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Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências Agronômicas Campus de Botucatu

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS


CAMPUS DE BOTUCATU

ESTUDO DO POTENCIAL DO LICOR PIROLENHOSO COMO


ADITIVO EM CONDICIONADOR DE SOLO E NO CRESCIMENTO
INICIAL DE EUCALIPTO.

VINICIUS LEITE DE CAMPOS MENEGALE

Dissertação apresentada à Faculdade de


Ciências Agronômicas da UNESP – Campus
de Botucatu, para obtenção do título de
Mestre em Agronomia – Energia na
Agricultura.

BOTUCATU-SP
Agosto - 2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU

ESTUDO DO POTENCIAL DO LICOR PIROLENHOSO COMO


ADITIVO EM CONDICIONADOR DE SOLO E NO CRESCIMENTO
INICIAL DE EUCALIPTO.

VINICIUS LEITE DE CAMPOS MENEGALE

Orientador: Prof. Dr. Alcides Lopes Leão


Co-Orientador: Prof. Dr. Hélio Grassi Filho

Dissertação apresentada à Faculdade de


Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus
de Botucatu, para obtenção do título de
Mestre em Agronomia – Energia na
Agricultura.

BOTUCATU-SP
Agosto - 2013
III

DEDICATÓRIA

Família, raiz forte.


Vida, energia vibrante.
IV

“No fim do jogo reis e peões voltam para a mesma caixa,


e o próximo jogo também será de luz.”
V

AGRADECIMENTOS

A Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP.


Os amigos que fazem parte desta caminhada.
VI

SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................VII
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................VIII
RESUMO.............................................................................................................................XI
SUMARY...........................................................................................................................XII

1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................1
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................3
2.1 Extrato Pirolenhoso ..............................................................................................................3
2.2 Extrato Pirolenhoso na Agricultura .......................................................................................7
3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................... 11
3.1 Enriquecimento do Composto Condicionador de Solo ........................................................ 11
3.2 Aplicação do Composto Condicionador de Solo .................................................................13
3.2.1 Local do Experimento..................................................................................................13
3.2.2 Descrição da Espécie Utilizada .................................................................................... 13
3.2.3 Condução do Experimento ........................................................................................... 14
3.2.4 Características Químicas do Solo ................................................................................. 17
3.2.5 Avaliação de Crescimento das Mudas .......................................................................... 17
3.2.6 Massa de Matéria Seca das Plantas .............................................................................. 17
3.2.7 Diagnose Foliar dos Teores de Nutrientes ....................................................................17
3.2.8 Perfil Químico do Extrato Pirolenhoso e Chorume ....................................................... 18
3.2.9 Análise Estatística ....................................................................................................... 18
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 19
4.1 Composto Condicionador de Solo ....................................................................................... 19
4.1.1 Teor de Nutrientes ....................................................................................................... 19
4.2 Aplicação do Composto Condicionador de Solo .................................................................25
4.2.1 Alterações nos Atributos Químicos do Solo .................................................................25
4.2.2 Interações no Desenvolvimento Vegetativo das Mudas ................................................ 44
4.2.3 Diagnose Foliar dos Teores dos Elementos Minerais. ................................................... 59
4.2.4 Perfil Químico do Extrato Pirolenhoso e Chorume ....................................................... 68
4.2.5 Diagnose Visual dos Sintomas Foliares ........................................................................ 68
5 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 70
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 71
VII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização Química do Extrato Pirolenhoso (LOO et al., 2008). ..................6


Tabela 2. Caracterização Física do Extrato Pirolenhoso (LOO, 2008). ...............................7
Tabela 3. Proporção dos materiais na composição das leiras. ........................................... 12
Tabela 4. Análise química dos materiais. ......................................................................... 13
Tabela 5. Análise Química do Solo Utilizado. .................................................................16
Tabela 6. Descrição dos Tratamentos de Adubação. ........................................................ 16
Tabela 7. Quadrado Médio e Coeficientes de Variação (C.V.) dos atributos do composto
condicionador de solo. .....................................................................................................20
Tabela 8. Análise química do composto condicionador de solo – macronutrientes, umidade
(65 oC), matéria orgânica (M.O.) e C................................................................................. 21
Tabela 9. Análise química do composto orgânico – micronutrientes, Na, relação C/N e pH.
........................................................................................................................................ 23
Tabela 10. Atributos Químicos do Solo: pH, Matéria Orgânica (M.O.), Teores de P, Al+3,
H+Al, K, Ca, Mg, S, Soma de Bases (SB), Capacidade de troca Catiônica (CTC) e
Saturação por Bases (V%). ............................................................................................... 32
Tabela 11. Atributos Químicos do Solo: Teores de B, Cu, Fe, Mn, Zn e Na. .................... 33
Tabela 12. Condutividade Elétrica do Solo. .....................................................................34
Tabela 13. Avaliação de Altura (H) e Diâmetro de Coleto (DC) das Mudas. .................... 48
Tabela 14. Massa de Matéria Seca (M.S.) das Mudas aos 90 Dias Após Plantio. ............. 56
Tabela 15. Teores totais dos elementos no material vegetal (folhas). ............................... 61
Tabela 16. Compostos Químicos - Cromatografia Gasosa (GC – MS) ............................. 68
VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Processo de Obtenção do Extrato Pirolenhoso (MYASAKA et al., 1999). ........ 12


Figura 2. Incorporação do composto ao solo para enchimento dos vasos (a) e plantio (b).
Condução do experimento (c). Mudas clonais de híbrido de Eucalyptus grandis x
Eucalyptus urophylla (d). .................................................................................................15
Figura 3. Teores de N, P, K, Ca, Mg e S no composto condicionador de solo em relação à
concentração de Extrato Pirolenhoso. ............................................................................... 22
Figura 4. Teores de Na, Cu, Fe, Mn, Zn, C e M.O. no composto condicionador de solo em
relação à concentração de Extrato Pirolenhoso. ................................................................ 24
Figura 5. Valores de pH no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses
de adubação. .................................................................................................................... 35
Figura 6. Teor de Matéria Orgânica (M.O.) no solo em relação à concentração de E.P. no
composto e doses de adubação. ........................................................................................ 35
Figura 7. Teor de P no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 36
Figura 8. Teor de Al+3 no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 36
Figura 9. Teor de H+Al no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 37
Figura 10. Teor de K no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 37
Figura 11. Teor de Ca no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 38
Figura 12. Teor de Mg no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 38
Figura 13. Soma de Bases (SB) no solo em relação à concentração de E.P. no composto e
doses de adubação. ........................................................................................................... 39
Figura 14. Capacidade de Troca Catiônica (CTC) no solo em relação à concentração de
E.P. no composto e doses de adubação. ............................................................................ 39
Figura 15. Saturação por Bases (V%) no solo em relação à concentração de E.P. no
composto e doses de adubação. ........................................................................................ 40
IX

Figura 16. Teor de S no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação. ......................................................................................................................... 40
Figura 17. Teor de B no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 41
Figura 18. Teor de Cu no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 41
Figura 19. Teor de Cu no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 42
Figura 20. Teor de Mn no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 42
Figura 21. Teor de Zn no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 43
Figura 22. Teor de Na no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 43
Figura 23. Valores de C.E. no solo em relação à concentração de E.P. no composto e
doses de adubação. ........................................................................................................... 44
Figura 24. Altura (H) das mudas 30 Dias Após Plantio em relação à concentração de E.P.
no composto e doses de adubação. ................................................................................... 49
Figura 25. Altura (H) das mudas 60 Dias Após Plantio em relação à concentração de E.P.
no composto e doses de adubação. ................................................................................... 49
Figura 26. Altura (H) das mudas 90 Dias Após Plantio em relação à concentração de E.P.
no composto e doses de adubação. ................................................................................... 50
Figura 27. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas 30 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação. .................................................. 50
Figura 28. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas 60 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação. .................................................. 51
Figura 29. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação. .................................................. 51
Figura 30. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 0% E.P. .................................................................................. 52
Figura 31. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 10% E.P. ................................................................................ 52
X

Figura 32. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 15% E.P. ................................................................................ 53
Figura 33. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 20% E.P. ................................................................................ 53
Figura 34. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 0% E.P. .................................................................54
Figura 35. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 10% E.P. ............................................................... 54
Figura 36. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 15% E.P. ............................................................... 55
Figura 37. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 20% E.P. ............................................................... 55
Figura 38. Massa de Matéria Seca (M.S.) de Folhas 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto orgânico e doses de adubação. ....................................57
Figura 39. Massa de Matéria Seca (M.S.) de Caule 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação. .................................................. 57
Figura 40. Massa de Matéria Seca (M.S.) de Raízes 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação. .................................................. 58
Figura 41. Massa de Matéria Seca (M.S.) Total 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação. .................................................. 58
Figura 42. Teor de N foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 62
Figura 43. Teor de P foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 62
Figura 44. Teor de K foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 63
Figura 45. Teor de Ca foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 63
Figura 46. Teor de Mg foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 64
Figura 47. Teor de S foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 64
XI

Figura 48. Teor de B foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação. ......................................................................................................................... 65
Figura 49. Teor de Cu foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 65
Figura 50. Teor de Fe foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 66
Figura 51. Teor de Mn foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 66
Figura 52. Teor de Zn foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 67
Figura 53. Teor de Na foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de
adubação. ......................................................................................................................... 67
Figura 54. Sintomas foliares na dose 35 t M.S. ha-1 do composto orgânico 20% E.P........ 69
XII

RESUMO

Atuais normas de gestão e certificação ambiental na produção


agroflorestal incentivam a reciclagem dos nutrientes presentes nos resíduos e subprodutos
das agroindústrias, proporcionando racionamento na utilização de insumos minerais e
benefícios para o solo, além da redução de passivos ambientais. O extrato pirolenhoso
(E.P.) é um subproduto do processo de produção do carvão mineral, originado a partir da
condensação e recuperação dos gases voláteis. É um líquido de coloração amarela a
marrom avermelhada, com potencial de uso na agricultura, sendo classificado como agente
quelante e complexante orgânico e aditivo estabilizante autorizado para fertilizantes
orgânicos e organominerais. Objetivou-se avaliar a qualidade agronômica do composto
condicionador de solo produzido a partir da decomposição aeróbia de palhiço de cana-de-
açúcar com adição de E.P., as alterações químicas do solo, o aporte de nutrientes na parte
aérea e o desenvolvimento vegetativo de mudas clonais de híbrido de Eucalyptus grandis x
Eucalyptus urophylla com 100 dias de idade após a aplicação do composto condicionador
de solo. O delineamento experimental blocos inteiramente casualizados, em esquema
fatorial (4 × 5 + 1) em seis repetições, com quatro concentrações de E.P. no composto
orgânico: 0, 10, 15 e 20% (m/m) e cinco doses de adubação: 0, 5, 15, 25 e 35 t M.S. ha-1,
somando-se o tratamento adicional com adubação mineral e calagem. O tratamento com
adubação mineral e calagem consistiu na aplicação de 400 kg ha-1, respectivamente 4 g
vaso-1 do formulado 10-10-10 e aplicação de 1,48 t ha-1, respectivamente 14,8 g vaso-1 de
calcário dolomítico Minercal (PRNT = 91,5). O enriquecimento com E.P. proporcionou
aumento nos teores de macro e micronutrientes do composto. O composto 15% E.P. nas
doses 25 e 35 t M.S. ha-1 proporcionou incrementos nos atributos químicos de fertilidade
do solo e interações positivas na Altura (H), Diâmetro de Coleto (DC) das mudas aos 30,
60 e 90 Dias Após Plantio e Massa de Matéria Seca (M.S.) de Folhas, Caule e Raízes aos
90 Dias Após Plantio. A aplicação do composto orgânico 20% E.P. nas doses 15, 25 e 35
t M.S. ha-1, em relação direta com o aumento dos valores de condutividade elétrica (C.E.)
do solo, suprimiu o desenvolvimento das plantas, com os menores valores H e DC aos 30,
60 e 90 Dias Após Plantio e M.S. de Folhas, Caule e Raízes aos 90 Dias Após Plantio.
XIII

PYROLIGNEOUS EXTRACT IN THE ENRICHMENT OF SOIL CONDITIONER


FOR FORESTRY PRODUCTION. Botucatu, 2013. p. Dissertação (Mestrado em
Agronomia/Energia na Agricultura) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Author: Vinicius Leite de Campos Menegale
Adviser: Alcides Lopes Leão
Second Adviser: Hélio Grassi Filho

SUMARY

Current management standards and environmental certification in


Agroforestry encourage the recycling of nutrients coming from the waste and byproducts
of agroindustry. Thus, it provides rationing in the use of mineral inputs and benefits to the
soil, besides the the reduction of environmental liabilities. The pyroligneous extract (P.E.)
is a sub product in the process of production of mineral coal, originated from the
condensation and recovery of volatile gases. It is a liquid with yellow to reddish brown
color, with potential use in agriculture, being classified as a chelating agent and organic
complexing and stabilizing additive authorized for organic fertilizers and biofertilizers.
This study aimed to evaluate the agronomic quality of the compost, classified as soil
conditioner, produced from the aerobic decomposition of sugarcane residues with the
addition of PE, besides the chemical changes in the soil, the supply of nutrients in the
aerial part and vegetative development of clonal seedlings of hybrid Eucalyptus grandis x
Eucalyptus urophylla (with 100 days after planting) after the application of the compost.
The experimental design was randomized block, in a factorial design (4 × 5 + 1) with six
replicates and four concentrations of PE: 0, 10, 15 and 20% (m/m) and five doses of
fertilizer: 0, 5, 15, 25 and 35 t D.M. ha-1, and additional treatment with mineral fertilization
and liming. For the treatment with mineral fertilization and liming, it was applied 400 kg
ha-1, respectively 4 g pot-1 of 10-10-10 NPK and 1.48 t ha-1, that means, 14.8 g pot-1, of
Minercal (PRNT = 91.5). The addition of PE allowed higher levels of macro and
micronutrients in the compost. The compost with 15% of PE and doses of 25 and 35 t DM
ha-1 positively incremented the chemical properties of the soil, besides positive interactions
in height (H), seedling diameter (CD) at 30, 60 and 90 days after planting and dry mass
(DM) of leaves, stems and roots at 90 days after planting. The application of
XIV

compost with 20% of PE at doses of 15, 25 and 35 t DM ha-1, presented positive


relationship with the increase in electrical conductivity of the soil (EC), however it
suppressed the development of plants, resulting in lower values of H and CD at 30, 60 and
90 days after planting and D.M. of leaves, stems and roots at 90 days after planting.
1

1 INTRODUÇÃO

A crescente preocupação com as implicações ambientais dos


processos tradicionais de tratamento e disposição de resíduos, somada à demanda pela
Produção Mais Limpa (P + L) no setor agrícola são os principais catalisadores para o
interesse na compostagem de resíduos e subprodutos para a produção de fertilizante
orgânico. Assim, os nutrientes presentes no resíduo retornam ao ciclo produtivo,
proporcionando racionamento na utilização de insumos minerais e benefícios para o solo
onde é produzida a matéria-prima industrial, além da manutenção do equilíbrio dos ciclos
biológicos no ecossistema com a inexistência da disposição em aterros.
A produção de carvão vegetal originado de fontes renováveis,
utilizado na geração de bioenergia para diferentes processos industriais, carece em
pesquisas para diminuição dos passivos ambientais. A recuperação e a correta utilização
dos subprodutos da carbonização da madeira minimizam o impacto ambiental causado pelo
lançamento dos gases na atmosfera. A partir da condensação e recuperação dos gases
voláteis é obtido o extrato pirolenhoso (E.P.), um líquido de coloração amarela a marrom
avermelhada, com potencial uso na agricultura. Tais técnicas foram trazidas do Japão onde
o E.P. é utilizado há séculos na adubação e proteção fitossanitária de culturas agrícolas.
De acordo com a IN - MAPA No 25, de 23 de Julho de 2009
(BRASIL, 2009) o extrato pirolenhoso é classificado como agente quelante e complexante
orgânico e aditivo estabilizante autorizado para fertilizantes orgânicos e organominerais.
Viabilizando-se as técnicas para a utilização do E.P. na silvicultura brasileira o setor
industrial dependente de energia da biomassa proveniente do carvão pode evitar a emissão
2

da fumaça na atmosfera, otimizando o ciclo do C com a aplicação do E.P. nas florestas


energéticas.
A integração da produção florestal e o gerenciamento de resíduos
industriais tem base na utilização racional dos recursos naturais, diminuição do passivo
ambiental e valorização dos resíduos através da recuperação de nutrientes e energia. Os
resultados positivos destas técnicas implicam diretamente na redução de riscos à saúde
ambiental e humana, bem como contribuem sobremaneira para o balanço econômico do
reflorestamento, tendo em vista os novos enfoques certificatórios que regem o mercado.
Na Produção Mais Limpa (P+L), em razão da ênfase na reciclagem
dos recursos naturais, os resíduos agroindustriais são fontes primárias de nutrientes para a
produção florestal. O balanço da importação e exportação de nutrientes nas áreas de
reflorestamento deve ser considerado como parte integrante do ciclo energético.
Em vista do exposto, os objetivos do presente trabalho foram
avaliar os atributos químicos do composto condicionador de solo produzido a partir da
decomposição aeróbia de palhiço de cana-de-açúcar com adição de extrato pirolenhoso, as
alterações químicas do solo, as alterações no teor de nutrientes na parte aérea e o
desenvolvimento de mudas clonais de híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus
urophylla com 100 dias de idade após a aplicação do composto condicionador de solo.
3

