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D13 (3 Série - Var. Linguística

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e

o interlocutor de um texto.
O berço da palavra. Revista do Correio. Correio Braziliense. 13 nov. 2009, p.
38.
-------------------------------------------------------------------
(MAISIDEB). Leia o texto a seguir e responda: No trecho “... dar um xô para o azar,...” (Último
parágrafo), a palavra destacada é própria da
HISTÓRIA DA PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ
linguagem
“Esta planta é mui tenra e não muito alta, não A) coloquial.
tem ramos senão umas fôlhas que serão seis ou sete B) formal.
palmos de comprido. A fruita se chama banana. C) literária.
Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em D) regional.
cachos. [...] Esta fruita é mui saborosa, e das boas, que E) técnica.
há na terra: tem uma pele como de figo (ainda que
mais dura) a qual lhe lançam fora quando a querem -------------------------------------------------------------------
comer: mas faz dano à saúde e causa fevre a quem se (SAEPE). Leia o texto abaixo.
demanda dela”
GÂNDAVO, Pero Magalhães de. História da Província Santa Cruz. Disponível em: Pela janela
<http://www.graudez.com.br/literatura/ quinhentismo.html>. Acesso em: 11
abr. 2017. Fragmento. Quando eu percebi que a Milena estava olhando
para mim, lá do outro lado da classe, virei o rosto para
No texto, observam-se marcas de linguagem
a lousa, onde a professora acabava de escrever uma
(A) arcaica.
pergunta. Antes do recreio, a gente tinha assistido A
(B) informal.
guerra do fogo e agora estávamos em grupos de
(C) jornalística.
quatro, fazendo um trabalho sobre o filme.
(D) regional.
A história se passava na Idade da Pedra, não
(E) técnica.
tinha falas, só grunhidos saindo das bocas dos homens
das cavernas. [...]
------------------------------------------------------------------- Em torno da minha mesa estavam Geandré, o
(SAEPE). Leia o texto abaixo. Walter, o Duílio e eu. Estávamos sentados próximos à
Bater na madeira janela, de onde eu podia ver os menores correndo, lá
embaixo. [...] Olhei para Milena, bem rápido, ela
Esse costume vem de tempos bem antigos.
estava me olhando, de novo, mas virou o rosto,
Entre os celtas, consistia em bater no tronco de uma
quando me viu.
árvore para afugentar o azar, com base no fato de que
No dia anterior, a Milena passou por mim, na
os raios caem frequentemente sobre as árvores, sinal
saída e, sem me olhar, pôs um papel dobrado na
de que elas seriam a morada terrestre dos deuses. A
minha mão. De um lado estava escrito “De Milena” e
pessoa estaria mantendo contato com o deus e lhe
no outro “Para Rodrigo”.
pedindo ajuda.
Eu coloquei o papel no bolso e só tive coragem
Na mesma linha, os druidas batiam na madeira
de ler quando cheguei em casa, depois de mais de
para espantar os maus espíritos. Já na Roma Antiga,
uma hora na perua, com ele queimando no meu bolso.
batia-se na madeira da mesa das refeições, PRATA, Antônio. Carta fundamental. Set. 2009. Fragmento.
considerada sagrada, para invocar os deuses
protetores da família e do lar. No trecho “Antes do recreio, a gente tinha assistido...”
Historicamente, a árvore preferida para (1° parágrafo), a expressão destacada é característica
neutralizar o mau agouro era o carvalho, venerado por da linguagem
sua força, imponência e longevidade. Ele teria poderes A) coloquial.
sobrenaturais por suportar a força dos raios. B) culta.
Acreditava-se que nele vivia o deus dos relâmpagos. C) científica.
Bater no carvalho era, portanto, um ato para afastar D) regional.
perigos e riscos diversos. E) técnica.
O pessoal do Íbis, de Pernambuco, considerado
o pior time do mundo, andou batendo na madeira -------------------------------------------------------------------
durante anos tentando dar um xô para o azar, mas (SAEPE). Leia o texto abaixo.
nem assim adiantou. Continuou sofrendo goleadas até
Por mais respeito às bicicletas
ser brindado com o vexaminoso título que hoje o
identifica no futebol. Só restou a lembrança de,
inutilmente, bater tanto na madeira.
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
A capital pernambucana só tem 28,4 km de Consequentemente é assim, entendeu?
ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Número irrisório Só quem sofreu poderá dizer que já sentiu o amor
quando se sabe o potencial cicloviário da cidade. O E aí, já sofreu?
Plano de Mobilidade do Recife prevê a instalação de Tanto faz, tanto fez
424 km de estrutura para o trânsito de bicicletas. E Não dá nada, dessa vez
poderiam ser muito mais: em 2 mil km de vias é Vou lutar por vocês
possível reduzir a velocidade dos carros para permitir E quando tudo for melhor
um convívio amigável entre motoristas e ciclistas, Eu vou ligar pra ela [...]
segundo dados do Instituto da Cidade Pelópidas PROJOTA. Disponível em:
<http://www.somusica10.com.br/2015/08/projota-tanto-faz-
Silveira, [...]. malhacao.html#ixzz3oT3mtTYl>. Acesso em: 13 out. 2015. Fragmento.
Se assim fosse, reduziria-se o perigo que tanto
afasta “simpatizantes” das bikes desse tipo de Um verso desse texto que apresenta marcas típicas da
transporte e endossa o discurso da “ciclovia” como oralidade é:
alternativa máxima à viabilização do tráfego de A) “Não se esqueça de levar coragem”. (v. 2)
bicicletas. [...] Entenda-se: a ciclovia é separada das B) “Todo mundo gosta de viajar”. (v. 5)
faixas destinadas aos carros por obstáculos físicos. As C) “Só quem sofreu poderá dizer...”. (v. 9)
ciclofaixas e ciclorrotas não. D) “E aí, já sofreu?”. (v. 10)
No Recife, apesar de não haver estatísticas que E) “Vou lutar por vocês”. (v. 13)
comprovem o aumento do número de bicicletas nas
ruas [...], essa é a percepção de muitos. [...] No
-------------------------------------------------------------------
entanto, não há estatísticas publicadas que
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
comprovem que esteja havendo aumento no número
de acidentes graves envolvendo bicicletas. [...] A professora de desenho
Mais: muitos especialistas defendem que a
lógica do senso comum é inversa à realidade. [...] Toda sexta-feira, depois do recreio, [...]
