes públicos cometem equívocos no momento
do planejamento da obra, da elaboração dos projetos básico e executivo, do edital e do
contrato. Para que as obras públicas sejam licitadas e executadas com eficiência, é necessário
que:
a) o projeto executivo seja considerado um encargo do contratado na licitação realizada sob a
modalidade concorrência;

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b) haja disponibilidade de recursos financeiros que assegurem o pagamento das obrigações


decorrentes de obras ou serviços a serem executados;
c) o edital preveja a obtenção de financiamentos pelos licitantes como condição obrigatória
para a viabilidade da competição;
d) o orçamento da obra seja detalhado em planilhas e expresse a composição de todos os
seus custos unitários;
e) a execução da obra seja programada parcialmente, com a previsão dos custos definida na
medida da execução do cronograma físico-financeiro.
Comentário: de acordo com a Lei, os Projetos Básico e Executivo são obrigatórios para licitações de
obras e serviços de engenharia realizadas nas modalidades concorrência, tomada de preços e
convite, mas não para compras de bens. Na forma do art. 7º, §2º, as obras e os serviços somente
poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em
participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de
obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo
cronograma.
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o
art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso.

Vamos analisar cada alternativa:


a) a lei determina que a execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e
aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do
projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras
e serviços, desde que também autorizado pela Administração (§1º) – ERRADA;
b) a Lei não exige a efetiva disponibilidade financeira (fato da Administração ter o recurso
disponível ou liberado), mas, tão somente, que haja previsão destes recursos na lei orçamentária,
conforme inciso IV do art. 7º, §2º - ERRADA;
c) o art. 7º, §3º diz que é vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros
para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos
executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da legislação específica –
ERRADA;
d) na forma do art. 7º, §2º, II as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando existir
orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários
– CORRETA;
e) a execução das obras e dos serviços deve programar-se, sempre, em sua totalidade, previstos
seus custos atual e final e considerados os prazos de sua execução, na forma do art. 8º - ERRADA.
Gabarito: alternativa D.

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68. (FGV – Procurador/ALERJ/2017)


Autoridade superior, quando do momento da homologação de licitação pública realizada na
modalidade concorrência para contratação de serviços de informática, identifica que não
houve o exame jurídico prévio das minutas de edital e contrato, conforme determina o artigo
38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93. Diante de tal circunstância, a medida mais adequada
a ser tomada pelo gestor é:
a) anulação do processo licitatório, porquanto a ausência de parecer jurídico é um vício
insanável que macula todo o procedimento;
b) revogação do processo licitatório, com direito à prévia e ampla defesa de todos os
participantes;
c) homologação da licitação, caso ele constate, após examinar todo o processo, que não
haverá prejuízos financeiros relevantes; ==3f1fb==

d) homologação da licitação, no caso de os licitantes, após intimados, não identificarem vício


na minuta de edital ou contrato;
e) homologação da licitação, no caso de a Assessoria Jurídica, ainda que a posteriori,
constatar que não havia nenhum vício na minuta de edital ou contrato.
Comentário: as minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou
ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.
Com base na possibilidade de convalidação dos atos administrativos, não havendo vícios no
procedimento, é possível a homologação do procedimento após a constatação de sua regularidade
pela assessoria jurídica do órgão.
Gabarito: alternativa E.

Concluímos por hoje. Em nossa próxima aula, vamos falar sobre os contratos administrativos.
Espero por vocês!
Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
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4 QUESTÕES COMENTADAS NA AULA


1. (Cespe – Juiz Substituto/TJ CE/2018)

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A modalidade licitatória restrita aos interessados devidamente cadastrados ou que atendam


a todas as condições exigidas no cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas é denominada
a) convite.
b) tomada de preços.
c) concorrência.
d) pregão.
e) registro de preços.
2. (Cespe – Administrador/IFF/2018)
De acordo com a Lei n.º 8.666/1993 — Lei de Licitações e Contratos —, é dispensável a
licitação
a) nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem.
b) para aquisição, por empresas públicas e autarquias, de bens produzidos por órgãos
públicos.
c) para contratação de profissional de qualquer setor artístico, desde que consagrado pela
crítica especializada.
d) para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor exclusivo.
e) se, na modalidade convite, não for alcançado o número mínimo legalmente exigido de
empresas qualificadas no certame.
3. (Cespe – Administrador/IFF/2018)
A licitação de obra de construção de determinado edifício público pode ser realizada sem a
apresentação
a) do projeto básico.
b) de orçamento detalhado por custo unitário.
c) do projeto executivo.
d) de recursos orçamentários suficientes.
e) da inclusão do projeto no plano plurianual.
4. (Cespe – Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018)
De acordo com a Lei n.º 8.666/1993 (Lei de Licitações), é inexigível a licitação na hipótese de
a) contratação de serviços de publicidade, de natureza singular, com profissionais de notória
especialização.
b) guerra ou grave perturbação da ordem.
c) não acudirem interessados à licitação anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo
para a administração.

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d) compras de gêneros perecíveis no tempo necessário para a realização dos processos


licitatórios correspondentes.
e) aquisição de materiais e equipamentos que só possam ser fornecidos por produtor ou
empresa comercial exclusivos.
5. (Cespe – Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018)
A empresa X, contratada após processo licitatório na modalidade de concorrência, com o
objetivo de reformar imóvel pertencente à administração pública, deixou de realizar 30% da
obra licitada, o que equivale a R$ 250.000, em decorrência de graves problemas financeiros.
Nessa situação hipotética, conforme previsão da Lei n.º 8.666/1993, para a contratação de
nova empresa para finalizar a obra remanescente
a) pode-se optar pela contratação direta, por configurar hipótese de inexigibilidade de
licitação.
b) pode-se dispensar de licitação, desde que obedecida a ordem de classificação e mantidos
os termos oferecidos ao licitante vencedor.
c) pode-se dispensar a licitação, desde que contratada a empresa classificada em segundo
lugar no processo licitatório original.
d) deve-se realizar novo processo licitatório na modalidade de concorrência.
e) deve-se realizar novo processo licitatório na modalidade convite.
6. (Cespe – Delegado de Polícia Civil/PC MA/2018)
Considerando que, iniciado procedimento licitatório voltado à aquisição de determinados
bens de interesse do estado do Maranhão, não tenham aparecido interessados em participar
do referido certame, assinale a opção correta de acordo com a legislação pertinente.
a) A falta de interessados no procedimento licitatório é causa de inexigibilidade de licitação, o
que possibilita a contratação direta pela administração pública, inclusive com a alteração das
condições básicas anteriormente estabelecidas.
b) A falta de interessados no procedimento licitatório é causa de dispensa de licitação,
quando tal procedimento, justificadamente, não puder ser repetido sem prejuízo para a
administração pública, devendo ser mantidas as condições preestabelecidas.
c) A frustração do procedimento licitatório impõe a alteração das condições preestabelecidas
no instrumento convocatório, de modo a atrair interessados em nova licitação.
d) A despeito da falta de interessados no referido certame licitatório, novo processo
licitatório deverá ser realizado, sob pena de burla à obrigatoriedade de realização de licitação
para as contratações públicas.
e) Mantido o interesse na contratação, a frustração do procedimento licitatório impõe a
contratação direta pela administração pública, não havendo de se falar em burla à
obrigatoriedade de realização de licitação.
7. (Cespe – Auditor de Contas Públicas/TCE PB/2018)