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Extrato Pirolenhoso

Produto de origem natural, derivado dos extratos de fumaça,


conhecido como extrato pirolenhoso (E.P.), ácido pirolenhoso, vinagre de madeira e
mokusaku com diversas formas de aplicação, dentre elas a agrícola, é composto por água
em sua maior parte (80 a 90%9 v/v) e uma mistura complexa de milhares de compostos,
contendo nesses mais de 200 compostos orgânicos decorrentes da degradação térmica da
madeira, como ácido acético, alcoóis, acetonas, ésteres e furanos. Além destes cita-se
número significativo de compostos resultantes da degradação térmica da lignina tais como
fenol, guaicol, siringol, pirocatecol e seus derivados (FENGEL & WEGENER, 1983;
SHAFIZADEH, 1984; GUILLÉN et al., 1995, 2001; GUILLÉN & IBARGOITIA, 1996a,
b, 1998, 1999; GUILLÉN & MANZANOS, 1996, 1997, 1999a, b, 2002; ADRIANSZ et
al., 2000, WEI et al., 2010). Na tabela 1 é apresentada a caracterização química do E.P
conforme Loo et al. (2008).
O E.P. é obtido após o processo de condensação da fumaça
formada pela carbonização da biomassa da madeira para produção de carvão vegetal. No
interior dos fornos carvoeiros ocorre a pirólise lenta, a qual atinge temperaturas superiores
a 300 °C, com taxa de aquecimento inferior a 80 °C/min. (WILLIAMS & BESLER, 1996).
A biomassa consiste em grande parte de celulose, hemicelulose e lignina, biopolímeros
complexos que são submetidos a várias transformações com o aumento da temperatura.
Isto pode ser observado nos resultados de análises termogravimétricas (TGA) para os
diferentes constituintes de biomassa (YANG et al., 2007). A massa da biomassa diminui
4

devido à evaporação de água durante as fases iniciais de aquecimento, quando a


temperatura da biomassa aumenta para cerca de 100 °C. À medida que a temperatura
aumenta para cerca de 160 °C a umidade higroscópica é removida da biomassa. Os vapores
da pirólise nesta fase apresentam taxa de aquecimento insignificante. A temperaturas acima
de 180 °C o complexo de celulose, hemicelulose e polímeros de lignina se rompe,
liberando uma mistura de gases não condensáveis e vapores condensáveis (NACHENIUS
et al., 2013). Entre 180 e 270 °C as reações são endotérmicas, mas constatou-se tornar-se
exotérmica a temperaturas acima de 280 °C. A temperaturas acima de 400 °C os
componentes menos voláteis que ainda impregnam o carvão sólido são gradualmente
expelidos, produzindo assim um produto que tem um maior teor de carbono fixo e um
menor teor de carbono volátil. A mistura destes gases e vapores denominada fumaça
percorre um cano com comprimento superior a 10 metros, ocorrendo a condensação dos
vapores condensáveis. O líquido pirolenhoso coletado é posteriormente deixado em
repouso durante três meses para que ocorra a decantação e purificação natural, resultando
na distinção de três fases: o óleo na parte superior, o E.P. líquido e translúcido de
coloração amarela a marrom avermelhada na fase intermediária e o alcatrão vegetal de
consistência pegajosa e coloração escura na parte inferior (WEI et al., 2010). As
propriedades físicas do E.P. são apresentadas na Tabela 2.
O E.P. pode ser obtido de diferentes espécies vegetais, como
Eucalyptus spp., Pinus spp. e bambu, com sua composição caracterizada em função da
espécie. Além disso, no processo de obtenção do E.P. é importante para sua composição o
controle da temperatura utilizada no processo de condensação, que pode inibir ou ativar
compostos bioativos (BROWN & VAN STADEN, 1997; MU et al., 2004), influenciando
na qualidade do produto.
No Japão, o E.P. é denominado “mokusaku-eki” e tem utilização
tradicional no controle de pragas em aplicações via solo e como “fertilizante orgânico” em
arroz (TSUZUKI et al., 2000). Além do uso agrícola o E.P. é utilizado como removedor de
odor no chorume de aterros sanitários (HUH et al., 1999). O E.P. também tem aplicação
medicinal (GUILLÉN et al., 1995 e GUILLÉN & IBARGOITIA, 1998; KIM, 2001;
PARK, 2003; LOO et al., 2008) e na alimentação humana e animal (WANG et al., 2010),
já que possui aroma característico, acrescentando também efeito inibidor do crescimento
microbiano (YOUN, 2003; SANGSRICHAN, 2009). A adição de E.P. em proporção de
0,2% na ração de leitões resultou no aumento da conversão alimentar (AHN, 2005),
5

melhora na digestibilidade de nutrientes e diminuição de coliformes intestinais prejudiciais


(CHOI, 2009). Com a mesma quantidade de E.P. na ração de frangos Shim (2013) relata
redução na emissão de gases tóxicos nas excretas, além de efeitos positivos nos parâmetros
nutricionais da carne. Citam-se as propriedades antifúngicas do E.P. e óleo pirolenhoso no
tratamento de madeira (SUZUKI et al., 1997; FREEL & GRAHAM, 2000; MOURANT et
al., 2005; e MOURANT et al., 2008) e na substituição parcial do fenol em resinas para
fabricação de painéis, obtendo-se resultados promissores quanto às propriedades mecânicas
(AMEN-CHEN et al., 2002; CHAN et al., 2002; MOURANT et al., 2008).
6

Tabela 1. Caracterização Química do Extrato Pirolenhoso (LOO et al., 2008).


Famílias Compostos
2-Metoxifenol (guaicol)
4-Metil-2-metoxifenol
1-(3-Hidroxi-2-metoxifenil)-etanona
Guaiacol e Derivados 4-(2-Propenil)-2-metoxifenol (eugenol)
4-Hidroxi-3-metoxibenzaldeido (vanilina)
4-Hidroxi-3-metoxibenzoico ácido (ácido vanílico)
1-(4-Hidroxi-3-metoxifenil)-2-propanona
1-(4-Hidroxi-3-metoxifenil)-etanal
2,6-Dimetoxifenol (siringol)
3,4-Dimetoxifenol
4-Metil-2,6-dimetoxifenol
Siringol e Derivados 4-Etil-2,6-dimetoxifenol
4-Vinil-2,6-dimetoxifenol
4-Propil-2,6-dimetoxifenol (4-propilsiringol)
4-Hidroxi-3,5-dimetoxibenzaldeido
1-(4-Hidroxi-3,5-dimetoxifenil)-etanona
1-(4-Hidroxi-3,5-dimetoxifenil)-2-propanona
1,2-Benzenodiol (catecol)
1,4-Benzenediol (hidroquinona)
Pirocatecol e Derivados 3-Metoxi-1,2-benzenodiol
3-Metil-1,2-benzenodiol
4-Metil-1,2-benzenodiol
4-Etilbenzenodiol
1,6-Anidro-α-D-galactofuranose
Derivados de Carboidratos 1,6-Anidro-α-D-galactopiranose
1,6-Anidro-β-D-manopiranose
Cânfora
Terpinen-4-ol
Compostos Terpênicos 5-Hidroxi-1,8-cineol
2H-1-Benzopiran-2-ona
2-Metilpiridina
3-Metilpiridina
Compostos Nitrogenados 3-Metoxipiridina
1,3-Dimetil-1H-pirazol
2-Etil-6-metilpiridina
2-Metil-3-pirinidol
7

Tabela 2. Caracterização Física do Extrato Pirolenhoso (LOO, 2008).

Propriedades Físicas Valores


Aparência Líquido Marrom Avermelhado
Pressão de Vapor Similar a da Água
Densidade Específica 1,07 a 1,09 a 25 oC
Ponto de Fulgor 44 - 46oC
Ph 2,0 a 3,0
Viscosidade 20 – 100 cSt a 40oC
Curva de Ebulição Fervura Inferior a 100 oC
Temperatura de Auto Ignição Superior a 500 oC
Odor Aroma de Fumaça

2.2 Extrato Pirolenhoso na Agricultura

Produtos advindos de fontes naturais e renováveis têm sido


estudados na aplicação para a agricultura, como no caso do E.P., possibilitando
incrementos na produção das culturas agrícolas (DE LANGE & BOUCHER, 1990;
SHIRAKAWA et al., 1993; UDDIN et al., 1994; JÄGER et al., 1996; VAN STADEN et
al., 2000; TSUZUKI et al., 2000; MU et al., 2003; FLEMATTI et al., 2004; VAN
STADEN et al., 2006; DEMIR et al., 2009; FLEMATTI et al., 2009; NELSON et al.,
2009; LIGHT et al., 2010; MU & KU, 2010). Os principais países produtores de extrato
pirolenhoso são o Japão, China, Indonésia, Malásia, Brasil e Chile, incluindo outros no
Sudeste Asiático e na América do Sul (CAMPOS, 2007). No Brasil sua utilização na
agricultura é recente e vem atraindo a atenção de pesquisadores e técnicos, como
alternativa de uso na formulação de fertilizantes organominerais, devido sua ação quelante
e complexante (BRASIL, 2009).
O E.P. diluído em água na concentração de 0,33 a 2% (v/v), quando
aplicado ao solo melhora suas propriedades físicas, químicas e biológicas, propiciando
aumento de microrganismos benéficos e facilitando a absorção de nutrientes da solução do
solo pelas plantas. O E.P. bruto não deve ser utilizado na agricultura sem ser purificado e
dele extraído o alcatrão solúvel logo após a obtenção do produto, o que pode ser feito por
8

meio de processo industrial com destilação a vácuo ou de forma artesanal via decantação.
Além disso, deve ser filtrado antes do uso (MIYASAKA et al., 1999).
Em 2004, o composto biologicamente ativo butenolida (3-metil-
2H-furo[2,3-c]piran-2-ona) foi isolado com sucesso a partir de celulose carbonizada e
fumaça derivada da carbonização vegetal (FLEMATTI et al., 2004; VAN STADEN et al.,
2004), mais tarde referido como “karrikinolide” (KAR1), pertencente à classe de
compostos “karrikins”, a qual é uma nova família química definida de reguladores de
crescimento vegetal (CHIWOCHA et al., 2009; DIXON et al., 2009; FLEMATTI et al.,
2009; LIGHT et al. 2009; KULKARNI et al. 2011). Pesquisas demonstram que os
compostos bioativos da fumaça líquida ou líquido pirolenhoso promovem o
desenvolvimento de plântulas de milho, tomate, quiabo, feijão (VAN STADEN et al.,
2006) e arroz (KULKARNI et al., 2006). A disparidade no balanço e concentração dos
compostos químicos presentes em lotes distintos de líquido pirolenhoso pode ser eliminada
usando KAR1 puro, permitindo a comparação válida das aditividades biológicas durante os
experimentos (CHIWOCHA et al., 2009; LIGHT et al., 2009). O potencial de KAR1 em
concentração extremamente baixa tem sido demonstrada por pesquisadores da África do
Sul (KULKARNI et al 2008; JAIN et al 2008) e Austrália (ROKICH & DIXON, 2007;
DIXON et al., 2009). Evidências de que a fumaça líquida e o KAR1 são ativos em baixas
concentrações e que não causam efeitos tóxicos (VERSCHAEVE et al., 2006;
KULKARNI et al., 2010; MUNGKUNKAMCHAO et al., 2013) torna-os opções como
agentes promotores da regulação de compostos secundários em vegetais (AREMU, 2012).
Lashari et al. (2013) realizaram experimento de campo de dois anos
com correção/condicionamento físico-químico de um Neossolo salinizado da China
Central com composto de esterco de galinha e biochar (carvão de biomassa) e solução de
E.P. Aplicou-se 12 t ha-1 do composto seguido da aplicação de 0,15 t ha-1 de E.P. Os
resultados demonstraram forte efeito da aplicação do composto enriquecido com E.P. na
redução da salinidade, aumento da fertilidade do solo, aporte de nutrientes à cultura e
acréscimo na produtividade agrícola, mantidos por dois anos. As propriedades do biochar e
a composição química do E.P., base para os estudos de Lashari et al. (2013), foram
reportadas respectivamente por Zhang et al. (2010; 2012) e Yan et al. (2011).
Souza-Silva et al. (2006) relatam que aplicando 100% da adubação
de crescimento e 1% (v/v) de E.P. obteve-se a maior altura média de mudas clonais de
eucalipto (Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla); já com aplicação de 50% da
9

adubação e doses crescentes de E.P. houve decréscimo na altura das plantas. O aumento da
concentração do E.P. provocou diminuição no diâmetro de mudas, massa seca da parte
aérea e massa seca de raiz, demonstrando que em altas concentrações o E.P. causa
fitotoxidez às mudas de eucalipto.
O E.P. possui forte ação antimicrobiana em concentração 50 mg
-1
ml para os fitopatógenos Phytophthora capsici, Colletotrichum orbiculare, Valsamali,
Cochliobolus sativus, Helminthosporium sativum e Phytophthora infestan (WEI et al.,
2010). Jung (2007) relata que o crescimento do fungo fitopatogênico Alternaria mali foi
completamente inibido com E.P. na diluição de 1:32. Tais propriedades são diretamente
relacionadas aos ácidos orgânicos, os quais são os principais componentes do E.P. (WEI et
al, 2008a, 2008b, 2009, 2010).
De acordo com a IN - MAPA Nº 35, de 4 de Julho de 2006
(BRASIL, 2006) entende-se por condicionador do solo: produto que promove a melhoria
das propriedades físicas, físico-químicas ou atividade biológica do solo, podendo recuperar
solos degradados ou desequilibrados nutricionalmente.
Conforme a IN - MAPA No 25, de 23 de Julho de 2009 (BRASIL,
2009) o E.P. é classificado como agente quelante e complexante orgânico e aditivo
estabilizante autorizado para fertilizantes orgânicos e organominerais, também autorizado
para fertilizantes minerais de acordo com a IN - MAPA No 5, de 23 de fevereiro de 2007.
Agente quelatizante é um composto que contém átomos doadores de elétrons ou grupos
(ligantes) que podem combinar com um íon metálico simples para formar uma estrutura
cíclica chamada de complexo quelatizado ou quelato (MORTVEDT, 1999).
Complexos são espécies químicas formadas por um íon metálico
no centro de uma estrutura geométrica, ao redor do qual se dispõem moléculas ou íons
denominados ligantes. Ligante é um íon ou molécula, com pelo menos um par de elétrons
livres, não compartilhados em ligações químicas. Os complexos formados por ligantes
polidentados recebem o nome particular de quelatos. Nos complexos ocorrem ligações
covalentes coordenadas, explicando o nome compostos de coordenação dado aos
complexos. A formação do complexo altera a carga do cátion e seu comportamento, como
a retenção nos coloides do solo. Tal estrutura preserva o íon metálico da formação de
compostos insolúveis com o H2PO4-, com a argila e até certo ponto evita sua precipitação
por íons OH- ou HCO3-. A absorção radicular pode ocorrer com a molécula inteira, ou o
metal isolado via dissociação prévia (MALAVOLTA et al., 1997). As formas
10

organicamente ligadas dos micronutrientes catiônicos são mais disponíveis para as plantas
do que as formas inorgânicas precipitadas insolúveis e as retidas em minerais primários
(CHEN, 1996).
11