Dizem que quanto mais bicicletas nas ruas, entrava a professora de desenho. A dona Andréia. [...]
menos acidentes. A justificativa está na premissa de A aula de desenho era uma farra. A gente abria os
que quanto mais bikes circulando, mais o motorista se cadernos, que não tinham linhas, só folhas de papel
acostuma a dividir o espaço com esse tipo de veículo. em branco, para a gente fazer o que quisesse. Podia.
COLARES, Juliana. Disponível em: Dona Andréia deixava. Ela era linda.
<https://www.ufpe.br/agencia/clipping/index.php?option=com_content&view=article
&id=6879:por-maisrespeito- Um dia, ela se atrasou. [...] Todo mundo estava
as-bicicletas&catid=35&Itemid=228>. Acesso em: 26 mar. 2016. Fragmento.
louco para ter aula de desenho. Por que será que ela
estava atrasada? [...] Talvez a dona Andréia tivesse
Nesse texto, o trecho “... muitos especialistas brigado com o namorado. Pode ser que o diretor da
defendem que a lógica do senso comum é inversa à escola tivesse dado uma bronca nela. Vai ver que tinha
realidade.” (4° parágrafo) apresenta marcas da alguém doente na família.
linguagem Mas a gente não queria saber de nada. Só
A) científica. queria ter aula de desenho. Foi quando a dona Andréia
B) coloquial. apareceu. Todos nós ficamos contentes. Não foi só
C) formal. contente. Foi uma espécie de alegria total, de gritaria,
D) regional. de explosão. Ela entrou na classe. Alguém gritou:
E) técnica. – É a Andréia!
[...] Todo mundo começou a gritar:
------------------------------------------------------------------- – É a Andréia! É a Andréia!
(SAEPE). Leia o texto abaixo. O berreiro foi ganhando ritmo. Como se fosse
Tanto faz torcida de futebol.
– AN-DRÉ-IA! AN-DRÉ-IA! [...]
Quando você for sair da sua casa Ela começou ficando alegre com a zoeira. Deu
Não se esqueça de levar coragem um sorriso. O sorriso dela era lindo. [...] Depois, ela
Sempre equipe sua alma com asas ficou um pouco assustada. Não estava entendendo a
Cada dia é uma nova viagem bagunça. [...]
Todo mundo gosta de viajar Foi então que eu vi. Ela começou a chorar. E saiu
A saudade muitas vezes faz bem [...] da sala. Na hora, não entendi. Fiquei pensando. Quem
Ame demais, sofra demais
2
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
sabe ela se assustou muito. Talvez não imaginasse que 2000 um décimo de todas as espécies já havia
a gente gostava tanto dela. E, às vezes, muito amor desaparecido e essa proporção ascenderia a um terço
assusta as pessoas. [...] Ela também pode ter chorado em 2020.
por outro motivo qualquer. Estava triste com o Por isso, a perda da biodiversidade é um dos
namorado, ou com alguma doença da família, e toda problemas ambientais mais graves do planeta. Além
aquela alegria da gente atrapalhando os sentimentos das considerações em termos éticos e estéticos da
dela. conservação das espécies, da sua preservação e dos
A Andréia nunca mais voltou. As aulas de ecossistemas, o presente e o futuro do ser humano
desenho acabaram. Comecei a perceber uma coisa. É também dependem da obtenção de alimento,
que às vezes, quando a gente gosta demais de uma matéria-prima e compostos químicos para
pessoa, não dá certo. Dá uma bobeira na gente. A medicamentos, assim como a manutenção de
gente começa a gritar: processos como o equilíbrio dos gases atmosféricos, o
– Andréia! Andréia! clima e a conservação de solos. De fato, foi
E a Andréia fica sem jeito. Não sabe o que fazer. demonstrado que a alteração e a perda de
Se assusta. Se enche. biodiversidade dos habitats naturais, ocasionadas por
Ouça este conselho: Se você gosta muito de atividades antropogênicas, afetam negativamente as
alguém, tome cuidado antes de fazer escândalo. Não funções dos ecossistemas, que são encarregadas de
fique gritando “Andréia! Andréia!”. Finja que você só prover serviços ambientais, tanto das demais espécies
está achando a pessoa legal, nada mais. Senão a silvestres como do ser humano.
Andréia sai correndo. Disponível em:
<http://www.micromacro.tv/pdfs/saber_mas_portugues/biodiversidade/2
Quando a gente gosta de alguém, tem de fazer 7perda_de_biodiversidade.pdf>.
como sorvete. Dá uma mordidinha. Mas não enfia o Acesso em: 29 jun.2011. Fragmento.
nariz e a boca na massa de morango. Senão, vão achar
que a gente é idiota. No Texto , no trecho “... foi demonstrado que a
As pessoas da minha classe gostavam tanto da alteração e a perda de biodiversidade dos habitats
Andréia, que ela foi embora. Se a gente fosse mais naturais, ocasionadas por atividades
esperto fingia que não gostava tanto. antropogênicas,...” (final do último parágrafo)
COELHO, Marcelo. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental- predomina a linguagem representativa da área
1/professora-desenho-634209.shtml>.
A) biológica.
Um trecho desse texto que apresenta marcas de B) econômica.
oralidade é: C) jornalística.
A) “Por que será que ela estava atrasada?”. (2° D) médica.
parágrafo) E) política.
B) “Todos nós ficamos contentes.”. (3° parágrafo)
C) “Como se fosse torcida de futebol. – AN-DRÉ-IA! -------------------------------------------------------------------
AN-DRÉ-IA!”. (8° parágrafo) (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
D) “E, às vezes, muito amor assusta as pessoas.”. (10°
Quanta pressa!
parágrafo)
E) “As pessoas da minha classe gostavam tanto da Como vc é apressada! Não lembra que eu disse
Andréia, que ela foi embora.”. (16° parágrafo) antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô?
Quem mandou não dar notícias antes d’eu ir pra
------------------------------------------------------------------- lá?!?!?!:-O
(SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção no que
eu falo?
Perda da biodiversidade Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal?
:-*
Ao redor do mundo, a biodiversidade (definida
Mônica
como o total da variedade da vida) está diminuindo. PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo: Salesiana, 2006.
Ainda que não se saiba com exatidão quantas espécies Fragmento.
existem na Terra, calcula-se que haja de 5 a 50 milhões
de espécies, das quais só se tem registro de 1.750.000, Nesse texto, predomina a linguagem característica do
aproximadamente. Baseando-se na atual taxa de meio
perda de espécies no planeta, estima-se que no ano A) acadêmico.

