Luiz Mott - Piauí Colonial - População, Economia e Sociedade (1985)
Luiz Mott - Piauí Colonial - População, Economia e Sociedade (1985)
Luiz Mott - Piauí Colonial - População, Economia e Sociedade (1985)
I
I
PIAUÍ
COLONIAL
População, Economia e Sociedade
Luiz R. B. ù{q!|l
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98I.22 MOTT, Luiz R. B. Piaui colonial; população,
' economia e sociedade. Teresina, Projeto
Petrônio Porælla, 1985. ... p. l,t4
DEDALUS-Acervo-FFLCH
tffit[tillttffitilil
20900097400
I
Ínorcn
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APRESENTAçÃO.
- TNTRODUçÃO. '!"" 9
- ru¡pl DA CAPTTAI\rA DO PrAUÍ (y.60)' l1
- DESCRIçÃo o¡' clpitlNl \ DE SÃO JOSÉ DO PrauÍ' l3
- I - Introdução
t5
22
II - Documento 24
Cidade de Oeiras. 25
Vila do Parnaguá. 26
Vila de Jen¡menha. 28
Vila ile Valeng.
Y llå uË v Õrçrl-'
a"t til"t
Nlrmero de fogoa Piauí: 1762-1772'
do ' ' ' ' ' 73
popJøo do Piaul: 1691' ' ' ' ' ' 75
Composição a"
Nrlmerodemoradoresporfogos/fa 2L691' "" 76
|
I
- ^^1 ^lrl^1
PIAUÍ COLONIAL... ""'125t2s
Anexo """ ""139
140
Not¡e.
05
DESCRTçÃO DA CAPTTANTA DE SÃO JOSÉ DO PrAUÍ
-t772lt'l
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-TNTRODUçÃO
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I
oulra:
tU';* inícios doséculoXVIII, de passagem pelo Piauí; o ex'Gover'
ö'
__
-l.l.ll, Instituto _I_ti¡¡Oú99_e Ge.ogrrífico Brasileiro, l-onselho ulrramarino, Arq.
-
1l_81.
Maranhão e Piaui, l7?5, p. 165 e ss.
ll9l.-Idem, ibifum.
{20).-PereiradaCosta, op.cit., p.95.Pereirad'Alencastr', op.cit., tambemei
dá outras datas para a suepensão do Dr. Durão: 2 de dezcmbro de L777 sendo removido
para São Luiz aos 17 de dezembro deste mesmo ano (p. 8).
(21f.-Nãotemo
a popul,ação do Brasil
rermelhos (inilios ile
cud,bocs.
t8 t9
I
j"*'ldgf S".TY-I^ll*::-t:f.:d:
criminais de cada uma ilas vítas cuja população foi sistematicamente
apre' "Resumo6","Memóriag","Descri@"'
fraule 8re agora uarur¡w¡u@' ;irjl{y:Æ1.*-::X*
'----ühr;
âo
"lñ',H'i""üiå'"ffi
:- '' ' ---r^¡^ '4iläË;läd;ffi
!-+^.^aaanta
ô ,*c n¡ naz s6bre a vidasógio-
do æri'
erande ^orto ¡rn.toni-
Paræ
-.oota-ôitado
---¡^ -supra'ôitado Alferes
l¡rrlu uð vql,¡B¡¡rs, "'..--:--,-=-: ,
î;';e1",-Y:'.'::::-'-::-r¡";;;i,ho,t.Lisboa),"1:_1þ*1,1å-"^",Y:
lolres
p19'ii
Üeä ue
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área de
ftê
oue se refere às distânci.s e
iäiñ'ã;^v'ãuÃ-iij
inapa ile Volim (?) e de
"
a.
---
--.
C"nf"io, rep'utando-o" pouco exatos no tocante Ii hid¡oerafia'
Embora.""oon"äiäJiöÈ;;ã;6pitania'-emparæd:l*-*:
.rJIIIITUTä fUuuurrçwuuv s Ye¿'e--
à falta de chuvas regulares'
"li-" "ãäãi.simo,
åää;ïilää"'ás";; ;-;";;" arenósa
- t,L--^ t";t*"za lageada da maior parte il9
oto.ã.o ce ls,seada de seq
seu
em apontår principal õausa de tal
fir.ïäiBitä""åäi,.!o,¡"i" "oåo "
atrato,
"ànímiapreguipdcseushabitadoresqucunicamenteseapruseitamdo
quc a simpbs n"ru,",t p'ii*, sem mais bencficíos ou catæeiras""'
r inerentes às famílías", e
se íncluem' anîes têrn fogo
out nda"'
seP
três sub-gruPos?
Taislacunasnãodesmerecemovalorinsofismáveldasinformações
qo-tit tin"t " q""ìit"ìi"as- prestadas nesta Descrição: dent¡e os
"sefazem mais resPeita¿ol" l27l
sanar tal calamidade social' além
da criação de colônias nas
1221. - Ennes {8.), op. c¡t., P.370-38!).
Para
iZ¡i. - Secretari¡ de Eetado das
lltamarati). l,ata 267, maço 2, pasta l.
' f24f . Silva, op. cìt-, p.37. das l¡zcndas de
-Sousae entre tais "agteg.ados" e os "moradores" F'f iYotas
(25),
e--t'Ï¡o g*nat' ci' Toll"tt"tt lL'
1271.
"faænd¡ se Pe¡¡¡mbirco- referidos
^semelhançaP"iöiË;;
Di-,:î;ä1;:?;i'-'ã"',Li-". Þ-gresso Ed. 1956' p' e6l0r'
1261.
Roo.nì Fr" nes,1968, P' 133'
2l
20
lerras limítrotes com os Gentios, aproveitando tal população inquieta,
Du¡ão sugere outras medidas corretivas de loryo alcance, tais como a
criação de mais freguesias pelo interior do Sertão, a fundação de escol,as
ajudariam, tanto pela cultura, como pela pelrnatória, a abrandar os
cortumes de sua mocidade curibocas.
Fazenda se cha
"qun se perde sendo edvcada na mesûl,a fusihtsão e ociosifufu e currais; sítios se toma
mais aícios que os pais e parentes com publicidadc praticam...", gado; pela qual razão
achamdcntro daqælas
sugere oi.da o nfimero; as Ìoçut ou dßtintas oão compreerdidas fubaixo ìI¿
palaora sítio.
úoÞ
\., L -r- - Tem esta C_apitania 260 léguas ile ¿lo rio
ou'<¿n .,, Panwíba até as uertenæs de uma serra q
'.'o
'Pruwpe¿
"príncþal cooü
cooíl fu
de,W4ntos hó, tawo
crimirøsos l¡¿,
qu,anros crÙrutu)sos de, un a como
taæo ctc dc g"'
conû (E ail¿ do
:nu . '- Parnagoá, correrdo dc bs-nord.este ao rmaçÃo
tra capiunit,.nuñandr; elcs as ætre¡nas ou'confwtdindo-as e ttarian- -"
ä;-ffi-' ïîiî"îi"tt, para não '"r"^ toqil;ilã^-a" ,*il"rr* ¡ ¿f^P dos màis práticos do paß. Porém eu næ cap&cito, não passa de comprimento
parte", L-/ ile 200\égu^as porqrle o tortuoso das est¡adas abertas ao acaso a rcpresenta dc
maior.ertensão. Da nwsûu forma lhè cotßidcro 80 Uguas ondc mais o é;
aconselha então que se estabelecesse aí a suposto se enænda pelos mesmos prátícos, passa muito dc 8M.
Assento qu.e tanto a Carta Geográtíca fu Mons. Volim como a dc
Mons. GaÚúcio iem pouco de exatas, principalmente quanto à dbeçÃo das
ribeiras, não obstante ær o dito conferido a esu Capiunía para a coßttruçÃo
"demônios encarnados, quc são os curíbocas, mcstiços, cabras dastu.
' Dioifu-se & rr,csnta da do Maranheo peb rio Pa¡naíba quase desde o
caÍus e m¿is catres dc que a teûa é tão abundante. . . " ,
seu nascimento até a sua barra; da do Ceará por untas matas que principiam
Cumpre referir, à guisa de conclusão, que ao transcrevermoe o€ dados junto à costa do mar, próximas à l/ila da Parnaíba, em direitura à þ'r,a d¿
estatísticos desta Descnção, diversas vezes nos deparamos com errog de Beapaba quc cinge quase esta Capiunía &o nsscente, continu¿túo se uaí
adição, tanto Dos quadros relativos à Vilas, quanto no.quadro geral. Assim dfuidindo peh Ribeira de Jaguaríbe, Riachão e por outras n &tas, serras e
confrontando os 7 quadros particulares com o geral, foi-nos possível corrigir ' traoessias com fuclhação para o sul. Da dc Pernambuco se separa por.unas
os resultados est¿tfuticos. Destarte, os Mapas Estatísticos apresentados aqui - serrarias que continuam até o Rio heto, ondc conlina com a da Jacobùv,
ap¿üecem ,'devidamente corrigidos. Atualizamos a ortografia embora ænhâ- correndo dc sul para sudoeste; da dos Goiazes pelas Tenas Nooas,
mos mantido, tånto que possível, a pontuação original. Os nomes de lugar, incliuindo-se_pqa as cabeceiras da Parnaíba onde confina,com o'gentio
rios e demais acidentes geográficos aparecem da mesma lormacombo bárbaro sem lùnite.
Ouvidor Du¡ão escreveu. Em duas ocasiões não conseguimos décifrar a . É o clima sadia, posto quc calidßsima; r7¡¿s os muitos bosqu.es, lagoas
caligrafia do mesmo, pelo que representåmos da segrrinæ forma: (,..). e outros lugares lodinosos produzem ¡nuita sezão e maligrø's nos fùæ das
A nosso ver a publicaçþo da Descrição da Qapinnia de Seo José do chuoas. També¡n se pafuce com freqüência a queiza da conupçÃo, a gre
chamam "bicho", catsada do nímío calor de um país situado fubai*o da
zon¿ tórrida. As mais enfermidades são t tcnos freqücntes, mas íncuróoeís,
porErc em todo este sertã,o se não acha um médico ræm cirurgião capaz. A
hipoconrlria, o escorbuto, a asma lazem mais estragos do q* se imagina,
mas sã,o dcsconhecidas.
econômica da região nordestina du¡ante o período colonial.