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Se um órgão da administração pública desejar adquirir trabalho científico com oferta de


prêmio aos vencedores, a modalidade de licitação a ser adotada e a quantidade mínima de
dias de antecedência em relação ao evento para publicação do edital devem ser,
respectivamente,
a) convite; trinta dias.
b) pregão; quinze dias.
c) concurso; quarenta e cinco dias.
d) leilão; quarenta e cinco dias.
e) concorrência; trinta dias.
8. (Cespe – Auditor de Contas Públicas/TCE PB/2018)
Nas licitações públicas, de acordo com o princípio do julgamento objetivo,
a) comprovado o melhor interesse da administração, os critérios de julgamento poderão
incluir fatores subjetivos.
b) concluído o procedimento, a administração estará impedida de atribuir o objeto da
licitação a outrem que não o licitante vencedor.
c) o julgamento do certame deve nortear-se pelo critério previamente fixado no instrumento
convocatório, observadas todas as normas a seu respeito.
d) a administração poderá cobrar do licitante qualquer qualificação, ainda que não inserida
no edital, desde que a exigência tenha nexo relacional com o objeto da contratação.
e) o julgamento do certame deve realizar-se segundo razões de conveniência e oportunidade
do gestor.
9. (Cespe – Agente de Documentação/TCE PB/2018)
Se a administração pública de um estado da Federação tiver de contratar um grupo de dança
consagrado pela mídia local para festividades do aniversário da capital desse estado, a
contratação, nesse caso, deverá ocorrer mediante
a) dispensa de licitação em razão da escolha do executante.
b) inexigibilidade de licitação por previsão legal.
c) concurso.
d) licitação na modalidade convite.
e) licitação na modalidade tomada de preços.
10. (Cespe – Defensor Público/DPE AC/2017)
É hipótese de inexigibilidade de licitação
a) a contratação de profissional do setor artístico, consagrado pela crítica especializada ou
pela opinião pública, diretamente ou mediante empresário exclusivo.

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b) a venda direta de imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados


no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social
desenvolvidos por entidade da administração pública.
c) a contratação, para obras e serviços de engenharia, de valor até 10% da importância
limitadora da modalidade licitatória convite.
d) a contratação de coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por
associações formadas por pessoas de baixa renda.
e) o não atendimento, por parte de interessados, à licitação anterior, quando o procedimento
não puder ser repetido sem prejuízo da administração pública.
11. (Cespe – Delegado de Polícia/PJC MT/2017)
Configura hipótese de inexigibilidade de licitação a
a) prestação de serviço de natureza singular para a divulgação de campanha educacional
dirigida à população.
b) aquisição de serviço de informática prestado por empresa pública que tenha sido criada
para esse fim específico.
c) aquisição de gêneros perecíveis, enquanto durar o processo licitatório correspondente,
desde que realizada com base no preço do dia.
d) aquisição de armamento de determinada marca, desde que justificada a escolha por
motivos de segurança pública.
e) contratação, por intermédio de empresário exclusivo, de cantor consagrado pela crítica
especializada.
12. (Cespe – Auditor de Controle Externo/TCE PE/2017)
O setor de engenharia de um órgão público está elaborando as especificações técnicas de um
projeto básico para licitação tanto de serviço de consultoria quanto de obras e serviços de
engenharia, todos relativos à construção de instalações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para tanto, o setor consultou o presidente da comissão de licitações, solicitando, entre
outras, informações referentes às modalidades, tipos e regimes de licitação mais adequados
para a consecução dos serviços a seguir.
I Consultoria de empresa de engenharia para a elaboração de projeto de estruturas de
concreto pretendido para o prédio administrativo, com valor estimado de R$ 200 mil e prazo
de contrato previsto para 18 meses.
II Construção de prédio administrativo, com orçamento estimado de R$ 2 milhões e prazo de
12 meses para a execução da obra.
III Pintura de prédio administrativo, com orçamento estimado em R$ 20 mil e prazo de 1 mês
para a conclusão do serviço.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item que se segue, considerando a legislação
aplicável a licitações de obras e serviços de engenharia.

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A licitação para a contratação do serviço de pintura do prédio poderá ser dispensada, devido
ao valor estimado para esse serviço.
13. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)
De acordo com a Lei de Licitações e Contratos, o prazo para interposição de
a) recurso e representação será de dez dias úteis.
b) representação e pedido de reconsideração será de cinco dias úteis.
c) representação e pedido de reconsideração será de dez dias úteis.
d) recurso e representação será de cinco dias úteis.
e) recurso e pedido de reconsideração será de cinco dias úteis.
14. (Cespe – AJAA/TRE BA/2017)
Empresa vencedora de processo licitatório, na modalidade concorrência, para a reforma de
um imóvel pertencente à administração pública deixou de realizar 30% da obra licitada, parte
equivalente ao valor de R$ 250.000, em decorrência de graves problemas financeiros. Por
esse motivo, o contrato foi rescindido. Conforme previsto pela Lei n.º 8.666/1993 — Lei de
Licitações e Contratos —, nessa situação hipotética, novo processo licitatório para a
contratação de empresa que finalize a obra remanescente será
a) inexigível, por se tratar da conclusão de obra remanescente.
b) dispensável, devendo a nova contratada obedecer à ordem de classificação e aos mesmos
termos oferecidos à licitante vencedora.
c) dispensável, devendo a nova contratada estabelecer o preço dos serviços que serão
realizados.
d) aberto obrigatoriamente na modalidade concorrência.
e) aberto preferencialmente na modalidade convite.
15. (Cespe – TJAA/TRE BA/2017)
Se o diretor de um museu público tiver de contratar a restauração de um objeto histórico, de
autenticidade certificada, com o objetivo de aprimorar o acervo da instituição, a licitação
para a restauração desse objeto, nos termos da legislação pertinente, será considerada
a) dispensável.
b) recusável.
c) inexigível.
d) dispensada.
e) inviável.
16. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)
No processo licitatório para a contratação de uma empresa para construir um prédio público,
cujo preço de referência foi orçado em trinta milhões de reais, estabeleceu-se o prazo de
cinquenta dias corridos para a divulgação do edital; adotou-se a modalidade concorrência; e

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determinou-se que o tipo de licitação seria técnica e preço. Ademais, definiu-se que deveriam
ser desclassificadas as propostas que apresentassem preços superiores ao de referência bem
como aquelas que apresentassem preços inexequíveis. Nessa situação hipotética, a licitação
está em desacordo com o disposto na Lei n.º 8.666/1993 devido à adoção
a) do critério preço superior ao de referência para a desclassificação de propostas.
b) da modalidade concorrência.
c) do critério preço inexequível para a desclassificação de propostas.
d) do tipo de licitação técnica e preço.
e) do prazo insuficiente para a divulgação do edital.
17. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)
Durante o processo licitatório de uma obra pública, regido pela Lei n.º 8.666/1993,
determinado licitante, em data oportuna, questionou à comissão de licitação a ausência de
preços na planilha de orçamento de referência do edital, a qual apresentava apenas os
serviços e suas quantidades. Nessa situação hipotética, caberá à comissão de licitação
a) manter o edital, já que, na fase de divulgação do edital, questionamentos relacionados ao
conteúdo do projeto básico só podem ser feitos pelos órgãos de controle.
b) manter o edital, já que, até a homologação da licitação, somente a planilha com serviços e
quantidades do orçamento de referência deve ser pública.
c) rever o edital, já que a planilha com serviços e quantidades também deve ser mantida em
sigilo até a homologação da licitação.
d) rever o edital, já que é obrigatória a divulgação completa do orçamento de referência.
e) manter o edital, já que cabe à comissão de licitação definir se o orçamento da licitação
deve ser sigiloso ou não.
18. (Cespe – Analista Judiciário/TRE BA/2017)
Durante a execução de uma obra pública, a auditoria constatou que havia uma exigência
ilegal no edital de licitações, o que, na época de divulgação do referido edital, tornaria a
licitação nula. Nessa situação, como o contrato está assinado e a obra está em fase de
execução, é necessário
a) paralisar o contrato até que o vício processual seja sanado e até que a contratada
apresente uma compensação financeira para a manutenção contratual.
b) paralisar a obra, solicitar novas propostas aos licitantes e, se surgir proposta mais
vantajosa que a da contratada, realizar a cessão contratual em favor da de menor valor.
c) anular o contrato e, caso não seja imputado à contratada a causa da nulidade, indenizá-la
tanto pelos serviços executados quanto por prejuízos regularmente comprovados.
d) manter o contrato vigente, desde que a empresa contratada tenha executado mais de 50
% da obra.