3
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
B) esportivo. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
C) jurídico.
D) político. Diários
E) virtual. Os livros que mais me falam são os diários. Diários
são registros de experiências comuns acontecidas na
------------------------------------------------------------------- simplicidade do cotidiano, experiências que
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. provavelmente nunca se transformaram em livros. Não
foram registradas para ser dadas a público. Quem as
Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita registrou, as registrou para si mesmo – como se
retratam tipos urbanos femininos desejasse capturar um momento efêmero que, se não
fosse registrado, se perderia em meio à avalanche de
As canções têm a particularidade de fazer, na banalidades que nos enrola e nos leva de roldão. Esse é o
conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, caso do Cadernos da Juventude, de Camus, um dos livros
expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, que mais amo, e que leio e releio sem nunca me cansar.
tipos característicos de determinados momentos, Um “diário” é uma tentativa de preservar para a
lugares, classes, comunidades. eternidade o que não passou de um momento. Álbuns
Seja qual for o estilo, a canção motiva uma de retratos da intimidade. Pois eu fiz um “Diário”:
escuta que possibilita um contato quase que de pensamentos breves que pensei ao correr da vida e dos
primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e quais não me esqueci. Pensamentos são como pássaros
estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de que vêm quando querem e pousam em nosso ombro.
maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm quando
morais. desejam vir. E se não os registramos, voam para nunca
Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia mais. Isso acontece com todo mundo. Só que as pessoas,
e nas artes em geral, tem povoado as canções, achando que a literatura se faz com pássaros grandes e
aparecendo como “divina e graciosa/estrela extraordinários, tucanos e pavões, não ligam para as
majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, curruíras e tico-ticos... Mas é precisamente com curruíras
“mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem e tico-ticos que a vida é feita
ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003, p. 51.
sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba,
as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito Nesse texto, a linguagem utilizada é
sobre os costumes e os valores de uma época, A) jornalística.
revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, B) jurídica.
recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria C) literária.
Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de D) médica.
Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, E) política.
dimensionam a maneira como dois tipos urbanos
entram para a galeria das mulheres brasileiras -------------------------------------------------------------------
retratadas pela música popular. Essas canções (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido
pelo observador para estabelecer um enquadramento, Onde trabalhar
delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as
vozes que as materializam. O perito tem quatro possibilidades de emprego:
BRAIT, Beth. Disponível em: • ser contratado por uma empresa de
<http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096>. Acesso em: 14 consultoria, que é chamada quando pinta um
jan. 2011. Fragmento.
problema em outra empresa;
• ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que
No meio do 2° parágrafo desse texto, a palavra “mina”
mantém seu próprio corpo de especialistas;
é representativa da linguagem
• ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um
A) coloquial.
tribunal ou por alguma pessoa ou empresa para
B) jornalística.
trabalhar num caso específico;
C) literária.
• trabalhar em uma empresa para fazer
D) padrão.
segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os
E) técnica.
sistemas antes de serem atacados por hackers.
Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
No Texto, há uma palavra representativa de linguagem E todos os adultos matavam saudade da Itália.
coloquial em: Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo do século,
A) “ser contratado por uma empresa de quando meu pai tinha três anos. Mamãe chegou um
consultoria,”. pouco mais tarde, com seus pais.
B) “que é chamado quando pinta um problema...”. Depois de moços, conheceram-se no Brasil e se
C) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”. casaram.
D) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de um Durante o almoço, falavam em italiano e
tribunal...”. tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, não
E) “proteger os sistemas antes de serem atacados entendíamos nada...
por hackers.”. ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996.

Quem é o narrador desse texto?


-------------------------------------------------------------------
A) a avó.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
B) a mãe.
Mundo grande C) o pai.
D) um moço.
Não, meu coração não é maior que o mundo. E) uma neta.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores. -------------------------------------------------------------------
Por isso gosto tanto de me contar. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Por isso me dispo.
Por isso me grito, A decadência do Ocidente
por isso frequento os jornais, me exponho cruamente
nas livrarias: O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em
preciso de todos. casa com ela, para alegria de toda a família. O filho
mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha
Sim, meu coração é muito pequeno. viva de perto. Já tinha até um nome para ela –
Só agora vejo que nele não cabem os homens. Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do
Os homens estão cá fora, estão na rua. pai que a galinha seria, obviamente, comida.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu – Comida?!
esperava. – Sim, senhor.
Mas também a rua não cabe todos os homens. – Mas se come ela?
A rua é menor que o mundo. – Ué. Você está cansado de comer galinha.
O mundo é grande. – Mas a galinha que a gente come é igual a esta
ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em: aqui?
<http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_ – Claro.
comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond>. Acesso em: 9 nov.
2011.
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de
coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as partes do
A tipologia textual predominante nesse texto é animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do
A) argumentativa. apartamento.
B) descritiva. O doutor disse que queria comer uma galinha ao
C) dialogal. molho pardo. A empregada sabia como se preparava
D) injuntiva. uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a
E) poética. empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de
horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer
que ele esquecesse a galinha ao molho pardo.
-------------------------------------------------------------------
– A empregada não sabe fazer?
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou
E a viagem continua... quando eu disse que precisava cortar o pescoço da
galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
Depois de rezarmos e cantarmos muito, Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o
voltávamos todos para casa e logo chegavam pescoço da galinha.
convidados para o almoço, que sempre era especial. – Eu?! Não mesmo!
Comidas italianas que vovó, a nona, fazia.