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Enriquecimento do Composto Condicionador de Solo

O experimento foi instalado em Março de 2010 no Departamento


de Recursos Naturais/Ciências Ambientais da Faculdade de Ciências Agronômicas -
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu - São Paulo.
O composto condicionador de solo foi produzido a partir da
decomposição aeróbia de palhiço de cana-de-açúcar, com adição de Extrato Pirolenhoso
(E.P.) em doses 0%, 10%, 15% e 20% (m/m) e ureia (TAB. 3). O experimento foi
conduzido em delineamento blocos casualizados com quatro repetições, em células de
alvenaria com volume de 1 m3, alocadas sob estrutura com cobertura de telhas de cerâmica
e laterais vazadas, com pé direito de 3,5 metros. As reviradas para aeração foram
realizadas duas vezes por semana e a umidade das leiras mantida em 55% através de rega
controlada, sendo o chorume percolado por meio de orifícios presentes no fundo das
células. Decorridos 180 dias do início do processo foi realizada amostragem para as
análises de umidade (65°C), relação C/N, pH, teor dos elementos C, N, P, K, Ca, Mg, S,
Na, Cu, Fe, Mn, Zn e teor de Matéria Orgânica do composto condicionador de solo
(BRASIL, 2007).
O palhiço de cana-de-açúcar foi proveniente da empresa Rio Claro
Agrícola, Lençóis Paulista - São Paulo, composto por folha, bainha foliar, ponteiro e
toletes de colmo, enfardados após a colheita mecanizada. O E.P. cedido pela empresa
Maringá S/A, Itapeva - São Paulo foi obtido a partir da condensação da fumaça formada no
processo de carbonização da madeira de Eucalyptus sp. para produção de carvão. O
12

material condensado, denominado líquido pirolenhoso, foi submetido ao processo de


decantação e repouso por 100 dias, o que promoveu a distinção de três fases: fase superior
contendo óleos leves; fase mediana contendo o E.P.; fase inferior contendo o alcatrão
precipitado. Por separação de fases obteve-se o E.P. livre de alcatrão insolúvel (FIG.1). As
análises químicas dos materiais foram realizadas no Laboratório de Fertilizantes e
Corretivos do Departamento de Recursos Naturais/Ciência do Solo da FCA/UNESP,
Botucatu - São Paulo, conforme metodologia descrita em Brasil (2007) (TAB. 4).

MADEIRA
CARBONIZAÇÃO

CARVÃO FUMAÇA

CONDENSAÇÃO

LÍQUIDO PIROLENHOSO GASES NÃO


BRUTO CONDENSÁVEIS

DECANTAÇÃO
EXTRATO ALCATRÃO
PIROLENHOSO INSOLÚVEL

Figura 1. Processo de Obtenção do Extrato Pirolenhoso (MYASAKA et al., 1999).

Tabela 3. Proporção dos materiais na composição das leiras.


Palhiço Extrato Pirolenhoso Ureia
Porcentagem de E. P. na massa final da leira
kg matéria seca kg matéria seca kg matéria seca

0% 100 0 0,7
10% 90 10 0,65
15% 85 15 0,6
20% 80 20 0,55
13

Tabela 4. Análise química dos materiais.


Concentração no Material Orgânico
Amostra
N P K Ca Mg S C M.O. C/N
------------------------------ porcentagem na matéria seca --------------------

Palhiço 0,64 0,16 0,35 0,39 0,1 0,06 44,4 87 75/1


Ext. Pirolenhoso 0,21 0,03 0,02 0,04 0,01 0,27 3,4 6 16/1

Amostra Na Cu Fe Mn Zn B pH Umidade
(65 oC)
-------------- mg kg-1 matéria seca --------------------

Palhiço 140 0 428 24 6 24 5,35 54,7


Ext. Pirolenhoso 1700 0 34100 158 126 20 4,20 -

3.2 Aplicação do Composto Condicionador de Solo

3.2.1 Local do Experimento

O experimento foi conduzido de Março a Setembro de 2011 em


casa de vegetação com dimensões de 10 x 30 m do Departamento de Recursos
Naturais/Ciências Ambientais da Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu – São Paulo. Na Tabela 5 são
apresentados os resultados da análise química para os atributos de fertilidade do solo
utilizado, classificado como Latossolo Vermelho de textura média (EMBRAPA, 1999),
coletado no Setor de Patrulha da Fazenda Experimental Lageado.
Segundo a classificação internacional de Koppen (CUNHA et al.,
1999), o clima de Botucatu é classificado como que temperado quente, com chuvas no
verão e seca no inverno, temperatura média do mês mais frio inferior a 17 ºC e do mês
mais quente superior a 23 ºC, com precipitação pluviométrica média anual de 1533,2 mm.

3.2.2 Descrição da Espécie Utilizada

As mudas, clones de híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus


urophylla com 100 dias de idade, foram doadas pela empresa Eucatex S.A. – Divisão
Florestal. O clone utilizado, denominado “132”, tem se mostrado adaptado à região de
14

Botucatu - São Paulo apresentando alta produtividade, resistência à ferrugem (Puccinia


psidii Winter) e tolerância ao déficit hídrico.

3.2.3 Condução do Experimento

A incorporação do composto condicionador de solo nos vasos de


50 L foi realizada com betoneira na camada 0 – 20 cm do (FIG. 2); a camada 20 – 40 cm
foi preenchida com solo; a camada 40 – 50 cm foi preenchida com pedra brita. Assim o
volume do vaso disponível para crescimento radicular foi de 20 L. Simulando a aplicação
na camada 0 - 20 cm em 1 ha de solo o cálculo em t ha-1 para 2000 m3 de solo foi
convertido em g vaso-1 para 0,02 m3 de solo. Considerou-se a umidade (65°C) média do
composto orgânico 65% para o cálculo das doses em tonelada de matéria seca por hectare
(t M.S. ha-1) e as respectivas doses em gramas de matéria seca por vaso (g. M.S. vaso-1). O
delineamento experimental blocos inteiramente casualizados, em esquema fatorial (4 × 5 +
1) em seis repetições, com quatro concentrações de E.P. no composto orgânico: 0, 10, 15 e
20% (m/m) e cinco doses de adubação: 0, 5, 15, 25 e 35 t M.S. ha-1, somando-se o
tratamento adicional com adubação mineral e calagem (TAB. 6). O tratamento com
adubação mineral e calagem consistiu na aplicação de 400 kg ha-1, respectivamente 4 g
vaso-1 do formulado 10-10-10, segundo recomendação de adubação de Raij & Quaggio
(1983) para adubação mineral de plantio na cultura de Eucalyptus spp. nas condições de
fertilidade do solo utilizado, e aplicação de 1,48 t ha-1, respectivamente 14,8 g vaso -1 de
calcário dolomítico Minercal PRNT = 91,5 de acordo com cálculo da necessidade de
calcário.
As mudas foram plantadas no final do mês de março de 2011. A
umidade do solo foi mantida na taxa de 70% da capacidade de retenção de água, sendo
fornecido o mesmo volume de irrigação para todos os tratamentos.
15

a b

Figura 2. Incorporação do composto ao solo para enchimento dos vasos (a) e plantio (b).
Condução do experimento (c). Mudas clonais de híbrido de Eucalyptus grandis x
Eucalyptus urophylla (d).
16

Tabela 5. Análise Química do Solo Utilizado.

pH M.O Presina S Al3+ H+Al K Ca Mg SB CTC V% C.E.


CaCl2 g dm-3 -- mg dm-3 -- ------------------------- mmolc dm-3 ------------------------- μs cm-1

4,0 14 2 3 12 69 0,6 4 1 6 75 7 82,3

Boro Cobre Ferro Manganês Zinco Sódio


-3
------------------------------------------------------ mg dm -------------------------------------------------------

0,21 0,8 45 0,5 0,2 0,43

Tabela 6. Descrição dos Tratamentos de Adubação.


Adubação Calcário
Porcentagem de Composto Composto
Mineral Dolomítico
E.P. no Composto Orgânico Orgânico
(10-10-10) PRNT 91,5
Orgânico t M.S. ha-1 g M.S. vaso-1 g vaso-1 g vaso-1

0 0 0 - -
0 5 50 - -
0 15 150 - -
0 25 250 - -
0 35 350 - -
10 0 0 - -
10 5 50 - -
10 15 150 - -
10 25 250 - -
10 35 350 - -
15 0 0 - -
15 5 50 - -
15 15 150 - -
15 25 250 - -
15 35 350 - -
20 0 0 - -
20 5 50 - -
20 15 150 - -
20 25 250 - -
20 35 350 - -
Adubação Mineral e Calagem - 4 14,8
17

3.2.4 Características Químicas do Solo

A amostragem de solo dos vasos para caracterização química


foi realizada na camada 0 - 20 cm aos 90 dias após incorporação dos tratamentos de
adubação e plantio das mudas. As amostras foram secas ao ar, seguindo-se o peneiramento
em malha de 2 mm, para análise no Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de
Recursos Naturais/Ciência do Solo da FCA/UNESP, Botucatu - São Paulo. Determinou-se
o pH em CaCl2, Matéria Orgânica, P (resina), Al3+, H+Al, K, Ca, Mg e S trocáveis, B, Cu,
Fe, Mn, Zn, Na e calculada a capacidade de troca de cátions (CTC) e a saturação por bases
(V%), conforme metodologia descrita por Raij et al. (2001). Os teores de micronutrientes
catiônicos foram determinados após extração com solução DTPA em pH 7,3. Já os teores
de B foram determinados seguindo-se o método em água quente, segundo Raij et al.
(2001).

3.2.5 Avaliação de Crescimento das Mudas

Avaliaram-se mensalmente após o transplante a altura da parte


aérea (H) e o diâmetro do coleto (DC) das mudas. Para a altura da parte aérea mediu-se o
comprimento do coleto até a gema apical. Para a medição do diâmetro do coleto das mudas
utilizou-se paquímetro digital, posicionado 2 cm acima do solo.

3.2.6 Massa de Matéria Seca das Plantas

Para a determinação da Massa de Matéria Seca (M.S.) aos 90 dias


após plantio coletou-se separadamente folhas, raízes e caule, levados à estufa a 70oC para
secagem até massa constante. A matéria seca total foi estimada pela somatória das
referidas partes.

3.2.7 Diagnose Foliar dos Teores de Nutrientes

Para determinação dos teores foliares dos elementos químicos


coletou-se a parte aérea no terço médio das plantas aos 90 dias após plantio. As folhas
18

foram submetidas à lavagem rápida com água destilada e encaminhadas para secagem em
estufa com circulação de ar a 55 – 60°C por 72 horas, sendo em seguida moídas em
moinho tipo Willey. As análises foram realizadas no Laboratório de Nutrição Mineral de
Plantas do Departamento de Recursos Naturais/Ciência do Solo da FCA/UNESP de
Botucatu – São Paulo, utilizando-se a metodologia descrita por Malavolta et al. (1997).

3.2.8 Perfil Químico do Extrato Pirolenhoso e Chorume

O perfil químico do E.P. e do chorume percolado das leiras foi


identificado por Cromatografia Gasosa (GC – MS) na Central Analítica do Instituto de
Química da Universidade de São Paulo - USP/São Carlos, com as seguintes condições
cromatográficas: Temperatura do Forno: 50 °C; Tempo de Equilíbrio do Forno: 1 min;
Temperatura do injetor: 280 °C; Temperatura da Interface: 280 °C; Comprimento da
Coluna: 30 m; Diâmetro da Coluna: 0,25 mm; Pressão da Coluna: 150 kPa; Fluxo da
Coluna: 2,70 ml/min; Velocidade Linear: 59,1; Fluxo Total: 30 ml/min.

3.2.9 Análise Estatística

Os resultados das análises químicas do composto foram submetidos


à análise de variância, a 1 e 5% pelo teste F. As médias dos tratamentos foram comparadas
por meio da aplicação do Teste de Tukey com nível de significância a 5%.
Para avaliação da aplicação do composto produzido os resultados
foram submetidos à análise de regressão, ajustando-se as equações aos dados obtidos a
partir das doses dos compostos, adotando-se como critério para escolha do modelo a
interação através do teste F significativo a 5% e magnitude dos coeficientes de
determinação. As análises de regressão foram realizadas no programa Sisvar Versão 5.1.
19

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Composto Condicionador de Solo

4.1.1 Teor de Nutrientes

De acordo com a IN – MAPA No 35, de 4 de Julho de 2006


(BRASIL, 2006) o condicionador de solo enriquecido com Extrato Pirolenhoso é
classificado na Classe A: produto que em sua fabricação utiliza matéria-prima de origem
vegetal, animal ou de processamentos da agroindústria, onde não sejam utilizados no
processo o sódio (Na+), metais pesados, elementos ou compostos orgânicos sintéticos
potencialmente tóxicos.
Durante a queima da madeira compostos orgânicos voláteis
(COV’s) são produzidos independentemente do processo utilizado (OLSSON et al., 2003,
2004; CHOUCHENE et al., 2010; MUN & KU, 2010; SONG & PENG, 2010). Estes
COV’s são formados durante a pirólise pela quebra ou rearranjo das estruturas químicas da
biomassa original (DEMIRBAS, 2000). Todos estes componentes podem ser consumidos
por cepas de bactérias fototróficas que ocorrem no solo (FOCHT, 1999; FISCHER &
BIENKOWSKI, 1999). Durante a condensação da fumaça os COV’s são recuperados e
carreados no processo de obtenção do extrato pirolenhoso (E.P.), bio-óleo e alcatrão
vegetal (BOATENG et al., 2007; YU et al., 2007). O E.P. condensado é rico em ácidos de
baixo peso molecular (fórmico e acético), alcoóis (metanol) e aldeídos (formaldeído e
acetaldeído). Alguns dos constituintes mais representativos são: ácido acético (0,5 - 12%
20

do peso total dos gases condensados), ácido fórmico (0,3 – 9,1%), metanol (0,4 -2,4%),
formaldeído (0,1 - 3.3%), acetaldeído (0,1 - 8,5%) e hidroxiacetaldeído (0,9 - 13%)
(MULLEN et al., 2010; TIILIKKALA et al., 2010). Em baixas concentrações tais ácidos,
alcoóis e aldeídos são fonte de substrato carbônico e energético para microorganismos
decompositores, potencializando a mineralização dos elementos orgânicos presentes no
composto (STEINER et al. 2008). A adição de E.P. elevou a concentração de N, P, Mg no
composto condicionador de solo em proporção à quantidade aplicada, porém com interação
significativa apenas para o K (TAB. 7, TAB. 8 e FIG. 3), assim como evidenciado por
Xiao-Chun et al. (2009) expondo que o E.P. pode acelerar a maturidade e melhorar as
características físico-químicas após a maturidade do composto orgânico. Em razão da
condição de anaerobiose no início do processo de compostagem o S foi volatilizado das
leiras onde se aplicou a concentração 20% E.P. (TAB. 7, TAB. 8 e FIG. 3). A concentração
de Ca foi reduzida nos tratamentos com aplicação de E.P., porém não ocorreu diferença
significativa entre os tratamentos (TAB. 7, TAB. 8 e FIG. 3). Tal redução se deve à baixa
concentração de Ca no E.P. em relação à composição do palhiço de cana-de-açúcar (TAB.
4). O composto orgânico com 0% de E.P. apresentou maior teor de Umidade (70,94%) em
comparação aos demais tratamentos, evidenciando maior da evaporação de água nas leiras
enriquecidas com E.P. (TAB. 8).