E Capitania pobre, mas desempenhacta, Pouco !értil, não tanto por
influência da terra que pela maior parte é arenosa e lageada, quanto pel¿
nímia preguiça de seus habitadores quc unicamente se aprooeüarn do que a
II _ DOCUMENTO sirnples natuteza produz, setn mais benefícios ou canseiras ileles, Há muitas
paragens excelcntes para cuhura, mas desprezadas, donde tcnT seÌem os
DESCRTçÃ,O DA CA?TTANIA DE S,ÃO JOSÉ DO prAui
Ver¡n'elho se chama rw terra a todo fu¿dio de qualqucr naçúo quc seja;
mameluco ao filho ilc branco e ûdia; caful ao filho'itc pleto ir¿*ti*otici,
"
22 23
L'
pelacawadísto.
CIDADEDEOEIRAS
as tnarE o nascente e
A¿" ¿nt"
aldeados iunto à Ríbeíra do ltai1n e apenas
;;G*i;êt que se situara¡n em São João de
25
24
experiêtucia tem lreqüentes t)ezes rnostrado. Parece seri¿ mais útil e menos
c .Laoìdaù e
a furn cøusar
c l¿,da e com
pouca gente para uÍ,. ¿ssafto repentino. Vohemos à uila.
s dois que se acrescem no m^apa são
mclhoies ares que esta cidaú, pelo
saúde, e se chega a mak aoançada
os quais um tenT Il0 anos, outro lL2,
o terceíro, 120. O clima não é tão cálido.
, a Gorguea corr. o nonle ù Gelboés tência,
qu distrito desta ViIa, desaguam todas
no a, e isto junto à Vila dc Je¡o¡nenha.
Gorguea e Gelboés é tudo o rtesmo, porém enquanto esta ríbeira cote pelo
Distrito do Parnagoé, passa conT o noûte de Gelboés, tomado de umsfuio quc
banha e é poooailo de bastantes fazendas de gado oacum, entrattdotwd¿
Jeromcnha, deixado aquele norne toma o de Gorguea que conserüa até se
sepuhar no Parnaíba.
A m.esma Gorguea, Parnaíba, Urujuí e Rio das Lontas, nascem
todos chapada quc confronta q.Lase com as Terras Noo¿s, sossego.
perte , e iupostõ que cotn bastante distânci¿ u¡n dos outros
no se m todos com o seu cabedal auncntaÌ o da Panníba,
que da î,csn^a. forma recebe o de todos os mais rios ou ribeiras desta
eapitania, como são, Piauí, Canindé, Poti, þrobi, cotrr. os quc ttestes se
metem e corrern de nascente para poente con pouca aaricdade,
Alsumas fazendas deste distrito têm salùus, mas o sal é nocitto à
satide. A iøoaçso ita Fregæisa é de lVoss¿ ,Sr¿. ù Liaramento.
VILA DEJEROMENHA
Está situada a ViI¿ de Jeromenha quase ao poente desîa cídade e dela
dista pouco maís de 30 léguas. Quando se camínha para Parnagoá, fica à
mão direita. Têm unicam.ente 5 fogos; os 18 que se lhe oêen ..ño na circun-
ferência, Não obstante ficar junto da Gorguca, e situada em h"gar cômodo,
nenhum aurncnto tem tido, como nTostra o ntimero de seus uízinhos,
haoendo Il anos que é uila; o nesmo sucede âs mars, e como a respeito
desta, nada tenho que notar, apontarei aqui a principal causa daquele
que causatn,
- - Até agora, falamos das duas uilas que ficam para o poente desta
cidadc, ntut agota é preciso ooltar o rcsto para aer as q.Latro que nos ficam
fu nordesæ até les-nordeste da mesriu, e ir camínhanilo até diuisar & costa
fûtam e caloteatn n& ntcstna fazenda em que moram g n¿s na Bana da Parnaíba, ondc finaliza esta Capítania.
26 27
I
VIL/I DE YALENçA VILADEMARVAO
dos camínhos o
28 29
,/
Fica coisa de 50 léguss de ærra distanæ desta cidade, e é regada de aI- çêInes .tecas_e _coul444!¡ g4e
gutttas.ribeíras, nt de ex,tremos; o
primeiro com a nL uma ponta da
freguPßia dcsta c copioso de peide,
e outros muitos, cârnara, cadeia e
açaugap, ncm outra alguma ofièína púbhca, corno já disse falando das maß
oihs. As suas ríbeiras do Longá e do Poti, semclhantes à de Caratetts, têm
qu.e nclas se
oizinhança,
YILADAPARNAÍBA
'-X o Rio
mais ile 2d0
30 3l
d.e Junho de 1772.
O Ourtülo, da Capitania An\6nio José de Morais Durão'
POUOS.
32 33
Ne I MaPa Gcral
Capitania do Piauí Até Dezcmbro dc 1774
Relação das Pcssoßs, Fazendas, Sítios que há nesta Capitania dc S. José do Piaul
ße FAZENDAS QUE
Þs
îtt q CORES ID,TDES TÊM SENHORIO
Cidade
\JÀ
9,ì
l¡{
1002
<.
5700
HgfiÊ
3202 2498 182 103 Brancos 1885
Menos dc 7 ltSO
FOR.â, DA CAP.
SOMAM lO34 l9l9l 10669 8522 579 352 Somam 8522 Somam 19191 Somom
n.^7 IDADES
FAZENDAS Q{JE
TÊM SENHORIO
ÉäË â Ía
CORES
FORA DA CAP.
Cidadc e
Subúrbios 269 1252 652 600 64 Brancos
7 Reino
Mulatos 'rll Menos de s87 No 33
gl
C^9 Riachão 31 138 80 58 l0 4 Mestigos t34
Vermelho¡ tf, Dc 7 até 14 817 Na Bahi¡ 2l
Guaribas 53 362 2lt 149 14 2 Mamalucos
FAZBNDAS QUE
IDADES TÊM SENHORIO
i â EËa
U' c'RE¡¡
o
(, FORA DA CAP,
o
r 7 133 Rci¡o
Vila e Subúrbios 3l l9l 98 gl Brrnct¡ 153 Menoo dc No 2
Mut¡tæ Ul
Corimatá t39 608 32t 285 t6 5 Mestiços 28t l,l 165 N¡ Bahi¡
e¡t
g\ Vermclhc 30 Dc 7 até 3
SOMAM 129 2433 1333 ll00 6() ll Som¡m llü) Atl Som¡n
\¡ Mamaluco¡ 28
Beira da 369 De l¿t até 70 l14l Em Pcr¡ambuco -
Parnaíba 64 t57 155 15 2l Pretos
122 No Mar¡nhão
Mestiças
Vermelhas 24
M^rn"lo"r, 34 De 100 úê l2O I
Pretâs 227
lt3t
t53l 8ó9 662 69 46 òoi"- 62 Somam Somam
SOMAM 25I
Até Dezcmbro ilc 1774
No 5
Vila dc Valcnçe há g€u distrito
I Relação das Pessoas, Fazendas, Sítios que nesta Vila dc Valenga c
(,)g 3
Á H
FORA DA CAP.
a
gë=if¡l2 Z CORES ID^ADES FAZENDAS AUË
Vila c Subtbios
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67 4o7
âE
l9E 209
I
1 12 Dra¡cos 2Q Mcno¡ dc 7 tOE
TÊM
No Rci¡o
SENHORIO
Mulato¡ 3t0
N06
Vil¡ dc Marvão Até Dezemb¡o llc 1771
Relação das Pessoas, Fazcndas, Sítios quc hó ncst¡ Vila de Mdrvão c seu dist¡ito
DA
gãHEf;
FOR,T CAP.
(t, CORES IDADES FAZENDAS QUE
o TÊM SENHORIO
F
rtt
Vila e Subúrbios 24 93 50 4l t3 Brancos 126 Mcnos dc 7 172 No Rcino
Mutato¡ 180
Cais 77 586 313 2n 19 15 Mest¡ços I 14 De 7 até 14 212 Na E¡hi¡
It Vermelhos 52
\o
Carateus 89 647 365 282 20 22 Mamalucos 79
Pretos 177 De t4 até 70 914 Em Pcrnambuco
Somam 128 -
No CcarA t
Brancas tO7
Dc 70 aré g0 ,
Mulatas 143
Mestiças 111 Dc 90 até 100
Vermclhas 48 No Marr¡hfo
Mamalucas 9E De 100 até 120
Pretas 9l
tÀ g? FAZBNDAS QUE
gäãËFg 179
IDADES
dc'7 !51
TÊM
FORA
No Rcino
SBNHORIO
DA CAP.
t45
sOE Do 14 8té 70 1948
l5l2 Em Pcrnambuco 4
2694 Somam
SOMAM 444 2694 l5l2 lt82 79 47 Soman I tE2
FAæNDAS DE GADO DO pr Nrt F6s7 -17621
43
FAZENDAS DE GADO DO PIAÚ: L6v7'r762 Fl
Colonial - e.
no perlodo -vutuut--
vuenopen'u
Que
mesmo
-'-*ttt, ryY-dj:,"^ff-1i,;.:
:9asEunto
- ruralt eé üËËurr amplamenæ estudado
comprova (l):
sede
torn
45
terras
Desde os seus primórdios foram as fazendas de gado que definiram a oilas e
forma de ocupação do solo e a distribuição dos colonizadores ao longo do o futu-\
sertão piauiense: já em 1697 , ap€nas um ano após a criação de sua primeira nofiæs
freguesìa, contavam-se elml29 o número de fazendas de gados, tituadas nas aos noûtcsbárbaros que
maigens de 33 rios, ribeirae, lagoas e olhos d'água limít¡ofes com aE t€rras ias e h4ares alinhamen-
dos gentios (6).
