Sintese Projeto - Pedagogico Unicamp 2022 - Compressed
Sintese Projeto - Pedagogico Unicamp 2022 - Compressed
Sintese Projeto - Pedagogico Unicamp 2022 - Compressed
• Apresentação 03
• Estrutura Administrativa 09
• Estrutura física 31
2
Apresentação
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996: “Os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar
e executar sua proposta pedagógica...” (Art. 12)
Projeto Pedagógico é a proposta de trabalho elaborada para alcançar o objetivo do Curso. Ela é o
resultado da reflexão feita em conjunto pelos envolvidos com o processo ensino-aprendizagem.
De acordo com VASCONCELLOS (1995) o projeto pedagógico é um instrumento teórico-metodológico
que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, de uma forma refletida, consciente, sistematizada,
essencial e participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita (re)significar a ação de todos os agentes da
instituição. O projeto pedagógico deve possuir duas dimensões; a política e a pedagógica. Para ANDRÉ (2001) o projeto
é político no sentido do compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade e para VEIGA (1998) é
pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo.
A Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), procura em
seu Curso de Graduação em Medicina, estimular uma reflexão constante sobre a formação do médico, como o perfil do
profissional a ser formado, as competências a serem desenvolvidas, a estrutura curricular, a metodologia de ensino, os
recursos disponíveis para o bom desenvolvimento das atividades e demais aspectos para a excelência do ensino médico.
Todas as ações realizadas são tomadas em conjunto com os representantes docentes e discentes,
como este Projeto Pedagógico proposto, que é o resultado do trabalho desenvolvido. Relatamos aqui a história da
FCM/Unicamp, o perfil proposto para a formação do aluno, a estrutura administrativa, a proposta curricular de ensino, o
sistema de avaliação da aprendizagem, a estrutura física, os programas de apoio ao estudante e internacionalização e
os indicadores de qualidade do curso.
Esperamos que a execução prática deste Projeto Pedagógico permita oferecer a qualidade de ensino
aqui proposta para os futuros médicos formados na Unicamp.
3
História
Vários locais foram cogitados para ser sede da Faculdade, mas, durante quatro anos,
ela só existiu no papel. Em 28 de dezembro de 1962, a Lei Estadual 7655, assinada
pelo governador Carlos Alberto de Carvalho Pinto criou a Universidade Estadual de
Campinas - UNICAMP, e em seu artigo 29, incorporou a ela a Faculdade de Ciências
Médicas. Para a direção foi nomeando o Professor Antônio de Augusto Almeida,
também por ato do Professor Cantídio de Moura Campos, Reitor da Universidade,
publicado em março de 1963.
Em 20 de maio de 1963 foi proferida a aula inaugural do 1º ano médico, numa sala
improvisada no inacabado Edifício da Maternidade de Campinas, que após
negociações e, por um curto espaço de tempo, cedeu à Faculdade seus três primeiros
andares.
4
No período compreendido entre 1963 a 1966, a Universidade enfrentou graves problemas de verba, porém o Curso de
Medicina continuava em franco desenvolvimento, o que levou o Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo
a ter seu interesse voltado para a Universidade e a vislumbrar a possibilidade de expandir o número de cursos oferecidos.
Para isso nomeou uma Comissão, coordenada pelo Prof. Zeferino Vaz, que também foi nomeado Reitor da Universidade,
incumbida de elaborar um estudo aprofundado sobre sua situação administrativa e prosseguir a instalação e organização
da Universidade.
Iniciou-se, então, uma nova etapa da Universidade Estadual de Campinas que culminou com sua inauguração oficial em
1967, reunindo vários Institutos, Básicos e outras Faculdades, entre elas a Faculdade de Ciências Médicas, que em 20
de abril de 1970, foi reconhecida oficialmente pelo Decreto Federal no. 66.465.
A Faculdade funcionou na Santa Casa de Campinas até fevereiro de 1986. Em 01 de março de 1986, transferiu-se para
instalações próprias, ainda que um pouco diferente do que havia sido previsto. Contou inicialmente com apenas um
bloco de três andares, num total de 1.200 m2, onde foram instaladas a Diretoria e a área administrativa, incluindo as
Comissões de Graduação, Pós-Graduação, Residência Médica, Pesquisa, Informática e de Contratos Docentes. As outras
Áreas ocupavam salas espalhadas no Hospital de Clínicas. No final de 1988, a FCM já possuía uma área física de 5.000
m2.
A transferência da Faculdade para a Cidade Universitária foi muito benéfica. Inseri-la no contexto da Universidade e ter
condições de agrupar a maior parte de suas áreas permitiu maior integração e agilidade no encaminhamento de papéis
e processos.
Atualmente a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) conta com uma área aproximada de 40.000m2, divididos em 16
prédios, com áreas destinadas a Departamentos, Laboratórios, Biblioteca, além das áreas para as Seções de Apoio
Administrativo e Operacional.
A FCM é composta não só pelos cursos de graduação em Medicina e Fonoaudiologia, mas também por cursos de pós-
graduação e por quatro grandes unidades de saúde: o Hospital de Clínicas, o Hospital da Mulher “Prof. Dr. José
Aristodemo Pinotti” (C.A.I.S.M) , o Hemocentro e o Gastrocentro. De renome nacional e internacional, o complexo de
saúde da FCM possui 16 departamentos, apresentados de forma mais detalhada nos capítulos a seguir.
5
Perfil do profissional
6
De acordo com o Conselho Nacional de Educação (2001), por meio da Resolução CNE/CES4/2001:
Com base nessas recomendações e nas inovações propostas com a reestruturação curricular, o perfil
do profissional a ser formado no curso de Medicina foi atualizado em 2019 e está apresentado na figura a seguir:
NDE-2019
7
A FCM/UNICAMP utiliza-se deste perfil definido para subsidiar as mudanças curriculares necessárias e,
portanto, sua redação foi construída com base nas competências e habilidades que se espera de um profissional médico.
A partir destas características a estrutura curricular procura desenvolver o potencial do aluno com qualidade e seriedade,
fazendo do curso, uma referência em ensino médico.
8
Estrutura
administrativa
9
O corpo docente do Curso de Medicina é composto por professores doutores sendo 80% em regime de dedicação integral
e exclusiva à Universidade e 20% atuando em regime de tempo parcial. Esses professores estão distribuídos em 16
departamentos que foram criados ao longo da história da Faculdade. Cada um dos departamentos possui representantes
na Comissão de Ensino de Graduação que tem como objetivo coordenar e supervisionar o curso sob a presidência do
coordenador do curso e demais comissões e/ou grupos de estudo criados com abordagem específica e de acordo com a
demanda da Coordenadoria. Atualmente os departamentos da FCM são:
Para a gestão do ensino médico a Coordenadoria conta com o Núcleo Docente Estruturante que possui como objetivo
zelar pelo cumprimento do projeto pedagógico e das Diretrizes Curriculares Nacionais, além de desenvolver estudos
relacionados à Educação Médica que promova ações de melhoria na qualidade do ensino.