Tabela 7. Quadrado Médio e Coeficientes de Variação (C.V.) dos atributos do composto


condicionador de solo.
Quadrado Médio
F.V. G.L.
N P2O5 K2O Ca Mg S C M.O.
ns ns ns ns ns
Bloco 3 0,032 0,033 0,006* 0,0082 0,0009* 0,0004 20,530 74,516ns

E.P.(%) 3 0,021ns 0,020ns 0,005* 0,0036ns 0,0004ns 0,0004ns 11,409ns 42,955ns

Resíduo 9 0,007 0,010 0,001 0,0077 0,0001 0,0004 4,788 17,134

C.V. 17,20 21,40 19,04 43,29 16,00 36,01 17,38 18,15

Na Cu Fe Mn Zn C/N pH U-65ºC
Bloco 3 1244,3* 1,583ns 99171,58ns 66,333ns 24,333ns 8,583ns 0,489ns 87,553ns

E.P.(%) 3 3585,4* 4ns 525445,6ns 91,638ns 39,861* 3,777ns 0,776ns 76,881ns

Resíduo 9 853 3,583 180398,8 27,555 8,111 8,027 0,184ns 20,251

C.V. 26,65 21,84 32,66 20,52 23,9 11,18 6,82 7,06


*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F; M.O.: matéria
orgânica; U-65ºC: Umidade (65ºC).
21

Tabela 8. Análise química do composto condicionador de solo – macronutrientes, umidade


(65 oC), matéria orgânica (M.O.) e C.
Concentração no Composto Orgânico (Base Seca)
Concentração E. P.
N P K Ca Mg S Umidade M.O. C
(%) (65oC)
--------------------------------- porcentagem na matéria seca -----------------------------------

0 0,40 0,37 0,13 b 0,16 0,06 0,036 70,94 19,21 10,67

10 0,50 0,45 0,16 ab 0,17 0,07 0,056 60,30 22,86 12,70

15 0,49 0,44 0,16 ab 0,17 0,08 0,063 63,45 21,14 11,74

20 0,61 0,47 0,23 a 0,21 0,09 0,060 60,13 28,02 15,23

CV (%) 17,20 21,40 19,04 14,43 16 36,01 7,06 18,15 17,38

*Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem estatisticamente pelo teste de Tukey
(p<0,05).

0,65 0,5 y = -0,0125x2 + 0,0915x + 0,2975


R² = 0,8511
0,6
% na Matéria Seca

% Matéria Seca

0,55 0,45

0,5 y = 0,0027x2 + 0,0467x + 0,3632


R² = 0,8494 0,4
0,45
0,4 P
0,35
0,35 N
0,3 0,3
0 10 15 20 0 10 15 20
% E. P. % E. P.

0,22
0,24
2
y = 0,01x - 0,02x + 0,145 0,21 y = 0,0075x2 - 0,0225x + 0,1775
% na Matéria Seca

0,22
% na Matéria Seca

R² = 0,9074 R² = 0,9153
0,20
0,2
0,19
0,18
0,18
0,16 K Ca
0,17
0,14
0,16
0,12
0,15
0,1
0 10 15 20
0 10 15 20
% E. P % E. P
22

0,095 0,07
0,09 0,065
% na Matéria Seca

% na Matéria Seca
0,085 0,06
0,08 y = 0,001x 2 + 0,0034x + 0,0595 y = -0,0057x2 + 0,0366x + 0,0053
0,055
R² = 0,9566 R² = 0,999
0,075
0,05
0,07
0,045
0,065
Mg 0,04 S
0,06
0,055 0,035
0,05 0,03
0 10 15 20 0 10 15 20
% E. P. % E. P.

Figura 3. Teores de N, P, K, Ca, Mg e S no composto condicionador de solo em relação à


concentração de Extrato Pirolenhoso.

Devido à alta concentração de Na no E.P. o enriquecimento


proporcionou ao composto incrementos no teor deste elemento, proporcionais à quantidade
aplicada (TAB. 7, TAB. 9 e FIG. 4).
Através de reações de troca ou de mecanismos de complexação e
quelação o extrato pirolenhoso pode reter em formas disponíveis os íons metálicos Fe, Zn e
Mn. Os quelatos além de aprisionarem o metal em forma solúvel podem ser absorvidos
pelas raízes (MALAVOLTA et al, 1997). O extrato pirolenhoso atua como um agente
quelante de cátions aumentando a disponibilidade dos nutrientes para as plantas. A
concentração de Zn e Mn no composto orgânico foi substancialmente elevada na medida
em que se elevou a concentração de E.P. na massa inicial das leiras, porém com interação
significativa apenas para o Zn (TAB. 7; TAB. 9; FIG. 4).
A matéria orgânica e os agentes quelantes contribuem para o
fornecimento de Fe pela formação de quelatos de Fe ou pela adsorção do cátion Fe. Nestas
duas formas o micronutriente encontra-se prontamente assimilável pelas raízes. Os
tratamentos com 10, 15 e 20 % de E.P. na massa total da leira apresentaram concentração
de Fe superior ao tratamento testemunha, porém sem diferença significativa na variação
das doses (TAB. 7; TAB. 9; FIG. 4). Cita-se a lixiviação de Fe no composto 20% E.P. em
razão da formação de maior volume de chorume.
O Cu é absorvido como Cu2+ e Cu-quelato, sendo importante a
ação da matéria orgânica e de agentes quelantes como o E.P. nos processos de
complexação e quelação deste elemento (DECHEN & NACHTIGALL, 2007). A aplicação
de E.P. elevou a concentração de Cu no composto em relação à testemunha, porém o
23

incremento não apresentou proporcionalidade à elevação da dose aplicada, demonstrando


saturação dos mecanismos de adsorção e quelação, não ocorrendo diferença significativa
entre os tratamentos (TAB. 7; TAB. 9; FIG. 4).
O teor de matéria orgânica (M.O.) foi incrementado com a elevação
da concentração de E.P. no composto orgânico, assim como reportado por Xiao-Chun et al.
(2009), devido a presença de hidrocarbonetos e compostos químicos de natureza carbônica
no E.P. (SHAFIZADEH, 1984; GUILLE´N & MANZANOS, 2002). A matéria orgânica
quando atacada por microorganismos (bactérias, fungos, actinomicetes, protozoários e
vírus) sofre o processo de mineralização (Kiehl, 1998), potencializado pela adição do E.P
(STEINER et al., 2008).
Os valores de pH não apresentaram resposta à variação da
concentração de E.P. incorporado ao material orgânico, demonstrando as reações de
tamponamento na dinâmica de degradação dos componentes da matéria orgânica (TAB.
10).

Tabela 9. Análise química do composto orgânico – micronutrientes, Na, relação C/N e pH.
Concentração no Composto Orgânico (Base Seca)
Concentração E. P. (%) Na Cu Fe Mn Zn C/N pH
-1
------------------------------- mg kg matéria seca -------------------------------------
0 67,66 b 7,00 687,6 17,66 8,33 b 26,66/1 6,63

10 108, 66 ab 9,00 1382,3 26,33 11,3 ab 25/1 5,58

15 109,66 ab 9,00 1598,0 28,00 11,00 ab 24/1 6,31

20 152,33 a 9,66 1534,3 30,33 17,00 a 24,66/1 6,77

CV (%) 26,65 21,84 32,66 20,52 23,9 11,18 6,82


24

160 10
150 9,5
mg.kg-1 matéria seca

mg.kg-1 matéria seca


140
y = 0,4175x2 + 23,413x + 47,913 9
130 R² = 0,907 y = -0,335x 2 + 2,473x + 4,995
120 8,5 R² = 0,9113

110 8
100 7,5 Cu
90 Na
7
80
70 6,5
60 6
0 10 15 20 0 10 15 20
% E. P. % E. P.

1700 32
31
mg.kg-1 matéria seca

1500 30

mg.kg-1 matéria seca


29
y = -189,6x2 + 1223,6x - 336,4 28
1300 R² = 0,9962 27 y = -1,585x2 + 11,893x + 7,735
26 R² = 0,968
1100 25
24
900 23
Fe 22 Mn
21
700 20
19
500 18
17
0 10 15 20 16

% E. P. 0 10 15 20
% E. P.

18 16 y = 0,365x2 - 0,553x + 11,23


y = 0,7575x2 - 1,2165x + 9,2675
17 R² = 0,8853 R² = 0,757
% na Matéria Seca

16
mg.kg-1 matéria seca

15
14 14
13
12
11 Zn 12
10
9
8 C
7 10
0 10 15 20 0 10 15 20
% E. P. % E. P.

Figura 4. Teores de Na, Cu, Fe, Mn, Zn, C e M.O. no composto condicionador de solo em
relação à concentração de Extrato Pirolenhoso.
25

4.2 Aplicação do Composto Condicionador de Solo

4.2.1 Alterações nos Atributos Químicos do Solo

Os ajustes dos dados aos modelos de regressões lineares e


quadráticos permitiram a descrição das alterações para pH em CaCl2 com significância
apenas para os tratamentos correspondentes ao compostos com 0 e 15% E.P. (P < 0.01 e
R2=0,8889 e R2=0,9184, respectivamente), ocorrendo elevação dos valores em relação
direta com o aumento da dose de adubação, conforme Pérez-de-Mora et al. (2007) e Farrell
et al. (2010). O tratamentos 35 t M.S. ha-1 do composto com 15% de E.P. apresentou valor
de pH no solo igual ao tratamento adubação mineral e calagem (TAB. 10; FIG. 5). Os
baixos valores de pH no solo dos demais tratamentos, por conta da ausência da calagem,
não afetaram o desenvolvimento das mudas devido a tolerância do eucalipto a solos ácidos
(SYMONDS et al., 2001), citando-se ação da matéria orgânica (M.O.) na elevação dos
valores de pH em solos ácidos.
A transformação do C no solo é controlada por diferentes fatores: o
ambiente físico-químico (fatores climáticos como precipitação e temperatura, fatores do
solo como pH, concentração de nutrientes e matriz mineral do solo), natureza do material
orgânico (relação C/N, teores de lignina, ceras epicuticulares e polifénois) e composição e
atividade da comunidade decompositora (microflora e microfauna do solo) (ZECH et al.,
1992). As regressões quadráticas significativas para todas as concentrações de E.P.
(P < 0.01) no composto descrevem o incremento do teor de M.O. no solo de acordo com a
elevação da dose de adubação (TAB. 10; FIG. 6), assim como reportado por Pérez-de-
Mora et al. (2007) e Farrell et al. (2010). Como esperado os tratamento testemunha
absoluta e adubação mineral e calagem apresentaram os menores valores, ambos com 19 g
dm-3 de M.O. O aporte de matéria orgânica do solo é fortemente afetado pela ligação com
argilas, cátions polivalentes e reações inorgânicas com o N, bem como temperatura e
umidade. O C pode ter efeitos indiretos significativos sobre a produção primária,
disponibilidade e ciclagem de nutrientes via solo. A M.O. do solo tem uma grande
influência nas propriedades físicas (densidade do solo, capacidade de retenção de água),
biológicas (populações microbianas) e químicas (capacidade de troca catiônica) do solo
(McFEE & KELLY, 1995). A interação com o aporte de M.O. permeará a discussão acerca
das alterações nos atributos químicos do solo.
26

O P é um constituinte de compostos orgânicos tais como ácidos


nucleicos, fosfatos de inositol e fosfolipídios. Estes compostos podem ser mineralizados
para P inorgânico durante a decomposição da M.O. ou podem ser incorporados em formas
orgânicas mais persistentes como húmus (HECKMAN et al., 2009). A relação entre M.O. e
a manutenção do H2PO4- disponível (MALAVOLTA et al, 1997; JOHNSTON et al., 2009)
foi comprovada pela elevação do teor de P no solo em decorrência do aumento das doses
de adubação (R2=0,9184; R2=0,7905; R2=0,8095; R2= 0,9832 para os compostos com 0,
10, 15 e 20% E.P., respectivamente), descritas por regressões quadráticas (P < 0.01) na
Figura 7. Porém para as exigências da cultura do eucalipto propostas por Malavolta (2006),
os teores de P no solo foram classificados entre muito baixo (0 a 2 mg dm-3) nas doses 0, 5,
15 e 25 t M.S. ha-1 e baixo (3 a 5 mg dm-3) na dose 35 t M.S. ha-1, para todas as
concentrações de E.P. no composto (TAB.10). Deve-se ressaltar que a coleta de amostras
para análise foi realizada 3 meses após o plantio, com aporte de nutrientes para a planta. Os
efeitos das doses de adubação dos compostos aplicados são descritos por regressões
quadráticas na Figura 7.
Não obstante as melhorias das propriedades dos solos observa-se
aumento da Condutividade Elétrica (C.E.) em solos adubados com composto orgânico
adicionado de resíduos (ABREU JUNIOR et al., 2000; OLIVEIRA et al., 2002; HAO &
CHANG, 2003; FARRELL et al., 2010). Observou-se aumento considerável nos valores de
C.E. no solo a partir da dose 25 t M.S. ha-1 para os compostos com 0 e 10% E.P. Já para os
compostos com 15 e 20% E.P. tais alterações ocorrem a partir da dose 15 t M.S. ha-1. A
relação entre (C.E.) no solo e doses de adubação é descrita de acordo com a distribuição
dos dados nas regressões quadráticas (P < 0.01). Na dose 35 t M.S. ha-1 do composto 20%
E.P. a C.E. do solo atingiu 203 μs cm-1, com a ocorrência de sintomas de fitotoxidade nas
plantas, conforme será descrito no item referente à diagnose visual dos sintomas foliares. A
testemunha absoluta e tratamento com adubação mineral e calagem apresentaram os
menores valores de C.E., 114,4 e 111,2 μs cm-1 respectivamente (TAB. 12; FIG. 23).
Salienta-se que a relação entre a adição de E.P. no composto orgânico e o aumento da C.E.
no solo em altas doses de adubação é valida apenas para a concentração 20% E.P., visto
que a aplicação das doses 25 e 35 t M.S ha-1 do composto 0% E.P. ocasionou valores de
C.E. no solo (167,5 e 167,3 μs cm-1, respectivamente) superiores às respectivas doses dos
compostos 10% E.P. (149,0 e 139,5 μs cm-1, respectivamente) e 15% E.P (146,1 e 169,7 μs
cm-1, respectivamente). Na dose 35 t M.S ha-1 a aplicação do composto 0% E.P. ocasionou
27

valor da C.E. (167,3 μs cm-1) superior ao composto 10% E.P. (139,5 μs cm-1) e inferior ao
composto 15% E.P (169,7 μs cm-1). Uma vez que os sais são muito móveis, os valores de
C.E. do solo são afetados não só pela aplicação do composto orgânico condicionador de
solo, mas também pela circulação de água no solo (para baixo, com a água de irrigação e
para cima, nos processos de evaporação), assim como reportado por Hao & Chang, 2003.
A variação dos valores de C.E. do solo indica a importância do monitoramento do impacto
da aplicação de composto em profundidades superiores às zonas de enraizamento (até 30
cm) ao longo do período experimental.
A relação das propriedades químicas que apresentam correlação
com a Condutividade Elétrica do solo é: Cl- > Sc > RAS > Na+ > K+ > Mg2+ > RSD >
CO3 2- > SO4 2- > HCO3 2- > pH > SS > Ca2+, onde Sc é a concentração de sal no extrato 1:5
solo-água; RAS é a relação de adsorção de sódio, RAS = NA+/(Ca2+ + Mg2+)1/2; RSD é a
relação sódio diânion; SS é a porcentagem de sódio solúvel (LIU et al., 2006). Tendo em
vista que a elevação das doses de adubação elevou os teores de Na, K, Mg e Ca no solo
(TAB. 10 e 11; FIG. 22, 10, 11 e 12), assume-se que o aumento na C.E. do solo é devido à
degradação da matéria orgânica do composto e à solubilização predominante de íons NH4 +;
NO3 –;Ca2+; Na+ ; K+ e Mg2+ (OLIVEIRA et al., 2002). O aumento da salinidade eleva a
disponibilidade de metais pesados devido o deslocamento nos sítios de troca, solubilização
da M.O. e formação de compostos cloreto metálicos solúveis (WAHLA & KIRKHAM,
2008), conforme será discutido posteriormente.
A toxidade do Al é um importante fator de estresse para plantas em
ambientes acidificados (POSCHENRIEDER et al., 2008). A química do Al é
extremamente complexa e ainda não totalmente compreendida, em razão do amplo
espectro de complexos inorgânicos polinucleares e organometálicos com alta variação na
estabilidade que ocorrem em solos e água. Existe, no entanto, consenso que o Al+3
catiônico trivalente presente como Al(H2O)63+ em solos ácidos é a mais relevante forma
tóxica para as plantas. Entre as várias outras espécies monoméricas de Al que estão
presentes no ambiente, sulfato, fosfato e silicato de Al são muito menos tóxicas. O pH do
solo, independentemente do tratamento de adubação, apresentou valores abaixo de 5 (TAB.
10) e nestas condições o Al+3 é solubilizado e esta é a forma rizotóxica mais relevante
(KOCHIAN et al., 2004). Complexos orgânicos de Al têm baixa toxicidade e a
complexação do Al pela M.O. controla a solubilidade do Al e regula a sua toxicidade
(POSCHENRIEDER et al., 2008). Como esperado o aporte de M.O. devido à elevação da
28

