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O QUINZE - Releitura

CAPÍTULO I

Numa pequena cidade do interior do Rio Grande, às margens do rio sinuoso, viviam duas
famílias quase que totalmente diferentes, os Pereira e os Silva, Os Pereiras conhecidos
pela sua grande e farta fazenda, enquanto Os Silva usavam de seu trabalho árduo nas suas
plantações para ganhar a vida. Helena Silva, a mulher mais nova da família, era
visivelmente apaixonada por Pedro, o filho mais novo dos Pereira.

Em uma noite prestes a ir para cama, Helena foi até sua avó, que considerava ser sua mãe
de criação, pois a mesma havia falecido tempos depois de seu nascimento. Dona Aparecida
fumava um paiero na janela, enquanto observava a nuvem de raios vindo na direção da
humilde fazenda
“Vai chover em, torça pra que não seja igual a última chuva” disse para Helena, que olhava
aflita para o escuro céu daquela noite. “Chove nao, por favor” Dizia consolando-se

Helena foi ao seu quarto, deitou-se e logo entrou nas redes sociais como uma forma de
tranquilizada com a chuva iminente. O último temporal fez com que grande parte da
plantação fosse descartada por completo e quase entrou dentro da casa, ela já esperava
pelo pior
Depois de minutos e mais minutos gastos no celular, sua avó disse para ir dormir pois já era
meia noite, antes de ir dormir deu uma última conferida nas nuvens e rezou, para que
ficasse ela e sua avó a salva, logo depois disso tentou dormir

Depois disso a chuva começou, o rio que ficava próximo de sua casa cresceu em grande
rapidez e logo tomou as proximidades, em pouco tempo a casa parecia que flutuava e toda
a fazenda tinha sido tomada, nesse tempo as duas usaram de sua energia e desespero
para salvar os pertences e roupas, colocando todos em cima de armários do quarto e
cozInha

Essa chuva foi pior que a última

O frio era muito, ventava forte e a chuva não parecia dar trégua, logo avistaram um
pequeno barco de madeira com uma lanterna vindo na direção da casa, era Pedro Pereira
com alguns de seus amigos buscando por pessoas para ajudar. Helena colocou em uma
mochila para ela e Dona Aparecida algumas roupas, itens de higiene e um cobertor
O barco se aproximou, as duas entraram e foram a caminho da fazenda da Família Pereira,
mas Helena não tirava os olhos da casa,

Em meio a tantas lágrimas de lamento ela desejava algo de bom e que não perdesse tanto
como da ultima vez, “O que a gente faz agora vó” ela dizia buscando respostas, “A gente
não pode perder tudo”
A casa foi se afastando do campo de visão, até que nada dela pudesse ser visto.
CAPÍTULO II

Enquanto os voluntários e amigos dos Pereiras trabalhavam incansavelmente para ajudar a


limpar os destroços da casa dos Silva, Helena e Dona Aparecida enfrentavam um misto de
tristeza e desamparo. O que antes era um lar acolhedor, agora se resumia a pilhas de lama
e destroços. Cada móvel retirado da casa encharcada era um lembrete doloroso do que
haviam perdido. Helena, mesmo tentando manter-se forte, sentia-se esmagada pela
magnitude da devastação.

Enquanto observava os esforços para reconstruir o que restava da casa, Helena se


perguntava sobre o futuro incerto que aguardava sua família. Seria possível recuperar o que
perderam? Conseguiram reconstruir suas vidas após tamanha tragédia? As dúvidas
pairavam no ar, enquanto o sol tentava penetrar as nuvens escuras que ainda pairavam
sobre suas cabeças.

Dona Aparecida, por sua vez, parecia mais resignada, mas não menos afetada. Seus olhos
cansados refletiam a dor de uma vida inteira de lutas e perdas. No entanto, mesmo diante
da adversidade, ela mantinha-se firme, encontrando forças na união da comunidade e na
esperança de dias melhores.

Enquanto o dia avançava e os esforços de limpeza continuavam, Helena e Dona Aparecida


começaram a vislumbrar um caminho adiante. Com a ajuda dos amigos e da solidariedade
daqueles ao seu redor, sabiam que não estavam sozinhas nessa jornada de reconstrução.
Apesar da tristeza e da incerteza, havia uma faísca de esperança no horizonte, uma
promessa de que, juntos, poderiam superar qualquer obstáculo que o destino lhes
reservasse.
CAPÍTULO III

Enquanto observavam a devastação ao redor, Dona Aparecida e Helena sentiam o peso da


desolação sobre seus ombros. Era difícil imaginar como reconstruir suas vidas a partir
daquele cenário desolador. No entanto, Helena sabia que precisava ser forte, não apenas
por si mesma, mas também por sua avó e por todos os Silva que confiavam nela.

Pedro, ao notar a tristeza estampada nos rostos das duas mulheres, aproximou-se com um
olhar determinado. Disse que sabia que não seria fácil, mas estava determinado a ajudar os
Silva a se levantarem novamente. Com palavras de encorajamento e um sorriso solidário,
ele ofereceu o apoio necessário para enfrentarem juntos os desafios que estavam por vir.

Com a ajuda dos amigos dos Pereira e de outros voluntários da comunidade, começou o
árduo trabalho de limpeza e reconstrução. Um a um, os destroços foram removidos, as
paredes foram erguidas e os campos foram preparados para o plantio novamente. Pedro
liderava os esforços, coordenando as atividades e garantindo que nenhum esforço fosse
poupado na recuperação da fazenda dos Silva.

À medida que os dias passavam e a fazenda dos Silva renascia das cinzas, Helena e Pedro
descobrem que o amor que surgirá entre eles durante a tempestade era verdadeiro e
duradouro.Ela encontrava consolo na presença de Pedro. Seus momentos juntos,
compartilhando histórias, sonhos e até mesmo o silêncio reconfortante, fortaleceram ainda
mais os laços que os uniam. Percebia que, mesmo diante da adversidade, havia encontrado
em Pedro não apenas um aliado, mas também alguém por quem nutria sentimentos cada
vez mais profundos.

Unidos pela solidariedade, pela esperança e pelo amor, eles enfrentam juntos não apenas
as incertezas do presente, mas também os desafios do futuro.

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