- Por volt¿ da metade dos Setecentos, de acordo com as informações do (e).
(6f. Ennes lErnestof,.4s Guerras nos Palmares. Rio de Janeiro, Brasiliana, vol,
-
127, 1938, p.370.
Históric<¡ e Arq. I.l.l2, Ms. dt¡ Conselho
da F'reguesi Vitória do Vila da Mocha, do
ispado do lVl Antônio Luiz Coutinho, ll de
101.
(8). Até o ano de 1799 tanto o Ceará, como o Rio Grande do Norte e Paraiba
faziam parte - da Capitania de Pema,mbuco, quando através de uma Cg.rt¡ Rêgia de t? de
janeiro. o Ceanúr pas6a a ser a Capitania limitrofe ao sul, com o Pisui. Cf. Srudart l9f . Per.eira d'Alencastre op. cit., Carta Régia de 29 de julho de t759, p. 150.
-
[G¡¡ilhermef, -Ihtas e Facrx ¡ntz a H',storia do C,eará, FortaÌza, Ti¡xrgraûa Sluda¡r, ll0l. - Pe¡eira d'Alencastre, op. cit., p. 152, Cs-rt Regia de 19 dejunho de l7ó1.
lß6,p.425t826.
46 47
i
"Esta ttila é a Pior de toda
1 Assim sendo, além da vila da mais seco e fúrcbre da ¡mesma.
para melhor dizer, Pois ainda que
gum-..
i
Ñ"* dcísa dcstes aw¡æntos, PgL lhe faharem rcdos os
"rp"rtnç
princípios condizentes, Para os mesmos". (15)'
tais localidades Permaneciam sem
insignificantes. Eis o que relatava a
ano de l??2:
d ,u;:
P ade
p
du¡an
do Pi
TlÍ'.*i":ï"t¡,1,å"rS:i*iu;
Torre de mais üma fabulosa
p.ropriedade que media l8g-\¡n. de comprimento: , por 120 km. de largura,
situada no vale do Crateus (23).
Certamente com vistås a evit¿r tais excessos que a 14 de outu_bro de
l7M ê publicada uma provisão do Conselho Ultramarino delimitando o
50 5t
(emlégns) tomarmos como fonte a'De-zcrþCto ìb Ceneo fu P-eeuhy'-doPe'
- Século XYIil
Se
SUSERFICIE DAS FAZENDASDO PIAU| para;ît";i d" t¿c¡o XÏÏf o seguinæ quadro ile distância
Coutinho' t€mos
largura áreatotal freqüência *" fazendã e ouur : (29)':
cornprimento X "-.tt"
U MA FAZENDA A OUTRA ( 1697 )
I DISTÂN CIA EM LÉGUAS DE
I x 2 2
I X 2,5 2,5 T
,
I X 3 3
distancia dc uma fazenda às sdiscentes frequência
I x 4 4 4
I
I X 4,5 4,5
I t-l I
I x 6 6
I l-2 4
l x 7 7
t, l l-3 I
1,5 X
x
2,5
6,7 I 2-2 t8
1,5
x
4,5
, 4 2-3 l4
2 4
5
2-4 3
2 X
x
3 6
I 3 2-5 2
2
x
4
I 3-3 7
2
x
2,5 5
I 4 3-4 6
.)
x
3
I 3-5 2
I
3
x
4
4
T2
16 , 3-6 I
4
I 3-10
5 X I4 70
4-4 I
5-6 I
5-10 I
5
- I3 I
Através deste quadro
Coroa Portuguesa tivesse
ultrapassái a área de 3 léguas
que diz
dessa liçta 33 fazendas, 29 P
léguas
(Nossa
"N¿s
aScuns e c
\ete, oito,
extensões fundiárias.
--*---C;;1;*"ãbt"t""ua este arguto escritor ao passar pelo Piauí' ficannos ,
Dael30fazendaequenaquelaépocaarrolavsodito.vigário.em25
havändo nà maioria dos carcs de 6 a l0léguas
uma "sp-"cïiiãå"ïai.ten"ìÃ,
".tá e òutra (321.
"se ínteressaoam só na criação dos gados" (33). l$j, apeeat aas ümiaçoee advindas da seca e da falt¿ de o certo é
"ump tal inclhação para trabalhar nas fazenlas de gados que pro-
cuta cotn empenhos ser ncle ocupada, cottstituindo a sua maior feli-
cidaù em ntcreærern algum di¿ o no¡ne de uaqueiro. Vaqueiro, cria-
dor ou homem dc fazenda são títulos honoríÏicos ente eles e sinôni-
nu)s com quc.se-dis-tingue e:!y?P:, a cuio cargo está a administra-.
çÃo e economia das fazendas" (40).
acucar (43).
Ñã't"grt"ti" da Mocha, por exemplo, relatava seu vþário que cir-
cunvizinhos à vila viviam NÚMERO DE FAZBNDASDEGADO DO PIAUí
"aþwtsmaradores na distânci¿ iL.-!t* Iégn' ,gttc.tataìn
de
(44)
atgumaipequpnas Ìoças de mandioca, milhos, arrozes" Totsl
Na freguesia de Parnaguá' por sua vez, referia seu pároco que na 1697 129
' 1730 400
"fazenda chamada Jacaré, tetn uÛ¿a capela dr
-{'Ja þnhora
1762 536
iom ilez morailorei que oùten: ie sI¿¿s l¿'
d" C;;;içã" i--upit"o,- 1772 578
Do Conselho
lnstituto Historico e Gtogrrirfico
Piaui", op' cit', fl' l8'
1451.
ul,*"iIiíå".- ñ-;i;*ã;i;Ë;;e".ii" à''"¡*"t Parnaguá'
lft'
a
530-
última do Bispado ¿,, U.to"i'?tì pelo vigario
(4U. "IÞscriçio da Capirania de São José do 1757
- E ro.s lErnestol, op. cit.,þ.!7'!t.
i42i.
- "Deecrição
(4il).
¡.äi:
l¡lrtt."ilg;;"ãod"6p'it";;'1"
æËcfla¡¡u úãJoe¿
u¿ !¿P¡. -Ú4 qç |4v do Piauí",op, cit., fl. l. Éimportante
.usv q
oo*,'"ã-o-- " f-!ãia"r"ëlæ"är"" o ouúdoi -I)urão, que apeinas oe,lug*.es orde ee
llændæ de sado é que eparece*4 d..*-4ry -*..1-
ãil-ut:"ã-itþr"ãåcatc
äiärt";irro mìiuc'fa*ndos & crí¿tÖrb tambê¿t
æ-r
rrr¡ìasmm set
pudessem_ de mantimeutos, ele ae tlrolou tr¡
ã"t"aãti" a" frr.ædas, poie "eeña ieto multiplicar-lhes fant¡¡ticamente o número".
- --iøf . l "Rebóô da Freguesia de Noela Senhora da Vitória da Mocha",op' cit,
56 Ð/
Localidade n" de fazendas no de sítios
.os sítþs ou referem-se unicamente às
3. Jeromenhaesubúrbio IB
- Gorguéa do Poente t9
Beira da ltarnaiba t5 23
Gorguéa do Nascente 35 5
Total 69 4.6
4. Valençaesubúrbio 4 L2
- Sambito IO J
PotÍ da Ponte do Sul l8 6
Serra Negra l4 l8
cia da sede), arrolamemos as propriedades ru.rais do distrito, sendo cada Berlengas l2 7
local referido com o nome do principal rio ou ribei¡a existente no lugar. Total 58 46
5. - Maroãoesubúrbio t3
Cais t9 t5
Ca¡ateus 20 22
Total 39 50
FAZENDAS E SÍTIOS DO PIAUí (1772) 6.- Campo Maior e subúrbio 7
Longár t4 l5
Localidade. no de fazendas no de sítios Beira da Parnaíba r8 4
Potí da Ponæ do Norte 27 t4
I. - Oeirasesubúrbio 64 Serobí 25 t6
Riachão 10 4 Total 9r 49
Guaribas l4 2 7. Parnaíbaesubúrbio r9
Itaim 28 I - termo todo 79 28
gl0
Talhada 5 TotaI 79 47
Canindé tó
Piauí 66 ll QUADRO GERAL
Total t82 t03
Oeiras tgz r03
2.
- Parnaguáesubúrbio Parnaguá ó0 lt
Jeromenha 69 46
Corimatií t6 5 Valença 58 46
Gelboés ,, 4 Marvão 39 50
Paraim 99 2 Campo Maior 9t 49
TotaI 60 II Parnaíba 79 47
TotaI 578 352
58 59
de Marvão é que vamos oþseryar a superiori' sen ito a secas, coma todas os altos
- Apenae na vilia e distrito
2).
ãJ" ao å,n-oo de sítio. face ao das fazendas; apesa¡ de ser descrita
como a îs ¿" igr^ sáo as Primeíras quc fi'
¿tc '61).
"pior oita dc porque se acha no sítio maß seco e-fu'
perenes' a so-
ncbre'da fi,Ærrta. nasutna ribeira mais cotaidcráoel no Pa¡a as fazendas situadas distântes dos cr¡¡sos fluviais
seudistrito, queé (49), lução era levar o gado a beber
cursos Iluviais.
d'Aleneastre, op' cit" p' ó94 , , :--ñ¡!n.^ r,, Þ.n¡
(51).
152).