A Coordenadoria do Curso conta também com o Núcleo de Avaliação e Pesquisa em Educação Médica que tem como
objetivo: I. coordenar as avaliações docentes e discentes referentes às atividades do curso e dos módulos de ensino; II.
coordenar as avaliações dos programas para dar subsídios às atividades de Desenvolvimento Curricular; III. desenvolver
estudos de avaliação da aprendizagem, avaliação docente, avaliação discente, avaliação de egressos; IV. subsidiar as
Comissões de Pós-Graduação stricto-sensu e lato-sensu no processo pedagógico e de avaliação continuada; V.
desenvolver parcerias com Instituições relacionadas a Educação Médica e afins para propiciar colaboração técnica e
científica; VI. promover programas de desenvolvimento para atuação docente; VII. desenvolver projetos de pesquisas
em Educação em Saúde.
Atuando em conjunto com a Coordenadoria do Curso, a Comissão de Apoio ao Estudante - CAE e o Grupo de Apoio
Psicológico ao Estudante de Medicina - Grapeme, participam ativamente da gestão auxiliando o estudante desde a
adaptação à vida universitária até aos demais aspectos emocionais que surgem durante a sua trajetória acadêmica. Este
serviço de apoio conta com psiquiatras, psicólogos e demais especialidades que possam proporcionar o suporte
necessário ao estudante.
10
Proposta curricular de
ensino
Este movimento de repensar o ensino teve início com um grande seminário que envolveu
a comunidade acadêmica em discussões que culminaram com a certeza da necessidade e
urgência em mudar. As transformações requeridas ultrapassavam o modelo pedagógico,
exigiam estratégias de ensino que propiciassem despertar no estudante a necessidade de
capacitá-los para a busca de novos conhecimentos. A atuação do Corpo Docente seria
estendida para a formação de um profissional ético, humano e responsável.
11
O currículo integrado propicia a visão clínica do paciente como um todo, permite que o estudante se responsabilize pelo
paciente, crie vínculo com as equipes de saúde e entenda o Sistema Único de Saúde, vivenciando e participando dele.
A discussão para as mudanças curriculares na nossa escola veio ao encontro das necessidades apontadas pelo Relatório
da Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM), trabalho este, cuja avaliação buscava
a melhoria do ensino médico. Nas recomendações geradas pela CINAEM, a diversificação dos cenários de prática,
integração ensino-serviço com os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), atuação prática mais cedo do
estudante nas comunidades ou nos serviços (integração ensino-serviço-comunidade), também compunham algumas das
diretrizes do currículo proposto pela Comissão de Reforma Curricular instituída pela Faculdade para ser a responsável
pela implantação e acompanhamento do novo currículo.
No modelo proposto, a integração básico-clínico proporcionou o desaparecimento das disciplinas, com o surgimento dos
módulos do qual fazem parte as diferentes áreas de conhecimento que, integradas com a parte clínica, abordam o
paciente de forma integral, com a sua biologia, suas doenças, seu contexto de vida e seu emocional, sendo esta a Ciência
da Vida.
Para alcançar os objetivos propostos houve uma grande preocupação com a integração ensino-serviço na atenção básica,
secundária e terciária. Diante da estrutura física e humana disponível para o desenvolvimento das atividades e,
considerando o perfil do aluno a ser formado pelo curso, optou-se então por elaborar um currículo com eixos integradores
que norteiam módulos de ensino interdisciplinares.
A integração básico-clínica e básico-básico (horizontal e vertical) foi um dos grandes desafios da mudança curricular que
vem sendo constantemente discutida, reavaliada e reformuladapela Comissão de Desenvolvimento Curricular.
Com a integração do ensino básico com o clínico, o Internato que definimos como treinamento em serviço, teve início
no quarto ano do curso com a inserção do estudante na prática clínica e cirúrgica, já atendendo o paciente, realizando
diagnósticos e propondo tratamentos das doenças mais prevalentes na comunidade. O módulo Atenção Integral à Saúde
permite ao estudante que ele crie vínculo com seu cliente, atenda a família em contextos diferentes, crie
responsabilização e aprenda a trabalhar em equipe.
Para atingirmos o objetivo de formar um médico geral, com competência técnica, ética e humanística; capaz de trabalhar
em equipes, incorporar a tecnologia e ter espírito crítico e transformador em relação ao sistema de saúde, respeitando
o contexto socioeconômico e a autonomia do paciente, tínhamos que inserir este estudante em um cenário real, para
proporcionar-lhe a oportunidade deste aprendizado.
A integração ensino-serviço e a ampliação dos cenários de prática começam no primeiro ano com o módulo “Ações de
Saúde Pública”, em que os estudantes são distribuídos em cinco grupos de dez a doze com um supervisor docente em
dez Unidades Básicas de Saúde, onde realizarão um trabalho de contato com a comunidade, fazendo diagnósticos sobre
a população. Este módulo visa a construção do conhecimento por intermédio de um trabalho didático que opera, partindo
da experiência em campo, das vivências e das concepções prévias dos alunos. Por meio do trabalho tutorado por docentes
junto a um território de saúde de Campinas, as concepções prévias são problematizadas para se aproximar deum novo
patamar de teorização. O módulo é concluído com a apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos grupos.
12
No segundo ano do curso médico, o módulo “Saúde e Sociedade” possibilita ao aluno estabelecer um diálogo significativo
para compreender os fenômenos relativos à saúde, sejam àqueles que dizem respeito aos processos de adoecimento
das pessoas, sejam os que se referem aos diversos modos pelos quais as pessoas são assistidas em seus problemas. O
processo saúde-doença, a organização das práticas de saúde e as políticas públicas em relação à saúde são os eixos
básicos privilegiados para a análise da articulação saúde e sociedade. Todo o processo de pesquisa ocorre em cada grupo
de alunos com contato permanente dos professores, auxiliares didáticos e alunos com os profissionais de nível central,
distrital e local da Secretaria da Saúde de Campinas (SMS). A escolha dos temas responde ao mesmo tempo à demanda
da SMS, e às necessidades de formação dos alunos, futuros médicos. Cada um dos cinco grupos de alunos, nos quais se
divide a turma, trabalha junto a um dos Distritos de Saúde da SMC. “Epidemiologia e Saúde” apresenta aosalunos os
principais conceitos de epidemiologia descritiva que permitem a compreensão do papel e da relevância da epidemiologia
para a saúde pública e na atenção ao paciente.