5
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
O doutor lembrou-se de uma velha empregada Toda criança gosta de comer alguma porcaria,
de sua mãe. A Dona Noca. né? Algumas, no entanto, exageram nos doces, frituras
– A Dona Noca já morreu – disse a mulher. e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, de 4
– O quê?! anos de idade.
– Há dez anos. A única diferença é que Magic não é uma
– Não é possível! A última galinha ao molho criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em comer
pardo que eu comi foi feita por ela. macarrão instantâneo! O vício começou quando Zoe
– Então faz mais de 10 anos que você não come Foulis, a dona de Magic, preparou um macarrão
galinha ao molho pardo. instantâneo de frango com cogumelos e deixou o pote
Alguém no edifício se disporia a degolar a no chão para esfriar.
galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A
vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício
galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia coisas que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de
inomináveis com gatos. laranja.
– Somos uma civilização de frouxos! – Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-glutao>.
Acesso em: 4 jan. 2012.
sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e
repetiu:
No trecho “Toda criança gosta de comer alguma
– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da
porcaria, né?”, o termo em destaque é um exemplo de
vida!
linguagem
E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora.
A) falada em uma determinada região.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98. B) falada entre amigos.
C) usada em congressos acadêmicos.
O trecho que expressa o uso de linguagem coloquial é: D) utilizada em jornais.
A) “O doutor ganhou uma galinha viva...”. E) utilizada em receitas médicas.
B) “─ Mas se come ela?”.
C) “A mulher foi consultar a empregada.”. -------------------------------------------------------------------
D) “─ Há dez anos.”. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
E) “Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos.”.
Antes e depois
-------------------------------------------------------------------
O salão entornava luz pelas janelas. No sofá,
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
“Esta planta é mui tenra e não muito alta, não
sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno
tem ramos senão umas fôlhas que serão seis ou sete
consorte, o desembargador, apreciava o fresco da
palmos de comprido. A fruita se chama banana.
noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um
Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em
havana, com os olhos nos astros e as mãos nas
cachos. [...] Esta fruita é mui saborosa, e das boas, que
algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz
há na terra: tem uma pele como de figo (ainda que
Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...
mais dura) a qual lhe lançam fora quando a querem
O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto;
comer: mas faz dano à saúde e causa fevre a quem se
Clara... tocava e cantava...
demanda dela”
GÂNDAVO, Pero Magalhães de. História da Província Santa Cruz. Disponível
II
em: <http://www.graudez.com.br/literatura/quinhentismo.html>. – Belmiro, disse o desembargador, atirando à
Acesso em: 22 set. 2011. Fragmento. rua a ponta do charuto, manda Clara cantar...
– Cante, D. Clara, pediu Belmiro.
Nesse texto, o autor faz uso da linguagem
Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as
A) técnica.
notas entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e
B) regional.
foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...
C) jornalística.
– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo
D) informal.
chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga
E) arcaica.
Clarinha...
O desembargador olhava outra vez para os
------------------------------------------------------------------- astros...
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. III
Pônei glutão
6
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Rola o tempo... cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua irmã,
Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o não; aí há um sentimento que vive, apesar da morte,
Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara... apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do coração que
Os vizinhos dizem cousas... ih! não tem uma afeição no mundo e que passa como um
IV estranho por entre os prazeres que o cercam.
– Como vais, Belmiro? – Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu
– Mal! sonhava ser amada! ...
– Mal?... disseram-me que te casaste com a tua – E me pedias que te esquecesse!...
Clarinha... – Não! não! Ama-me; quero que me ames ao
– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor menos...
ninguém vive; é de feijões... – Não me fugirás mais?
– Então... – Não. [...]
– Devo até a roupa com que me cubro!... ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.

– E o dote?
– Ah! Ah! Adeusinho... Nesse texto, a linguagem usada é
V A) arcaica.
É noite. B) culta.
D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado C) popular.
escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D. Clara D) regional.
está magra. No chão arrasta-se um pequenote de um E) técnica.
ano, com uma camisolinha [...] amarrada em nós sobre
o cóccix. -------------------------------------------------------------------
Clara toca; e não canta, porque tem os olhos (SAEPE). Leia o texto abaixo.
vermelhos e inflamados...
O Dr. Belmiro vem da rua zangado. O grande sábio e o imenso tolo
– Não sei o que faz a senhora, gastando velas a Por um acaso do destino, um velho e sábio
atormentar-me!... Mande para o diabo as suas músicas professor e um jovem e estulto aluno se encontraram
e vá-se com elas! dividindo bancos gêmeos num ônibus interestadual. O
POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em:
<http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com. estulto aluno, já conhecido do sábio professor
br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev. 2012. exatamente por sua estultice, logo cansou o mestre
Fragmento.
com seu matraquear ininterrupto e sem sentido. O
professor aguentou o quanto pôde a conversa insossa
Essa história é contada por
e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na sua cachola
A) Belmiro.
sábia, uma maneira de desativar o papo inútil do
B) Clara.
aluno. Sugeriu:
C) D. Maria.
– Vamos fazer um jogo que sempre proponho
D) um narrador observador.
nestas minhas viagens. Faz o tempo passar bem mais
E) um narrador personagem.
depressa. Você me faz uma pergunta qualquer. Se eu
não souber responder, perco cem pratas.
------------------------------------------------------------------- Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você não
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. souber responder, perde cem.
– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar esse
Cinco minutos
jogo – disse o aluno, provando que não era tão tolo
Capítulo 5
quanto aparentava –, eu vou perder muito dinheiro! O
Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a senhor sabe infinitamente mais do que eu.
fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão Só posso jogar com a seguinte combinação:
triste de suas palavras. quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o
Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua senhor acertar, ganha só vinte.
serenidade, disse-me com um tom doce e melancólico: – Está bem – concordou o professor –, pode
– Não pensas que melhor é esquecer do que começar.
amar assim? – Me diz, professor – perguntou o aluno –, o que
– Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um é que tem cabeça de cavalo, seis patas de elefante e
grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que é rabo de pau?
7
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
O professor, sem sequer pensar, respondeu: mais? Sempre, Leopoldo, sempre ela é bela, formosa,
– Não sei; nem posso saber! Isso não existe. encantadora, angélica!
– O senhor não disse se devia existir ou não. O ─ Então, que história é essa? Acabas divinizando a
fato é que o senhor não sabe o que é – argumentou o mesma pessoa que, principalmente, chamaste feia?...
aluno – e, portanto, me deve cem pratas. ─ Pois eu disse que ela eras feia? É verdade que
– Tá bem, eu pago as cem pratas – concordou o eu... no princípio... Mas depois... Ora, estou com dores
professor pagando –, mas agora é minha vez. Me diz de cabeça; este maldito Velpeau!... Que lição temos
aí: o que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de amanhã?
─ Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!...
elefante e rabo de pau?
─ Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu coração.
– Não sei – respondeu o aluno. E, sem maior
Houve então um momento de silêncio. Augusto
discussão, pagou vinte pratas ao professor.
abriu um livro e fechou-o logo; depois tomou rapé,
MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está valendo
passou pelo quarto duas ou três vezes e, finalmente, veio
20% da esperteza. de novo sentar junto de Leopoldo.
FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record,
2009. p. 215-216. ─ É verdade, disse; não é a minha cabeça: a causa
está no coração.
Nesse texto, o trecho que apresenta uso de linguagem Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar, porém
coloquial é: não posso mais esconder estes sentimentos que eu
A) “O professor aguentou o quanto pôde...”. (1° penso que são segredos e que todo o mundo mos lê nos
parágrafo) olhos! Leopoldo, aquela menina que aborreci no primeiro
instante, que julguei insuportável e logo depois
B) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”. (2°
espirituosa, que daí a algumas horas comecei a achar
parágrafo)
bonita, no curto trato de um dia, ou melhor ainda, em
C) “Ah, mas isso é injusto!”. (4° parágrafo)
alguns minutos de uma cena de amor e piedade, em que
D) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”. (5° a vi de joelhos banhando os pés de sua ama, plantou no
parágrafo) meu coração um domínio forte, um sentimento filho da
E) “– Tá bem, eu pago as cem pratas.”. (11° admiração, talvez, mas sentimento que é novo para mim,
parágrafo) que não sei como o chame, porque o amor é um nome
muito frio para que o pudesse exprimir!... Eu já não me
------------------------------------------------------------------- conheço... não sei onde irá isto parar...Eu amo! ardo!
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda. morro!
─Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça; olha
A moreninha que estás vermelho como um pimentão.
MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo.Ática, 2000. p.108-
A história de amor se passa no Rio de Janeiro, 9. Fragmento.
envolvendo três estudantes, uma bela jovem e uma
aposta. Os estudantes são Fabrício, Augusto e Leopoldo. Predomina nesse texto o uso da linguagem
Carolina é a Moreninha do título, irmã de Felipe. A A) coloquial.
aposta: Augusto, inconstante no amor, compromete-se B) culta.
com os amigos a escrever um romance, caso fique C) popular.
apaixonado por mais de quinze dias pela mesma mulher. D) regional.
─ [...] Mas venha cá, Sr. Augusto, então como é E) técnica.
isso?... estás realmente apaixonado?!
─ Quem te disse semelhante asneira?...
─Há três dias que não me falas senão na irmã de
-------------------------------------------------------------------
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
Felipe e...
─Ora, viva! Quero divertir-me... digo-te que a acho
feia; não é lá essas coisas; parece ter mau gênio. A vila de contêineres
Realmente notei-lhe muitos defeitos...sim... mas, às Estudantes de Amsterdã se mudam para
vezes... Olha, Leonardo, quando ela fala ou mesmo apartamentos de Lata.
quando está calada, ainda melhor; quando ela dança ou
mesmo quando ela fala ou mesmo se está sentada... ah! Em 1937, o americano Malcom McLean inventou
ela, rindo-se... e até mesmo séria... quando ela canta ou grandes caixas de aço para armazenar e transportar
toca ou brinca ou corre, com os cabelos à négligé, ou fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais para
divididos em belas tranças; quando...Para que dizer o comércio na economia globalizada. Mas você
aceitaria viver dentro de um? Na cidade de Amsterdã,