- Pereira ¿" iËä*líat Ñ""tt Senhora do Lirramento do Parnaguá ''
on. cit. -"Rehce"
-'' ---isst. Boxer {C-R'). op. cit', p.24ó'
gado oacum estão sit
das i'água que iäi. -- Ëãi1ìã;'ö¿;ä',;;:":n'lpl'rz, i"t"'-'<øo de"' 4de fever-eiro de 1727'
op' cir'' n' r'
i#i : t'Ëiï;ä"-d; öõí,Ëi äã'sãä iã' Ja' Èia u i
delas
-nas
urla o norn¿ de boa, deae -
1491. "l)escrição da Ca¡ritania de São Josi'do I'iaui'-' o2' cit'' fl' ll'
l3lll. - Idem' ibidem, 11. i-
-
60 61
Outro autor, o
um vaqueiro antþo
refere-se aos retiros c
inclusive os curais:
"Retiro é um.a certa Porção de terras contígu¿s à mestna fazen'
da onde há currais e os ttccessários preparatiuos Para tratar as crì¿s
nas ocasiões em que é precìso separá'lzs das mães". (57)
vez,
doa
da fa
Caso
(
lm
\,o
,á _T_
È.
avierf , "lVlemóri¿ relativa às Capironias do Piaui e
Histórico e Geogrtifico Brasileiro, tomo XVII,
- (5_9).
1 Pereira d'Alen_castre, op cit., p. l,l4 "Testamento de Domingos Afonso
Sertäo, Deseobúdor do Pigui". 16,3). Pereirad'Alencasrre op. cit., p.68.
(ó41. - Antonil,op. cit. p.109-.
- Pereira d'dlencastre,
f65f. op . cit., p. 52 e seguintes.
Companhia - como dissemos alhures, em muitas fazcndas arém da cria@o de bois e
a melhor lóó1. -
, "z vacas. havia também certo número de cavalos e éguas, geralment" e- ao
"um"rã-i.f..ior
62 63
a de muitas lé5ras de æna não Embora contanto cpm boas
extcnsão fosse aProveitável e
éo.
njo
pelos
"O gado boaino é grande e bem-formado-' dßtinguindo'se : como não havia cercas dividindo
r\iii¿)^-iiití ¿¡""rsidade do colorido" (68)' consuetudinariamenæ uma légua
"n¿¡r"i
o
o
65
&
algwìtas oacas para o sen)iço doméstico, precisam ficar sernpre nos
pastos" (76). PREÇOS MÁXTMOS DOS BOVTNOS (17641
Outro observador, Pereira d'Alencastre, assim descrevia o ciclo anual vaca grande e gorda r$500
dos pecuaristas do Piauí: vaca inferior l$200
boi grande e gordo,
"Os mcses de nouemhro e dezembro (fun ile aerão) são as épocas eapazde matalotagem 1$920
mais abundantes de produção, Faze¡n-se as oaqueijadas duas oezes boiote l$600
no ano nas fazendas de grande criaç¿o, e.isto sucede nos meses de ja-
neiro e jwho. Porém nas Wqucr,as Jazendas, uma só oez. Os meses de
janciro e junho são o tetrtpo mais leliz do fazendeíro e mlis.diuertído
para os uaqueiros que se etrlpenharn ern prouar muita perícia no exer-
cício dc suas funções. lVesses ntcses se fazem também as uaqu.eíjadas
do gado grande, que tem d.e ser renetido para as feiras ou oendido
nas porteiras dos currais aos negociantes ambulantes" (77).
jesuitas da llha de
rla Silrn (istnr infi¡rnrlnr¡¡ s6[n. as faz.ntlos de gado drls extintos
ìll rrjti-'. l'arri. 29 rk' tk'zclnlrrtr-rk' lllóó'
tUii. \,," Slrix d! \ on 1l:trtius, o¡r. cit., p' 447 ' d¡s Üru.-s'
rgri - A
l88l. ¡ n's¡x'ihr
^.*,i.it,r tlt¡s
tlilntos (lo
rk¡s tlilnlos tk¡ gado v¡rcunrr consult('-rì
gad<¡ v¡rcunr' consultt-st
'
list¡ @
a [su srrecâd¡çõt+
12' cir', p' ?(l-
r¡. carla rrrrr.- rl:¡s vilas r.ntrr. .r.',il"- ir.. rzôi,' 1804, in P.t*irâ d'Alcncûstrc,
;1.
llistriri¡r¡ Ultranrarino, Piaui, Caix¡ 6. "Preço de difen'ntcs
tll9t.
- Aruuiro
gí'ntnis e fazcntlas rkr l'iatri"' l7:-'2'I7il'
1t. I'iaui. Caixa 3. "ltosturas e Tnxas da Viln
69
68
ESTRUTURA DEMOGRAFICA DAS FAZENDAS DE GADO DO
PIATII-COLONIAL: UM CASO DE POVOAMENTO RIIRAL
CENTRÍFUGO(+)
"Cui.dam socieòade, uûtendo nos
nlatos eb e donde oemafabade
instrução bárbaro e feroz. Estão
as ui:las ao aem, sern artífices para
as obras necessárias, sem homcns pata o trabalho e setrr. aumento
algum..,"
Ouaidor Durão, Piauí 1762
7t
tl
cArne humana", considerados como "os mais bravos e guerreiroe d
qu_el
!-
acham no Brasil" (4).
e de outras zonas áridas ô
:
Þ
-l-.
1,
lj
il
ç
Número de Fazendas de Gado do Pí¿uí: 1674'1772
ANO No, de Fazendas de gado
t674 30
t697 129
1730 400
L762 536
1772 578
73
l¿
Ou va¡iaram os critérios de arrolamento dos dois censorer, ou de fato
a população das antigas povoações decresceram passados dez anos ap,óe eua
elevação ao status de vila. O certo é que t¡atavam-se de ínfimos nrlcleos po-
pulacionais, com quase nada que pudesse s€r calacterizado como
propriamente "u¡bano". Eis como era a capital da Capitania dez anos ap,ós
sua elevação a cidade: "Mocha, com 157 fogoe e 692 almas não tem relógio,
casas de Câmara, cadeia, açougue, ferrei¡o ou out¡a qualquer oficina prl-
blica. Servem de Câmara umas casas térreas e sobre o que corre lití$o. A
cadeia é coisa indignlssima, sendo necessálio estarem os preæs em troncos e
ferros, para segurança. A casa de açougue é alugada e de mais, coisa
nenhumã. As casas da cidade, todas são térreas, até o próprio palácio do (brancol
governo. Tem uma rua inteira, outra de uma só face, e metade de outra. taúùó¿
Tudo o mais são nomes supostos: o de cidade, verdadeiramente, só goza o
nome" (16).
Se tal era o panorama "u¡bano" da capital do Piauí, gue dizer das n! , _Ti.,
rlaui 9".-gnei¡a sintética, qual era a compoeição demográfica do
no6 primórdios de sua coloni4¡ção:
demais vilas,- sobretudo das três menqres, com apenas nove, crnco e três
fogos cada uma?
modo os 360 coMPoilÇ.ãO DA ?O?ULAçÃO DO pIAuI: 16e7
æ,27o fogos restantes estavam distribuidos entre 930 Quanto ao sexo
propriedades rurais, das quais 578 eram apontadas com fazendas dc gado e Homens
(190,9%l
398
352 como sítios de lauoura. A população total do Piauí era de l9.l9l Mulheres 40 9,r%)
habitantes - aproximadamente 0,13 habit¿ntes por Km2 dos quais 2.724,
- restantes16.467
isto ê, IA,lVo viviam nas vilas ou n)s seus subrhbios, os
TOTAL 438 (l00,0%)
185,9%l moravam dispersos na zona ru¡al. Como se vê, tlglgv¡=se-de^um- Quanto à cor-etnia
nítido caso de oovoamento nu'al- rlisnerru .o-ofait^ ^wil¡ro nã.lmqoqn.lo
ilomcns Mulheres Total
Brancos 154 38,7Tol r ( 2.5%l r55 ( 35,3%l
Mestiços 5 L,3Vol 9 ( 22,5701 14 ( 3,2%l
Negros 203 st,0%l 7 I l7,5To) 2r0 ( ß,0%l
Indios 36 9,07ol 23 ( 57,5%1 59 ( t3,5%l
TOTAL 398 100,07o) 40 frm,o%) 438 (100,07o)
74 fÐ
em
melo
mas(
76 f Ve r ç,¡,_.(^t.r C 77
¿ .r , r ¡l-
-t,^ -P ,i tli :'(. {?'t -7 Ç--XV.fLl-,-
Á
^. -i,
-v-, ) / \¡. J\ ': I tt ¡' / -,'-) ro (
da Bahia e do Maranhão, capitanias aliás, onde a população caucasóide
igualmente era bastante redr¡zida (33). A grande massa populacional era
"de cor": 83,37o, sendo o grupo dos "mestiços" o mais numeroso. Sob esta
denominação estão englobadas as mais va¡iadas combina@es fenotípicas, a
saber: mulatos (branco e negro), mameluco (branco e índio), caful (preto e
índio), cabra (preto e mulato, cr¡riboca (mulato e índio), (34). Parte desæs
mestiços era livre, parte vivia no cativei¡o. Os índios repres€ntavam alpnag
5,9Vo da população tot¿l: tudo laz crer que devia existir muitos grupos
4
do um total de 302 fogos
suais viviam 2.4O6 pessoas
ãe uma amostra quantitati'
colonização mais antþa.
¡ndas na principal Freguesia do Piaui,
tomando como ponto de referência sua locahzã@o jinto aõs c,r¡sos d'água
maiscaudalo€os:
1762
Núm,ero de Pessoas Por fogos:
t7 ó
9
Número de logos por fazenda: 1762 i8 J
26
43 I9 3
No. de fogos t'reqüência 20 t
2l J
32 2I
I r33
.t'i 23 22 2
2 23
J IO 2l
21) 24
4 5
2I 30
5 2
ó t3 3l
6 32
ó
It I
ÓJ
40 t 7
20 3o
TOTAL L62 4 44
4
6
TOTAL 2.40Ó
como se vê,
een
o '::::'åi'uîiï;îi,:t#:':
E
Dessoas ll4,2Vol, 3l a 4û't'3ro
ü3f" aìiäi'iólã; 30,2,6To; de e
80
8l
com nrais de 40,03Vo. O de 16 escravos. A fazenda possuidora do maior nrlmero de escravaria
+ de um
-,,-^ ^=^ )^
85
se viúvat' pais e mãeEËolæiroe,casais l7?2: segundo o Õm¡idor
e mriltþla. O quadro abaixo refere'se ,3To da popnleção total,
rentce categoriae. etária doe 7 a 14 anos.