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e) rescindir o contrato e convidar as demais licitantes, na ordem de classificação, para


concluir a execução da obra, nas mesmas condições contratuais da primeira colocada.
19. (Cespe – Promotor de Justiça/MPE RR/2017)
Com referência aos crimes, às penas e ao processo judicial previstos na Lei de Licitações e
Contratos, julgue os seguintes itens.
I Dispensa de licitação em situação estranha às hipóteses taxativas previstas em lei constitui
crime passível de punição com pena de detenção e multa fixada na sentença a ser revertida à
fazenda federal, distrital, estadual ou municipal, conforme o caso.
II Em casos de crimes previstos na lei em apreço, a ação penal é pública incondicionada e a
sua promoção cabe ao MP.
III Em relação aos crimes previstos na lei em questão, não será admitida ação penal privada
subsidiária da pública.
IV Quando os autores dos crimes previstos na referida lei forem ocupantes de cargo em
comissão ou exercerem função de confiança em órgão da administração pública direta ou
indireta, a pena imposta será acrescida da terça parte.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens III e IV estão certos.
b) Apenas os itens I, II e III estão certos.
c) Apenas os itens I, II e IV estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
20. (Cespe – Engenheiro civil/Prefeitura de São Luís – MA/2017)
Em edital para a realização de licitação de uma obra pública cujo valor orçado pela
administração tenha sido de R$ 500 mil, é permitido
a) adotar a modalidade de licitação carta convite.
b) exigir garantia contratual de R$ 100 mil.
c) prever a desclassificação de propostas cujos preços sejam inferiores a R$ 250 mil.
d) exigir que a licitante apresente registro no sindicato da indústria da construção.
e) exigir comprovante de aptidão para execução da obra mediante apresentação de
atestados técnicos.
21. (Cespe – Engenheiro civil/Prefeitura de São Luís – MA/2017)
Se a administração decidir licitar uma obra sem previsão de recursos orçamentários, o gestor
público responsável pela decisão
a) poderá licitar a obra, mas a homologação da licitação estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.
b) poderá licitar a obra, mas a assinatura do contrato estará condicionada à existência de
crédito orçamentário.

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c) deverá captar recursos até o momento da homologação da licitação.


d) poderá prever no edital que o futuro contratado providencie o financiamento necessário
para a obra em bancos públicos.
e) não poderá licitar a obra enquanto não houver previsão de recursos orçamentários.
22. (Cespe – Analista Judiciário/TRT CE/2017)
Em processo licitatório promovido pela administração pública para adquirir novos
equipamentos, constatou-se, entre os concorrentes, o empate entre duas empresas
brasileiras que fabricam os equipamentos no Brasil. Conforme o disposto na Lei n.º
8.666/1993, entre as duas que empataram, a empresa vencedora será escolhida
a) pela apresentação da proposta em primeiro lugar.
b) após novo processo licitatório do qual participarão somente as empresas que empataram.
c) por sorteio.
d) pelo critério da experiência.
23. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT CE/2017)
Uma modalidade complexa de licitação é a concorrência, cujo prazo para divulgação, em
regra, é de trinta dias, podendo ser estendido para quarenta e cinco dias caso a concorrência
seja do tipo
a) serviços comuns.
b) trabalho científico.
c) convite.
d) técnica e preço.
24. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT CE/2017 – adaptada)
Órgão da administração pública direta que pretenda realizar serviço de engenharia cujo valor
estimado seja superior a R$ 3,3 milhões deve optar pela modalidade de licitação denominada
a) convite.
b) tomada de preços.
c) leilão pelo menor valor.
d) concorrência.
25. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT CE/2017)
Conforme a Lei de Licitações e Contratos — Lei n.º 8.666/1993 —, nos projetos básico e
executivo deve-se observar, entre outros requisitos, a adoção
a) dos padrões de excelência conforme a normativa internacional.
b) de tecnologias importadas como forma de transferência de conhecimento.
c) de métodos de construção que levem em conta o impacto social.

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d) das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas.


26. (FCC – Agente de Fiscalização – Administração/TCE-SP/2017)
Determinado órgão público pretende adquirir peças estrangeiras necessárias para a
manutenção de seus equipamentos técnicos, que estão dentro do período de garantia
técnica, mas não tem certeza se a aquisição deve ser feita por meio de licitação. Nessa
situação, portanto, tendo em vista o disposto na Lei n° 8.666/93, é correto afirmar que a
compra pretendida
a) pode ser por dispensa de licitação, se a compra for feita junto ao fornecedor original e se a
exclusividade for indispensável para vigência da garantia.
b) deve ser feita por meio de licitação, em virtude de se tratar de aquisição de peças de
origem estrangeira.
c) pode ser feita diretamente por inexigibilidade de licitação, em razão de se tratar de peças
de origem estrangeira.
d) poderia ser feita diretamente, por inexigibilidade de licitação, se fosse para aquisição de
peças similares nacionais.
e) deve ser feita com o fornecedor original, diretamente, por se tratar de hipótese de
inexigibilidade de licitação.
27. (FCC – Analista Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
Numa licitação para contratação de serviços de desassoreamento de uma represa, a
autarquia responsável pelo serviço desclassificou uma das licitantes sob o fundamento de
que não teria preenchido os requisitos necessários para prestação da garantia da proposta.
Restou, com isso, apenas uma licitante no procedimento, cabendo à Administração
a) revogar a licitação e reiniciar o procedimento, com revisão das condições impostas no
edital, tendo em vista que a habilitação de apenas um licitante não cumpre a exigência legal
de observância do princípio da competitividade.
b) a possibilidade de concentrar as próximas fases da licitação, antecipando o resultado,
porque já conhecido, como forma de privilegiar o princípio da eficiência.
c) prosseguir com a licitação até final decisão, pois ainda que já se conheça o possível
resultado do certame, é necessário verificar o atendimento de todos os requisitos e o
cumprimento de todas as fases.
d) reavaliar a decisão de desclassificação, para possibilitar o aditamento da documentação
apresentada no caso do vício ser sanável, de modo a garantir que o certame prossiga com
efetiva disputa.
e) anular a licitação, diante do vício de legalidade referente à ausência de competidores,
republicando-se o edital, com possibilidade de aproveitamento dos atos já praticados no
procedimento.
28. (FCC – Analista Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)

