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Paulo freire
Paulo Reglus neves nasceu em 19 setembro de 1921 em
Recife. Filho de Joaquim Temístocles Freire e de Edeltrudes Neves Freire, e falecido em 2 de maio de 1997, Freire desenvolveu uma abordagem educacional inovadora centrada na ideia de que a educação deve ser um ato de libertação e conscientização. Paulo cresceu em período em que sua família enfrentou grandes dificuldades financeiras, o que influenciou sua visão sobre pobreza e educação. Também frequentou a escola secundaria no Colégio Oswaldo Cruz e um tempo depois estudou direito na Universidade de Recife. Mesmo tendo estudado direito Paulo nunca exerceu a profissão, optando por se dedicar ao ensino de português em escolas. Freire começou a trabalhar com serviço social, onde se envolveu em programas de educação para trabalhadores e suas famílias. Foi ai que ele começou a desenvolver suas ideias sobre educação popular e a importância do contexto social na aprendizagem. Em 1961, foi nomeado diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife. Em 1962 Freire conduziu um projeto de alfabetização em Angicos no Rio Grande do Norte, onde conseguiu alfabetizar 300 cortadores de cana em 45 dias, utilizando seu método baseado no diálogo e na conscientização. O golpe militar de 1964 no Brasil resultou na prisão de Freire por 70 dias, sob acusação de ser um subversivo. Após sua liberação, ele foi para o exilio, vivendo primeiro na Bolívia e depois no Chile. A pedagogia do oprimido é o seu trabalho mais famoso, publicado em 1968. Nele, Freire critica a educação tradicional, que ele chama de educação bancária. Onde o professor deposita conhecimento nos alunos. Em vez disso, ele propõe uma pedagogia libertadora, onde o processo educacional é colaborativo e dialógico, permitindo que os alunos se tornem sujeitos ativos em seu próprio aprendizado. Durante seu exilio, ele escreveu seu livro mais famoso Pedagogia do oprimido como dito acima. E se solidificou sua reputação internacional como um teórico educacional inovador. Freire desenvolveu um método de alfabetização que enfatizava a consciência crítica. Ele acreditava que a educação não deveria ser um simples deposito de informações, mas um processo ativo de aprendizagem e conscientização. Seu método envolvia o uso de palavras geradoras, termos significativos na vida dos alunos, para promover o aprendizado da leitura de forma contextualizada e significativa. Além de pedagogia do oprimido, Freire escreveu varias outras obras importantes como: Educação como Prática da Liberdade (1967) Extensão ou Comunicação? (1969) Ação Cultural para a Liberdade (1970) Pedagogia da Esperança (1994) Pedagogia da Autonomia (1996) Freire recebeu inúmeros prêmios e honrarias ao longo da sua vida, incluindo títulos e honorários de diversas universidades ao redor do mundo. Ele também foi indicado para o prêmio Nobel da paz. Uma obra em específico é Educação como Prática da liberdade. Neste livro, Freire discute a educação como um ato político e um meio de alcançar a liberdade e a conscientização. Ele argumenta que a educação deve ser um processo de emancipação, permitindo que os oprimidos se tornem agentes ativos na transformação de sua realidade. Temos também a “Extensão ou comunicação?” onde Freire explora a diferença entre extensão de conhecimento e comunicação de conhecimento. Ele defende que a verdadeira educação é comunicativa e dialógica, não apenas uma extensão de informações do professor para o aluno. E por último a “Política e Educação” nesta obra, Freire explora a relação intrínseca entre educação e política, argumentando que todo ato educativo é um ato político. Ele destaca a necessidade a necessidade de uma educação critica que promova a participação ativa dos cidadãos na vida democrática. O Legado de Freire é vasto e profundo, influenciado não apenas o campo da educação, mas também movimentos sociais, políticas públicas, e práticas pedagógicas ao redor do mundo. Suas ideias sobre pedagogia crítica, conscientização e educação emancipatória continuam a ser relevantes e aplicáveis em diversos contextos. Freire também é conhecido como um dos fundadores da educação popular, uma abordagem educativa que se concentra nas necessidades e experiencias das comunidades marginalizadas. Seu método de alfabetização, baseado no diálogo e na problematização da realidade, é usado por movimentos sociais, ONGs e programas de educação de adultos para promovera conscientização e a participação ativa das pessoas em suas próprias comunidades. A pedagogia crítica, fortemente influenciada pelos trabalhos de Freire, é uma abordagem que busca questionar e desafiar as estruturas de poder e opressão dentro do sistema educacional. Educadores críticos se inspiram em Freire para promover um ensino que desenvolva a capacidade dos alunos de pensar criticamente sobre as próprias realidades e agir para transformá-la. E uma boa parte de seu legado está relacionado aos movimentos sociais que adotaram as ideias dele para promover justiça social e a emancipação. Desde movimentos de trabalhadores rurais na américa até organizações de direitos civis e grupo de ativismo em outros continentes, a pedagogia de Freire serve como ferramenta para a mobilização e o empoderamento das pessoas.