Assim sendo, 31,470 dos habitånæs do Piauí manifestava idade iriferior a 15
anos, taxa a nosso ver relativamente alt¿ e que reflete urna populaçþo em
Número ile filhos: 1762 crescimento. Segundo a mes¡na fonte. ¿s cause morcis mais coniuns, nestes
No. de filhos Freqüência
I 35
2 36
3 l6
4 9
5 6
6 7
I 4
I 3
TOTAL tl6
Tais números reforçan os resultados de recentes que se
opõem À tradicional afirmaçfo de histod¡dorca e sociólogoe a reapeito do
t¿manho de extensão da famíli¡ braeileira de enta¡ho. Eremploo de
dife¡entes zon¿s sócio-econômic¡r revel¡m que de f¿to o pad¡ão mai¡ com 'rn
"fanfia grimde" de tipo pauiarcal
por Gilbøø F¡eire e rótami4a por
peqnena r¡¡idade familiar, composts
de poucoe fiIhos, nenhum ou pouco€ escravoo, um ou ouuoagregadona
maior peræ doe cssos não pareNrtæ (54). O redr¡zido númrro de fiIboe
decorre, a noeso ver. Eeis da alt¿ t¿xa de mort¿lidade do que da prática eir-
æmátic¿ de contole de natalilade, Ao me¡æ no Piauí, difelentemenæ do que æ
que c
motivô
rervem de amoatra du-
"ri-CäH
época, na cidade de São Paulo, de
392 fogos existentee na áre¿ urbarra, 46 lll,7%l acolhiam crianças e jovens
"e¡¡)o3tor" (5ó). fu diståDcias enornres entre r¡ma faz¡ndr e ouEa, a
ilif.icuþade de se m¿nter æcreto ou a¡ônimo o n¡ecimento de una nova
criança, qu¿nto à concepção e criaçõo de
filhoa, pliquem a pouqe preeença de
"enjeita Quem sabe s€ a sbundâtrcia de leiæ
nac faz€ndæ de gado
tomava a criação de
outras z,ouat "uúana
raro e caro, constitui problema doe mais graver para quem æn criança de
colo.
Do total de 116 filhos, 4ll (15,3% I foram apontadas como "meDore!",
não h¡vendo outra.refereNxcia ò condição etári¡ deate aegmento (57). Inleliz-
meûte o ú¡ico dado referente so grupo infantil de que dispomoa é o Mapa
86 87
:N
ty73.
PiAuf, e hictó¡ia do Piaut
.lyTz.
seisce fá.*¡"", Monografias do
1788".
do Pi¡ui remetids ao llmo e Rvd"
3. Carvalho' f-öi i" ntt s, E.Aßguenasnæ
Sr. Frei Fr¡ncieeo
Ëi,iiåäi.'ñ-rãã;] 362'
REFERfNCIAS
- hbtórica e corqrtñca da
co år:ziúleitc' torlo XX' l"'
89
88
Moraie l)trráo, Arquivo llietórico Ulnamarino, Piauí" Caixa 3, (no prelo n¡ Revista de
Hietód¡daUSP).
10. Canabrava, Alice P. grande propúedade rural", in Hittöria gerel da
- 2,"ASóo Paulo, Difuelo Européia do Livro, 1960' p. llfl;
cioilinção brasileira, Þno I, vol.
Mott, L.R.B. 1976, op. cit., p. 351-352.
-
ll. Yon Spix, J.B. & Yon Martiue, C.F.P' - Yiagem pelo Bradl, R:io de Janei¡o,
Imprenea Nacie-.|, 1938, p. 4194!Xl.
27. Furtado, C.. l9&, op, cit., p, tl.
Ul. Inetituto Hi Lll, Me. do Gorselho
Ljluam¡rino,Relação da Vil¡ d¡
Mocù¿ do poderia eeclarecer ee de f¡þ o
Sertáo do Pauí do-Bie Luiz Coutirirho; ll de b¡tii+-do¡ era de f¡to ¡ B¡hi¡.
abril de 1757, fl. fÌ2-510.
ß, Cârts Régi¡ de 19 de junho de l7ó1, in Pereira d'Alencaetre, op. cir., p. 15!1. 29. "Seen¡riss Piauieneee", Reoíeø do llll,títuto Geogáfico e ÉIíató¡ico pi¿ui-
ence, 1982, tomo II, p. Lll5 e se.
14. Eis o número dae peesoas que
nae novas vil¡a: l0 em Paranågua, l5 em 30. Bueecri, M. 1970ì,op. cia, p, 188.
59 na Pa¡n¡íba. Cf. Perei¡a d'Alencåst¡e -
31. "Deecriçáo da Capitaaia de São joeé do Pi¡uí ,,, op. cit,
15. "Reeumo de todas as ltessoas livres e cativas..." 11762l' op.- ciú', e "Deecnção
da capirania de Sóo José do Pi¡uí"- ll7il2), op cit. 32.Idem, ìbideq, "Mapagerel da Cepitanía do pioui".
16. "Desc,rição da Capitania de São José do Piaui", op. cif. 33. GgVgfo, Reimr¡¡do J. 4e Souza, Colz¡pêndio hbtórico-potttico fuo princþíoc
ú bootpa b Ma¡azåJo., Tl{Ír, O$cing ag P. Ii.-Ro.geron, l8l8', p. ll5 e rc.; Arc"õdo,
'l[ales
17. "Roteiro do Ma¡a¡hão a Goiá¡ pela Capitania do Piauí", (A¡Õnimof
'
Reoietd
-Poro'nento ù ciùde bfuludor, Bahia, Editora ltap'riÍ, l9ó9¡ vllf,ene, L.s.
do I¡tstittoo llìstórico e Gægrtfiø Braeileito, tomo LXII, ¡rarte l, 1900, p. 88' cìt.
-1969,op.
18. Inetituto Hietórico pi¡ut,,, op. cit,
conquietado à Jesue C.lirto e è 34, "Deeeúção da Capit¡.i¡ de Séo José do
Jeeue", pelo Pe. B€nto da Fonse
-op, cit.,p.7f76.
Í¡6. Funado, C.
37. cârta do Goveruador João Pe¡ein caldae, ao Mi¡i¡tro do ulcomar, 2!í de
junho de 176ó, in Pe¡ein d¡ füsta , op. cit., p, El.
Ifum, ibidcm,p.î73. 44. Antonil, J.A, Cultu¡a e opulência do Bracil, Cia. Ed. Nacional, e/d. p, Ilt().
-
90 9t
3F?
I
4?. Pe. Carr,¡lho, M. op. cit., p. 3?3: Än^dnde, Manoel C. - A Ter¡a e o homem
tø |klt{&, Sõo Paulo,
-
Editora Braeilienee, l9Gl'
5r.c.ütedoc,over¡¡dorJ.P.Csldssaollliniebodotlltramer,de2lidejurhode
lZtó, apuòfeleira da Coeta, op' cít', p'Ë2'
5!!. Furtado, C.' oP. cit., P. T)'
Rougp' l9{ó.
92 93
O PATRÃO NÃO BSrÁ, ,lNÁLrSn DO ABSENTEÍsmo xns
FAZENDAS DE GADo oopr¡,uÍ coLoNrAL(*f
egteve
ria
- ). Em vez de aprofundar
((l):22f esta
vi¡ou-lhe as costas com o anátema: ch
Começo _este artigo fazendo mea cuþa. .A^ escolher seu título,
-
confesso que deixei-me influeneiar pelos mesmos ilustres historÍadores
anterÍormente. Visto a carapuça:
ocumentos, potém, me cha-aram
^____lll__C3municgÇ5o
aprescntad¡ no VIII Encontro de Estudos Rurais e Urbanos,
CERU, USP, setembm de-1981.
95
¿Ésu¿s ter¡as. (Azeredo Coutinho, 1808).
#å.:
Mcais
ista ¿Jt
96 97
Ceftão fu Peauhy,s- fruto de quaro anos de andanças por todas as ribeiras e nesta região árida e cheia de serlos, todos esses elementos devem te¡
vales desta novel capitania. Diz ele: "Com¡rõe-se o Piauí de 129 fazendas de contribuído fortemente para que os prímeiros proprietrírios de fazendas do
gado, sem mais moradores. Estão situadas ag fazendas em vários riachos, Piauí preferissem enregar as dores do ofício a seus vaqirei¡os ou rendeiros,
distanæs umas das out¡as ordinariamenæ mais de duas léguas. Em cadà continua¡do a viver em suas cidades originais como fizeram os dois
uma vive um homem (branco) com um negro (escravo), e em aþumas se primeiros conquistadores destes sertões. -
achap mab eEcravos e tåmbém mais -brancos, mas no comum se acha um Um século após a conquista daí por diante, a situação se revela
homem branco só". ((ll)i373). completamente diversa daqueles tempos--e pioneiros a população ar¡mentå
Dest€ tot¿l de 129 fazendas, em apenas 6 þá referênciaexplícitade e se equilibra, surgem algumas vilas e povoações, -,a maior parte dos indios
"Fazenda ettåvam reduzidos em missões, as comunica@es com outras capitanias se
de Ba¡ros to¡:nam mais freqüentes, rápidas e segurås. Eml772 o Ouvidor Antônio José
co Bezena de Morais Du¡ão escreve a "Descrição da Capitania de Seo José do Piauí",
sem dúvida, a principal memória referente a esta região sertaneja. De acordo
com esæ documento, o Piaul contåva então com l9.f9l pessoas, distribuídas
num tot¿l de 3034 fogos. Ao todo existiam 931 propriedades rurais, sendo
579 fazendas de gado, 352 sítios de lavou¡a.8 Em sua minuciosa estatística
de cada uma das 7 vilas e distritos,^o Ouvidor Durão, além de indicar o
nrlmero de fogos, almas, divisão r"gtìrrdo o sexo, núméro de propriedades
Ga¡cia Paz; no Sítio de Caterina, André Gomes da Costa e, naFazenda rurais, grupos etários e raciais, presta-nos uma inforrnação crucial:
"Fazendas que têm senhorio lora da Capitania" é, o número das
Tranqueira, o Alferes SilvesEe da Costå Gomes de Abreu. Acrescente-se a
geridas por ser¡s proprie-
- isto
fazendas que tinham proprietários absenteístås, distrito por distrito.