Os dois anos iniciais do curso contemplam os módulos de “Iniciação à Prática de Ciências” que visa valorizar e estimular
o aluno frente a prática crítica da Medicina e à permanente necessidade da formação continuada durante sua vida
profissional, com critério, profissionalismo e ética. No segundo ano o IPC tem como conteúdo programático a
No quarto ano, o módulo “Atenção Integral à Saúde” visa contribuir para a formação geral do médico, por meio do
desenvolvimento do raciocínio clínico, da compreensão do processo diagnóstico e terapêutico e da prática da relação
médico-paciente, da responsabilização, em situações de atendimento primário em saúde da criança e do adolescente,
da mulher, do adulto e do idoso. Um dos principais objetivos do módulo é o atendimento médico na rede básica do
Sistema de Saúde, permitindo-lhe a percepção e análise crítica do sistema atual e que ele perceba a importância e a
possibilidade concreta de se realizar atenção à saúde da população com qualidade.
Em termos da atenção individual, a ênfase está nas doenças de maior prevalência para todas as faixas etárias. Estas
doenças, embora constituam o campo fundamental de atuação do médico, após sua inserção no mercado de trabalho,
têm sido cada vez mais esquecidas durante a sua formação, tradicionalmente centradas no contexto hospitalar. Colocar
o aluno em contato com esta realidade é um dos objetivos do estágio.
A disciplina visa preparar o aluno para realizar anamnese e exame físico completos do paciente, registrando as
informações de modo claro, valorizando os dados relevantes para cada caso. O aluno é também habilitado à:
• Indicar condutas diagnósticas e terapêuticas para as situações mais comuns na prática médica.
• Realizar prescrição sob supervisão, reconhecendo a importância da adequação da dieta e das
doses de medicamentos à idade e à massa corporal do paciente.
• Integrar os processos diagnóstico, terapêutico e propostas de seguimento para os casos que
acompanhe.
• Realizar atendimento domiciliar e elaboração de projeto terapêutico inter-profissional.
• Acompanhar e registrar a evolução de uma criança normal (puericultura) ou doente,
reconhecendo quais as informações importantes que devem constar das anotações para o
acompanhamento do caso.
• Realizar propedêutica específica ginecológica, mamária e obstétrica, incluindo interpretação dos
exames subsidiários mais utilizados na especialidade.
13
• A exercitar o raciocínio clínico em ginecologia e obstetrícia, utilizando elementos de anamnese,
exame clínico e subsidiários, e considerando as inter-relações com o ambiente onde a mulher está
inserida.
• Atenção integral à mulher, incluindo educação para a saúde, nas situações ou síndromes clínicas
mais prevalentes em atenção primária à saúde: gestante de baixo risco, mulher na menopausa
ou perimenopausa e mulher com queixas ginecológicas ou buscando assistência em saúde sexual
e reprodutiva.
No quinto e sexto ano as atividades correspondem ao internato I e II respectivamente. Desde o início do processo de
reestruturação em 1998, as discussões sobre o Internato tiveram como metas o aumento da carga horária de
emergência, a capacitação prática intensiva e a integração de conhecimentos das diferentes áreas, conhecimento e
vivência de gestão e planejamento em saúde, além de permitir o compartilhamento escola/comunidade, pautados pela
valorização de princípios éticos e humanistas.
O ensino do Internato acontece permitindo que, durante o último ano, o aluno esteja apto a tomar decisões e a participar
de forma efetiva nos atendimentos, sempre sob supervisão direta de docentes e médicos habilitados a atuar como
profissionais auxiliares no ensino. A ênfase na participação efetiva do aluno se dá nas áreas ambulatoriais (Hospital de
Clínicas da Unicamp e Unidades Básicas de Saúde), como nas enfermarias (Hospital de Clínicas da Unicamp e Hospital
Estadual de Sumaré).
A inserção do aluno na atenção secundária foi contemplada com o início do funcionamento do Hospital Estadual de
Sumaré (HES) que permite um ensino de qualidade para as doenças prevalentes na população. A inserção na rede
também foi ampliada no Internato com a criação do ambulatório de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Dermato)
em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e Clínica Geral em outra UBS.
Durante os dois anos de Internato, o aluno atua nas áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia, Clínica Médica,
Saúde Coletiva e em serviços de emergências correspondentes a cada área. Essas atividades estão organizadas também
em forma de rodízio para que haja a inserção efetiva do interno em todos os locais de estágio, resgatando as dimensões
éticas e humanísticas do atendimento.
Atualmente as disciplinas que compõem o currículo pleno do curso estão apresentadas a seguir :
14
Grade Curricular – Catálogo 2022
BS100 Bases Moleculares das Células
BS101 Bases Anatômicas do Corpo Humano I
BS102 Bases do Desenvolvimento e dos Tecidos do Corpo Humano I
BS103 Bases Funcionais do Corpo Humano I
1º SEMESTRE
MD141 Prática de Ciências I
MD142 Ações de Saúde Pública I
MD148 Ética I
1º ANO MD243 Medicina e Saúde
BS201 Bases Anatômicas do Corpo Humano II
BS202 Bases do Desenvolvimento e dos Tecidos do Corpo Humano II
BS203 Bases Funcionais do Corpo Humano II
2º SEMESTRE BS340 Relação Patógeno-Hospedeiro II
MD241 Prática de Ciência II
MD242 Ações de Saúde Pública II
MD248 Ética II
BS320 Neurociências I
BS330 Relação Patógeno-Hospedeiro I
MD244 Imunologia Médica
MD342 Saúde e Sociedade I
3º SEMESTRE
MD343 Princípios de Farmacologia
MD344 Laboratório de Habilidades I
MD348 Bioética I
MD542 Epidemiologia e Saúde I
2º ANO BS420 Relação Patógeno-Hospedeiro III
BS430 Relação Patógeno-Hospedeiro IV
MD442 Saúde e Sociedade II
MD443 Introdução à Patologia
4º SEMESTRE MD444 Laboratório de Habilidades II