8
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
capital da Holanda, fica a maior vila de contêineres do C) linguagem coloquial.
mundo: com aproximadamente 1000 apartamentos de D) linguagem formal.
metal. Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi E) linguagem técnica.
construída para atender à demanda por alojamentos
estudantis na cidade. -------------------------------------------------------------------
Os contêineres foram comprados na China, onde (SPAECE). Leia o texto abaixo.
passaram por uma reforma e ganharam os
equipamentos básicos de um apartamento, como pia, O estresse faz bem
banheiro, aquecedor e isolamento acústico. Eles foram
levados de navio para a Holanda e empilhados com A prestação do carro está vencendo, a crise roeu
guindastes para formar um prédio de 5 andares, que suas economias, o computador travou de vez e o mala
foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca de 1000 do chefe insiste em pegar no seu pé. O resultado disso
estudantes. é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça
Os contêineres são pequenos, e o prédio não saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz
tem elevador (é preciso subir de escada). muito bem para você. Pelo menos é o que diz Bruce
Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês, McEwen, o estresse é fundamental para a nossa
barato para os padrões de Amsterdã, ninguém sobrevivência.
reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje acho Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça,
bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten o cérebro nos prepara para reagir ao desastre.
Müller, que já vive lá há 6 meses. Ficamos prontos para tomar decisões com mais
O sucesso foi tão grande que a empresa rapidez, guardar informações que podem ser decisivas
responsável pelo projeto já construiu outra vila num e encarar desafios e perigos. Ou seja, pessoas
subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um estressadas potencializam sua capacidade de superar
hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas um problema, na visão do professor (funciona quase
que quiserem ter a experiência de dormir num como o espinafre para o Popeye). Mas há um porém,
contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos
fora, quatro-estrelas por dentro. acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e funções
Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278 – Maio 2010 como a memória acabam prejudicadas. É por isso que
– p.28. precisamos aprender a apreciar o estresse com
moderação. O segredo estaria em levar uma vida
O trecho em que aparece a ‘voz’ da autora desse texto saudável e buscar atividades que deem prazer, como
é: diz McEwen – autor do livro O Fim do Estresse como
A) “...hoje essenciais para o comércio na economia Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à
globalizada”. (1° parágrafo) SUPER.
B) “Mas você aceitaria viver dentro de um?”. (1° WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado: Reforma
ortográfica. Fragmento.
parágrafo)
C) “Os contêineres foram comprados na China...”.
(2° parágrafo) O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no
D) “Os contêineres são pequenos...”. (3° parágrafo) trecho:
E) “O sucesso foi tão grande...”. (5° parágrafo) A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas
orelhas...” (1° parágrafo).
B) “... o estresse é fundamental para a nossa
-------------------------------------------------------------------
sobrevivência.”. (final do 1° parágrafo).
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
C) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais
Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Seleciano rapidez, ...”(2° parágrafo).
de Recife. Logo na primeira semana, fui chamado pela D) “... funções como a memória acabam
direção: um pai se queixara de que eu ofendera sua prejudicadas.”. (2° parágrafo).
filha. É que eu dissera “Cale-se, rapariga”, sem saber E) “O segredo estaria em levar uma vida saudável...”.
que, no Nordeste, rapariga significa prostituta. (final do 2° parágrafo).
Revista Diálogo Médico
-------------------------------------------------------------------
No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra
(SAEPI). Leia o texto abaixo.
destacada é um exemplo de
A) expressão de gíria. A honra passada a limpo
B) expressão regional.
9
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação. Atualmente, uma equipe da Universidade Federal
Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa. Café do Rio de Janeiro (UFRJ) está desenvolvendo a versão
almoço, jantar. E pilhas de louças na pia, e espumas brasileira, o Maglev Cobra, e construindo uma pista para
redentoras. testar a supermáquina. No futuro, a intenção é usá-lo
Todos os dias entro nos quartos, desfaço camas, para ligar os aeroportos de Galeão e Santos Dumont, no
desarrumo berços, lençóis ao alto como velas. Para Rio de Janeiro.
tudo arrumar depois, alisando colchas de crochê. A primeira versão desse tipo de transporte, no
Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os entanto, foram as locomotivas movidas a carvão,
desenvolvidas no começo do século 19, que vieram
móveis. Que eu colho na flanela.
substituir os vagões de tração animal. Por mais de cem
Escurecem-se as pratas. Que eu esfrego com a
anos, a maria-fumaça foi o principal meio de locomoção
camurça. A aranha tece. Que eu enxoto.
do mundo.
A traça rói. Que eu esmago. O cupim voa. Que
Trazida ao Brasil em 1854, tinha um trajeto entre a
eu afogo na água da tigela sob a luz. Baía de Guanabara e Petrópolis (RJ). Em 1889, já havia
E, de vassoura em punho, gasto tapetes persas. 9500 quilômetros de ferrovias no País.
Sou perseverante, eu sei. A mesa que ponho Por volta de 1890 foram criados os motores a
ninguém senta. Nas camas que arrumo, ninguém diesel que, seis décadas depois, superaram os movidos a
dorme. Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto carvão. Veio então a época de ouro das ferrovias no
tempo. Brasil, quando tivemos quase 35 mil quilômetros de
Mas sem tarefas domésticas, como preencher trilhos cortando boa parte do País. A partir da década de
de feminina honradez a minha vida? 60, passou-se a priorizar a malha rodoviária, uma decisão
COLASANTI, Marina. Contos de amor rasgados. que até hoje gera discussões e divide a opinião de
Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
especialistas.
(Guilherme Rosa)
No trecho “E, de vassoura em punho, gasto tapetes
Revista Galileu - Setembro de 2010 – Nº 230 – p.17.
persas.” (  . 9), a inversão na ordem das palavras é
característica da linguagem Nesse texto, a presença do autor é perceptível em:
A) científica. A) “De toda a nossa malha...”.
B) jornalística. B) “Considerado o mais avançado do mundo...”.
C) poética. C) “No futuro, a intenção é usá-lo...”.
D) regional. D) “Veio então a época de ouro das ferrovias no
E) técnica. Brasil...”.