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Enquanto determinado órgão municipal promovia uma licitação com base na Lei n° 8.666/93
para contratação de serviços de desenvolvimento, operação e manutenção de softwares, no
âmbito de uma autarquia estadual, tramitava um processo administrativo para contratação
com o mesmo objeto, reconhecida, contudo, hipótese de dispensa de licitação. Essa
dualidade de situações, idêntico objeto ora contratado por meio de licitação, ora mediante
dispensa de licitação,
a) é incompatível com a Lei n° 8.666/93, tendo em vista que as hipóteses de dispensa de
licitação não permitem juízo discricionário por parte do administrador, de forma que, caso se
tipifique uma delas, é inócua a realização de certame, cujo resultado já se conhece
antecipadamente, sob pena de oneração desnecessária do erário público.
b) poderia ser compatível com a Lei n° 8.666/93 caso a dispensa de licitação fosse
reconhecida na esfera municipal, em razão da menor disponibilidade de empresas potenciais
competidoras no certame na circunscrição territorial, o que não ocorre no âmbito estadual,
sendo de rigor a observância do princípio da máxima competição.
c) é compatível com a Lei n° 8.666/93 se for considerado o valor da contratação, posto que o
número de empresas com capacidade de atendimento do vulto e complexidade do objeto de
contratação pretendido pela autarquia estadual é menor que aquelas capazes de atender a
Municipalidade, sendo plenamente factível a hipótese de inviabilidade de competição
narrada.
d) pode ser compatível caso, por exemplo, a autarquia estadual esteja contratando uma
empresa estatal também integrante da administração indireta estadual, que tenha sido
criada antes da entrada em vigor da Lei n° 8.666/93 e cujo objeto social contemple a
prestação dos serviços de informática em questão, em valores compatíveis com o mercado.
e) não será compatível com a Lei n° 8.666/93 se o município fizer parte do Estado em cuja
estrutura estiver empresa estatal prestadora dos serviços em questão, posto que, nesta
hipótese, a norma que estabelece dispensa de licitação obriga que a municipalidade contrate
o referido ente.
29. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
Uma Prefeitura realizou concurso, regido pela Lei n° 8.666/1993, para escolha do projeto do
novo viaduto que pretende construir e integrar ao sistema viário local, como parte do
programa de ampliação e modernização. Declarado o vencedor e concluída a licitação, de
posse do novo projeto a Municipalidade pretende agora dar início à licitação, também regida
pela Lei n° 8.666/1993, para contratação das obras, para as quais
a) será dispensada apresentação de orçamento com a composição de custos unitários, em
razão desse aspecto já ter sido objeto da licitação anterior.
b) caberá ao novo licitante vencedor a apresentação dos projetos básico e executivo
necessários à construção do viaduto.
c) será necessário obtenção pelo vencedor de financiamento no mercado para custear as
obras, cabendo ao poder público o pagamento dos serviços quando da conclusão e entrega
da mesma.

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d) não será necessário comprovar a existência de recursos orçamentário-financeiros,


considerando que o pagamento pelo Poder Público só ocorrerá após a conclusão da obra.
e) não poderá concorrer ou participar do certame o autor do projeto vencedor do concurso,
posto que esta contratação envolveu a elaboração de projeto básico.
30. (FCC – Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
A Lei nº 8.666/1993 admite a participação de consórcios em contratos administrativos,
trazendo em seu artigo 33 as normas que, para tanto, devem ser seguidas. As empresas que
constituem o consórcio vencedor da licitação respondem, perante a Administração
a) solidariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, independentemente do
percentual de participação de cada uma no consórcio.
b) subsidiariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, proporcionalmente ao
percentual de participação de cada uma no consórcio.
c) solidariamente pelo cumprimento da obrigação assumida na fase de licitação e
subsidiariamente, na proporção do percentual de participação de cada uma no consórcio, na
fase de execução do contrato.
d) solidariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, independentemente do
percentual de participação de cada uma no consórcio, caso se cuide de consórcio
homogêneo, considerado aquele que reúne empresas com especialidades idênticas ou
semelhantes, ou seja, empresas do mesmo ramo.
e) subsidiariamente pelo cumprimento da obrigação assumida, na proporção do percentual
de participação de cada uma no consórcio, na hipótese de consórcio heterônomo,
respondendo, neste caso, solidariamente apenas a empresa líder.
31. (FCC – Analista Judiciário - Área Administrativa/TST/2017)
Suponha que um órgão integrante da Administração direta tenha instaurado um
procedimento licitatório para a reforma e modernização de seu edifício sede. Ocorre que, no
curso do certame, sobreveio decisão governamental de realocação de diversos órgãos no
referido edifício, o que demandaria total alteração do layout e a construção de mais um
andar de garagem subterrânea. De acordo com as disposições da Lei n° 8.666/93, o órgão
responsável pela licitação em curso
a) deverá anular o certame, por perda de objeto, sendo vedada qualquer alteração do objeto
após a fase de habilitação.
b) está obrigado a concluir o certame, mantida a vinculação ao instrumento convocatório,
porém não deverá adjudicar o objeto ao vencedor.
c) poderá alterar o objeto da licitação, em razão de fatores supervenientes e para
atingimento do interesse público pertinente e suficiente para justificar tal conduta.
d) somente poderá incluir as novas obras no objeto do certame se ainda não apresentadas as
propostas econômicas, mantida a data da sessão de julgamento.
e) poderá revogar o certame, por despacho motivado, comprovada a superveniência de
razões de interesse público.

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32. (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade/TST/2017)


O procedimento de licitação regido pela Lei n° 8.666/1993 depende do preenchimento de
requisitos formais para sua instauração, processamento e conclusão. No processo
administrativo no qual tramita o procedimento de licitação devem estar formalizadas as
providências e exigências legais obrigatórias, tais como,
a) para a abertura da licitação, breve descrição do objeto da contratação, com motivação
para tanto e indicação dos recursos para fazer frente à despesa pretendida.
b) previamente à abertura, comprovação de que não se trata de hipótese de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, analisando os dispositivos legais individualmente.
c) antes ou durante a publicação do edital, comprovação da existência de recursos
orçamentários e financeiros no exercício da abertura do procedimento para fazer frente à
integralidade da despesa do contrato, ainda que a execução atinja exercícios futuros.
d) aprovação do edital pelo Tribunal de Contas antes da efetiva publicação do certame para o
mercado quando se inicia o prazo para apresentação das propostas, a fim de que possa ser
analisada a legalidade do mesmo.
e) análise das minutas de edital e contrato pela assessoria jurídica da Administração pública
após a publicação do certame, possibilitando que o prazo de propostas possa transcorrer em
paralelo ao controle interno, como medida de economia processual.
33. (FCC – Analista – Administrador/DPE-RS/2017)
Considere as seguintes afirmações:
I. A licitação destina-se a garantir a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
II. É permitida a inclusão no edital de licitação de cláusulas que restrinjam a competitividade
em favor das sociedades cooperativas.
III. A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público, os atos de seu
procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
IV. Nos processos de licitação poderá ser estabelecida margem de preferência.
V. Cada unidade da Administração, no pagamento das obrigações relativas ao fornecimento
de bens, locações, realização de obras e prestação de serviços, deve obedecer, para cada
fonte diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das datas de suas exigibilidades,
salvo quando presentes relevantes razões de interesse público e mediante prévia justificativa
da autoridade competente, devidamente publicada.
Conforme o disposto na Lei n° 8.666/1993, incidem nos princípios aplicados aos
procedimentos licitatórios APENAS os itens
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, II, IV e V.
d) I, II, III e V.

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e) I, III, IV e V.
34. (FCC – Analista – Administrador/DPE-RS/2017)
Considere os seguintes grupos:
I. compra, alienação e obras.
II. alienação de bens, investidura e permuta.
III. execução direta, execução indireta e empreitada por preço global.
IV. concorrência, concurso e leilão.
V. menor preço, melhor técnica e técnica e preço.
Nos termos da Lei n° 8.666/1993, os grupos que representam, respectivamente, modalidades
e tipos de licitação são APENAS
a) I e II.
b) IV e V.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e V.
35. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/DPE-RS/2017)
A aplicação do princípio da igualdade nas licitações dá-se nas diversas fases e incide sob
diferentes aspectos em relação aos envolvidos no certame, em razão do que
a) não se admite restrição de interessados ou a imposição de condições à participação nos
procedimentos de licitação, que devem concorrer em igualdade de condições para
apresentação de propostas.
b) o princípio da competividade deve ser compatibilizado com a finalidade do certame, sendo
admitido estabelecer condições de habilitação técnica que guardem pertinência com o objeto
a ser contratado.
c) é vedado estabelecer qualquer distinção ou discriminação em razão da natureza, porte ou
tipo de empresa habilitada a participar da licitação, seja para escolha do vencedor, seja como
critério de desempate.
d) é vedado estabelecer qualquer especificação de produtos, seja ela em razão de marca ou
origem de produção, ou ainda em razão de alguma condição relativa aos licitantes.
e) sua aplicação pode ser sistemática, em conjunto com os demais princípios que informam a
licitação, de forma que em sendo necessário que sejam estabelecidas restrições para maior
eficiência, o administrador pode justificar a não aplicação de algumas das vedações legais.
36. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/DPE-RS/2017)
A Administração pública licitou a aquisição de determinados medicamentos para entrega a
pacientes inscritos em programa de fornecimento gratuito regular. O certame estava
regularmente instruído com pesquisa de preços, a fim de apurar o preço máximo que a