MD445 Anatomia Aplicada à Prática Médica I
MD448 Bioética II
MD449 Neurociências Clínicas
MD642 Epidemiologia e Saúde II
MD543 Semiotécnica da Observação Clínica
MD544 Fisiopatologia Integrada I
5º SEMESTRE
MD546 Anatomia Aplicada à prática médica II
MD548 Ética Médica I
3º ANO MD643 Semiologia e Propedêutica
MD644 Fisiopatologia Integrada II
6º SEMESTRE
MD646 Anatomia Aplicada à Prática Médica III
MD748 Medicina Legal
MD447 Farmacologia
MD752 Atenção Clínico-Cirúrgica Integrada I
MD753 Atenção Clínico-Cirúrgica Integrada II
4º ANO 7º e 8º SEMESTRES
MD754 Atenção Clínico-Cirúrgica Integrada III
MD758 Atenção Integral à Saúde
MD759 Atenção Clínica Hospitalar
MD941 Atenção Integral à Saúde da Criança e Adolescente I
MD942 Atenção Integral à Saúde da Mulher I
MD943 Atenção Integral à Saúde do Adulto I
5º ANO 9º e 10º SEMESTRES MD944 Atenção Integral Clínico-Cirúrgica I
MD945 Saúde Coletiva
MD951 Plantão em Pediatria
MD952 Plantão em Tocoginecologia
MD126 Plantão em Emergência Cirúrgica
MD127 Plantão de Emergência Médica
MD131 Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente II
MD132 Atenção Integral à Saúde da Mulher II
MD133 Atenção Clínico-Cirúrgica II
6º ANO 11º e 12º SEMESTRES
MD134 Atenção Clínico-Cirúrgica III
MD135 Anestesiologia
MD136 Emergência
MD138 Cirurgia do Trauma
MD139 Atenção Clínico-Cirúrgica Integrada IV
15
Ementas das disciplinas com os
principais temas a serem abordados
BS320 - Neurociências I
Pré-Req.: BS110 BS111 BS210/*BS111 *BS121 *BS122 *BS123 *BS124 *BS221 *BS222 *BS223 *BS224
Ementa:Abordagem da organização anatômica e da função do sistema nervoso num enfoque transdisciplinar,integrando
conceitos fundamentais da anatomia, neurofisiologia, embriologia, farmacologia do sistema nervoso central e problemas
da clinica neurológica. Estudo da anatomia macroscópica, microscópica e morfofuncional do sistema nervoso central e
periférico, em correlação com os dados de neuroimagem estrutural e funcional. Estudo da neurofisiologia, analisando
mecanismos sinápticos, sistemas de neurotransmissores e sinalização intracelular, funções de codificação, integração,
organização e controle da percepção sensorial, motricidade, comportamento e cognição; plasticidade neural.
17
MD126 - Plantão de Emergência Cirúrgica
OF:A-5 T:000 P:001 L:000 O:000 D:000 HS:001 SL:000 C:003 AV:N EX:S FM:100%
Pré-Req.: MD941 MD942 MD943 MD944 MD951 MD952/ AA200
Ementa: Desenvolver habilidades e competências para o atendimento integrado nas áreas de emergência e urgências
cirúrgicas do adulto. Primeiras medidas de atendimento e diagnóstico sindrômico. As atividades serão desenvolvidas em
períodos noturnos, feriados e finais de semana no decorrer dos 11º e 12º semestres. Esta disciplina será oferecida em
52 semanas.
18
MD134 - Atenção Clínico-Cirúrgica III
OF:A-5 T:000 P:040 L:000 O:000 D:000 HS:040 SL:000 C:021 AV:N EX:S FM:100%
Pré-Req.: AA200/ MD941 MD942 MD943 MD944 MD951 MD952
Ementa: Desenvolver atividades teórico-práticas nas áreas Clínicas de Reumatologia, Hematologia, Nefrologia,
Endocrinologia, Pneumologia e Cirurgia Torácica. Os alunos deverão desenvolver competências para o atendimento das
doenças mais prevalentes em cada área. Ética. Esta disciplina será oferecida em 48 semanas, sob a forma de rodízio,
onde cada aluno deverá cumprir 8 semanas.
MD135 - Anestesiologia
OF:A-5 T:000 P:040 L:000 O:000 D:000 HS:040 SL:000 C:008 AV:N EX:S FM:100%
Pré-Req.: AA200/ MD941 MD942 MD943 MD944 MD951 MD952
Ementa: Visita pré-anestésica em cirurgias eletivas. Anestesia geral e bloqueios espinhais. Manuseio de drogas
depressoras do SNC, bloqueadores neuromusculares, anestésicos locais. Complicações anestésicas. Assistência
ventilatória, práticas de ventilação e intubação traqueal. Monitorização intra-operatória. Prática de acessos venosos
periféricos. Reanimação cardiorespiratória. Princípios de anestesia obstétrica e dor. Ética. Esta disciplina será oferecida
em 48 semanas sob forma de rodízio, onde cada aluno deverá cumprir 3 semanas.
MD136 - Emergência
OF:A-5 T:000 P:040 L:000 O:000 D:000 HS:040 SL:000 C:021 AV:N EX:S FM:100%
Pré-Req.: AA200/ MD941 MD942 MD943 MD944 MD951 MD952
Ementa:Desenvolver competências para o atendimento integrado nas áreas de emergência e urgência médicas do
adulto: Diagnóstico sindrômico, primeiras medidas de atendimento e acompanhamento clínico e cirúrgico. Ética. Esta
disciplina será oferecida em 48 semanas, sob forma de rodízio, onde cada aluno deverá cumprir 8 semanas.
19
MD141 - Prática de Ciências I
OF:S-1 T:002 P:002 L:000 O:000 D:000 HS:004 SL:004 C:004 AV:N EX:S FM:75%
Pré-Req.: Não há
Ementa: Iniciação ao pensamento crítico relativo ao conhecimento científico e senso comum. A pesquisa científica e
suas características. Desenvolvimento e habilidades para a análise crítica e construção do conhecimento científico. A
busca da informação e suas evidências científicas. Fundamentos para análise de dados. Estruturação de um projeto de
pesquisa.
MD148 - Ética I
OF:S-1 T:002 P:000 L:000 O:000 D:000 HS:002 SL:002 C:002 AV:N EX:S FM:75%
Pré-Req.: Não há
Ementa: Introdução aos conceitos básicos da ética e suas articulações na sociedade a partir de análise de situações
concretas que permitam enfatizar o estudo da posição e dos direitos humanos na Sociedade Brasileira e no contexto
internacional. Ética e pesquisa em seres humanos. Atuação dos comitês de ética em pesquisa. Noções de políticas
públicas em saúde.
20
Ementa:Estudo de comportamento humano relacionado com o adoecer, tanto na perspectiva do doente quanto do
médico. Desenvolvimento de habilidades e competências de comunicação interpessoal e de observação fundamentais
para o exercício da Medicina.
MD248 - Ética II
OF:S-2 T:002 P:000 L:000 O:000 D:000 HS:002 SL:002 C:002 AV:N EX:S FM:75%
Pré-Req.: Não há
Ementa:Continuidade dos estudos iniciados na MD148. Abordagem médica e filosófica sobre educação, cultura e valor.