a patent€ de "Capitão", e Quarenta e seis anos após este censo, um out¡o documento permitiu-
e quem era senhor e não nos vislûmbrar o mesmo fenômeno: em I8l8 o Goverriador do Piauí ordenou
mero vaqueiro. que se fizesse um levantamento nominal de todas as propriedades ru-rais da
Capitania: "RelaçÃo ìlas fazendas e seus possuidores", documento que
Esæs dados nos indicarn, portanto, que, em 1697, apenas 12 fazendas indica o nome dos proprietários, nome das fazendas, sua localização,
ilo Piauí eram zeladas por sens próprios donos. Quer dizer: 90% das extensão em lég¡ras, atividades desenvolvida (pecuária, lavoura, engenho), o
fazendas restaaæs tinham proprietários absenteístås. nú¡nero de escravos e a residência d.o dono,
Ausentes os tÍtulares, estas fazendas ou eram a¡rendadas a terpei¡os à Assim sendo, dispomos de duas estatísticas bast¿nte fidedigrras
razão de 10S000 de foro por anoj ou eram eot¡egues pelos latilundiários a posto que foram obtidas mediante o levantamento nominal em cada rima das -
vaqueiroe de su confiança, que deviam zelar pelo seu rebanho, sendo sete freguesias do Piauí nos informam com precisão: l. o núrnero
remunerados pelo tradicional sistema de "quarta" 4 cabeças que - que
total das propriedades ru¡ais da Capitania: 2. o número das propriedades
- "dePe.
criam, lhes toca uma", conforrne as palawas do arguto Miguel D. cujos senhorios residiam fora da fazenda. No quadro a seguir sintetizamos as
Couto. ((f f ):3?3). A fazenda, o gado e muitas vezes também os escravos, informações contidas nestes dois censos supracitados.
tudo era poese do fazendeiro, que transferia o cuidado destes bens a seus
vaqueiros, criador ou agregado,z Fazendas do Piauí (1772-1818)
Os informes do Pe. Miguel evidenciam claramente que, no inÍcio da
atividade ganadeira, o senhor eståva ausenæ. A rudeza da vida nesta novel Distrítos No. de proprbdafus Absenteßmn Porcentagern
capitania onde seus moradores são descritos como "homens miseráveis 1772 tgtï 1772 I8I8 1772 1818
vestindo conros e parecendo tapiias" ((fl):373h o perigo constante dos
ataques dos muitos índios, apontados como "os mais br_avos,e guerreiros que Oeiras 285 167 56 lr L9,6To 6,5T0
se acharam no Brasil" (ll):387h as dificuldades homéricas de comunicação Paranaguá 77 274 58 6,4Yo 2,9To
Geromenha ll5 339 620 5,2Yo 5,8To
Valença 104 459 728 6,77o 6,170
5. Sobre este período de "frenæ pioneira" de vaqueiros, consulte-se O. Nu¡¡es (24)
Mott(20). ^
e Marvão 89 283 437 4,470 l3,0To
L.R.B.
e modernos que têm se referido às formas de CampoMaior 140 670 16 4A ll,4To 5,9To
ent¡e eles o próprio Pe. Mþel d. Couto., Antonil Pa¡naÍba t26' 2æ t3 26 7,97o 9,770
e. Total 93r 2460 r07 r70 ll,47o 6,9T0
socio-profissionais existentes na pecurâria
Jote ao Æa¿í do Ouvidor Du¡ão (1772), 8. Segundo o ouvidor DurÁo, "Fazenda se chama a de gado vacum ou cavalar, ditas
I vulgarmenæ, cunais; Sítios se toma pela lazenda que se cultiva, sendo separada das de gado".
98 w
ó. Coutinho, J.J. da Cunha Aze¡edlo. L9ff.. obtzs Econômìcas. Sáo
Paulo, Cia. F,d.
i¡o,
Ed.
Nacionsl.
"-"'"îö. n--.s, Erneeto' ]t9ß. As gucrras no-s Palm¡,rqg,' Braailiana, SP'"S..L^f-
tf. F.¿e., Er¡est. 1971. Pe¿cants and peasattl societies, Shanin' llre(xlor' org'
";i:ri;*#.''*Hi""i"1'lï*'*,
GRD.
"""'tS. de latifúndio. ¡¡io de
Guimarães, Alberto PASSOS. l%g. øtÃt¡o séculos
AGRADECIMENTOS
o do Piauí.
r0l
100
103
T'I'A ESCRÀ\TA NO PIAUÎ ESCRE\¡E t¡MA
CÀRTÀ" '
r05
semos acima, esta nissiva 6 airigiaa ao Govennador do
PiauÍ e datada de 6 de seteñbro ãe 1770. Eis o seu con- poato tão tínída a dita em fotma una quínta
teúdo ipsis littenis: feira deu tanta bondoaèla eon um pdu e cþm
ela no chão o ëlepoie iunou que haoía de
ama,?rd? ilíta eecraoa ee attetítou eom iloía
fí|.hoe, um noe btaçoa' de 7 meeee e outto
de 3 ànoe; até o pteee¡te não ten tído no'
t'Eu-gou hua eecnaoa de V.S. dadníníetr¿ção do tíeía ilela e ten feíto umae eorteías P*îa
capa!^nn¿9_V-íeiya de Couto, eazada. oee'de qie eaatígan e díz que oeio pata enainal oe dí-
ocapl"' p' Lã, foí adeniniettat, q. ne titou da toa eoerdùoe. lem noattado como oa eacuaooo
fazt doe algodoíe, aonde veoía eom meu marído, tên ecoerimentado oue ten clanado eontta o
pa"a
'to eet oozinheita da aua eaza, ottde nella dito proeunadot atà que foi.ouûído da í¡tet-
paeao m-- mal. ceeeão ile V.Sa. úeío uma pottania ate a fa-
.A Ptineira hâ Q. ha gnandee troooadae ile pan- zenda ila Settínha e eomo tem um padtiiho
'cadae enhun EiLho meu eendo huã etíança Q 7,he que orou paua o dito Ptoettadot ¡ão teoe
fez eattaít a.rngue pella boea, em mín não poço (neal,ízação) do aeu mau í¡etí.nto' em fotme
eeplicat Q Sou hã eotoham de paneadae, tanlo qu" opetîa oa ¿l¿toa eacîaooa (que) não tân
Q eahy huã oez do Sobraèlo abacho peiada; pot deacaneo. Iodaa aa noítee ttabalham eem
nezericordía de De eaCapeí. deecazso algum, aegdo pteto teiho e ee ford
A eegunda eetou eu e maie nínhaa patceínae pot nogo, tudo podía a sua noaí¿lade auPortat.
eonfeçat a tree antoa. E huã eníança nínha e Como no auetento do dito, nuíto maL que não
drae naíe pot Batízat. eome farinha que a fazenila faz, ponque aetoe
Pel|,ofi Peço a V.S. pell,o amot de Da. e do Seu pana ajunta? eoñ .a que o ilíto p-to,cuta.dot faz
YaLín'" ponha aoa olhoe em mí.m orilinatih díCe. pcr?a o eeu negõcio, do que pedínilo Lícença o
mandar a Poteutqdor que nande p. a Paz" aoncle íntenceeeor ile V.Sa., não quíz coneentít em
ell,e me titou p- eu ú¿oer oom meu manído e Ba- fotna alguna do que eontrd a orden,, di2e¡do
tízan ní¡ha Fílha que e?a doa eeue eecraltoa. Que eaton)a oe dí-
de \l.Sa. sua eeeraúa toe egcpaooo pdîd o aeu eentiço en aoeat mamo-
EePetanCa gatciat' nd, em deemanehat nandíoea e out?o eeznliço.
Até títou aLgumaa esetaoae pata fíat algodão
Esperança Garcia era u¡na escrava pertencente a uma e dí2, como no ano paeeado, que eut pata (tta-
das fazeirdas ieais que foranr inconponadãs ã Conoa quando balhanen) na fazenda e fez tedea pa,ra o eeu
da expulsão dos Padres .Iesuitas. Ènarn tais pn'opniËdades negõeio è não ten dado eunprímento algum na
adurinist¡'adas po¡r criadores qu vaqueiros, que devÍa¡¡ ze- sua obrígação, não ten cottígído aa ditaa fa-
lar pelos rebanhos, pela escravaria e pelos apetnechos zendas faltando a eua obnígação, tendo o etía-
doz, da Fazenda da franqueí?q certaa ?ezea em
partieulan (e) querendo dat eeta conta a V.Sa.
e falan com out?oa etíadotea, não quíeenam pot
se?en seua aliadoe e V.Sa. eono paí e St. põe
os o|,hos de píedade em Ðe? eetae Lãstimaa po?-
que não tem quem fale por eetea mate que a- mi-
eenicõtdia divina de V.Sa. abaíto de Deue,
Acompanhando o nanusc¡rito de Espenança Gancia, ha- ¡;oie os dítos eecraooe nã,o tãn outro jazígo
via outro documento que esclarece alguns póntos sobre es *e'ão o ampa?o de V.Sa.t'
ta questão: infeliznente não é nen dátado nem assinado,
nas pelo teo¡ e pelo conteúdo, tudo faz cner. tratan-se
de alguém que escreveu em none dos escnavos desta Ins-'
Pecçao.