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Administração poderia pagar. Não obstante, a Administração pública atualizou a pesquisa no


curso do procedimento e identificou que em relação a vários medicamentos teria havido
relevante redução de preço, o que diminuiria em muito o custo de aquisição e permitiria a
alocação dos recursos que sobejassem para outros programas na área da saúde. Nesse caso a
Administração
a) deve anular o procedimento por vício de legalidade, tendo em vista que a lista de preços
estava irregular.
b) pode alterar a pesquisa de preços constante do procedimento de licitação,
independentemente da fase, prosseguindo os licitantes que tiverem feito propostas que
ainda estiverem interessados, a fim de não atrasar a aquisição dos medicamentos, com
fundamento na supremacia do interesse público.
c) deve revogar a licitação, tendo em vista que o procedimento se tornou ilegal em razão da
alteração dos valores dos medicamentos, não havendo fundamento legal para
prosseguimento.
d) pode revogar a licitação, demonstradas as supervenientes razões de interesse público que
motivam a decisão e providenciar novo certame com a pesquisa de preços atualizada.
e) deve prosseguir regularmente com a licitação, tendo em vista que quando do início do
procedimento a pesquisa de preços era legal e válida, não havendo, portanto, fundamento
para anular ou revogar o certame.
37. (FCC – Técnico Judiciário - Logística/DPE-RS/2017)
Suponha que a Secretaria de Fazenda do Estado pretenda alienar produtos apreendidos em
uma operação da fiscalização. Para tanto, de acordo com a Lei n° 8.666/1993 e legislação
federal correlata,
a) poderá dispensar o procedimento licitatório, realizando a venda direta a potenciais
interessados previamente cadastrados.
b) somente poderá alienar os bens se forem declarados inservíveis, adotando, para tanto, a
modalidade licitatória convite.
c) deverá instaurar procedimento licitatório para alienação, na modalidade leilão, precedido
de avaliação para fixação do preço mínimo de venda.
d) poderá alienar os bens apreendidos, mediante licitação na modalidade pregão, precedido
de ata de registro de preços.
e) deverá, obrigatoriamente, alienar os bens mediante licitação na modalidade concorrência,
salvo os de pequeno valor, que poderão ser alienados em bloco, mediante leilão.
38. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRE-PR/2017)
Considere que o órgão público competente licitou a contratação de obras de reforma no
ginásio de uma unidade escolar. O certame, contudo, não foi exitoso, não tendo acudido
interessados à licitação, de modo que as obras não foram contratadas. O administrador,
diante da proximidade do fim das férias escolares,

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a) pode promover a contratação direta de construtora para realização das obras dentro do
período desejado, atestando que se tratou de licitação deserta ou fracassada, desde que não
se trate de empresa que tenha sofrido sanção de impedimento de contratar com órgãos e
entes públicos da mesma esfera de governo da ora contratante.
b) deve realizar nova licitação com majoração das estimativas de custo previstas no
orçamento, com fundamento na ausência anterior de interessados, para aumentar a
atratividade da contratação, reduzindo o prazo para execução das obras, a fim de viabilizar a
conclusão dentro do período de férias escolares.
c) pode, desde que demonstrado que uma nova licitação traria prejuízos para a
Administração e mantidas as mesmas condições da licitação, realizar contratação direta para
as obras de reforma pretendidas.
d) pode contratar terceiro diretamente, tendo em vista que é inexigível a licitação quando o
certame original foi deserto e desde que mantidas as condições de mercado, por
inviabilidade de competição.
e) deve realizar nova licitação, podendo adotar modalidade simplificada, desde que mantidas
as mesmas condições da licitação originária que resultou deserta.
39. (FCC – Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRE-PR/2017)
Diante da pretensão de um órgão público consistente em unidade de despesa, de alienar
bens imóveis que não mais servem aos fins da Administração pública e, portanto, não mais se
prestam ao atendimento do interesse público, bem como bem móveis que não se mostram
mais aproveitáveis, pode
a) licitar a alienação dos referidos bens, utilizando-se para tanto, respectivamente, das
modalidades concorrência e leilão.
b) realizar pregão presencial para alienação de todos os bens, desde que os lances possam
ser individuais, ou seja, por item.
c) realizar leilão presencial ou eletrônico para alienação de todos os bens,
independentemente da origem da aquisição, uma vez que se mostram inservíveis,
observando a necessidade de que os lances sejam feitos por lotes e cada lote corresponda a
um bem.
d) licitar a alienação de todos os bens sob a modalidade de concorrência, reduzindo, no
entanto, os prazos legalmente previstos, para simplificação do procedimento, para os bens
que forem comprovadamente inservíveis e não apresentem liquidez de mercado.
e) alienar todos os bens para outros entes públicos, sem a realização de licitação,
prescindindo, nesse caso, em razão do notório interesse público e da gratuidade do ato, de
procedimento de dispensa de licitação.
40. (FCC – Analista Judiciário - Análise de Sistemas/TRE-PR/2017)
Um município, em razão das fortes chuvas sofridas, em volume muito superior ao previsto,
sofreu com inundações extremamente fortes, que ocasionaram danos não só às habitações
dos moradores das regiões mais carentes, mas também causaram estragos na rede de água,

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interrompendo o abastecimento. Em uma situação como essa, para viabilizar o imediato


reparo da rede e viabilizar a retomada da prestação do serviço, o Município
a) deve licitar a contratação dos serviços, pela modalidade pregão, tendo em vista que
inexiste hipótese de contratação direta que possibilite solução mais rápida do problema.
b) pode contratar diretamente a realização dos serviços somente se a contratada for pessoa
jurídica de direito privado integrante da Administração indireta de sua esfera de governo.
c) pode realizar contratação emergencial, pois a situação narrada permite inferir urgência de
atendimento para restabelecer o serviço de abastecimento de água, desde que observado o
prazo de 180 dias para a conclusão das obras, bem como que não haja prorrogação.
d) deve formalizar a contratação por inexigibilidade de licitação, tendo em vista que a
descrição dos fatos permite concluir haver especificidade dos serviços que comprovam a
inviabilidade de competição.
e) pode firmar contrato emergencial, para o que precisa comprovar que as intervenções são
indispensáveis, formalizando-o por meio de inexigibilidade de licitação, ou, caso não
configurada, por meio de dispensa de licitação.
41. (FCC – Analista Judiciário - Análise de Sistemas/TRE-PR/2017)
Determinada autarquia publicou um edital de licitação para venda de bens móveis inservíveis.
Na intenção de obter o melhor resultado possível e incentivar ao máximo a competição entre
os interessados, não divulgou o valor de avaliação dos bens. Dessa forma, de acordo como o
disposto na Lei n° 8.666/1993,
a) a Administração pública violou a norma legal que veda o sigilo na licitação, salvo no que diz
respeito ao conteúdo das propostas, que, conforme a modalidade do certame, devem ser
divulgadas ou feitas apenas quando da sessão de abertura ou lances, respectivamente.
b) preservou-se o princípio da igualdade entre os licitantes, tendo em vista que todos tiveram
acesso ao mesmo nível de informação, tendo havido isonomia de condições para formulação
de propostas, não havendo qualquer ilegalidade na conduta da Administração.
c) a medida pode ser válida, desde que a regra do sigilo tenha constado expressamente do
edital e que, quando da sessão de abertura dos envelopes na modalidade concorrência,
sejam divulgados os valores de avaliação.
d) a Administração pública observou o princípio do sigilo dos valores da licitação, tendo em
vista que tanto os valores das propostas, quanto os valores de avaliação devem ser
divulgados apenas quando do julgamento do certame.
e) restou violado o princípio da publicidade que rege as licitações quando se trata de
obtenção de melhores resultados, não se aplicando às contratações de obras e serviços, cujos
quantitativos dos orçamentos devem ser sigilosos até a abertura das propostas.
42. (FCC – Analista Judiciário - Análise de Sistemas/TRE-PR/2017)
Dentre as possibilidades de contratação com inexigibilidade de licitação, a aquisição de bens
de fornecedor exclusivo depende da