Parâmetros legais, cultura e religiosidade dos pacientes. Introdução ao código de ética médica.
MD348 - Bioética I
OF:S-1 T:002 P:000 L:000 O:000 D:000 HS:002 SL:002 C:002 AV:N EX:S FM:75%
Pré-Req.: Não há
21
Ementa:Introdução à Bioética. Discussão de conceitos básicos a partir de casos concretos. Análise de temas como morte
encefálica, distanásia, transplante de órgãos, aborto e clonagem.
MD447 - Farmacologia
OF:S-1 T:002 P:000 L:000 O:000 D:000 HS:002 SL:002 C:003 AV:N EX:S FM:75%
Pré-Req.: MD343
Ementa:Abordagem da terapêutica das doenças mais prevalentes.
MD448 - Bioética II
22
OF:S-2 T:002 P:000 L:000 O:000 D:000 HS:002 SL:002 C:002 AV:N EX:S FM:75%
Pré-Req.: Não há
Ementa:Continuidade do estudo iniciado na MD348, com discussão de aspectos médicos e filosóficos de temas de
Bioética, a partir de situações concretas.
23
Ementa:Revisão da Anatomia de superfície e anatomia topográfica do tórax, nariz, orelha e cabeça e pescoço. Anatomia
torácica e cervical, de seus órgãos mais importantes e suas correlações clínicas. Aplicações de conceitos na avaliação
clínica e no tratamento cirúrgico de afecções clínicas mais comuns que acometem tórax, e cabeça e pescoço.
24
Ementa:Estudos de anatomia topográfica na área da Medicina do Exercício e do Esporte, Ortopedia e Traumatologia,
Radiologia com foco nas lesões mais prevalentes do sistema musculoesquelético. Oferecer treinamento teórico-prático
em anatomia topográfica e radiológica relacionada à biomecânica do sistema musculoesquelético e às lesões do esporte.
Ementa:Coleta de materiais biológicos e discussão sobre os principais erros pré-analíticos que causam interferência nos
resultados dos exames laboratoriais. Atividade de ensino supervisionada no atendimento a pacientes internados em
enfermarias clínicas e assistência para pacientes com doença grave, em progressão e fora da possibilidade terapêutica
de cura. Esta disciplina será oferecida em 33 semanas sob forma de rodízio, onde o aluno deverá cumprir 03 semanas.
26
Ementa:Treinamento prático nas áreas de cardiologia clínica e cirúrgica, moléstias infecciosas, DST, dermatologia com
ênfase em hanseníase, oncologia geral e imunologia. Serão realizados atendimentos clínicos, ambulatoriais e
acompanhamento de pacientes internados. Familiarização com doenças prevalentes e importantes em cada área, sendo
orientados quanto a história clínica, exame físico, propedêutica e terapêutica. Atendimento a pacientes nas Unidades
Básicas de Saúde. Ética. Esta disciplina será oferecida em 48 semanas sob a forma de rodízio, onde cada aluno deverá
cumprir 11 semanas.
27
Sistema de avaliação
da aprendizagem
28
A avaliação prática com pacientes simulados para os estudantes do Internato Médico do curso de Medicina da Unicamp
foi implantada em 2007 e, até hoje, permanece como atividade regular do curso. Adaptada do modelo norte-americano
Objective Structured Clinical Examination (OSCE) ela envolve, aproximadamente, 500 pessoas entre estudantes,
professores, médicos, pacientes simulados e funcionários de apoio para a sua aplicação.
Na avaliação, o estudante percorre cinco estações: Cirurgia, Clínica Médica, Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e Saúde
Coletiva fazendo o atendimento médico de um caso clínico ambulatorial planejado e sob a observação de um professor-
avaliador que possui em mãos um checklist de itens a serem observados. As questões abordadas nesta avaliação prática
são elaboradas com base nas rotinas dos ambulatórios médicos. Em todas as estações é avaliado o conhecimento, a
habilidade e a atitude do estudante frente ao paciente simulado. Ao final do atendimento médico, o estudante recebe o
feedback do avaliador, que ressalta seus acertos e orienta suas falhas. Encerrada a prova, o coordenador de cada estação
discute a questão junto com os estudantes, apresentando as expectativas na elaboração dos casos clínicos.
Esta avaliação é ministrada em horário extracurricular aos sábados e apesar de possuir adesão voluntária, ela conta com
a participação de quase 100% dos estudantes do Internato Médico.
O curso de Medicina também está inserido no Teste de Progresso (TP) Interinstitucional que é um instrumento de
avaliação criado na Holanda e nos EUA com o propósito de verificar o ganho de conhecimento dos estudantes ao longo
do curso de graduação. É a mesma prova para os seis anos. Na UNICAMP, o TP é aplicado desde 2005 em parceria com
outras escolas (UNESP, UNIFESP, USP-RP, FAMEMA, FAMERP, UFSCAR, UEL e FURB). A prova contém 120 questões
divididas em Básico, Cirurgia, Clínica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Saúde Coletiva. As questões são formuladas
por docentes das escolas participantes.
Os dados coletados sobre a avaliação de desempenho dos estudantes nas disciplinas regulares do curso e nas avaliações
extracurriculares, são analisados pelo Núcleo de Avaliação e Pesquisa em Educação Médica, apresentados e discutidos
nas Comissões relacionadas ao ensino. Essas informações subsidiam as reuniões de discussão do ensino médico.
29
30
Estrutura física
As disciplinas que compõem os conteúdos voltados para a Medicina Social contam com
atividades práticas em Unidades de Saúde do município de Campinas já desde o primeiro
ano do curso.
31
Salas de aulas: A FCM possui um prédio de salas de
aula de aproximadamente 3.000m2 composto por 10 salas
de aulas, 4 anfiteatros, salão nobre e auditório que juntos
acomodam em torno de 1500 pessoas. Além deste espaço
o curso conta também com uma estrutura localizada junto
ao Hospital de Clínicas da Unicamp composta por 8 salas
e um anfiteatro que acomodam em torno de 350 pessoas.
O Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp iniciou suas atividades em 1985 com área de abrangência, que
engloba uma região composta por 125 municípios e corresponde a uma população estimada em 7,5 milhões de
habitantes, relativo a 19,96% da população do estado de São Paulo. Nesse período foram mais de 100 mil pessoas
atendidas, gratuitamente pelo SUS e meio millhão de bolsas de sangue coletadas. A excelência no diagnóstico e
tratamento fortalece dia-a-dia, a participação da instituição em vários estudos multicêntricos internacionais que
investigam e contribuem para tratamento de doenças do sangue como leucemia, linfoma, hemofilia, trombose venosa e
arterial, anemias e hemoglobinopatias entre outras. A política do hemocentro baseia-se na permanente preocupação
com a questão do sangue. São mais de 5 mil bolsas de sangue/mês coletadas na região. Foi um das primeiros
hemocentros no país a possuir um sistema de qualidade ISO 9002, implantado em 2002 em todas as áreas do Fluxo do
Sangue. Acompanhando a evolução da ciência médica, o Hemocentro da Unicamp oferece desde 1999, um serviço de
primeiro mundo a seus usuários: a coleta, processamento e armazenamento das células tronco adultas e do cordão
umbilical do recém-nascido, colhidas após o parto. Essas células congeladas poderão no futuro auxiliar no tratamento de
doenças que a criança porventura venha a adquirir, como leucemias, doenças hematológicas e alterações degenerativas
do sistema nervoso central. O Hemocentro da Unicamp é um dos fundadores da Rede Nacional Brasil- Cord de Bancos
de Sangue de Cordão Umbilical do Ministério da Saúde. Ele presta assistência médico-hematológica aospacientes da
Região, através de atendimento ambulatorial (80 pacientes/dia), hospitalar (10 leitos no Hospital de Clínicasda Unicamp),
quimioterápico (200 procedimentos/mês), odontológico (200 pacientes/mês) e laboratorial especializados.Para cá são
encaminhados casos hematológicos de toda a Região, inclusive de outros Estados do Brasil. Conta com os seguintes
laboratórios para auxílio diagnóstico e pesquisa: Hemostasia, Bioquímica e Biologia Molecular e Celular, Rotinas em
Hematologia, Marcadores Celulares, Imunologia Eritrocitária, Histocompatibilidade (HLA), Sorologia. Em seus
ambulatórios de Hematologia, são atendidos portadores de hemopatias como: anemias adquiridas e hereditárias,
linfomas e leucemias (oncohematologia) e distúrbios de hemostasia. Realiza investigação de diversas doenças
hematológicas hereditárias e adquiridas. Neste sentido, leucemias, linfomas, anemia falciforme, talassemias, doenças da
coagulação como hemofilia, doença de von Willebrand, doenças trombóticas, etc., são estudados em nosso Centro,
possibilitando não só a organização do atendimento destes pacientes, como também a definição do melhor protocolo de
tratamento. Atua como Centro de Referência Nacional na caracterização de defeitos moleculares básicos em anemias
hereditárias e doenças hemorrágicas e trombóticas. Através de sua equipe médica, dirige o Serviço de Transplante de
Medula Óssea da Unicamp. Realiza coletas de sangue de doadores voluntários (tanto no próprio Hemocamp como em
postos de coleta e em outros municípios com sua equipe móvel), passando por todos os passos estabelecidos pelas
33
normas técnicas, dentro de padrões internacionais. Em laboratórios específicos, realiza a separação do sangue em
componentes (concentrado de hemácias, plasma, plaquetas, crioprecipitado), testa a qualidade do sangue doado e
realiza exames de compatibilidade pré-transfusionais. Desenvolve campanhas permanentes de conscientização sobre a
doação voluntária de sangue em municípios da região, visando o engajamento de toda a comunidade em seu trabalho
e na manutenção de estoques seguros para o atendimento das necessidades transfusionais dos pacientes. Desenvolve
a pesquisa nas áreas de Hematologia e Hemoterapia, mantendo assim o padrão de excelência e atualidade de suas
rotinas de atendimento e presta orientação técnica aos Núcleos de Hematologia e Hemoterapia (Hemonúcleos) de sua
abrangência: Casa Branca, Bragança Paulista, Piracicaba, Taubaté, Itapira.
O Gastrocentro, funcionando desde novembro de 1990, integra a área de saúde da Universidade Estadual de Campinas
e está vinculado à Faculdade de Ciências Médicas. Realiza a maioria dos procedimentos da Gastroenterologia,
hospedamos os Laboratórios da área, o Grupo de Fígado e o Projeto JICA. Quando de sua instalação tinha como objetivos
principais o aperfeiçoamento de técnicas de diagnóstico das doenças do aparelho digestivo, a melhoria do ensino médico
na área da gastroenterologia, além propiciar assistência médica à população. Sendo assim procurava-se nessa instituição
cumprir as metas da Universidade, ou sejam, prestar serviços à comunidade, fazer ensino e desenvolver projetos de
pesquisas. Para tanto foram convidados a integrar o Gastrocentro os Departamentos de Clínica Médica, Cirurgia,
Pediatria, Radiologia e Anatomia Patológica. Além desses departamentos, que forneceram docentes interessados ou
especializados em gastroenterologia, foi montada estrutura de apoio técnico e administrativo. Dentre estes merece
destaque o serviço de informática que se previa como de fundamental importância no futuro, principalmente no setor
de captação de imagens e da computação gráfica. O projeto inicial do Gastrocentro, após inúmeras discussões e
aprofundamentos, teve apoio de convênio firmado entre os governos brasileiro e japonês, através da Japan International
Cooperation Agency (JICA). Este convênio previa transferência de tecnologia, doação de aparelhagem e troca de
informações através de viagens de especialistas brasileiros ao Japão (principalmente Toyama Medical and Pharmaceutical
University) e vice-versa. Foi experiência de grande valor que proporcionou, após o término do convênio inicial, a
manutenção por parte da JICA de outro convênio, agora voltado para a hepatologia e a Síndrome de Imunodeficiência
Adquirida (AIDS). Tiveram acesso ao ensino no Gastrocentro todos os médicos residentes da FCM das áreas de
Gastroenterologia Clínica, Cirúrgica, Pediátria, Radiológica e de Anatomia Patológica. Além disso o Gastrocentro serviu
de campo de estágio para inúmeros médicos de todo o país e inclusive do exterior. Na área de pesquisa inicialmente
optou-se por trabalhar com protocolos que gradativamente foram substituídos por diversos projetos de investigação.