dose de composto orgânico reduziu a concentração de Al+3 trocável no solo, porém a


redução equivalente ao tratamento com adubação mineral e calagem ocorreu apenas nas
doses 25 e 35 t M.S ha-1 (TAB. 10; FIG. 8). Os incrementos na Massa de Matéria Seca de
Raízes em relação à redução teores de Al+3 no solo devido ao aporte de M.O. (TAB. 10;
TAB. 14) serão discutidos no item referente às interações no crescimento vegetativo das
mudas, corroborando com os indicadores diretos da toxidade do Al, entre eles o
desenvolvimento radicular (POSCHENRIEDER et al., 2008).
Composto orgânico e resíduos agrícolas são boas fontes de K, que
se torna prontamente disponível após a aplicação no solo. O K permanece altamente
solúvel na forma catiônica (K+) em tecidos vivos, ao contrário do N e do P, os quais são
metabolizados para formar compostos orgânicos complexos, Assim, existe pouca ou
nenhuma dependência em relação à decomposição microbiana para transformar o K
presente no composto orgânico em formas disponíveis para as plantas que quando estes
materiais são aplicados ao solo (HECKMAN et al., 2009). Desta forma a M.O. presente no
solo aumenta a disponibilidade do K na forma do cátion K+ trocável (MALAVOLTA et al.,
1997; JOHNSTON et al., 2009). De acordo com o exposto, a elevação nos teores de K no
solo foi significativamente correlacionada com o aumento da dose de adubação (P < 0.01 e
R=0,9858; R=0,9637; R=0,986; R=0,9444 para os compostos com 0, 10, 15 e 20% E.P.,
respectivamente).
Em solos agrícolas de regiões úmidas, cerca de 90% do S total está
presente como um componente da M.O. De forma semelhante ao comportamento do N no
solo, a atividade microbiológica influencia a disponibilidade de S através da conversão de
S orgânico para uma forma mineral. O processo inverso de imobilização também ocorre
quando as formas inorgânicas de S são incorporadas à M.O. A adição de materiais
orgânicos altamente energéticos e com baixo teor de S ao solo pode levar à imobilização
do S de uma maneira análoga à imobilização de N. Os mesmos fatores ambientais -
temperatura, umidade, aeração e pH - influenciam a mineralização e imobilização de N e
de S. Assim, práticas de manejo do solo utilizados para regular a disponibilidade de N na
adubação orgânica, em geral também têm uma influência semelhante sobre a
disponibilidade de S. A relação C/N/S da M.O. do solo é tipicamente 100:8:1 (HECKMAN
et al., 2009). Considerando-se a elevada relação C/N do composto orgânico condicionador
de solo aplicado (TAB. 9) e a interação estabelecida entre estes elementos e o S, observa-
29

se a redução do teor de S no solo com o aumento das doses de composto para todas as
concentrações de E.P. (TAB. 10; FIG. 16).
A relação entre M.O. e a disponibilidade do Ca+2 trocável
(MALAVOLTA et al, 1997), assim como a formação de ligações com grupos orgânicos
funcionais (KÖGEL-KNABNER & KLEBER, 2012; CLARHOLM & SKYLLBERG,
2013), foi comprovada pela elevação do teor de Ca no solo em decorrência do aumento das
doses de adubação (R2=0,8913; R2=0,895; R2=0,9805; R2=0,938 para os compostos com 0,
10, 15 e 20% E.P., respectivamente), descritas por regressões quadráticas (P < 0.01) na
Figura 11. Assim como esperado o teor de Mg no solo foi inferior ao teor de Ca (TAB. 10)
devido a adsorção dos íon Ca2+ pela superfície coloidal da argila e pela M.O. ser mais
forte, e também pela maior susceptibilidade dos íons Mg2+ à lixiviação
(SENTHURPANDIAN et al., 2009). A correlação entre o teor de Mg no solo e doses de
composto orgânico (R2=1; R2=0,9832; R2=0,9453; R2=0,9184 para os compostos com 0,
10, 15 e 20% E.P., respectivamente) apresentou comportamento semelhante ao do Ca
(TAB. 10; FIG. 12), indicando a ação da M.O. no aporte de Mg+2 trocável no solo
(MALAVOLTA et al, 1997). Cita-se que a equivalência no fornecimento de Ca e Mg em
relação ao tratamento com adubação mineral e calagem foi alcançada a partir da dose 25 t
M.S ha-1 para os compostos 0 e 15% E.P. e na dose 35 t M.S ha-1 para os compostos 10 e
20% E.P.
Em decorrência dos resultados para as bases trocáveis K+, Ca2+,
Mg2+ e Na+ os valores de Soma de Bases (SB) acompanharam a elevação da dose de
adubação, segundo padrões ajustados por regressões quadráticas (TAB. 10; FIG. 13). O
atributo Capacidade de Troca Catiônica (CTC) apresentou alta correlação com o aumento
da dose de composto orgânico, conforme as interações entre M.O., bases trocáveis e teores
de H+Al no solo apresentadas, exceto para o composto 20% E.P, no qual os valores de
CTC foram inferior nas doses 25 e 35 t M.S ha-1 devido os baixos valores de H+Al no solo
(R2=0,7674; R2=0,9935; R2=0,868; R2=0,4335 para os compostos com 0, 10, 15 e 20%
E.P., respectivamente), apresentando comportamento ajustado por regressões quadráticas
(TAB. 10; FIG. 14). A Saturação por Bases (V%) apresentou comportamento ajustado por
regressão linear para o composto 0% E.P. e regressões quadráticas para as demais
concentrações de E.P. no composto orgânico, em alta correlação com a dose de adubação
(R2=0,9186; R2=0,9959; R2=0,9997; R2=0999, para os compostos com 0, 10, 15 e 20%
E.P., respectivamente), porém os baixos valores de V% demonstram baixa proporção de
30

cátions saturando as cargas negativas dos coloides e que a maioria delas foi neutralizada
por H+ e Al3+ (TAB. 10; FIG. 15). Em relação ao tratamento com adubação mineral e
calagem equivalência para a SB foi alcançada a partir da dose 25 t M.S ha-1 para todas as
concentrações de E.P. Já para o V% a equivalência na dose 25 t M.S ha-1 ocorreu apenas
para os compostos 0 e 15% E.P.
A aplicação do composto orgânico proporcionou incremento no
teor de B no solo, assim como reportado por Pakrashi & Haldar (1992), porém sem
resposta positiva na dose 35 t M.S ha-1, a qual levou a redução dos teores de B no solo nos
compostos 0 e 10% E.P, em regressão não significativa para o composto 0% E.P (TAB. 10;
FIG. 17). Tais resultados corroboram com o exposto por Yermiyahu et al. (2001), o qual
relata que esta redução é devido à adsorção de B pelo material orgânico, que tem uma
capacidade de adsorção de B quatro vezes maior que a da argila e do solo (YERMIYAHU
et al., 1995; CHEN, 1996; LEHTO, 2010).
Íons metálicos são preferencialmente associados com a M.O. do
solo (FU et al., 2006; WANG et al, 2009), correlacionado-se o C orgânico com a
capacidade de sorção de Cu (YIN et al., 2002; WANG et al., 2007; PÉREZ-NOVO et al.,
2008) e Zn (GÜNGÖR & BEKBÖLET et al., 2010; ABAT et al., 2012). A complexação
de metais pesados com a M.O. dissolvida no ambiente influencia a solubilidade e a
mobilidade destes metais (WENG et al., 2002; STIJN et al., 2011). O aumento no teor de
M.O. reduziu os teores de Cu na solução do solo (R2=0,8779; R2=0,7721; R2=0,9772;
R2=0,7923 para os compostos com 0, 10, 15 e 20% E.P., respectivamente), demonstrando
o incremento da concentração de Cu na fração de M.O. do solo (ZHELJAZKOV
&WARMAN, 2004). O mesmo efeito ocorreu para o Zn em menor intensidade, porém
para os compostos 0, 10 e 20% E.P. a dose 5 t M.S ha-1 superou os valores do tratamento
sem adubação (TAB. 11; FIG. 18; FIG. 21). Pérez-de-Mora et al. (2007a; 2007b),
Nwachukwu & Pulford (2008) e Farrell et al. (2010) também reportam a diminuição dos
teores de Cu e Zn no solo após a aplicação de composto orgânico de resíduos
agroindustriais. Cita-se que com a extração da M.O. das amostras de solo, os teores de Cu
e Zn são referentes à solução do solo. Assim como reportado por Agbenin & Olojo (2004)
e Zheljazkov &Warman (2004) tais resultados demonstram que as reações com a M.O.
controlam em maior parte a adsorção de Cu, enquanto que o Zn é adsorvido em maior
proporção pelas reações de troca catiônica quando em concorrência com o Cu para os sítios
de ligação no solo. Além disso, a presença de Cu reduz drasticamente a adsorção de Zn,
31

enquanto que a presença de Zn tem pouco efeito sobre a adsorção de Cu (ARIAS et al.,
2006). Ocorre que o Cu é adsorvido mais fortemente à fase sólida do solo (ABAT et al.,
2012) e possui maior afinidade a superfícies orgânicas (McBRIDE et al., 1998; ARIAS et
al., 2005, 2006, NWACHUKWU & PULFORD, 2008).
O teor de Mn no solo aumentou em relação direta ao incremento
das doses de composto orgânico aplicadas (R2=0,9848; R2=0,9665; R2=0,9846; R2=0,99
para os compostos com 0, 10, 15 e 20% E.P., respectivamente), gerando regressões
quadráticas significativas para todas as concentrações de E.P. (TAB. 11; FIG. 20).
Zheljazkov &Warman (2004) reporta que a elevação das doses de composto orgânico eleva
o Fator de Biodisponibilidade de Mn, referente a relação entre o teor do metal na fração
trocável e a concentração total do metal no solo. Os resultados suportam o entendimento da
baixa afinidade do Mn para componentes orgânicos do solo (HSU & LO, 2000).
O enriquecimento com E.P. elevou substancialmente os teores de
Fe no composto orgânico (TAB. 9; FIG. 3), proporcionando acréscimo no teor de Fe no
solo em relação direta a elevação das doses dos compostos 10, 15 e 20% E.P., gerando
R2=0,7588; R2=0,9965; R2=0,8788, respectivamente (TAB. 11; FIG.19). Para o composto
0% E.P. o maior teor de Fe no solo foi observado na dose 5 t M.S ha-1, a partir da qual os
valores se mantiveram constantes (R2=0,2024). De fato a concentração de Fe presente nos
compostos enriquecidos com E.P elevou o teor do metal no solo. Cita-se que a M.O. via
fortes ligações com Fe (II) previne a readsorção do Fe (II) e a formação subquente de
minerais secundários de Fe (DAVRANCHE et al, 2013).
Com relação ao Na apenas o composto 20% E.P. ocasionou
alterações do teor no solo acima de 10 mg dm-3 (R2=0,8677). De maneira geral a aplicação
dos compostos 0, 10 e 15% E.P. não alterou substancialmente o teor de Na no solo (TAB
11; FIG. 22).
32

Tabela 10. Atributos Químicos do Solo: pH, Matéria Orgânica (M.O.), Teores de P, Al+3,
H+Al, K, Ca, Mg, S, Soma de Bases (SB), Capacidade de troca Catiônica (CTC) e
Saturação por Bases (V%).

Tratamento pH M.O. Presina Al3+ H+Al K Ca Mg SB CTC V% S


CaCl 2
Dose
% E.P. no
Composto
Composto g dm-3 mg dm-3 ---------------------- mmolc dm-3 ----------------------- mg dm-3
Orgânico
Orgânico
t M.S. ha-1
0% 0 4,1 19 0,88 11 69 0,6 3 1 5 74 7 16
0% 5 4,2 24 1,25 12 64 0,9 7 2 10 74 14 16
0% 15 4,2 34 1,55 7 66 1,0 6 3 11 77 13 12
0% 25 4,4 42 2,45 5 60 1,8 9 4 15 75 20 15
0% 35 4,4 42 2,98 5 62 2,7 12 5 20 82 23 15
Regressão L** Q** Q** Q** Q** Q** Q** L** Q** Q** L** Q**
10% 0 4,1 19 0,88 11 69 0,6 3 1 5 74 7 16
10% 5 4,1 27 1,77 11 64 1,5 5 1 8 72 11 17
10% 15 4,3 27 1,40 8 61 3,2 5 2 11 72 15 13
10% 25 4,2 30 1,55 8 62 3,5 6 3 15 77 18 14
10% 35 4,3 41 3,74 6 67 3,6 12 4 20 87 23 14
Regressão ns Q** Q** ns Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q**
15% 0 4,1 19 0,88 11 69 0,6 3 1 5 74 7 16
15% 5 4,1 22 1,25 10 63 0,8 5 1 7 70 11 13
15% 15 4,3 27 1,03 8 60 1,4 6 3 11 71 15 14
15% 25 4,3 33 2,52 7 56 1,8 8 4 14 70 20 14
15% 35 4,5 48 3,21 6 58 2,2 12 5 20 78 25 15
Regressão Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q** L** Q** Q** Q** Q**
20% 0 4,1 19 0,88 11 69 0,6 3 1 5 74 7 16
20% 5 4,1 29 0,81 11 69 1,0 4 1 7 76 9 16
20% 15 4,1 28 0,95 9 69 1,8 6 3 11 80 13 17
20% 25 4,3 28 1,85 7 53 1,9 6 3 12 65 18 16
20% 35 4,5 32 3,51 5 51 3,5 9 5 18 69 26 15
Regressão ns Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q** Q**
Adub. Mineral e
4,5 19 1,33 5 50 0,3 7 4 12 62 19 13
Calagem
*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F.
33

Tabela 11. Atributos Químicos do Solo: Teores de B, Cu, Fe, Mn, Zn e Na.
Tratamento B Cu Fe Mn Zn Na
% E.P. no Dose
Composto Composto Org. ---------------------------- mg dm-3 -----------------------------------------
Orgânico t M.S. ha-1
0% 0 0,29 3,1 67 0,3 2 0,43
0% 5 0,33 2,9 70 0,6 2,2 0,43
0% 15 0,34 2,2 64 0,7 1,4 0,46
0% 25 0,36 1,4 66 0,9 1,9 0,43
0% 35 0,30 1,7 66 1,0 1,4 0,50
Regressão ns Q** Q** Q* ns Q**
10% 0 0,29 3,1 67 0,3 2 0,43
10% 5 0,38 3,1 78 0,5 2,7 0,48
10% 15 0,32 1,6 70 0,5 1 0,43
10% 25 0,32 1,7 77 0,8 1 0,43
10% 35 0,35 1,8 94 1,1 1,2 0,43
Regressão Q* Q** Q** Q** Q** Q**
15% 0 0,29 3,1 67 0,3 2 0,43
15% 5 0,31 1,7 71 0,4 1,0 0,35
15% 15 0,32 1,3 77 0,6 0,9 0,39
15% 25 0,36 1,2 81 0,8 0,9 0,39
15% 35 0,34 1,4 86 0,9 1,2 0,48
Regressão Q** Q** L** L** Q** Q**
20% 0 0,29 3,1 67 0,3 2 0,43
20% 5 0,29 3,1 78 0,4 2,3 0,48
20% 15 0,28 1,8 81 0,6 0,9 0,59
20% 25 0,29 2,1 79 0,7 1,4 0,59
20% 35 0,30 1,6 82 0,9 1,2 0,52
Regressão Q* Q** Q** Q** Q** Q**
Adub. Mineral e Calagem 0,27 2,4 56 0,3 1,3 0,37
*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F.
34

Tabela 12. Condutividade Elétrica do Solo.