't'Conte, que
dou a V.Sa. da reeidêneía de
flazarê, que â ptocuradot o Capítão Anto¡ío
Vdeíta do Cout,o: (ele) tírou uma eoc?alta
chanada Eepenança, eaea,da, da fazenda doa
Algoilõee e nõo ten conèedído tenpo al,gun
pata a díta í.t fazet tida aom o oeu matíilo, (1) Arquivo Público do Estado do Piauí, Doc, não class.
oenþ apettøda eom oãníoe- -caetigoe _ten fugí
ilo 9íol" -oâl"íae lte.ee e o díto Caþitão ten Requerimento do escnavo Teodero Candoso ao Gover:nadon,
t5-6-1795.
r06 r07
pr'luÍ coLoNrAL
ETNo-HrsrÓRrA Dos Ínoros oo
r09
ETNO_HISTÓRIA DOS ÍNDIOS DO PIAUÍ COLONIAL
I
de 15x22 cms.
, tratå-se, em
Euåm u Potentados
locais, aças ou a@es
Itl
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rim'
do Rio Preto' comem
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iba'
que se mete no Parnaiba'
s Corerás'
ixo.
Parte'
aíba'
Piaui.
fuariPe.
il barbas grandes'
dé
ue
a
at
espalhavam por estes sertões, havia um øtal de 438 moradores, sendo que
sua composição quanto à cor se apresentava da seguinte forma:
118
ll9
Josão de S9"-9:' Cajueiro.
- 1769:
1770:
ãoþ"t""íba
-
e Urussuí.
descem os Gueguês e Acoroas em número
dg^q
Illllz
¡ ¡r: o""*'"
aldeiadoe' ".:":=:
c.itÉg
- plzes a( ðä;ãä;;pãl p-t *rem
Oeiras ofer-ecer .l^
ilo rio Mrrlnto
Mulato .o*
com
í:"få.i""ãïå:ê";;i" d;e Acoroás'
Amaranæia märgem
'34
Ààio. tt"tnaeões Gueguês r-narcha
1172¡ João do Rego Casælo-Branco
. - "t, ä;;;;h"-"
.-r:^^
'dåil'"ä'å
,¡^ ê^*^*-nhq
"¡,ir"ã"iå""""î
o ê n nflx:ura äe minas à frente de uma
Ê":f'^ 1-*:T¡:tH:
cont¡a;
conr¡a os ururuÚ"" "iiä;ää" "j 9'o9*."
trð -ittäãã"
e¡ngdi$o, I oge o lnolo Äcoruaqõ^'cdrrzi¡:ros
exoedicão.
S' Gonglo e procnra à missão
uv v'
lttï1-:iil^:å.r 'r¡Ð!cv
à
abandonam o seu Pouso e são di:"S:'í;¿ d;b*o (ooie')' São reduziag.* à obediência
" ^"..""r"áã.,
postes no centro da
de outras Povoa@s brasileiras, e 3"""ì; iSi"fir#äå :""ä:l'd;ï";;ä;ii";"ã;';;
îå"3f ';:ilf.ioäiå?,i"i
aldeia.
4rue¡s' e só vem a se
_ 17762 principia a gueFa cont¡a o gentio Pimenteira,
concl os índios Gueguês
São Josão de San
ridos Gonçalo, ficando
ertinta. e Tapacuá'
"*Ï-'- l?93: o Paranaguá é flagelado pelo gentio Tapacuá
122
L23
urr c@t. Flry
o Govet¡o dli
l8l0-
-å -.-,,owln ân M¡m åe G¡lucio
125
124
os iNpros E A pEcuÁRrA NAs FAZENDAS DE cADo Do
PIAUI COLONIAL (+)
I
O Piauí, diferentemente do que aconteceu com as demais Capitanias
do Nordeste, só foi conquistado nos fins do século XVII: noanode 1674,
Domingos Afonso Sertão, português nascido em Mafra, "descobre e powa o
Piauí, com grande risco de sua pessoa e considerável despesa, com o
adjutório de Sócios" r. De acordo com a Corografia Brasílica, de Aires de
Casal, o "lVlaûense"
S, Francisco e quere
índios do sertão, ass
poasessOes semelhantes, empreendeu a conquista de paræ dos s€rtões sih¡ados
ent¡e o rio Pa¡naßa e a selra da Ibiapaba z. A conquista desæE novos
ærritórios até então desprezados foi resultado do processo de expansão da
economia açucareira, ca¡ent€ de ngvos espaços para desenvolver a criação
de gado bovino e cavala¡ ¡. Possuindo grande parte de seu território ocupado
pa
po
da
po
o curral e açougue das á¡eas canavieiras ¿. Como muito bem relatava o
gião, "conside-
do gue gado e
m-sele gados e
r27
da mesma cidade 8léguas Pa¡a a Pa
'att t?.
r29
128
uegu¿Il¡l(los Delos seftanelos com o D.oltlê flfìrmum fle liemelâ¡-
I
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BIBLIOT€Cj- i
HISTORIA - FFLCH .i
J
r42 F.
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ã-JmO-, gon eté l8l0'
-"odo'a
124
t25
OS iNpIOS E A PECUÁRIA NAS FAZENDAS DE GADo Do
PIALIICOLONIAL (t)
I
127
da mesma cidade I léguas Para I Pa
ento e nem ainda subsistem' porque os
ia" t?.
r29
128
designados pelos sertanejos com o nome
apenas um resto destå colônia, antþame
vþário, conståva apenas de umae I20 pe
origem sem mistrua, Certas doença.s, sobretudo ae bexþas, havi¡¡m dado
cabo de muitos. Out¡os desde muito tinham regre'ssado a seus velhog retiroe.
aqui em ahstraþ iaércia, a
ffï3,"JiJffff:m#;r,:
reforça¡am a nossa convicção de que se deve considerar rara exceção uma
feliz æntativa de coloniza¡ indígenas. Essa convicção é t¿nto mais ænrlvel ao
filantropo, pois essas
sacrifício de vidas h
uma uibo de índios,
úteis ao Estado, isso quase nunca se faz sem guerra prévia, cuja rude labor dos engenhos":u,
conseqüência é a submissão da tribo. Assim, a tribo ou oe membroe dela que
se renderem dianæ da superioridade do adversário, abandonam o seu por¡ro Os dados reproduzidos em páginas anteriores revelam que raríssimas
e são reunidos numa aldeia, em geral distånte dae out¡ae povoagões vezes os colonizadores conseguiram estabelecer w ¡nadus uiuendi pacífico
brasileiras, e ali ficam sob a inspecçãoie um diretor, nomeado pelõ governo, com os aborígenes: mesmo quando_reduzidos em aldeias missionadas, parte
por vezer com a cooperação do principal, escolhido no Eeu meio. Trabalham dos índios fugia para seus anùigos retiros, os rert¿nter, conforme
na lavou¡a e são instruídos na fé cristã por u¡n eclesiástico. Que frutos acruadamente observa¡am os naturalistås alemães já citados, vagavam pela
produzirá tilo violenta operaçþo, não é difícil prever. Exige-se do lndio aldeia em abstrata inércia finando no mais lúgubre abastsrdamento físico e
imediata renúncia a todos os reru, hríbitos, tendências e costumes nativoe, e moral. A violência foi a tônica do cont¿cto inærétnico. A violência é que foi o
ainda a submissão âs leis e a uma religião que eles desconhecem. A modus oioendi desta sociedade. Violência de ambas as partes: quando o
conseqüência fatal é que os mais rerclutoe combinam enre si eecapar, logo Governador do Maranhão, Maia da Gama, passou pelo Piauí, declarou
que lhes for possível, ao intolerável constrangimento e os rertanter perma- gstupefato que "tendo eu corrido todos os domínios do Reino, em Portugal,
ûecem coino, estranhos, .sem se aeeimilù no meio dos brasilehos e Ee vão India e Brasil, rie parece que não achei em parte aþurna aondé'os vassalos
finand " lB. experimentassem de outro vassalo mais violência" z¡. O Pe, Miguel de
aspectos do contacto Carvalho referia-se igualmente aos índios desta terra como "or mais bravos e
entre mot a tegurr mars guerreiros que se acharam no Brasil" ,¿¿. Como esperar uma convivência
especificamente como se deu a utilização da mão-de-obra indþena nas pacífica no confronto de grupos tão violentos e com interessee e estilos de
tazendas de gado du¡ante os séculos XVII e XVIII. vida tãc diferentes? Antagonismo que por vezes, em pleno século XVIII,
chegou a ameaçar a própria continuidade da colonização: nos ar¡os de 17ll-
II por uma destruidora horda de
índio doméstico escapado das
u um verdadeiro terror para os
fazendas. Muitos foram os brancos que tiveram de se retira¡ para outras
bandas mais povoadas a fim de fugirem da agressão mortífera doe íncolae zs.
Por volta de 1747 são os índios Gueguês os auto¡es de novae e perþosas
o palavras do Ouvidor Gera
além de terem morto mais de
uído muitas casas e fazendas,
130 l3r
ComposiçãodapopulaçeodoPiauísegundoacor-etniz]697-1772
1697 r772
( 35,3%l
(\ 5,9%l
155 3205 16,7%l
Brancos
Índios 59 ( 13,5%) l13I
2r0 I 48,0%l 6343 ( 33,0%)
Pretos
Mamelucos r354 I 7,0Yol
possíiel
-invasão
à invasão do seu ærritório... Os grupos que mais se opuseram à
Mulatos 4 | 0,9Tol 4050 I 2l,LYol
foram trucidados, sendo os sobreviventes apresados como escravos
Mestiços l0 I 2,3%l 3r08 ( 16,3%l
para os canaviais da costa ou para reforçar a população das missões 438 ll00,0%) 19191 {t00.0% I
Total
11
133
Em 1697 o Piauí não era nada æ pioneira de
vaqueiros: a unidade de ocupação do dg g_ado-ls. O
padrãotípico de povoamenio é extr % dos fogos'
iazendaJdo Piauí1ram habitados ap branco acom'
r¡¡n dos domiciliários, tal documento conetitui peça de primeira grandeza
æs aspectos sociais, econômicos e
a e sobre a qual tantos axiomas
do, vejamos como se compunha
Brancos æ2 ( 36,7To
Indios l0t ( 4,2To
temos:
Pretos liwes 49 I 2,0To
Mamelucos 4 I 0,ITo
indios residentes nas fazenilas (16971 Mulatos Liwes t5 ( 0'6T0
Mestiços Livres 3l ( I,37o
Número de indios No. de fazendas Escravos 1324 ( 55,l%o
Tot¿l 2406 ll00,0To
t 20
2 4 Infeliz
J I com que o
4 5 grandemente
o I isentoe da escravidão, a população de escravos devia cert¿menlê compor-se
de pretos e mestiços de diferentes fenótipos. Assim, se concentrarmoì esta
Total 59 3l
amosta em åpenas três categorias, teremos:. 4,2Yo de índios, ?6,77o de
brancos e 5l,9To de mestiços portadores de variegados fenótipos.