Unidades Básicas de Saúde: O curso de Medicina conta com diversas Unidades Básicas de Saúde do
município de Campinas para o desenvolvimento de atividades práticas desde o início do curso até o atendimento médico de pacientes
no nível de atenção primária, são elas: Jardim Eulina; Santa Mônica; Cássio Raposo; Padre Anchieta; Aeroporto; DIC
III;Rosália; San Martin; São Marcos; Santa Mônica; Vista Alegre; Barão Geraldo;Cássio Raposo; Costa e Silva;
Santa Mônica; São Marcos; São Quirino; Village
34
Hospitais: O curso de Medicina desenvolve a prática médica em pacientes no nível de atenção
primário, secundário, terciário nos seguintes hospitais:
35
que os objetivos de ensino, integrados aos de assistência e pesquisa estimulem a investigação necessária em busca de
novas formas de diagnósticos, tratamento e prevenção das doenças, bem como o bem-estar do paciente. Considerado
um hospital de grande porte e alta complexidade, todos os atendimentos realizados no HC da Unicamp são integralmente
executados pelo SUS e pagos com recursos públicos, provenientes de impostos e contribuições sociais. A elevada
capacitação docente, possibilita uma assistência em 44 especialidades médicas oferecidas com alto nível de qualificação
e capacidade para cerca de 1.000 atendimentos ambulatoriais e de emergência/dia, além de uma média de 40 cirurgias
diárias. As 44 especialidades ambulatoriais se dividem em cerca de 580 subespecialidades. O hospital revela outros
indicadores importantes como a circulação de 10 mil pessoas/dia, a realização de cerca de cinco mil exames
laboratoriais/dia entre outros. Assegurar a todas as camadas da população, o acesso, sempre que necessário, a uma
assistência médica de qualidade, conciliando eficiência e racionalidade de custos, são requisitos fundamentais para a
elevação dos patamares de competividade e que o HC considera essencial para uma instituição universitária.
O Hospital Estadual Sumaré é um dos 15 novos hospitais públicos do Governo do Estado de São Paulo,
que presta serviços de alta confiabilidade e qualidade em assistência médico-hospitalar. É, também, uma instituição
voltada ao campo de práticas contínuas para atividades de ensino relacionadas à assistência médico-hospitalar, tanto
em graduação como em pós-graduação e servir como campo de práticas para pesquisa na área de saúde. Com um
atendimento humanizado marcado por excelência técnica, equipamentos de ponta e instalações confortáveis e seguras,
a prestação de serviços do HES tem se assentado em várias vertentes de assistência médico-hospitalar, prioritariamente
secundária, e de ensino e pesquisa visando a melhoria da qualidade de vida da população. A excelência no atendimento
e instalações com equipamentos modernos rendeu ao HES quatro grandes conquistas como um dos 10 Melhores
36
Hospitais do Brasil em assistência, foi o primeiro hospital público do país a conseguir o nível 2 da Certificação de
Acreditação Hospitalar e recentemente o título de Hospital Amigo da Criança da Unicef e Ministério da Saúde. A
conservação da estrutura de 22.000 m2 do HES está entre as preocupações constantes da administração do hospital,
que envolve constantes medidas preventivas e corretivas para evitar as falhas estruturais ou interrupções de
procedimentos. O contínuo treinamento dos usuários sobre o funcionamento dos equipamentos, sistemas e instalações
tem possibilitado o prolongamento da vida de equipamentos, sistemas e instalações. O abastecimento de água do
hospital é assegurado por dois poços artesianos, que passam por um complexo sistema de filtragem e cloração, que
atende também a população com uma saída de água próxima a portaria principal. Inaugurado em setembro de 2000,
oferece atendimento as quatro clínicas básicas (clínica médica, cirurgia geral, pediatria e gineco-obstetrícia), divididas
em 33 especialidades oferecidas com alto nível de qualificação e capacidade para 1500 internações mensais. Por ano são
realizadas em torno de 6500 cirurgias e aproximadamente 2800 partos, grande parte natural.
Universidade, além de uma biblioteca específica da área da Saúde, localizada junto ao complexo hospitalar.
O Sistema de Bibliotecas da Unicamp - SBU é composto pela Biblioteca Central, coordenadora do
sistema, e 19 bibliotecas seccionais. O acervo das bibliotecas é formado por livros, periódicos, teses nas áreas de Artes,
37
Biomédicas, Exatas, Humanidades e Tecnológicas. A Biblioteca Central Cesar Lattes (BCCL), da Unicamp, foi criada em
11 de junho de 1989, como órgão complementar da Universidade, através da "Deliberação CONSU A-38/89". Utilizam-
se dos serviços oferecidos pela Biblioteca, Docentes, Pesquisadores, Alunos de Graduação, Pós-Graduação,
Especialização e Extensão, Tecnólogos, Estagiários e Funcionários UNICAMP, com direito a consulta e empréstimo
domiciliar, sendo facultada ao público em geral a consulta local de todo tipo de material bibliográfico. Para atender à
demanda, a BCCL conta com área reservada para acervo, estudo, pesquisa em banco de dados eletrônicos, depósito e
administração. Está equipada com 27 novos computadores Pentium 4, conectados a rede linux de alta velocidade, cuja
configuração é contemplada com a tecnologia sem fio (sistema wireless), permitindo o acesso a Internet, disponíveis em
tempo integral para acesso a sites de pesquisa, como os referenciais e bases de dados de texto completo.A circulação
diária no prédio da BCCL é de aproximadamente 2000 pessoas, entre alunos de graduação e de pós-graduação, docentes,
funcionários da Universidade, pesquisadores, bem como usuários externos. Os serviços oferecidos são de consulta local;
empréstimo domiciliar; devolução 24h; acesso à Internet; acesso ao catálogo automatizado do Sistema de Bibliotecas
da UNICAMP, Base Acervus, englobando livros, teses, dissertações e títulos de periódicos com suas respectivas coleções;
comutação bibliográfica on-line, utilizando os sistemas da BIREME-SCAD, IBICT-COMUT e OCLC-ILL, através de e-mail,
fax e software Próspero, além de correio; Programa de Capacitação de Usuários (cursos e palestras); levantamento
bibliográfico na Base Acervus e nas Bases referenciais; diretrizes para elaboração de trabalhos científicos e normalização
bibliográfica; acesso a bases de dados referenciais; acesso a títulos de periódicos eletrônicos com texto integral; acesso
à Biblioteca Digital da UNICAMP; empréstimo entre bibliotecas; revisão e orientação quanto às normas para apresentação
de teses na Unicamp; busca e uso da informação no Sistema de Bibliotecas da UNICAMP; pesquisa e acesso à informação,
etc.; programação para visitantes provindos da própria Universidade, assim como de outras instituições.
A Biblioteca da FCM/Unicamp está localizada numa área física de 1200 metros quadrados, com salas
de leitura geral, sala de leitura para grupos, sala de leitura da área de exposição de periódicos, serviço de xerox, sala de
referência, anfiteatro, sala para pesquisas em bases de dados, área de acervo e área administrativa, e uma área de
reserva de 44 m2 que acomoda o acervo de periódicos até 1985. Além dos serviços normais de empréstimos e consulta
a livros, periódicos e teses, a BFCM oferece aos usuários os seguintes serviços: Acesso online a todas as Bases de Dados
instaladas no IBICT -Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia; acesso online a periódicos e acesso à
base de Periódicos e Monografias (Livros e Teses). Procurando investir sempre no acervo bibliográfico com ocompromisso
de oferecer uma estrutura de ensino condizente com a qualidade do curso, atualmente a biblioteca contacom um acervo
de cerca de 15 mil livros e 660 assinaturas de periódicos correntes.