------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------
Leia o texto, abaixo, e responda. (SAERJ). Leia o texto abaixo.
Senhor,
A evolução sobre trilhos Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e
Em 200 anos, os trens passaram das marias-fumaças aos assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a
flutuantes e megarrápidos Maglevs notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se
agora nesta navegação achou, não deixarei de
O Brasil conta com quase 30 mil quilômetros de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim
ferrovias, mas ficou no passado em relação a esse tipo de como eu melhor puder, ainda que -- para o bem
transporte. De toda a nossa malha, menos de 2 mil
contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!
quilômetros são eletrificados e somente 223 metros são
Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por
magnetizados. Esse tipo de trilho serve para mover trens
boa vontade, a qual bem certo creia que, para
como o Maglev, ideia que surgiu na Alemanha em 1979,
mas hoje só funciona comercialmente no Japão e na aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do
China. Considerado o mais avançado do mundo, usa uma que aquilo que vi e me pareceu.
força magnética que faz o trem levitar e lhe dá um Da marinhagem e das singraduras do caminho
impulso capaz de atingir altas velocidades. Como não não darei aqui conta a Vossa Alteza -- porque o não
existe atrito, o Maglev consegue competir até com aviões saberei fazer -- e os pilotos devem ter este cuidado.
em termos de velocidade: chega a 581 quilômetros por E portanto, Senhor, do que hei de falar começo:
hora. “Ele tem pouco impacto ambiental e é ideal para E digo quê:
países topograficamente acidentados como o Brasil”, diz A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza
o engenheiro Eduardo Gonçalves David, autor do livro O sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito
Futuro das Estradas de Ferro no Brasil. mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as
10
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos Disponível em: <http://tirinhasdogarfield.blogspot.com/>. Acesso em: 12
dez. 2010.
todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a
Nesse texto, a linguagem utilizada pelos personagens é
quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas
A) coloquial.
mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo
B) culta.
Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito
C) literária.
de Pero Escolar, piloto.
D) regional.
Na noite seguinte à segunda-feira amanheceu,
E) técnica.
se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau,
sem haver tempo forte ou contrário para poder ser !
Fez o capitão suas diligências para o achar, em -------------------------------------------------------------------
umas e outras partes. Mas... não apareceu mais! (SAEMS). Leia o texto abaixo.
E assim seguimos nosso caminho, por este mar Se eu morresse amanhã
de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa,
que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de Se eu morresse amanhã, viria ao menos
terra, estando da dita Ilha -- segundo os pilotos diziam, Fechar meus olhos minha triste irmã;
obra de 660 ou 670 léguas – os quais eram muita Minha mãe de saudades morreria
quantidade de ervas compridas, a que os mareantes Se eu morresse amanhã!
chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o
nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela Quanta glória pressinto em meu futuro!
manhã, topamos aves a que chamam furabuchos. Que aurora de porvir e que manhã!
Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos Eu perdera chorando essas coroas
vista de terra! A saber, primeiramente de um grande Se eu morresse amanhã!
monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais
baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes Que sol! Que céu azul! Que doce n’alva
arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome Acorda a natureza mais louçã!
de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz! Não me batera tanto amor no peito
Pero Vaz de Caminha. Carta. Tradução intralingual no site do Nupill, UFSC
Se eu morresse amanhã!
A forma de tratamento usada nessa carta é exemplo
de linguagem Mas essa dor da vida que devora
A) científica. A ânsia de glória, o dolorido afã...
B) coloquial. A dor no peito emudecera ao menos
C) formal. Se eu morresse amanhã!
D) literária. Azevedo, Álvares de. Disponível em:
E) regional. http://www.amoremversoeprosa.com/cirandas/463seeumorresse.htm>.
Acesso em: 20 mar. 2010.