Tratamento
Dose Composto Condutividade Elétrica
% E.P. no
Orgânico μs cm-1
Composto Orgânico -1
t M.S. ha
0% 0 114,4
0% 5 124,9
0% 15 124,7
0% 25 167,5
0% 35 167,3
Regressão Q**
10% 0 114,4
10% 5 120,9
10% 15 125,9
10% 25 149,0
10% 35 139,5
Regressão Q**
15% 0 114,4
15% 5 113,0
15% 15 142,4
15% 25 146,1
15% 35 169,7
Regressão Q**
20% 0 114,4
20% 5 115,8
20% 15 177,7
20% 25 170,2
20% 35 203,0
Regressão Q**
Adubação Mineral e Calagem 111,2
*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F.
35

pH Solo
4,6

4,5 Composto 0% E.P.


y = 0,08x + 4,02
R² = 0,8889
4,4
Composto 10% E.P.
ns
pH

4,3

Composto 15% E.P.


4,2
y = 0,014x2 + 0,014x + 4,06
R² = 0,918

4,1 Composto 20% E.P.


ns
4
Adub. Min. e Calagem: 4,5
0 5 15 25 35

t M.S. composto ha-1

Figura 5. Valores de pH no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses


de adubação.

M.O. Solo
50

45 Composto 0% E.P.
y = -0,8571x2 + 11,543x + 7
40 R² = 0,9613

Composto 10% E.P.


35
g/dm3

y = 0,642x2 + 0,842x + 19,2


R² = 0,896
30
Composto 15% E.P.

25 y = 1,785x2 - 3,814x + 21,6


R² = 0,988

20 Composto 20% E.P.


y = -0,785x2 + 7,214x + 14,2
R² = 0,750
15
0 5 15 25 35 Adub. Min. e Calagem: 19 g dm-3

ton. M.S. composto ha-1

Figura 6. Teor de Matéria Orgânica (M.O.) no solo em relação à concentração de E.P. no


composto e doses de adubação.
36

Presina Solo
4,5

4
Composto 0% E.P.
3,5 y = 0,071x2 + 0,071x + 0,8
R² = 0,918
3
Composto 10% E.P.
mg dm-3

2,5 y = 0,285x2 - 1,114x + 2,2


R² = 0,790
2
Composto 15% E.P.
1,5
y = 0,142x2 - 0,257x + 1
R² = 0,809
1
Composto 20% E.P.
0,5 y = 0,357x2 - 1,442x + 2,2
R² = 0,983
0
Adub. Min. e Calagem: 1 mg dm-3
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 7. Teor de P no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Al+3 Solo
13

12
Composto 0% E.P.
11 y = 0,071x2 - 2,328x + 14,2
R² = 0,822
10
mmolc dm-3

Composto 10% E.P.


9
ns
8
Composto 15% E.P.
7
y = 0,071x2 - 1,728x + 12,8
R² = 0,986
6
Composto 20% E.P.
5 y = -0,285x2 + 0,114x + 11,4
R² = 0,983
4
0 5 15 25 35 Adub. Min. e Calagem: 5 mmolc dm-3
t M.S. composto ha-1

Figura 8. Teor de Al+3 no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
37

H+Al
70
68 Composto 0% E.P.
y = 0,428x2 - 4,371x + 72,6
66 R² = 0,716

64 Composto 10% E.P.


y = 1,714x2 - 10,88x + 78,4
mmolc dm-3

62 R² = 0,989
60 Composto 15% E.P.
58 y = 1,071x2 - 9,328x + 77,4
R² = 0,974
56
Composto 20% E.P.
54 y = -1,428x2 + 3,371x + 67,8
R² = 0,857
52
50 Adub. Min. e Calagem: 50 mmolc dm-3
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 9. Teor de H+Al no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

K
5
Composto 0% E.P.
4,5 y = 0,1357x2 - 0,3043x + 0,82
R² = 0,9858
4
Composto 10% E.P.
3,5
mmolc dm-3

y = -0,2143x2 + 2,0857x - 1,42


3 R² = 0,9637

2,5 Composto 15% E.P.


y = 0,0143x2 + 0,3343x + 0,2
2 R² = 0,986

1,5 Composto 20% E.P.


1 y = 0,1214x2 - 0,0586x + 0,6
R² = 0,9444
0,5
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 10. Teor de K no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
38

Ca Solo
13
12
11 Composto 0% E.P.
y = 0,142x2 + 1,142x + 2,4
10
R² = 0,891
9
mmolc dm-3

Composto 10% E.P.


8 y = 0,642x2 - 1,957x + 5
R² = 0,895
7
6 Composto 15% E.P.
5 y = 0,357x2 - 0,042x + 3
R² = 0,980
4
Composto 20% E.P.
3 y = 0,142x2 + 0,542x + 2,4
R² = 0,938
2
-3
0 5 15 25 35 Adub. Min. e Calagem: 7 mmolc dm
t M.S. composto ha-1

Figura 11. Teor de Ca no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Mg Solo
6
Composto 0% E.P.
y=x
5 R² = 1

Composto 10% E.P.


4
y = 0,1429x2 - 0,0571x + 0,8
mmolc dm-3

R² = 0,9832
3 Composto 15% E.P.
y = 1,1x - 0,5
R² = 0,945
2
Composto 20% E.P.
y = 0,142x2 + 0,142x + 0,6
1 R² = 0,918

0 Adub. Min. e Calagem: 4 mmolc dm-3


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 12. Teor de Mg no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
39

Soma de Bases Solo


25

Composto 0% E.P.
20
y = 0,214x2 + 2,214x + 3,2
R² = 0,971
mmolc dm-3

15 Composto 10% E.P.


y = 0,3571x2 + 1,5571x + 3,2
R² = 0,9992

10 Composto 15% E.P.


y = 0,5x2 + 0,7x + 3,8
R² = 0,994
5
Composto 20% E.P.
y = 0,357x2 + 0,957x + 3,8
R² = 0,967
0
0 5 15 25 35 Adub. Min. e Calagem: 12 mmolc dm-3

t M.S. composto ha-1

Figura 13. Soma de Bases (SB) no solo em relação à concentração de E.P. no composto e
doses de adubação.

CTC Solo
90

85 Composto 0% E.P.
y = 0,642x2 - 2,157x + 75,8
R² = 0,767
80
mmolc dm-3

Composto 10% E.P.


75 y = 2,071x2 - 9,328x + 81,6
R² = 0,993

Composto 15% E.P.


70
y = 1,571x2 - 8,628x + 81,2
R² = 0,868

65 Composto 20% E.P.


y = -1,071x2 + 4,328x + 71,6
R² = 0,433
60
0 5 15 25 35 Adub. Min. e Calagem: 62 mmolc dm-3
t M.S. composto ha-1

Figura 14. Capacidade de Troca Catiônica (CTC) no solo em relação à concentração de


E.P. no composto e doses de adubação.
40

V% Solo
30

Composto 0% E.P.
25 y = 3,8x + 4
R² = 0,918

20 Composto 10% E.P.


y = 0,071x2 + 3,471x + 3,6
R² = 0,995
V%

15
Composto 15% E.P.
y = 0,214x2 + 3,214x + 3,6
10 R² = 0,999

Composto 20% E.P.


5
y = 0,928x2 - 0,871x + 7
R² = 0,999

0 Adub. Min. e Calagem: 19 mmolc dm-3


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 15. Saturação por Bases (V%) no solo em relação à concentração de E.P. no
composto e doses de adubação.

S Solo
20

Composto 0% E.P.
18 y = 0,5x2 - 3,3x + 19,2
R² = 0,4074

Composto 10% E.P.


16
mg dm-3

y = 0,2143x2 - 1,9857x + 18,4


R² = 0,5132

14 Composto 15% E.P.


y = 0,5x2 - 3,1x + 18,2
R² = 0,6923
12 Composto 20% E.P.
y = -0,2857x2 + 1,5143x + 14,6
R² = 0,7714
10
0 5 15 25 35 Adub. Min. e Calagem: 13 mg dm-3
t M.S. composto ha-1

Figura 16. Teor de S no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
41

B Solo
0,5
Composto 0% E.P.
0,45 ns

Composto 10% E.P.


0,4
y = -0,004x2 + 0,031x + 0,284
R² = 0,131
mg dm-3

0,35 Composto 15% E.P.


y = -0,003x2 + 0,036x + 0,254
R² = 0,831
0,3
Composto 20% E.P.
y = 0,002x2 - 0,015x + 0,304
0,25 R² = 0,771

Adub. Min. e Calagem: 0,27 mg dm-3


0,2
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 17. Teor de B no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Cu Solo
3,5
Composto 0% E.P.
3,25 y = 0,064x2 - 0,815x + 4
R² = 0,877
3
2,75 Composto 10% E.P.
y = 0,128x2 - 1,171x + 4,36
2,5 R² = 0,772
mg dm-3

2,25 Composto 15% E.P.


y = 0,25x2 - 1,89x + 4,66
2 R² = 0,977
1,75
Composto 20% E.P.
1,5 y = 0,042x2 - 0,657x + 3,84
R² = 0,792
1,25
1 Adub. Min. e Calagem: 2,4 mg dm-3
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 18. Teor de Cu no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
42

Fe Solo
100 Composto 0% E.P.
y = 0,1429x2 - 1,4571x + 69,4
95 R² = 0,2024

90 Composto 10% E.P.


85 y = 1,928x2 - 6,271x + 74,8
R² = 0,758
mg dm-3

80
Composto 15% E.P.
75 y = 4,8x + 62
R² = 0,996
70
Composto 20% E.P.
65
y = -1,5x2 + 12,1x + 57,6
60 R² = 0,878

55 Adub. Min. e Calagem: 56 mg dm-3


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 19. Teor de Cu no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Mn Solo
1,3
Composto 0% E.P.
1,2
y = -0,0214x2 + 0,2986x + 0,04
1,1 R² = 0,9848
1 Composto 10% E.P.
0,9 y = 0,035x2 - 0,024x + 0,32
0,8 R² = 0,966
mg dm-3

0,7 Composto 15% E.P.


0,6 y = 0,16x + 0,12
R² = 0,984
0,5
0,4 Composto 20% E.P.
y = 0,007x2 + 0,107x + 0,18
0,3 R² = 0,99
0,2
Adub. Min. e Calagem: 0,3 mg dm-3
0,1
0
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 20. Teor de Mn no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
43

Zn Solo
3
Composto 0% E.P.
2,75
ns
2,5
2,25 Composto 10% E.P.
y = 0,05x2 - 0,63x + 2,92
R² = 0,5
2
mg dm-3

1,75 Composto 15% E.P.


y = 0,192x2 - 1,327x + 3,06
1,5 R² = 0,941

1,25 Composto 20% E.P.


y = 0,064x2 - 0,635x + 2,76
1 R² = 0,512

0,75
Adub. Min. e Calagem: 1,3 mg dm-3
0,5
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 21. Teor de Zn no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Na Solo
0,70 Composto 0% E.P.
0,65 y = 0,006x2 - 0,024x + 0,456
R² = 0,697
0,60
Composto 10% E.P.
0,55
y = -0,003x2 + 0,014x + 0,434
0,50 R² = 0,214
mg dm-3

0,45 Composto 15% E.P.


y = 0,021x2 - 0,117x + 0,521
0,40
R² = 0,846
0,35
Composto 20% E.P.
0,30 y = -0,023x2 + 0,168x + 0,273
R² = 0,867
0,25
0,20 Adub. Min. e Calagem: 0,37 mg dm-3
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 22. Teor de Na no solo em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
44

Condutividade Elétrica (C.E.) Solo


210
200
Composto 0% E.P.
190 y = 1,542x2 + 5,582x + 106,0
Condutividade Elétrica (μs cm-1)

R² = 0,853
180
170 Composto 10% E.P.
y = -0,992x2 + 13,78x + 99,5
160 R² = 0,789

150 Composto 15% E.P.


140 y = 1,735x2 + 3,955x + 106,1
R² = 0,929
130
Composto 20% E.P.
120 y = -0,471x2 + 25,98x + 83,44
R² = 0,861
110
Adub. Min. e Calagem: 11,2 μs cm-1
100
0 5 15 25 35
ton. M.S. composto ha-1

Figura 23. Valores de C.E. no solo em relação à concentração de E.P. no composto e


doses de adubação.

4.2.2 Interações no Desenvolvimento Vegetativo das Mudas

Para os compostos 0, 10 e 15% E.P. a adubação mineral e calagem


proporcionou maior desenvolvimento inicial das mudas. Com relação à altura (H) aos 30
Dias Após Plantio as mudas do tratamento adubação mineral e calagem apresentaram valor
médio de 53,33 cm, seguido do tratamento composto 15% E.P. na dose 25 t M.S. ha-1, o
qual apresentou valor médio 52,33 cm; o tratamento composto 20% E.P. na dose 35 t M.S.
ha-1 apresentou o menor valor (38,00 cm), seguido da testemunha sem adubação (40,00
cm) (TAB 13; FIG. 24; FIG. 30 a 33). A interação entre a elevação das doses de adubação
e a H aos 30 Dias Após Plantio foi significativa apenas para o composto 15% E.P.
(R2=0,8136). Para o Diâmetro de Coleto (DC) aos 30 Dias Após Plantio o maior valor
apresentado foi para o tratamento adubação mineral e calagem (6,60 mm), seguido do
tratamento composto 10% E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 (6,11 mm); o tratamento composto
20% E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 apresentou o menor valor (3,84 mm), seguido da
testemunha sem adubação (4,00 mm). A interação entre a elevação das doses de adubação
e o DC aos 30 Dias Após Plantio foi significativa apenas para o composto 0, 15 e 20% E.P.
45

(R2=0,7383; R2=0,9844; R2=0,5872 , respectivamente), conforme Tabela 13, Figura 27 e


Figuras 34 a 37. O menor desenvolvimento inicial das mudas (30 Dias Após Plantio) nos
tratamentos dos compostos 0, 10 e 15% E.P. em comparação ao tratamento adubação
mineral e calagem foi consequência da alta relação C/N do composto e o baixo aporte de
nutrientes ao solo nesta fase comparado à disponibilização imediata da adubação mineral.
A posterior disponibilização de nutrientes do composto ao solo
possibilitou a recuperação do desenvolvimento das mudas e aos 60 Dias Após Plantio as
doses 25 e 35 t M.S. ha-1 dos compostos 0, 10 e 15% E.P. proporcionaram paridade na H
das mudas em relação ao tratamento adubação mineral e calagem. A interação entre a
elevação das doses de adubação e a H aos 30 Dias Após Plantio foi significativa apenas
para os compostos 0,10 e 15% E.P. (R2=0,8847; R2=0,8246; R2=0,9203, respectivamente),
conforme Tabela 13, Figura 25 e Figuras 30 a 33, já para o DC a partir da dose 15 t M.S.
ha-1 obteve-se valores superiores. Para os compostos 0, 10 e 15% E.P. obteve-se interações
significativas entre o DC e as doses de adubação (R2=0,8851; R2=0,7895; R2=0,9696,
respectivamente), conforme Tabela TAB 13, Figura 28 e Figuras 34 a 37.
Aos 90 Dias Após Plantio as doses 35 t M.S. ha-1 do composto 10%
E.P. e 25 e 35 t M.S. ha-1 do composto 15% E.P. proporcionaram maiores valores de H
(R2=0,8027; R2=0,9545; R2=0,9006 para os compostos com 0, 10 e 15% E.P.,
respectivamente) e DC (R2=0,9317; R2=0,7155; R2=0,9714 para os compostos com 0, 10 e
15% E.P., respectivamente) em relação ao tratamento adubação mineral e calagem (TAB
13; FIG. 26; FIG 29; FIG. 30 a 37).
A aplicação do composto orgânico 20% E.P. nas doses 15, 25 e 35 t
M.S. ha-1, em relação direta com o aumento dos valores de condutividade elétrica (C.E.) do
solo (TAB. 12; FIG.23), suprimiu o desenvolvimento das plantas, com os menores valores
H e DC aos 30, 60 e 90 Dias Após Plantio e Massa de Matéria Seca de Folhas, Caule e
Raízes aos 90 Dias Após Plantio (TAB. 13; TAB.14; FIG. 24 a 41), corroborando com
Souza-Silva et al. (2006), reportando o efeito deletério no crescimento de mudas de
eucalipto em altas doses de E.P., e Trindade et al. (2001) que relatam redução do
crescimento de mudas de eucalipto no tratamento com a maior dose de composto,
coincidindo com elevada C.E. no substrato. A alta salinidade do solo reduz a capacidade de
fotossíntese, o que muitas vezes leva a um declínio na taxa de crescimento e no rendimento
das culturas (CHATRATH et al., 2000; HAO & CHANG, 2003). A limitação da
fotossíntese pode ser separada em duas categorias: (1) devido à redução da condutância
46

estomática, e (2) devido à redução da capacidade fotossintética bioquímica da folha