Biblioteca Digital: Com o objetivo de disponibilizar e conservar seu acervo, a Unicamp possui também
o Serviço de Biblioteca Digital, por meio de uma parceria entre o Centro de Computação da Unicamp com o Instituto
Vale do Futuro. A Biblioteca Digital da UNICAMP, foi oficialmente instituída em 08/11/2001, através da portaria nº GR-
85, que trata da estruturação da Biblioteca Digital da UNICAMP, que disponibilizará em formato eletrônico artigos,
fotografias, ilustrações, obras de arte, revistas, registros sonoros, teses, vídeos e outros documentos de interesse ao
desenvolvimento científico, tecnológico e sócio cultural, resultante da produção Científica/Acadêmica da Unicamp.
38
Sistema de apoio ao
estudante e
internacionalização
39
Bolsa Auxílio-Social - BAS: Destinada a alunos de graduação, independente do seu ano de ingresso. O
critério para a concessão da bolsa é socioeconômico, por meio de participação no Processo Seletivo Anual.
Bolsa Auxílio-Social – BAS-IC: tem por objetivo permitir ao aluno contemplado com Bolsa Auxílio-Social
a realização de Iniciação Científica, com bolsa, na forma de complementação, sem prejuízo do rendimento mensal
fornecido pela Bolsa Auxílio-Social.
Bolsa Auxílio Estudo e Formação - BAEF: A BAEF é uma modalidade de Bolsa que alia o caráter
socioeconômico à formação acadêmica, destinada a alunos de graduação que atualmente estão com 75% do curso
concluído. O objetivo é que esses alunos participem de projetos voltados para o seu Curso. Para efetivação do Programa,
o Serviço de Apoio ao Estudante conta com o apoio de docentes e técnicos administrativos responsáveis por áreas, que
cadastram projetos voltados a sua formação acadêmica e orientam os bolsistas.
Bolsa Emergência: Esse auxílio distingue-se dos anteriores por atender o estudante que se encontra
com dificuldades econômicas emergenciais. Por isso, não se trata de um auxílio a médio e longo prazo, é uma bolsa de
emergência, para uma determinada situação.
Programa de Moradia Estudantil – PME: Trata-se de um programa de moradia destinado aos alunos
com dificuldades em manter residência/moradia com recursos próprios, especialmente, aqueles que residem fora da
Região Metropolitana de Campinas (RCM). Os alunos que moram nesses arredores, mediante circunstâncias especiais e
avaliadas pelo SAE, também poderão fazer uso da moradia. O Programa de Moradia Estudantil da Unicamp é constituído
por unidades de sala e quarto com quatro vagas e estúdio para famílias, no local conhecido como Moradia da Unicamp.
O objetivo é viabilizar a vida acadêmica dos estudantes da Unicamp que encontrem dificuldades financeiras.
Bolsa Auxílio Moradia: Destinada aos alunos dos campi de Limeira (FT - Faculdade de Tecnologia e FCA
- Faculdade de Ciências Aplicadas) e Piracicaba (FOP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba) para auxílio Moradia.Para
o campus de Campinas a Bolsa é utilizada por alunos que não conseguiram vaga no PME - Programa de Moradia
Estudantil.
Bolsa Auxílio Instalação: Destinada ao aluno ingressante que encontra dificuldades financeiras no início
da graduação. Funciona como um subsídio básico para as primeiras despesas do calouro. Para receber tal benefício, o
aluno precisa participar do processo seletivo e, obrigatoriamente, ter sido deferido para a Bolsa-auxílio Social (BAS).
Orientação Educacional: Tem por objetivo orientar e assessorar o estudante na sua área acadêmica,
assim como nas dúvidas sobre a escolha da sua profissão, proporcionando maior conhecimento de suas potencialidades
e do ambiente no qual está inserido.
Orientação Jurídica: Possibilita aos estudantes da Unicamp tirarem dúvidas nas mais diversas áreas do
Direito, tais como cível, penal, imobiliária, trabalhista, defesa do consumidor e comercial.
40
Orientação Psicológica: Objetiva fazer o acolhimento do aluno, assim como a triagem e
encaminhamento, quando for o caso, ao SAPPE - Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante que é
um órgão ligado à Pró-Reitoria de Graduação, para prestar assistência psicológica e/ou psiquiátrica aos alunos regulares
de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado) da Unicamp, realizando ações e atendimento tanto
terapêuticos quanto preventivos.
Os estudantes do curso de Medicina contam também com o a Comissão de Apoio ao Estudante – CAE
designada para orientar e auxiliar os estudantes em aspectos pontuais da vida acadêmica e o Grupo de Apoio
Psicopedagógico ao Estudante de Medicina –Grapeme, com o objetivo de auxiliar o aluno no aspecto emocional, durante
as diferentes etapas do curso. Este auxílio, oferecido por meio de atendimentos individuais, grupos de discussão e
reflexão e realização de palestras, está relacionado à: insatisfação com desempenho escolar; falta de motivação e/ou
apoio; crises em relacionamentos; dificuldades com cursos ou professores; dúvidas sobre a escola professional;
privações, stress, cansaço, solidão, angústia e demais problemas que possam interferir na sua vida acadêmica.
Intercâmbio Estudantil:
Desde o final de 2012, a FCM tem recebido a visita de diversas delegações de Universidades
estrangeiras em busca de parcerias nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Devido a essa forte demanda, em fevereiro
de 2013, foi criado o Escritório de Internacionalização (EI) com o objetivo de criar uma estrutura de internacionalização
perene que agregue valor à FCM. Este escritório tem como meta ter uma rede fixa de Universidades estrangeiras que
receba nossos alunos; flexibilizar o currículo da graduação de maneira a permitir estágios eletivos no exterior com a
validação de créditos obtidos no exterior; criar produtos de ensino interessantes para receber alunos estrangeiros, e
proporcionar todo tipo de informação e assessoria que facilite os trâmites burocráticos para quem deseja ir para o exterior
ou vir para a FCM.
41
Indicadores de
qualidade do
Curso de Medicina
42
Teste de Progresso Interinstitucional - TP: (periodicidade: anual)
43
Este Relatório Síntese do Projeto Pedagógico contém informações dos registros da Coordenadoria do
Curso de Medicina e do site da Unicamp (www.unicamp.br)
44