------------------------------------------------------------------- Nesse texto, o trecho que apresenta um exagero na


(PROMOVER). Leia o texto abaixo. fala do poeta é:
A) “Fechar meus olhos minha triste irmã;”. (v. 2)
B) “Minha mãe de saudades morreria”. (v. 3)
C) “Se eu morresse amanhã!”. (v. 4)
D) “Quanta glória pressinto em meu futuro!”. (v. 5)
E) “Que sol! Que céu azul!...”. (v. 9)

-------------------------------------------------------------------
(SADEAM). Leia o texto abaixo.
Para sempre: amor e tempo – cap. 8
Como se estivesse atendendo a um chamado que
nem fora feito, Manuela entrou no quarto onde a mãe
escrevia. Um raio de sol adolescente e de pijama,
fazendo tudo em volta brilhar mais e mais bonito.
– Está ocupada, mãe?
– Só um pouquinho. Mas dá para interromper.
Aconteceu alguma coisa?
11
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Uma espreguiçada dengosa e sorridente. O romance é a história de um homem de posses
– Não... Só queria te contar da festa de ontem. que ama uma moça pobre e esperta e se casa com ela.
– Pode contar. Eu tinha mesmo feito uma pausa, Em sua velhice, ele escreve um romance de memórias
não vai me atrapalhar. para compreender Capitu, até a metade do livro, é quem
Antônia se levantou da cadeira em frente ao dá as cartas na relação. Trata-se de uma garota humilde,
teclado e sentou no sofá ao lado da filha. mas avançada e independente, muito diferente da
– Então, a festa foi boa? [...] mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do
– Conheci um garoto, mãe... Demais... [...] século XIX. [...] Percebe-se, por isso, o peso do possível
– Foi maaaravilhoso! A gente conversou a noite adultério em suas costas.
toda, parecia que se conhecia a vida inteira. Ou desde Não se trata apenas de uma questão conjugal
uma vida passada, como falou a Mariana. Mãe, parecia entre iguais, mas de uma condenação de classe. Bentinho
até que um lia o pensamento do outro... utiliza o arbítrio da palavra para culpar sua esposa. Mas é
Como se não bastassem os sorrisos e a ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode
espreguiçada lânguida, Manuela suspirou. Em plena era manipular os fatos da maneira que melhor lhe convém.
tecnológica! Antônia riu: [...]
– Puxa, você ficou mesmo animada, hein? Será que Nesse sentido, a questão central do livro não é o
vocês vão se encontrar de novo? adultério, e sim como Machado introduz na literatura
– Claro, mãe! Daqui a pouco ele vai me telefonar brasileira o problema das classes e, ainda, de forma
pra gente ir à praia. E depois vamos pegar um inovadora, a questão da mulher.
cineminha... Dom Casmurro coloca no centro de sua temática a
– Não vão cansar, hein? menina que não se deixa comandar e, em virtude disso,
– Mãe, é impossível cansar do Bruno... perturba a ordem vigente naquele ambiente social
estreito e conservador.
MACHADO, Ana Maria. Para sempre: amor e tempo. Disponível em:
Rio de Janeiro: Record, 2001. <http://guiadoestudante.abril.com.br/estude/literatura/materia_416084.s
html>. Acesso em: 24 mar. 2012. Fragmento.
Uma expressão típica da fala é evidenciada em:
A) “Manuela entrou no quarto onde a mãe escrevia.”. Nesse texto, há predomínio da linguagem
(1° parágrafo) A) coloquial.
B) “Eu tinha mesmo feito uma pausa,...”. (6° parágrafo)
B) formal.
C) “Antônia se levantou da cadeira em frente ao
C) literária.
teclado...”. (7° parágrafo)
D) regional.
D) “Ou desde uma vida passada, como falou a
Mariana.”. (10° parágrafo) E) técnica.
E) “Não vão cansar, hein?”. (penúltimo parágrafo)
-------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------- (SARESP-2011). Leia o texto abaixo.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. A designação de Realismo, dada a esse
movimento, é inadequada, pois o realismo ocorre em
Muitas leituras todos os tempos como um dos pólos da criação
literária, sendo a tendência para reproduzir nas obras
Publicado pela primeira vez em 1899, Dom os traços observados no mundo real, – seja nas coisas,
Casmurro é uma das grandes obras de Machado de Assis seja nas pessoas e nos sentimentos. Outro pólo é a
e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia fantasia, isto é, a tendência para inventar um mundo
sobre toda a sociedade brasileira. [...]
novo, diferente e muitas vezes oposto às leis do
O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras,
mundo real. Os autores e as modas literárias oscilam
e é interessante ver como a recepção ao livro se
incessantemente entre ambos, e é da sua combinação
modificou com o passar do tempo. Quando foi lançado,
era visto como o relato inquestionável de uma situação
mais ou menos variada que se faz a literatura.
de adultério, do ponto de vista do marido traído. Depois Sob vários aspectos, o romance romântico foi
dos anos 1960, quando questões relativas aos direitos da cheio de realismo, pois a ficção moderna se constituiu
mulher assumiram importância maior em todo o mundo, justamente na medida em que visou, cada vez mais, a
surgiram interpretações que indicavam outra comunicar ao leitor o sentimento da realidade, por
possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expressão meio da observação exata do mundo e dos seres.
(Antonio Candido; J. Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira –
de um ciúme doentio, que cega o narrador e o faz do Romantismo ao Simbolismo)
conceber uma situação imaginária de traição. [...]

