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Capítulo 8 - A Chegada Da Familia Real

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CAPÍTULO 8 - A CHEGADA DA FAMÍLIA REAL E EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL

A vinda de D. João para o Brasil


- O imperador francês Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Continental que o príncipe portu-
guês D. João desobedeceu
- As tropas de Napoleão invadiram Portugal, precipitando a vinda da família real para o Brasil.

A interiorização da metrópole
- Com a mudança da Corte para o Brasil, o Rio de Janeiro substituiu Lisboa como sede
do Império Português
- D. João e sua Corte estabeleceram uma aliança com a elite de São Paulo e do Rio de Janeiro
(por meio de negócios, por meio de casamentos e de empregos concedidos por D. João aos mem-
bros da elite)
- levaram ao enraizamento da Corte portuguesa e ao seu desejo de permanecer no Brasil

A abertura dos portos


- D. João ordenou a abertura dos portos brasileiros ao comércio com as nações amigas, cumprindo o
acordo feito com a Inglaterra.
- A abertura dos portos significou o fim do exclusivo comercial metropolitano
- Para a Inglaterra, a abertura também foi vantajosa, pois agora poderia vender suas mercadorias di-
retamente para o Brasil.

O Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra


- D. João assinou com a Inglaterra o Tratado de Comércio e Navegação (1810): dizia que, para en-
trar no Brasil, as mercadorias inglesas deveriam pagar um imposto de 15%; as portuguesas, de 16%;
e as de outras nações, de 24%.

A administração joanina
Com a vinda de D. João, a cidade do Rio de Janeiro recebeu uma série de melhorias:
Brasil:
1808 - Imprensa Régia, publicadora do primeiro jornal no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro
Banco do Brasil, primeiro banco brasileiro
Real Horto, atual Jardim Botânico
1810 - Academia Militar e da Marinha
Real Biblioteca, atual Biblioteca Nacional
1813 - Real Teatro de São João
1816 - Academia Imperial de Belas-Artes, atual Escola de Belas-Artes da Universidade Federal do
Rio de Janeiro
1818 - Museu Real, atual Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro

nteressado em permanecer, em 1815, D. João elevou o Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
No ano seguinte, com a morte da mãe, dona Maria I, tornou-se rei, com o título de D. João VI.

Insurreição Pernambucana (1817)


- D. João fez melhorias na cidade do Rio de Janeiro e ofereceu trabalho e apoio à elite do Centro-
Sul, isso tudo a um custo muito alto: os habitantes das terras brasileiras tiveram de pagar cada vez
mais impostos, o que gerou uma insatisfação generalizada no país.
- Em Pernambuco, além de reclamar dos impostos, a população criticava o controle dos portugueses
sobre o comércio varejista e a preferência dada a eles quando havia promoção de militares. Em
1816, a insatisfação na província cresceu por causa de uma seca que prejudicou a produção agríco-
la, gerando aumento no preço dos alimentos e fome nas cidades.
- Inspirados pela independência dos Estados Unidos, rebelaram-se. Expulsaram de Pernambuco o
governador e proclamaram uma república separada de Portugal e do Rio de Janeiro. Em seguida,
formaram um governo provisório com pessoas de diferentes grupos sociais.
- O novo governo de Pernambuco:
• criou uma bandeira própria;
• aboliu vários impostos;
• aumentou os salários dos soldados;
• adotou a liberdade de imprensa e a tolerância religiosa (embora a religião católica fosse a oficial).
- Os líderes da rebelião de 1817 discordavam quanto a extinguir a escravidão, fato que enfraqueceu
o movimento.
- A República Pernambucana durou apenas 74 dias: o governo de D. João VI enviou soldados e na-
vios de guerra que reprimiram e venceram a rebelião. As penas dadas aos líderes de 1817, como Do-
mingos José Martins e o carmelita Miguel Joaquim de Castro, foi morte na forca por crime de lesa-
majestade.

A Revolução Liberal do Porto


- Os portugueses que tinham ficado em Portugal reclamavam do absolutismo, da perda do
monopólio do comércio brasileiro e da ocupação militar inglesa. Essa insatisfação explodiu,
em 1820, em um movimento conhecido como Revolução Liberal do Porto ou Vintismo.
Os revolucionários portugueses convocaram eleições para as Cortes Constituintes. A
maioria dos deputados das Cortes decidiu que D. João VI devia voltar imediatamente para
Portugal e com seus poderes limitados por uma constituição.
Pressionado pelas Cortes portuguesas, D. João VI resolveu voltar para Portugal. Antes disso, po-
rém, deixou seu filho Pedro como príncipe regente do Brasile, assim, garantiu para sua família o
controle do rico território brasileiro.

A emancipação política do Brasil


- Em 9 de janeiro, D. Pedro recebeu um manifesto com mais de 8 mil assinaturas pedindo que ele fi-
casse no Brasil, e ele concordou em ficar. O episódio é conhecido como o Dia do Fico. Em 4 de
maio, D. Pedro determinou que qualquer ordem vinda de Portugal só seria obedecida com o seu
“cumpra-se”. Em 1 de agosto, D. Pedro assinou um decreto que declarava inimigas as tropas milita-
res enviadas de Portugal sem o seu consentimento. Com isso, ia ganhando corpo, entre a elite do
Centro-Sul brasileiro, a ideia de independência
- Em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, em São Paulo, D. Pedro recebeu du-
as cartas: uma das Cortes portuguesas e outra de José Bonifácio. A carta das Cortes anulava seus
atos no Brasil e ameaçava fazê-lo regressar à força. Seu objetivo era que o Brasil voltasse a ser Co-
lônia.
- A carta de José Bonifácio dizia que ou D. Pedro voltava para Portugal como prisioneiro das Cortes
ou proclamava a independência. D. Pedro escolheu romper com Portugal, fato conhecido como
“Grito do Ipiranga”. O Brasil conseguia, assim, sua emancipação política.
- A emancipação política do Brasil foi liderada pela elite do Centro-Sul (sobretudo São
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), interessada em manter a liberdade de comércio,
ampliar a autonomia administrativa e conservar seus privilégios.
- Se manteve a monarquia, a escravidão e as restrições ao exercício da cidadania

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