(CHATRATH et al., 2001).
Com relação à Massa de Matéria Seca (M.S.) de Folhas aos 90 Dias
Após Plantio o tratamento adubação mineral e calagem proporcionou o maior valor (65,40
g), seguido do tratamento composto 10% E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 (50,90 g). A
testemunha sem adubação e o tratamento composto 20% E.P. na dose 15 t M.S. ha-1
apresentaram os menores valores de M.S. Folhas, ambos com 12,90 g. Para os compostos
0,10 e 15% E.P. a M.S. de Folhas aumento em proporção à elevação das doses de
adubação (R2=0,945; R2=0,9615; R2=0,9918 para os compostos com 0, 10 e 15% E.P.,
respectivamente) conforme Tabela 14 e Figura 38. De fato a adubação mineral e calagem
estimou o enfolhamento das mudas.
Para a M.S. de Caule aos 90 Dias Após Plantio o tratamento 10%
E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 superou o valor do tratamento adubação mineral e calagem,
44,17 g e 42,90 g, respectivamente. A testemunha sem adubação apresentou o menor valor
de M.S. Folhas (7,10 g), seguido do tratamento composto 20% E.P. na dose 15 t M.S. ha-1
(8,73 g). Para os compostos 0, 10 e 15% E.P. o aumento da M.S. de Caule foi altamente
correlacionado com as doses de adubação (R2=0,9328; R2=0,976; R2=0,9188 para os
compostos com 0, 10 e 15% E.P., respectivamente), conforme Tabela 14 e Figura 39.
A aplicação dos compostos 0, 10 e 15% E.P. estimulou o
desenvolvimento do sistema radicular das mudas, visto os elevados valores de M.S. de
Raízes em comparação a testemunha sem adubação. A aplicação das doses 15, 25 e 35
t M.S. ha-1 para os compostos 0 e 10% E.P. e 15 e 25 t M.S. ha-1 para o composto 15%
E.P. proporcionaram maiores valores de M.S. de Raízes em comparação ao tratamento
adubação mineral e calagem. Para os compostos 0, 10 e 15% E.P. obteve-se alta correlação
entre a M.S. de Raízes e as doses de adubação (R2=0,931; R2=0,9893; R2=0,9738 para os
compostos com 0, 10 e 15% E.P., respectivamente), conforme Tabela 14 e Figura 40.
Com a somatória dos valores de M.S. de Folhas, M.S. de Caule e
M.S. de Raízes a M.S. Total dos tratamentos 10% E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 (174,60 g) e
15% E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 (160,03 g) superaram o valor do tratamento adubação
mineral e calagem (155,10 g), demonstrando o incremento da biomassa vegetal. A
testemunha sem adubação apresentou o menor valor de M.S. Folhas (37,20 g), seguido do
tratamento composto 20% E.P. na dose 15 t M.S. ha-1 (39,80 g). Para os compostos 0, 10 e
15% E.P. obteve-se alta correlação entre a M.S. Total e as doses de adubação (R2=0,9497;
47

R2=0,9678; R2=0,9736 para os compostos com 0, 10 e 15% E.P., respectivamente),


conforme Tabela 14 e Figura 41.
A aplicação do composto orgânico estimulou o desenvolvimento do
sistema radicular das plantas. Os incrementos na Massa de Matéria Seca de Raízes foram
proporcionais à elevação das doses dos compostos com 0, 10 e 15% de E.P. Estas respostas
podem ser atribuídas ao aumento no teor de macro e micronutrientes, SB, V% e M.O. e
redução dos teores de Al+3 no solo (TAB. 10). Cita-se que estimativas diretas da toxidade
do Al podem ser alcançadas por indicadores como inibição do desenvolvimento de raízes
(ZOBEL & KINRAIDE, 2007) e inibição da elongação radicular (GODBOLD &
KETTNER, 1991; LLUGANY et al., 1995; POSCHENRIEDER, 2008). A interação do Al
com a zona apical radicular não só provoca uma inibição rápida do alongamento celular,
mas também inibe a divisão celular no meristema apical (KOLLMEIER et al., 2000;
DONCHEVA et al., 2005). Já para o composto com 20% de E.P. as dose de 15, 25 e 35 t
M.S. ha-1 suprimiram o desenvolvimento radicular, devido aos elevados valores de C.E. do
solo (TAB. 11, 12 e 14).
48

Tabela 13. Avaliação de Altura (H) e Diâmetro de Coleto (DC) das Mudas.
Altura (H) Diâmetro de coleto (DC)
Tratamento
------------------- cm ------------------- ------------------- mm -----------------
Dose
% E.P. no 30 Dias 60 Dias 90 Dias 30 Dias Após 60 Dias 90 Dias
Composto
Composto
Orgânico Após Plantio Após Plantio Após Plantio Plantio Após plantio Após Plantio
Orgânico
t M.S. ha-1
0% 0 40,00 52,67 56,39 4,00 7,33 9,98
0% 5 41,67 56 56,67 4,31 7,45 10,98
0% 15 46,67 65 67,33 5,53 9,84 12,79
0% 25 44,33 71 72,33 4,97 10,67 13,44
0% 35 42,67 66,33 71,67 4,77 10,62 13,60
Regressão ns Q** Q** Q* Q** Q**
10% 0 40,00 52,67 56,39 4,00 7,33 9,98
10% 5 49,67 61,67 62 5,54 9,72 12,00
10% 15 45,67 59,67 61,33 5,40 9,59 12,10
10% 25 48,00 66,33 69 5,85 9,53 12,33
10% 35 49,00 64,67 77 6,11 9,92 13,78
Regressão ns Q** Q** ns Q** Q**
15% 0 40,00 52,67 56,39 4,00 7,33 9,98
15% 5 41,33 55,33 58,33 4,00 8,12 10,23
15% 15 41,00 66,33 67,33 4,33 9,16 11,63
15% 25 52,33 74,33 81 4,98 9,74 13,39
15% 35 52,00 73 79,67 5,48 9,46 14,28
Regressão Q** Q** Q** Q* Q** Q**
20% 0 40,00 52,67 56,39 4,00 7,33 9,98
20% 5 41,67 55,67 54,67 5,03 8,44 10,7
20% 15 44,33 52,33 52,57 4,32 6,77 9,52
20% 25 42,33 50,67 52,67 4,58 6,54 9,08
20% 35 38,00 52 53,33 3,84 6,78 8,94
Regressão ns ns ns Q* ns ns
Adub. Mineral e
52,33 76,00 85,00 5,98 11,00 14,67
Calagem
*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F.
49

Altura 30 Dias Após Plantio


55

Composto 0% E.P.
ns
50

Composto 10% E.P.


Altura (cm)

ns
45
Composto 15% E.P.
y = 0,595x2 - 0,071x + 39
R² = 0,813
40 Composto 20% E.P.
ns

35 Adub. Min. e Calagem: 53,33 cm


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 24. Altura (H) das mudas 30 Dias Após Plantio em relação à concentração de E.P.
no composto e doses de adubação.

Altura 60 Dias Após Plantio


80
Composto 0% E.P.
75 y = -1,356x2 + 12,37x + 40,00
R² = 0,884

70 Composto 10% E.P.


y = -0,904x2 + 8,291x + 46,07
Altura (cm)

65 R² = 0,824

Composto 15% E.P.


60
y = -0,785x2 + 10,67x + 40,93
R² = 0,920
55
Composto 20% E.P.
50 ns

45 Adub. Min. e Calagem: 67,00 cm


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 25. Altura (H) das mudas 60 Dias Após Plantio em relação à concentração de E.P.
no composto e doses de adubação.
50

Altura 90 Dias Após Plantio


90

85 Composto 0% E.P.
y = -0,539x2 + 7,859x + 47,23
80 R² = 0,880

75 Composto 10% E.P.


Altura (cm)

y = 0,936x2 - 0,798x + 57,23


70 R² = 0,954

65 Composto 15% E.P.


y = -0,134x2 + 7,730x + 46,83
60 R² = 0,900

55 Composto 20% E.P.


50 ns

45 Adub. Min. e Calagem: 74 cm


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 26. Altura (H) das mudas 90 Dias Após Plantio em relação à concentração de E.P.
no composto e doses de adubação.

Diâmetro de Coleto 30 Dias Após Plantio


7

6,5 Composto 0% E.P.


y = -0,199x2 + 1,417x + 2,657
6 R² = 0,738
Diâmetro (mm)

5,5 Composto 10% E.P.


ns
5
Composto 15% E.P.
4,5 y = 0,094x2 - 0,170x + 4,033
R² = 0,984
4
Composto 20% E.P.
y = -0,182x2 + 1,02x + 3,302
3,5 R² = 0,587

3
Adub. Min. e Calagem: 6,68 mm
0 5 15 25 35

t M.S. composto ha-1

Figura 27. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas 30 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação.
51

Diâmetro de Coleto 60 Dias Após Plantio


11
10,5 Composto 0% E.P.
10 y = -0,135x2 + 1,793x + 5,293
R² = 0,885
9,5 Composto 10% E.P.
Diâmetro (mm)

9 y = -0,280x2 + 2,182x + 5,758


R² = 0,789
8,5
Composto 15% E.P.
8 y = -0,184x2 + 1,694x + 5,704
R² = 0,969
7,5
Composto 20% E.P.
7
ns
6,5
6 Adub. Min. e Calagem: 9,26 mm
0 5 15 25 35

t M.S. composto ha-1

Figura 28. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas 60 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação.

Diâmetro de Coleto 90 Dias Após Plantio


15
14,5 Composto 0% E.P.
14 y = -0,341x2 + 2,828x + 7,241
13,5 R² = 0,931

13 Composto 10% E.P.


Diâmetro (mm)

12,5
y = 0,162x2 - 0,183x + 10,46
12 R² = 0,715
11,5
Composto 15% E.P.
11
y = 0,116x2 + 0,475x + 9,191
10,5 R² = 0,971
10
Composto 20% E.P.
9,5
ns
9
8,5
8 Adub. Min. e Calagem: 13,15 mm
0 5 15 25 35

t M.S. composto ha-1

Figura 29. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação.
52

Altura - Composto 0% E.P.


90
80
70
Altura (cm)

60
50
40
30 Dias
30
20 60 Dias
10 90 Dias
0
Adubação 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 30. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 0% E.P.

Altura - Composto 10% E.P.


90
80
70
Altura (cm)

60
50
40
30 Dias
30
20 60 dias
10 90 Dias
0
Adubação 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 31. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 10% E.P.
53

Altura - Composto 15% E.P.


90
80
70
Altura (cm)

60
50
40
30 Dias
30
20 60 Dias
10 90 Dias
0
Adubação 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 32. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 15% E.P.

Altura - Composto 20% E.P.


90
80
70
Altura (cm)

60
50
40
30 Dias
30
20 60 Dias
10 90 Dias
0
Adubação 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 33. Altura (H) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio) e doses de
adubação para o composto 20% E.P.
54

Diâmetro de Coleto - Composto 0% E.P.


Diâmetro de Coleto (mm) 16
14
12
10
8
6 30 Dias
4 60 dias
2 90 Dias
0
Adubação e 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 34. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 0% E.P.

Diâmetro de Coleto - Composto 10% E.P.


16
Diâmetro de Coleto (mm)

14
12
10
8
6 30 Dias
4 60 Dias
2 90 Dias
0
Adubação e 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 35. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 10% E.P.
55

Diâmetro de Coleto - Composto 15% E.P.


Diâmetro de Coleto (mm) 16
14
12
10
8
6
30 Dias
4
60 Dias
2
0 90 Dias
Adubação e 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 36. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 15% E.P.

Diâmetro de Coleto - Composto 20% E.P.


16
Diâmetro de Coleto (mm)

14
12
10
8
6 30 Dias
4 60 Dias
2 90 Dias
0
Adubação e 0 5 15 25 35
Mineral e
Calagem Dose Composto Orgânico (t M.S. ha-1 )

Figura 37. Diâmetro de Coleto (DC) das mudas em relação ao tempo (Dias Após Plantio)
e doses de adubação para o composto 20% E.P.
56

Tabela 14. Massa de Matéria Seca (M.S.) das Mudas aos 90 Dias Após Plantio.

Tratamento M. S. Folhas M. S. Caule M. S. Raízes M. S. Total


Dose
% E.P. no
Composto
Composto -------------------------------------- g -------------------------------------
Orgânico
Orgânico
t M.S. ha-1
0% 0 12,90 7,10 17,20 37,20

0% 5 14,27 12,57 39,33 66,17


0% 15 27,60 27,23 56,43 111,27
0% 25 29,50 26,47 53,37 109,33
0% 35 39,83 33,63 71,80 145,27
Regressão Q** Q** Q** Q**
10% 0 12,90 7,10 17,20 37,20
10% 5 24,60 17,73 35,00 77,33
10% 15 24,93 20,23 49,50 82,80
10% 25 37,53 30,60 71,77 139,90
10% 35 50,90 44,17 79,53 174,60
Regressão Q** Q** Q** Q**
15% 0 12,90 7,10 17,20 37,20
15% 5 21,43 13,93 28,90 64,27
15% 15 25,50 21,83 40,07 87,40
15% 25 33,43 37,70 71,90 143,03
15% 35 40,50 34,70 84,83 160,03
Regressão Q** Q** Q** Q**
20% 0 12,90 7,10 17,20 37,20
20% 5 18,37 13,87 25,83 58,07
20% 15 12,90 8,73 18,17 39,80
20% 25 13,97 10,80 17,23 42,00
20% 35 16,40 10,97 25,20 52,57
Regressão ns ns ns Ns
Adub. Mineral e Calagem 65,40 42,90 46,80 155,10
*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F.
57

M.S. Folhas 90 Dias Após Plantio


55,00
50,00 Composto 0% E.P.
y = 0,464x2 + 4,124x + 7,34
45,00 R² = 0,945

40,00 Composto 10% E.P.


M. S. Folhas (g)

35,00 y = 1,114x2 + 2,207x + 11,29


R² = 0,961
30,00
Composto 15% E.P.
25,00 y = 0,066x2 + 6,32x + 7,06
R² = 0,991
20,00
Composto 20% E.P.
15,00
ns
10,00
5,00 Adub. Min. e Calagem: 65,40 g
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 38. Massa de Matéria Seca (M.S.) de Folhas 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto orgânico e doses de adubação.

M.S. Caule 90 Dias Após Plantio


50,00
45,00 Composto 0% E.P.
y = -0,859x2 + 11,85x - 4,706
40,00 R² = 0,932
35,00
Composto 10% E.P.
M. S. Caule (g)

30,00 y = 0,981x2 + 2,814x + 4,733


R² = 0,976
25,00
Composto 15% E.P.
20,00 y = -0,835x2 + 12,91x - 6,486
R² = 0,918
15,00
10,00 Composto 20% E.P.
ns
5,00
0,00 Adub. Min. e Calagem: 42,90 g
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 39. Massa de Matéria Seca (M.S.) de Caule 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação.
58

M.S. Raízes 90 Dias Após Plantio


90,00

80,00 Composto 0% E.P.


y = -1,969x2 + 24,13x - 3,126
70,00
M. S. Sistema Radicular (g)

R² = 0,931

60,00 Composto 10% E.P.


y = -0,878x2 + 21,41x - 3,98
50,00 R² = 0,989

Composto 15% E.P.