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a) apresentação de atestado de exclusividade, que goza de presunção absoluta sempre que


expedido pelos órgãos de registro locais competentes.
b) comprovação da exclusividade por meio de atestados emitidos pelo Sindicato, Federação
ou outro órgão do setor competente, cuja veracidade do conteúdo pode ser verificada pelo
ente público que realiza a licitação, como boa prática de gestão administrativa.
c) apresentação de certificados de notória especialização e qualidade, além da condição de
exclusividade no âmbito da mesma esfera de governo do ente que realiza a licitação.
d) declaração da notória exclusividade e da condição de único fornecedor no âmbito da
mesma esfera de governo onde se realiza a licitação.
e) comprovação de exclusividade e do limite de valor autorizado pela lei, tendo em vista que
contratos de valor superior a R$ 1.500.000,00 não admitem contratação direta para objetos
dessa natureza.
43. (FCC – Analista Previdenciário/FUNAPE/2017)
Antes da sessão de abertura dos envelopes das propostas de determinada concorrência
pública, identificou o administrador público que algumas mudanças técnicas e econômicas,
pertinentes ao cálculo da remuneração, deveriam ser realizadas, com vistas a otimizar
resultados para as duas partes. Esse cenário
a) exige cancelamento da sessão designada para abertura dos envelopes e revogação da
licitação em curso, para novo exame e publicação de novo edital.
b) permite que o poder público introduza alterações pertinentes, ouvidos os setores técnicos
cabíveis, republicando-se o edital de licitação, com nova designação de sessão de abertura
dos envelopes de propostas.
c) obriga a administração a aguardar a realização da sessão de abertura dos envelopes e, caso
deserta a licitação, poderá ser dado início à nova publicação do certame.
d) não demanda nova publicação do edital, tendo em vista que eventuais alterações
substanciais que a Administração pública pretenda fazer posteriormente, podem ser
solicitadas ao vencedor do certame.
e) recomenda prévia oitiva dos licitantes interessados, com realização de nova audiência
pública, de forma a colher as impressões do mercado sobre as alterações que pretende
realizar, somente após a qual poderá cogitar de republicar o edital.
44. (FCC – Analista em Gestão Previdenciária/FUNAPE/2017)
Secretaria de educação municipal pretende adquirir material escolar para suas unidades de
ensino. A fim de evitar problemas de qualidade nos produtos listados e objetivamente
descritos como de natureza comum, fez constar do edital de pregão que publicou a
obrigatoriedade de apresentação de amostras dos 5 principais itens pelos licitantes na sessão
pública de apresentação de propostas. A exigência constante do edital
a) onera excessivamente os licitantes, cabendo a exigência de apresentação de amostras por
parte do vencedor do certame.

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b) garante a presença na sessão de abertura somente de licitantes com propostas


consistentes, bem como permite que a escolha recaia sobre bens e serviços de melhor
qualidade.
c) é admitida quando o objeto do pregão se refere a apenas um bem, de fácil transporte ou
quando o administrador escolhe apenas um dentre os listados no objeto do certame, não
sendo legalmente permitido apresentação de variedade de amostras sobre itens diferentes.
d) permite a inabilitação técnica dos licitantes que não cumprirem esse requisito formal, não
sendo possível à Administração pública se fiar em compromissos de qualidade.
e) não é admitida quando se tratarem de bens de natureza comum, considerando a pouca
complexidade e fácil constatação de qualidade pelo administrador público.
45. (FCC – Juiz de Direito/TJ-SC/2017)
As microempresas e empresas de pequeno porte, nas licitações públicas,
a) são dispensadas, em qualquer fase, da apresentação de documento comprobatório de
regularidade fiscal.
b) terão assegurada preferência de contratação, como critério de desempate.
c) não gozarão de qualquer vantagem em relação às demais empresas participantes do
certame.
d) terão assegurada preferência como critério de desempate, somente na modalidade de
pregão.
e) só poderão participar do certame se os demais licitantes também forem aderentes ao
Simples Nacional.
46. (FCC – Juiz de Direito/TJ-SC/2017)
A empresa Canário & Sabiá Construções Ltda. foi contratada, após regular procedimento
licitatório, para contrato de obra pública, consistente na construção de um edifício destinado
ao uso de órgão estadual. Todavia, executada metade da obra contratada, a empresa
simplesmente abandonou a execução, sem justo motivo, inadimplindo também as obrigações
trabalhistas e previdenciárias relativas ao mês em curso. Após regular processo
administrativo, o Diretor do órgão estadual rescinde o contrato e aplica à empresa a pena de
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública. Diante de
tal circunstância, é correto concluir que
a) a penalidade em questão foi aplicada por autoridade incompetente.
b) a Administração contratante responderá solidariamente pelas dívidas trabalhistas
remanescentes da execução contratual.
c) a rescisão do contrato em questão provocará, por consequência, a rescisão imediata de
todos os demais contratos celebrados pela empresa com o ente contratante.
d) a Administração contratante não responde pelos encargos previdenciários decorrentes da
execução do contrato, visto que são de responsabilidade exclusiva da empresa contratada.
e) é necessária a realização de novo processo licitatório para a conclusão da obra.

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47. (FCC – Técnico de Tecnologia da Informação/ARTESP/2017)


Após o encerramento de licitação, na modalidade tomada de preços, o licitante vencedor foi
convocado para assinar o termo de contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. No
entanto, o licitante vencedor, por vontade própria e sem apresentar qualquer justificativa,
não assinou o respectivo contrato. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, a Administração pública
a) deverá obrigatoriamente revogar a licitação.
b) poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em
igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto
aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório ou revogar a licitação.
c) deverá obrigatoriamente convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação,
para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado,
inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório.
d) não poderá impor qualquer sanção ao licitante vencedor, pois este tem o direito de não
assinar o respectivo contrato administrativo.
e) poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, não sendo
necessário que seja nos mesmos prazos e condições propostas pelo primeiro classificado,
haja vista a necessidade de adaptação dos termos contratuais às peculiaridades do novo
contratado, ou revogar a licitação.
48. (FCC – Técnico de Tecnologia da Informação/ARTESP/2017)
Determinada autarquia estadual pretende contratar serviço de auditoria financeira, de
natureza singular, com empresa de notória especialização. Nos termos da Lei n° 8.666/1993,
a licitação, na hipótese narrada, é
a) dispensável.
b) inexigível.
c) obrigatória na modalidade concorrência.
d) obrigatória na modalidade tomada de preços.
e) obrigatória na modalidade pregão.
49. (FCC – Direito/ARTESP/2017)
Suponha que tenha sido instaurado procedimento licitatório, na modalidade concorrência
pública, para a concessão de aeroportos regionais, tendo sido estabelecido, como critério de
julgamento, o maior valor de outorga ofertado para pagamento ao Poder Concedente. Na
fase de julgamento das propostas, identificou-se que o consórcio que ofereceu a melhor
proposta era composto por empresa que, de acordo com o noticiário nacional, estaria
envolvida em escândalos de corrupção com possíveis fraudes em licitações de obras públicas.
De acordo com as disposições da Lei n° 8.666/1993, a comissão de licitação
a) deverá desclassificar o consórcio, declarando vencedor o segundo colocado na licitação,
desde que este detenha as condições de idoneidade necessárias para contratar com a
administração.