O padrão mais repetido de composição domiciliar das fazendas com Do total de tOl Índios residentes nas fazendas, 52 eram do sexo
índios era viverem na mesma casa (casebre seria mais acertado) um branco ¡¡.¿s6rrline, 49 do feminino. Viviam dispersos em 59 fogos, esta¡¡do mais da
vaqueiro, um escravo negro e um índio ou uma índia. Embora o Pe. metade concent¡ados nas ribeiras do Parnaíba e do Itaim. Os índios estavam
Carvalho não esclareça se os indios e tapuias das fazendas eram escravos ou presentes, portanto, em l9,5To dos fogos da capitania. Das 59 fazendas
livres, apesar da existência do Alvará de 1680 que proibia reduzi¡ à poseuidoras de silvícolas, 40 abrþavam apenas I índio:; 9 lazendas, 2
escravidão os silvícolas, tudo faz crer quc de fato os únicos liwes nest¿ índios; 3 fazendas, 3 índios; 3 fazendas, 4 índios; 2fazenð.as 5 índios. As 2
sociedade deviam ser os brancos. E mesmo estes não gozavam tot¿lmente de fazendas possuidoras do maior nrí,rnero de íncol¿s abrþava seis indivíduos
suas liberdades, pois a mai,or parte dos vaqueiros eram rendei¡os que deviam cada uma: na fazenda da Gameleira, situada no Baixo Canindé, viviam ao
pagar I0 réis de foro por cada fazenda ou sítio anualmente aos proprietrírios todo 15 pessoas, entre vaqueiros, escravos e indios. Os 6 índios formavam
absenteistas, motivo aliás de constantes queixumes e atritos entre os traba- apenas r¡ma família: um casal com 4 filhos. Na lazenð.a Canabrava, na
lhadores e os donos das terras r;. A propriedade que abrigava o maior Ribeira do Piauí, viviam exclusivamente índios, sem outros domiciliários:
número de silvícolas era a fazenda Mocaiùi, pertencente ao Capitäo José um casal e mais 4 indígenas sem relação parental declarada. Não
Garcia Paz, cujo vaqueiro Manuel Leitão Arnozo se flazia acompanhar de observamos nenhuma regularidade na relação entre o número de habitantes
nrais 4 índios e 4 indias rr. Do total de 3l fazendas que possuiam ameríndios, não índios de uma propriedade com o número de índios ai existenæs: eles
em 19 viviam indios do sexo masculino, de modo que a rigor, apenas l4,7To aparecem indistintamente em fazendas com poucos ou com muitos
das propriedades do Piauí é que contavam a moradores. Nota-se, todavia, sua frequência relativamente maior nas
(potencialmente) empregada no pastoreio. Em o fazendas possuidoras de escravos: TlTo das fazendas com índios possuiam
amerindia (masculina) ocupada nas fazendas d o também escravos. Do total de 59 fogos que abrigavam índios, em 25 havia
XVII representava tão somente 9To da mão-de-obra economicamente ativa. um ou mais represent¿ntes do sexo masculino, em 17 só indias. Em 42 fogos
Popula@oirrisória se comparada conr os escravos negros: 50,77o da havia índios-homens (incluindo-se neste número os lares gue além de um ou
população masculina. rnais índios possuiam tåmbém mulheres índias), de maneira que apenas I3,9%
134 135
vej"-es a seguir como E€ distibuiiam os índioe nas fazendas d"_s"go..
p"tr t b.*"-õ-oo" ouma relação nominal de habitanæs, o citado.Rol
"iä.
ile Desobriga que cobre a tot¿lidade
Mocha, a s,?dé da capitania. Trata'
seguindo
sr, devia
tódo' os diå%ïf#åä:'å:i.:
e comunhão. Esæ Rol, o
136 137
acompanhados de 4 tapuias: Domingas, Joana, Lcona¡da e Antônio
como mão-de-obra. Além disto, nossos dados estatísticos comprovam
Carvalho
- infelizmente
ou não a¡rarentados.
o documento nõo menciona se tais indivfduoe eram
Como o vigário, autor deet€ Rol, coetuma sempre
declarar o parentesco de seur fregueeee, provavelmenæesæg
I
Antônio José dc Moraie DnrÁor]i7fi2'Arquivo Hiìtórico
[Ilua¡n¡ri¡o (Lxs')' Pisui' Caix¡
ri¿cho que enEa na Parnaíba: Cupequacas e Cupicheres;
- Num
No rio Me¡rim: Gutamês e Goüae;
- Naa cabeceiras do Rio Preto: Anicuás;
- No rio Pa¡naíba: Aranhês e Goarás;
- mais abaixo Aititeæus, mais
- ñ'--Ã"t,"flo""æ do Pa¡naíba: Corerás,
abaixo, Abetiras e Beiræs;
rio Moni, Macamasus;
- No
Na ba¡ra do Parnaíba: Tramambés;
-
Econômicas, Ci¡ Ed' f[¡si6nql' S' Paulo'
de criação de gado''.
-vol.2.t.tü2.
'Braeilii'" vol. lfi)'A
se não
fl#;
com a
ortografia do documento original.
NOTAS eito de
{f) Carvalho, Pad¡e Miguel, "Deccúçlo do Sertão do Pi¡uí remetida eo llmo e des p.
Rvm" hiei- , 5{)-
Fra¡cisco'de Lima, Èiepo de Penrambuco", in Ennes, Erneðto3 As Gue¡ras
ica, Ed. Univereidadc de S. Paulo Liv. eê do Pirul" ll772l,oP' cit', fl' l8'
ica do BrasíI, Editora Fr¡¡do de'lJultura,
141
140
(45)
- I¡.refi^e
encarrqiadoe;;ätuî;"ifd""ïå*¡#îtrtr*ff
crtz que eDaDr oe ,'"*i.Æ*-l¡d..,",ffiTïr..:",fi
sÍrvÍcors. excele¡tes p"o";;-;;ã;8,tros na arte de laçar e de t¡abalhæ
:#eñÆËåTHJi:Ëi{ätrjiffi
preparaçõodeca-mee
.åädo-osoos..'¡ia;t"äiã,i,¡,,a"-.
eæ
l;*i+"*n-***#
F*frr"çim*mi'ç#fr;ffi-l,:itÈiffi $fgS-
ryæ;#H$trmYlîþi":tråïdîîffi
empregadoe
apàas n¡ fi
""ñ;il,õiö;Ë$diloiËtriff"sl;1ßîLå*"1
de 2I0 rangedore" ocupaâãe oa"
."¡ir¿¡L" ríËãiî¿"'j
¡ø¡-:-*Ëñ,fi Ëi.treizi;;;.îjîï"dLîït;iïîj:r,:oX}""quando
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sug- e¡e que r¡r frontei¡¡e
de expanóão pastorit-.L-vìol
a¿î"¡ïLî.ËJ'-ääi..,"oioi"¿iãìå-ã,;;ä',:_åTå:.:9.-.ffi
luta pele conquiera ¿*
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¡6r-lid¿{¿ dos Àruoos iraig"""" 'oìË,"o
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q"ã ;ffiil. arenua'_te e ulvez o
como diferenreimeite d" ;ï"; p;;.ã";ãî_"ii#¡.fras, iaõ'ae que
o pÍaui só foi conquisrado
ä:tT#ff iyJ',*H,""gnimi'm*si.Ë'.o"ú-p;;;;1,;"-ä1.g"..,
Jrilio césar: Indíoa e c'iado'o' Monografias do
¡""1å1'tro-tillf' I. c. s., Rio de
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r*+-d*,#¿d+¿roelí*r-1rir I
fu *ug+l¡äç""ry;]+'ç**îurrig;'"i,ffi
e'cravos. supomoì que fossem rempne ¡ec¡urados
.oiï-.."i."#.t-t:i,".1i:9,1"9
F:fl å;*-riÊå¿r'xïä;,ffi;ii"'r"ffiiî#åË."Jåi'iåï"{":#r"i;
fazendas de criacão assim *ù;.-á;g;iîäî..".
responsáveis principais le"fi. p.op;edades na quaridade de
ås vezes ,ir,i"ã31 pãÃ'tî¡"rrlro.. A presença
vaqueiro' é conñrmada ier¡¡rmente n¡e fazeid* i. ."."r"rs
sp€nc." LeiÞnar. 'srere-cowboyr-ir-rlt ä;ËtiãJ ã".ãten^"ias do Rio Grande do Sur: cf.
Reoista d.e Hi',tör¡a- vor. r,I., or,ro,,rhern Brazir, re'¡ltso..,
""'ior, rõ?i,î.*lsîäì.
vaqueiros em out¡oÁ o¡"".lltiìo--iì"ïäå; ÞobF " ocorrência de escravos
v."'.'rir.l., Cul¡a) e mesmo na Luìsiana.
cf, nota 2 destemeemô
f
"tt¿o.
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HISTORIA - FFLCH
I42 I
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