40,00
y = 1,652x2 + 7,912x + 6,666
R² = 0,973
30,00
Composto 20% E.P.
20,00
ns

10,00
Adub. Min. e Calagem: 46,80 g
0,00
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 40. Massa de Matéria Seca (M.S.) de Raízes 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação.

Massa Seca Total 90 Dias Após Plantio


200,00
180,00 Composto 0% E.P.
y = -2,364x2 + 40,11x - 0,493
160,00 R² = 0,949

140,00 Composto 10% E.P.


M. S. Total (g)

120,00 y = 2,911x2 + 16,26x + 21,54


R² = 0,967
100,00
Composto 15% E.P.
80,00 y = 0,883x2 + 27,14x + 7,24
R² = 0,973
60,00
Composto 20% E.P.
40,00
ns
20,00
0,00 Adub. Min. e Calagem: 155,10g
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 41. Massa de Matéria Seca (M.S.) Total 90 Dias Após Plantio em relação à
concentração de E.P. no composto e doses de adubação.
59

4.2.3 Diagnose Foliar dos Teores dos Elementos Minerais.

A interação entre o teor de N Foliar e doses de adubação foi


significativa apenas para os compostos 0, 10 e 15% E.P (R2=0,135; R2=0,863; R2=0,8464,
respectivamente), conforme Tabela 15 e Figura 42. Nenhum dos tratamentos apresentou
teor de N Foliar considerado adequado para a cultura do eucalipto de acordo com o
proposto por Malavolta et al. (1997).
Para todas as doses dos compostos 0, 10 e 15% E.P. os valores de P
Foliar foram inferiores à testemunha sem adubação. Quando comparados com o tratamento
adubação mineral e calagem, os tratamentos com aplicação de composto apresentaram
valores superiores. A interação entre esta variável e as doses dos compostos 0, 10 e 15%
E.P é explicada por regressões quadráticas significativas, conforme Tabela 15 e Figura 43.
Apesar do baixo desenvolvimento das plantas o composto 20% E.P. nas doses 25 e 35
t M.S. ha-1 proporcionou os maiores teores de P Foliar, considerados adequados para a
cultura do eucalipto de acordo com o proposto por Malavolta et al. (1997).
O teor de K Foliar apresentou relação direta à elevação das doses
de adubação, porém as regressões não foram significativas (TAB. 15; FIG 44). O
tratamento composto 20% E.P. apresentou teor de K Foliar acima da faixa considerada
adequada por Malavolta et al. (1997), acompanhado de deformações nas folhas (FIG. 54),
conforme será discutido no item referente à diagnose visual dos sintomas foliares.
A elevação das doses de adubação ocasionou decréscimo no teor de
Ca Foliar para todas as concentrações de E.P. no composto (TAB. 15; FIG 45). Os
tratamentos composto 10% E.P. na dose 5 t M.S. ha-1, composto 20% E.P. nas doses 25 e
35 t M.S. ha-1 e a testemunha sem adubação apresentaram teores de Ca Foliar considerados
adequados para a cultura do eucalipto de acordo com o proposto por Malavolta et al.
(1997).
Para os compostos 0, 10 e 15% E.P. a elevação da dose de
adubação não ocasionou alterações consideráveis no teor de Mg Foliar, apresentando
regressão quadrática significativa apenas para os compostos 10 e 15% E.P. A elevação da
dose do composto 20% E.P. proporcionou pequeno aumento no teor de Ca Foliar, porém
sem significância nas equações de regressão (TAB. 15; FIG 46).
O teor de S Foliar decresceu em relação ao aumento das doses dos
compostos 0, 10 e 15% E.P., apresentando comportamento ajustado por regressões
60

quadráticas significativa (R2=0,7863; R2=0,93; R2=0,8099, respectivamente). Já para o


composto 20% E.P. o teor de S Foliar acompanhou o aumento da dose de adubação, porém
sem significância nas equações de regressão (TAB. 15; FIG 47).
O comportamento do B Foliar, Cu Foliar, Fe Foliar, Mn Foliar, Zn
Foliar e Na Foliar foi semelhante para os compostos 0, 10, 15 e 20% E.P. em decorrência
da elevação das doses. Na medida em que se elevaram as doses de adubação dos
compostos 0, 10, 15% E.P os teores destes elementos no material vegetal (folhas)
diminuiu. Já para o composto 20% E.P. a elevação das doses de adubação proporcionou
acréscimo nos teores foliares dos referidos elementos, com exceção do Na que apresentou
decréscimo nestas condições. A significância das equações de regressão é apresentada na
Tabela 5, assim como os valores de R2 nas Figuras 48 a 53.
61

Tabela 15. Teores totais dos elementos no material vegetal (folhas).


Tratamento N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn Na
Dose
% E.P. no
Composto
Composto --------------------- g kg-1 -------------------- ---------------------- mg kg-1 ------------------
Orgânico
Orgânico
t M.S. ha-1
0% 0 8,4 0,68 4,2 9,4 2,2 1,73 34,3 4 84 668 13 2260
0% 5 8,4 0,77 4,6 7,2 2,0 2,00 24,8 5 72 507 12 1780
0% 15 8,6 0,52 5,0 6,0 2,2 1,90 24,4 6 62 378 12 1300
0% 25 6,8 0,59 6,9 5,7 2,3 1,68 21,7 3 42 293 11 1120
0% 35 8,8 0,61 6,3 5,7 2,2 1,59 21,7 4 58 234 9 930
Regressão Q** Q** ns ns ns Q** Q** Q** ns ns Q** Q**
10% 0 8,4 0,68 4,2 9,4 2,2 1,73 34,3 4 84 668 13 2260
10% 5 8,4 0,52 4,5 8,2 2,2 1,62 28,9 3 60 542 19 1850
10% 15 8,2 0,53 5,2 7,1 2,1 1,61 28,7 3 58 408 12 1570
10% 25 8,3 0,55 6,4 6,6 2,0 1,61 25,3 4 56 338 11 1200
10% 35 10,6 0,61 6,5 5,0 2,2 1,62 21,7 5 66 316 12 1070
Regressão Q** Q** ns ns Q* Q** Q** Q** Q** Q** ns Q**
15% 0 8,4 0,68 4,2 9,4 2,2 1,73 34,3 4 84 668 13 2260
15% 5 9,2 0,52 4,4 6,3 2,0 1,62 22,3 7 87 566 18 2020
15% 15 8,5 0,52 5,9 5,6 1,9 1,65 23,9 6 58 350 12 1430
15% 25 8,2 0,53 6,4 5,9 2,1 1,61 23,0 3 65 282 11 1150
15% 35 7,4 0,57 7,0 5,3 2,1 1,55 21,0 4 74 232 10 1030
Regressão Q** Q** ns ns Q** Q** Q** ns ns Q** ns Q**
20% 0 8,4 0,68 4,2 9,4 2,2 1,73 34,3 4 84 668 13 2260
20% 5 8,5 0,52 4,7 6,5 2,0 1,62 24,8 5 96 585 12 2110
20% 15 8,1 0,61 6,9 9,0 2,5 1,70 32,3 6 161 688 14 2070
20% 25 12,3 1,04 9,7 8,9 3,3 1,85 36,8 6 79 791 22 2220
20% 35 9,7 1,20 14,9 8,1 2,9 1,84 33,8 6 126 408 18 1800
Regressão ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
Adubação Mineral e
9,9 0,4 4 6 2,8 1,66 21,7 3 94 190 11 1180
Calagem
*, **, ns: significativo a 5%, significativo a 1% e não significativo, respectivamente, pelo Teste F.
62

N Foliar
14,0
Composto 0% E.P.
13,0 y = 0,145x2 - 0,947x + 9,45
R² = 0,135
12,0
Composto 10% E.P.
11,0 y = 0,345x2 - 1,643x + 9,912
R² = 0,863
10,0
g kg-1

Composto 15% E.P.


y = -0,195x2 + 0,869x + 7,882
9,0 R² = 0,846

8,0
Composto 20%E.P.
7,0 ns

6,0
-1
5,0 Adub. Min. e Calagem: 9,9 g kg
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 42. Teor de N foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

P Foliar
1,40
1,30 Composto 0% E.P.
y = 0,013x2 - 0,109x + 0,816
1,20 R² = 0,342

1,10
Composto 10% E.P.
1,00 y = 0,031x2 - 0,199x + 0,829
R² = 0,879
0,90
g kg-1

0,80 Composto 15% E.P.


y = 0,028x2 - 0,192x + 0,824
0,70 R² = 0,883

0,60 Composto 20%E.P.


0,50
ns
0,40
-1
0,30 Adub. Min. e Calagem: 0,4 g kg
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 43. Teor de P foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
63

K Foliar
16,0
Composto 0% E.P.
14,0 ns

12,0
Composto 10% E.P.
g kg-1

10,0 ns

8,0 Composto 15% E.P.


ns
6,0
Composto 20%E.P.
4,0
ns
2,0
-1
Adub. Min. e Calagem: 4 g kg
0,0
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 44. Teor de K foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Ca Foliar
10,0
9,5 Composto 0% E.P.
9,0 ns
8,5
8,0 Composto 10% E.P.
7,5 ns
g kg-1

7,0
Composto 15% E.P.
6,5
6,0 ns

5,5 Composto 20%E.P.


5,0
ns
4,5
-1
4,0 Adub. Min. e Calagem: 6 g kg
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 45. Teor de Ca foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
64

Mg Foliar
3,5

3,3 Composto 0% E.P.


ns
3,1

2,9 Composto 10% E.P.


y = 0,028x2 - 0,191x + 2,4
R² = 0,482
2,7
g kg-1

Composto 15% E.P.


2,5 y = 0,05x2 - 0,31x + 2,44
R² = 0,692
2,3
Composto 20%E.P.
2,1
ns
1,9
-1
1,7 Adub. Min. e Calagem: 2,8 g kg
0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 46. Teor de Mg foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

S Foliar
2,10
Composto 0% E.P.
y = -0,060x2 + 0,302x + 1,537
2,00 R² = 0,786

Composto 10% E.P.


1,90 y = 0,018x2 - 0,135x + 1,838
R² = 0,93
g kg-1

1,80 Composto 15% E.P.


y = 0,003x2 - 0,055x + 1,764
R² = 0,809
1,70
Composto 20%E.P.

1,60 ns

1,50 Adub. Min. e Calagem: 1,66 g kg-1


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 47. Teor de S foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
65

B Foliar
40,0
Composto 0% E.P.
y = 1,192x2 - 9,997x + 42,23
35,0 R² = 0,928

Composto 10% E.P.


mg kg-1

y = 0,032x2 - 3,081x + 36,63


30,0 R² = 0,946

Composto 15% E.P.


y = 1,240x2 - 10,03x + 41,37
25,0
R² = 0,774

Composto 20%E.P.
20,0
ns

15,0 Adub. Min. e Calagem: 21,7 mg kg-1


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 48. Teor de B foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Cu Foliar
8 Composto 0% E.P.
ns
7

6 Composto 10% E.P.


ns
5
mg kg-1

Composto 15% E.P.


4
ns
3
Composto 20%E.P.
2
ns
1

0 Adub. Min. e Calagem: 3 mg kg-1


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 49. Teor de Cu foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
66

Fe Foliar
180
Composto 0% E.P.
160
ns
140
Composto 10% E.P.
120 y = 4,857x2 - 33,14x + 110,8
R² = 0,948
mg kg-1

100
Composto 15% E.P.
80
ns
60
Composto 20%E.P.
40
ns
20

0 Adub. Min. e Calagem: 94 mg kg-1


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 50. Teor de Fe foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Mn Foliar
900
Composto 0% E.P.
800
ns
700
Composto 10% E.P.
600 y = 19,42x2 - 207,3x + 862,8
R² = 0,995
mg kg-1

500 Composto 15% E.P.


y = 18x2 - 223,6x + 892,4
400 R² = 0,972

300 Composto 20%E.P.


ns
200

100 Adub. Min. e Calagem: 190 mg kg-1


0 5 15 25 35

t M.S. composto ha-1

Figura 51. Teor de Mn foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
67

Zn Foliar
25
Composto 0% E.P.
23 y = -0,214x2 + 0,385x + 12,6
R² = 0,950
21
Composto 10% E.P.
19
ns
17
mg kg-1

15 Composto 15% E.P.


ns
13
11 Composto 20%E.P.
9 ns

7
5 Adub. Min. e Calagem: 11 mg kg-1
0 5 15 25 35

t M.S. composto ha-1

Figura 52. Teor de Zn foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.

Na Foliar
2400
Composto 0% E.P.
2200 y = 62,85x2 - 709,1x + 2914
R² = 0,995

2000
Composto 10% E.P.
y = 33,57x2 - 504,4x + 2734
1800 R² = 0,994
mg kg-1

1600 Composto 15% E.P.


y = 39,28x2 - 568,7x + 2852
1400 R² = 0,969

1200 Composto 20%E.P.


ns
1000

800 Adub. Min. e Calagem: 1180 mg kg-1


0 5 15 25 35
t M.S. composto ha-1

Figura 53. Teor de Na foliar em relação à concentração de E.P. no composto e doses de


adubação.
68

4.2.4 Perfil Químico do Extrato Pirolenhoso e Chorume

Os componentes dominates do E.P. são ácidos orgânicos e fenóis, corroborando


com (Wei et. al., 2010a; Wei et. al., 2010b; Ma et al. (2011). A degradação do E.P. e dos
componentes da matéria orgânica via decomposição microbiológica acarretou a formação
de novos compostos químicos no chorume (Tabela 16).

Tabela 16. Compostos Químicos - Cromatografia Gasosa (GC – MS)

Extrato Pirolenhoso
Ciclopentanona
Ácido Acético
3-Furaldeído
2-Etoxipentano
Ácido Fosforoso
2,6-Dimetoxifenol (Siringol)
2,6-Dimetoxifenol (Siringol)
Ácido 3-hidroxi-4-metoxibenzóico (Ácido Vanílico)
Chorume
N-trimetilamonio-2-hidroxipropanamidato
2-(metiltiometil)piridina
3-metileno-1-azabiciclo[4.2.0]oct-4-enona
.

4.2.5 Diagnose Visual dos Sintomas Foliares

A utilização do extrato pirolenhoso, assim como outros extratos


naturais com indicação de uso na agricultura, necessita da adequação da concentração
aplicada. No tratamento composto orgânico com 20% de E.P. na dose 35 t M.S. ha-1 as
plantas apresentaram sintomas foliares de toxidez (FIG. 54 a; b; c), concomitantemente ao
alto valor de C.E. no solo, 203 μs cm-1 (TAB. 12; FIG. 23) e alto teor de K Foliar. Os
sintomas foliares de toxidez foram acompanhados de baixos valores de H e DC das mudas
e reduzida M.S. de Folhas, M.S. de Caule, M.S. de Raiz e M.S. Total. Malavolta et al.
(1997) descreve que o crescimento não uniforme da folha, do qual resultam formas tortas,
69

é sintoma de deficiência de Ca; cita-se que o referido tratamento apresentou menor teor de
Ca no solo e maior teor de Ca Foliar relação a mesma dose nas demais concentrações de
E.P. no solo (TAB. 10; TAB. Propõe-se que a alta C.E. do solo e o desbalanço entre os
teores dos elementos catiônicos nas folhas (Ca e K) levou a alterações fisiológicas da
divisão celular, segundo Hao & Chang (2003).

a b

Figura 54. Sintomas foliares na dose 35 t M.S. ha-1 do composto orgânico 20% E.P.
70

5 CONCLUSÕES

A incorporação de extrato pirolenhoso (E.P.) na composição inicial


das leiras de compostagem é indicada para incrementar os teores de N, P, K, Mg, S Na, Fe,
Mn e Zn) do composto condicionador de solo.
A aplicação do composto condicionador de solo com 15% E.P. nas
doses 25 e 35 t M.S. ha-1 proporcionou incrementos nos atributos químicos de fertilidade
do solo e interações positivas no crescimento das mudas.
A aplicação do composto 20% E.P. elevou os valores de
condutividade elétrica do solo e suprimiu o desenvolvimento das plantas.
71

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