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b) poderá declarar o consórcio vencedor, desde que o mesmo substitua, antes da assinatura
do contrato, a empresa acusada de práticas ilícitas.
c) poderá inabilitar o consórcio, eis que constatada circunstância superveniente que
demonstra a perda das condições de idoneidade de um de seus membros.
d) deverá anular a licitação, por razões de interesse público e instaurar outro certame do qual
não poderá participar o referido consórcio.
e) somente poderá desclassificar o consórcio e firmar o contrato com o segundo colocado se
tiver sido aplicada sanção administrativa de inidoneidade ou proibição de contratar com a
Administração.
50. (FCC – Agente de Fiscalização/ARTESP/2017)
O Estado de São Paulo pretende realizar licitação na modalidade concorrência, para a
construção de vultosa obra pública, e será permitida, na mencionada concorrência, a
participação de empresas em consórcio. A propósito do tema e, conforme prescreve a Lei n°
8.666/1993,
a) exige-se a comprovação do compromisso, obrigatoriamente público, de constituição de
consórcio, subscrito pelos consorciados.
b) é possível a participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais de
um consórcio, exceto isoladamente.
c) no consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras, a liderança poderá ser atribuída tanto
à empresa brasileira, quanto à estrangeira, cabendo tal decisão ao órgão licitante.
d) o licitante vencedor ficará obrigado a promover, após a celebração do contrato, a
constituição e o registro do consórcio.
e) as empresas integrantes do consórcio respondem solidariamente pelos atos praticados em
consórcio, tanto na fase da licitação quanto na fase de execução contratual.
51. (FCC – Agente de Fiscalização/ARTESP/2017)
O Estado de São Paulo promoverá licitação, na modalidade leilão, objetivando a venda de
alguns de seus bens móveis inservíveis. Jair pretende participar do mencionado certame
licitatório. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, Jair
a) poderá participar da licitação, independentemente de ser cadastrado ou não, aplicando-se
ao certame todas as regras aplicáveis à licitação na modalidade pregão.
b) apenas poderá participar do certame se for interessado devidamente cadastrado.
c) não poderá participar do certame, pois o leilão não tem por objeto bens móveis inservíveis,
destinando-se tão somente à venda produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou
para a alienação de determinados bens imóveis, prevista na citada Lei.
d) poderá participar do certame e, para que consagre-se vencedor, deverá oferecer o maior
lance que será necessariamente superior ao valor da avaliação.
e) poderá participar do certame e, para que consagre-se vencedor, deverá oferecer o maior
lance que será igual ou superior ao valor da avaliação.

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52. (FCC – Analista Judiciário - Área Judiciária/TRT - 24ª Região (MS)/2017)


Em determinada licitação, na modalidade concorrência, umas das empresas licitantes
impugnou, tempestivamente, cláusula do edital, alegando a existência de ilegalidade no
instrumento convocatório. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, a impugnação tempestiva da
empresa
a) constitui impeditivo para a participação nas próximas fases do certame,
independentemente do momento em que ocorrerá o julgamento da impugnação.
b) não a impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a
ela pertinente.
c) não a impedirá de participar do processo licitatório até ser proferida a primeira decisão
acerca da impugnação.
d) não a impedirá de participar do processo licitatório em nenhum momento da licitação,
independentemente da decisão acerca da impugnação.
e) não a impedirá de participar do processo licitatório até a última decisão a ela pertinente,
não se exigindo o trânsito em julgado, mas que seja a última decisão proferida.
53. (FCC – Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador/TRT - 24ª Região (MS/2017)
Considere a seguinte situação hipotética: determinada licitação, na modalidade tomada de
preços, fixou o dia 20 do mês de julho do ano de 2017 (uma sexta-feira) como a data final
para o recebimento das propostas. A empresa XYZ pretende participar do certame, porém
não está previamente cadastrada para tanto. Nos termos da Lei n° 8.666/1993, a empresa
XYZ
a) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 18 de julho de 2017, observada a necessária qualificação.
b) não poderá participar do certame, vez que só participam os que estão previamente
cadastrados.
c) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 20 de julho de 2017, observada a necessária qualificação.
d) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 15 de julho de 2017, não sendo necessária a qualificação nessa etapa do certame.
e) poderá participar da licitação se atender a todas as condições exigidas para cadastramento
até o dia 17 de julho de 2017, observada a necessária qualificação.
54. (FCC – Analista Judiciário - Engenharia/TRT - 24ª Região (MS)/2017)
Em determinada licitação, na modalidade tomada de preços, ultrapassada a fase de
habilitação, pretende um dos licitantes desistir da sua proposta. Nos termos da Lei n°
8.666/1993, a desistência da proposta, na fase pretendida,
a) não é admitida, em qualquer hipótese.
b) é admitida apenas se houver motivo justo, decorrente de fato superveniente e aceito pela
Comissão.

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c) é sempre admitida, bastando que a empresa fundamente seu pedido.


d) só será admitida se os demais licitantes concordarem com a desistência, sendo necessário
que a empresa fundamente seu pedido.
e) só será admitida se houver motivo justo, decorrente ou não de fato superveniente, e desde
que aceito pela autoridade máxima do órgão licitante.
55. (FCC – Técnico Judiciário - Segurança/TRT - 24ª Região (MS)/2017)
O Supremo Tribunal Federal em importante julgamento declarou inconstitucional considerar
como fatores de averiguação da proposta mais vantajosa os valores relativos aos impostos
pagos ao ente federativo que realiza a licitação. Isto porque, tais fatores, obviamente,
desfavorecem eventuais competidores locais e prejudicam sensivelmente os instalados em
localidades diversas. A situação narrada traz exemplo de clara aplicação de um dos princípios
que norteiam as licitações públicas. Trata-se do princípio da
a) adjudicação compulsória.
b) vinculação ao instrumento convocatório.
c) julgamento objetivo.
d) igualdade.
e) publicidade.
56. (FGV – Analista/ALERJ/2017)
De acordo com a Lei nº 8.666/93, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com alguns princípios básicos, como os:
a) da legalidade, da publicidade, da improbidade administrativa e da economicidade do preço
previsto no contrato administrativo;
b) da igualdade, da eficiência, da competitividade entre os interessados em licitar, da
publicidade e do julgamento subjetivo;
c) da impessoalidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo;
d) da moralidade, da celeridade, da oralidade, da publicidade e do julgamento conforme a
íntima convicção motivada;
e) da eficiência, da economicidade do preço previsto no contrato administrativo, da
pessoalidade e da publicidade.
57. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
Ao dispor sobre as modalidades de licitação, a Lei nº 8.666/93 estabelece que:
a) tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o

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terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária


qualificação;
b) concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração
aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de quarenta e cinco dias;
c) concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para execução de seu objeto;
d) convite é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação;
e) pregão é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório.
58. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras. Nesse contexto, a Lei nº 8.666/93 assegura que:
a) a garantia, como regra geral, é consistente em valor de cinquenta por cento do valor total
do contrato e será atualizada nas mesmas condições do contrato, salvo nas hipóteses de
descumprimento de cláusula contratual pelo contratado, hipótese em que a garantia será
elevada a cem por cento do valor contratual;
b) para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade
técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente
aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até dez
por cento do valor do contrato;
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída cinco anos após a execução
do contrato, desde que não esteja em curso qualquer processo administrativo ou judicial
questionando o regular e integral cumprimento do contrato;
d) a única modalidade de garantia que poderá ser aceita pela Administração Pública é caução
em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma
escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado
pelo Banco Central do Brasil;
e) todos os contratos administrativos deverão conter cláusula obrigatória de garantia, cujo
valor será arbitrado pelo Administrador Público contratante, de acordo com o interesse
público, não podendo a garantia ser exigida em valor inferior a dois terços do valor total do
contrato.
59. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)