12
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
O provável público-alvo e o objetivo do enunciador do fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro
texto são, respectivamente: embalagens, o mesmo cereal – um tipo saudável e que
(A) interessados no estudo de literatura / abordar não costuma ser vendido em supermercados –, sendo
categorias relevantes da obra literária. que em duas dessas embalagens lia-se “flocos
(B) adolescentes / elucidar aspectos da fantasia na saudáveis” e, nas outras duas, “flocos doces”. Também
literatura. em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos
(C) terapeutas em geral / explicitar as diferenças foram desenhados personagens do filme Happy Feet.
entre a realidade e a fantasia. O resultado mostrou que as crianças tendiam a
(D) leitores de biografias / evidenciar aspectos da preferir o conteúdo das embalagens com os desenhos
realidade nas obras de literatura. e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso
(E) cineastas / ensinar a melhor maneira de mesclar “flocos saudáveis”. Segundo os pesquisadores, esse
realidade e fantasia em filmes. fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde
muito pequena, a criança é ensinada que comer
------------------------------------------------------------------- produtos com mais açúcar faz mal. [...]
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,
Leia o texto, abaixo e responda. ,EMI216938-15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR+DAS+
CRIANCAS+E+ALTAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESENHOS+ .htm>
Preferência alimentar das crianças é altamente Acesso em: 10 mar. 2011.
influenciada pelos desenhos nas embalagens dos
produtos Qual é o trecho em que o autor faz uso de linguagem
figurada?
Estudo desenvolvido na Universidade da
A) “...representações de seus personagens
Pensilvânia mostrou que o sabor dos alimentos nem
preferidos,...”.
sempre é fator decisório na hora de escolher a marca.
B) “‘São uma identidade visual’”.
Quem faz a melhor embalagem é quem vende mais.
C) “‘...influenciando subconscientemente o
Redação Época
julgamento das crianças’”.
D) “...fazer um teste de sabor cego.”.
Um estudo feito pela Universidade da
(E) “...crianças são altamente influenciáveis.”
Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu que as
crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos
contidos nas embalagens de produtos alimentícios e -------------------------------------------------------------------
tendem sempre a preferir aqueles que contenham Leia o texto, abaixo e responda.
representações de seus personagens preferidos, não Tudo vai melhorar!
importando qual seja o sabor do alimento.
Embalagens com desenhos famosos, como Shrek ou os Numa feira de agropecuária, um fazendeiro do
pinguins do filme Happy Feet, fazem as crianças terem Mato Grosso do Sul encontrou-se com um fazendeiro
hábitos errados de alimentação. do estado do Tocantins.
“Personagens comerciais fazem com que seja O Fazendeiro do Mato Grosso do Sul perguntou:
mais fácil para as crianças lembrarem e identificarem – Cumpadre! Se o senhor não se importa deu
os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah perguntar, qual é o tamanho da sua fazenda?
Vaala, uma das autoras da pesquisa. O problema, diz O Fazendeiro do Tocantins respondeu:
ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma – Óia, cumpadre! Acho que deve di dar uns
errada, colocando nas embalagens dos produtos quatrocentos hectare, é piquinina! E a sua?
menos saudáveis e nutritivos os desenhos mais Como o fazendeiro do Mato Grosso do Sul era
populares entre as crianças. do tipo meio arrogante e cheio de mania de grandeza,
“As crianças transferem sua preferência pelo ele foi logo esnobando o outro fazendeiro dizendo:
personagem para o produto e querem comprá-lo mais – Cumpadre! O senhor sabe que eu nunca me
(que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse interessei de contá, eu só sei que eu saio de manhã
Vaala. “O que queríamos saber era se essa preferência bem cedinho e quando é meio dia eu ainda nem
se refletia também no sabor do produto; se colocando cheguei na metade da propriedade.
esses personagens as empresas estavam, na verdade, – Eu sei cumpadre!...Eu sei! No começo eu
influenciando subconscientemente o julgamento das também andava de carroça...Squenta não!...
crianças”. Guenta firme cumpadre! Tenho certeza que
Para comprovar a tese, os pesquisadores tudo vai melhorar!
convidaram 80 crianças entre quatro e seis anos para
13
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Edilson Rodrigues Silva

Disponível em: <http://recantodacronica.blogspot.com/2011/01/tudo-vai-


melhorar-cronicas-pequenas-e.html> Acesso em: 10 mar. 2011.

Nesse texto, a fala dos personagens se caracteriza


como exemplo de linguagem
A) literária.
B) padrão.
C) popular.
D) técnica.
Quero resolver um problema com a empresa X.
------------------------------------------------------------------- Meu aparelho desbloqueia sozinho e faz com que eu
Leia o texto, abaixo e responda. perca alguns créditos. A pedido deles, ligo para a
O Eco empresa, mas de nada adianta. Eles não resolvem
(Autor Desconhecido) nada. O máximo que consigo é passar de uma
atendente para outra e ficar escutando a música de
Pai e filho caminhavam por uma montanha. De espera. A cada uma delas tenho que explicar todo o
repente o menino cai e grita: “Aaaaaaiii!!!” problema novamente. Estou chateado, pois o celular
Para a sua surpresa, escuta a voz repetir-se, em desbloqueia sozinho e quando vejo está discando.
algum lugar da montanha: “Aaaaaaiii!!!”. Estou tão insatisfeito que quero doar o aparelho. Em
Curioso, pergunta “quem és?” e recebe como uma das ligações, a central de atendimento me
resposta “quem és?” Contrariado, grita, “covarde!” transferiu para a central de vendas e tentaram me
e a resposta é “covarde!”. convencer a comprar um novo aparelho.
(E.L.P., guarda-civil, Capital, SP)
Então, olha para o pai e pergunta, aflito: “O que
é isso?”
O pai sorri e fala “Filho, presta atenção”. E grita Transcrição da resposta da empresa X
em direção à montanha: “Eu admiro-te!!!” e a voz
responde: “Eu admiro-te!!!” .De novo o homem grita: A empresa X informa que já entrou em contato
“És um campeão!” e a voz responde “És um com o consumidor e solicitou que o mesmo
campeão!”. encaminhe seu aparelho a um serviço autorizado da
O menino fica espantado. Não entende. O pai empresa de sua preferência. Segundo a empresa,
explica: serão realizados testes e reparos necessários, de
– As pessoas chamam a isto eco, mas na verdade acordo com o Certificado de Garantia. E. diz que a
isso é a vida. Ela nos dá de volta tudo o que dizemos. empresa realmente o procurou. Ele conta que não
Nossa vida é o reflexo de nossas ações. levará o aparelho até um serviço autorizado, pois não
Disponível em: <http://www.via6.com/topico/38684/textos-curtos-de- irá pagar pelo conserto. Ele alega que só procuraria tal
autores-que-gostamos> Acesso em: 10 mar. 2011. serviço se a empresa fosse arcar com o conserto. [...]
(Diário de S.Paulo, 22/9/2003, p.B4)
Nesse texto, as falas do pai têm a função de
A) abordar as relações familiares. O destinatário da carta é ......................... e o
B) entreter os leitores. remetente lhe dá um tratamento ........................ .
C) incentivar os questionamentos. (A) a empresa X – magoado.
D) transmitir um ensinamento. (B) serviço autorizado – agressivo.
(C) o jornal O Diário de S.Paulo – irritado.
------------------------------------------------------------------- (D) uma operadora de celulares – profissional.
Leia o texto a seguir e, responda.
Carta de reclamação -------------------------------------------------------------------
Defeito no celular irrita usuário

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