Text To PDF 15062024 222347 024334
Text To PDF 15062024 222347 024334
Text To PDF 15062024 222347 024334
REPORTAGENS
POR DA REDAÇÃO
Contemporâneo e estudioso do psicólogo suíço Jean Piaget, Papert também estabeleceu fortes
diálogos com o educador brasileiro Paulo Freire e foi inspiração para muitos modelos de
aprendizagem que existem atualmente, como o ensino de programação para crianças e jovens e
a visão do aluno como um indivíduo capaz de construir conhecimento.
Veja a seguir algumas das maiores referências no assunto e que podem estimular, provocar e
fazer refletir sobre como é possível desenvolver práticas pedagógicas inovadoras dentro e fora da
sala de aula.
John Dewey
O filósofo e pedagogo estadunidense John Dewey (1859-1952) foi o inspirador do Escola Nova,
um movimento pela renovação do ensino que alcançou países na Europa, América do Norte e
no Brasil – neste caso, liderado pelo educador Anísio Teixeira.
Algumas das ideias mais inspiradoras de Dewey foi o modelo de ensino-aprendizagem, que
percebe o aluno como protagonista de seu processo de educação, além de sua proposta
de desenvolvimento integral do indivíduo, levando em consideração aspectos físicos, emocionais
e intelectuais. Para o pedagogo, tão importantes quanto atividades cognitivas, era o
desenvolvimento de habilidades manuais e criativas.
Dewey também tinha como preocupação a relação indissociável entre teoria e prática e
acreditava que o conhecimento era construído de forma coletiva, por meio do compartilhamento
de experiências.
Para saber mais, nas obras: A escola e a sociedade (1899) e Democracia e educação (1916)
Maria Montessori
Célestin Freinet
O pedagogo francês Célestin Freinet (1896-1966) foi um dos fundadores da Escola Moderna, um
movimento de renovação na educação que surgiu nas primeiras décadas do século XX na
França.
Em sua visão, as escolas tradicionais eram fechadas, tinham uma postura enciclopédica e não
davam atenção aos interesses e prazeres fundamentais das crianças. Sua proposta, então, era
do papel da escola como um importante elemento de transformação social, como um espaço
democrático, livre de contradições sociais e que não marginalize crianças pela classe social.
Freinet é autor das propostas das aulas-passeio (estudos de campo), dos cantinhos
pedagógicos (uma forma de estimular o aprendizado por meio de brincadeiras) e da troca de
correspondências entre as escolas(socialização de informações e conhecimentos entre os
alunos).
Para saber mais: Pedagogia do bom senso (1946) e As técnicas Freinet da escola
moderna (1964)
Jean Piaget
O biólogo e psicólogo suíço debruçou seus estudos principalmente sobre a forma como
as crianças constroem o conhecimento, levando em consideração aspectos cognitivos, morais,
sociais, afetivos e linguísticos da aprendizagem, fundando aquilo que chamou de epistemologia
genética.
Para saber mais: Nascimento da inteligência na criança (1970) e Para onde vai a
educação? (1971)
Lev Vigotski
De acordo com Vigotski, para que o aprendizado ocorra, sempre existe algo que faz a mediação
da relação do sujeito com o mundo, o que ele chamou de aprendizagem mediada. Atuam como
elementos mediadores os instrumentos que podem ser objetos, por exemplo, e o signo, que é
humano. O educador é um exemplo de intermediário entre o aluno e o conhecimento.
Vigotski, inclusive, foi leitor da obra de Piaget e escreveu um prefácio em um dos livros dele,
estabelecendo pontos de convergência e divergência com o psicólogo suíço.
Para saber mais: Pensamento e linguagem (1934) e Imaginação e criação na infância (1930)
Carl Rogers
O psicólogo nasceu nos Estados Unidos e marcou oposição às visões e práticas dominantes nos
consultórios e escolas da época. Carl Rogers foi fundador da terapia não-diretiva, que é centrada
no indivíduo e, por isso, preferia pensar que tinha clientes no lugar de pacientes, pois cabia a
quem era atendido no consultório o sucesso do tratamento.
Para que essa relação se estabeleça, três qualidades são demandadas: congruência (ser
autêntico com o aluno), empatia (compreender seus sentimentos) e respeito.
Para saber mais: Terapia Centrada no Cliente (1951) e Tornar-se Pessoa (1961)
Paulo Freire
Por meio da Lei 12.261/2012, Paulo Freire (1921-1997) é considerado o patrono da educação
brasileira e é o terceiro pensador mais citado em trabalhos acadêmicos em todo o mundo,
segundo levantamento do Google Scholar.
O educador era crítico daquilo que chamava de “educação bancária”, que ocorre quando o
professor e aluno estabelecem uma relação vertical, em que um deposita no outro o
conhecimento, respectivamente.
As contribuições de John Dewey, Maria Montessori, Célestin Freinet, Jean Piaget, Lev Vigotski,
Carl Rogers e Paulo Freire continuam inspirando quem pensa e produz conhecimento sobre o
campo da inovação em educação. Eles são importantes referências para autores
contemporâneos que acrescentaram mais um elemento às propostas de inovação em educação:
a tecnologia.
Além de Saymour Papert, conheça autores de diferentes áreas que auxiliam no embasamento da
produção teórica e prática de inovação em educação mediada pela tecnologia.
Manuel Castells
Pierre Lévy
Michel Reznick
_____
Um comentário
14/10/2020 às 06:46
Muito bom isso me fez querer me aprofundar mais nós estudamos parabéns e obrigada.
Responder
ESPECIAL EDUCADORES
LEIA MAIS
LEIA TAMBÉM
VEJA MAIS
A partir de experiências com educação integral , estado do Acre quer institucionalizar programa
VEJA MAIS
VEJA MAIS