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A Lei nº 8.666/93 dispõe que o julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão
de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de
licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os
fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e
pelos órgãos de controle. Nesse sentido, o mesmo diploma legal estabelece que constituem
tipos de licitação:
a) convite; concessão; permissão; melhor preço para outorga de serviço público;
b) pregão; melhor técnica; desapropriação para atender a interesse público; concessão de
serviço público;
c) técnica mais eficaz; melhor preço; concorrência; tomada de preços;
d) leilão; convite; concessão de serviços públicos; autorização para alienação de bens
públicos;
e) menor preço; melhor técnica; técnica e preço; maior lance ou oferta.
60. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
De acordo com o objeto a ser solicitado, a Administração Pública faz uso de diferentes
modalidades de licitação. Em uma licitação do tipo menor preço de uma obra de engenharia
com valor estimado de R$ 850.000,00, o prazo mínimo para uma empresa entregar a
proposta de preço é de:
a) 5 dias;
b) 15 dias;
c) 30 dias;
d) 35 dias;
e) 45 dias.
61. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
O edital de um processo de licitação pode exigir das empresas participantes um capital
mínimo ou patrimônio líquido mínimo. Em uma obra com valor estimado de R$ 120.000,00. O
valor máximo que poderá ser exigido como capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo é:
a) R$ 12.000,00;
b) R$ 9.600,00;
c) R$ 6.000,00;
d) R$ 4.800,00;
e) R$ 3.600,00.
62. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
A Administração Pública é responsável por convocar a empresa vencedora do processo de
licitação para assinatura do contrato. Caso a convocação não seja feita em determinado

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prazo, os licitantes ficam liberados dos compromissos assumidos. A partir da data de entrega
da proposta da licitante, esse prazo é de:
a) 15 dias;
b) 30 dias;
c) 45 dias;
d) 60 dias;
e) 75 dias.
63. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
Diante da atual crise financeira por que passa o Estado do Rio de Janeiro, visando a atender
ao interesse público e preenchidos os requisitos legais, o Governador do Estado decidiu
alienar determinado bem imóvel para viabilizar aumento no caixa. De acordo com a Lei nº
8.666/93, tal alienação dependerá de:
a) autorização do Poder Executivo, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de
tomada de preços;
b) ratificação prévia do Tribunal de Contas do Estado e de licitação na modalidade de
concorrência;
c) decisão do Poder Judiciário, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de leilão;
d) autorização legislativa, de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência;
e) autorização do Poder Executivo, de avaliação do Tribunal de Contas e de licitação na
modalidade de leilão.
64. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
A Lei nº 8.666/93 dispõe que, para a habilitação nas licitações, exigir-se-á dos interessados
documentação relativa à:
a) habilitação jurídica, e será imprescindível a apresentação do ato constitutivo, estatuto ou
contrato social em vigor, devidamente registrado, acompanhado de documentos de eleição
de seus administradores, em se tratando de pessoas naturais;
b) qualificação técnica, e será sempre admitida a comprovação de aptidão através de
certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica e
operacional equivalente ou superior;
c) qualificação técnica, e nas licitações para fornecimento de bens, a comprovação de
aptidão, quando for o caso, será feita através de atestados fornecidos exclusivamente por
pessoa jurídica de direito público;
d) qualificação econômico-financeira, e os documentos necessários à habilitação deverão ser
apresentados somente em original, vedada a utilização de qualquer processo de cópia, ainda
que autenticada por cartório competente ou por servidor da administração;

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e) qualificação econômico-financeira, e a Administração, nas compras para entrega futura e


na execução de obras e serviços, não poderá estabelecer, no instrumento convocatório da
licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo.
65. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro pretende realizar licitação para
contratação de sociedade empresária com vistas à realização de obras e serviços de
engenharia, cujo valor foi estimado em um milhão e setecentos mil reais. De acordo com a Lei
nº 8.666/93, a modalidade de licitação indicada para o caso concreto é:
a) convite;
b) tomada de preços;
c) concorrência;
d) leilão;
e) concessão.
66. (FGV – Engenheiro/ALERJ/2017)
De acordo com a Lei nº 8.666/93, as licitações para a execução de obras e para a prestação de
serviços obedecerão, de forma geral, à seguinte sequência formal:
a) projeto básico, projeto executivo e execução das obras e serviços;
b) estudo preliminar, execução das obras e comprovação do cumprimento do contrato;
c) convite, sessão de julgamento e assinatura do contrato administrativo;
d) concurso, julgamento e homologação da licitação com assinatura do contrato;
e) publicação do edital, economicidade do valor do contrato e adjudicação do objeto.
67. (FGV – Procurador/ALERJ/2017)
A ocorrência de superfaturamento nas obras públicas brasileiras tem sido constantemente
relatada na mídia, com consequências penais, cíveis e administrativas para todos os
envolvidos. Em parte, isso ocorre porque os entes públicos cometem equívocos no momento
do planejamento da obra, da elaboração dos projetos básico e executivo, do edital e do
contrato. Para que as obras públicas sejam licitadas e executadas com eficiência, é necessário
que:
a) o projeto executivo seja considerado um encargo do contratado na licitação realizada sob a
modalidade concorrência;
b) haja disponibilidade de recursos financeiros que assegurem o pagamento das obrigações
decorrentes de obras ou serviços a serem executados;
c) o edital preveja a obtenção de financiamentos pelos licitantes como condição obrigatória
para a viabilidade da competição;
d) o orçamento da obra seja detalhado em planilhas e expresse a composição de todos os
seus custos unitários;

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e) a execução da obra seja programada parcialmente, com a previsão dos custos definida na
medida da execução do cronograma físico-financeiro.
68. (FGV – Procurador/ALERJ/2017)
Autoridade superior, quando do momento da homologação de licitação pública realizada na
modalidade concorrência para contratação de serviços de informática, identifica que não
houve o exame jurídico prévio das minutas de edital e contrato, conforme determina o artigo
38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93. Diante de tal circunstância, a medida mais adequada
a ser tomada pelo gestor é:
a) anulação do processo licitatório, porquanto a ausência de parecer jurídico é um vício
insanável que macula todo o procedimento;
b) revogação do processo licitatório, com direito à prévia e ampla defesa de todos os
participantes;
c) homologação da licitação, caso ele constate, após examinar todo o processo, que não
haverá prejuízos financeiros relevantes;
d) homologação da licitação, no caso de os licitantes, após intimados, não identificarem vício
na minuta de edital ou contrato;
e) homologação da licitação, no caso de a Assessoria Jurídica, ainda que a posteriori,
constatar que não havia nenhum vício na minuta de edital ou contrato.

5 GABARITO

1. B 11. E 21. E 31. E 41. A 51. E 61. A

2. A 12. E 22. C 32. A 42. B 52. B 62. D

3. C 13. D 23. D 33. E 43. B 53. E 63. D

4. E 14. B 24. D 34. B 44. A 54. B 64. B

5. B 15. A 25. D 35. B 45. B 55. D 65. B

6. B 16. D 26. A 36. D 46. A 56. C 66. A

7. C 17. D 27. C 37. C 47. B 57. A 67. D

8. C 18. C 28. D 38. C 48. B 58. B 68. E

9. B 19. C 29. E 39. A 49. E 59. E

10. A 20. E 30. A 40. C 50. E 60. B

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Aula 07
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6 REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método,
2011.

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.

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