ÈLÈNÍNÍ
ÈLÈNÍNÍ
ÈLÈNÍNÍ
Hoje eu trago para vocês esse lindo Itan (História), para juntos aprendermos
sobre obediência, força de caráter, responsabilidade e principalmente o
cuidado com nosso Orí, fechando as portas para a entrada da negatividade em
nossas vidas.
Os dominados por ÈLÈNÍNÍ têm suas vidas marcadas pela derrota, pelo
fracasso, pelo desregramento.
Apesar do perigo que representa ÈLÈNÍNÍ, esta divindade não é vista pela
filosofia Iorubá propriamente como algo “demoníaco”, mas como um
contraponto, capaz de nos valorizar, e ÈLÈNÍNÍ nos obriga a exercitar o bom-
senso e a fortificar Iwá (o caráter).
Antes de Irosun- Meji vir ao mundo foi consultar Ifá. Ifá o avisou para fazer
sacrifício com um galo e uma tartaruga para a divindade do infortúnio (ÈLÈNÍNÍ
ou Ido Boo) e um bode para Èşu. Também foi recomendado a dar uma galinha
d´angola para seu anjo guardião.
Nesse ínterim, teve um sonho no qual seu anjo guardião surgiu-lhe falando
que ele era o único responsável por seus problemas porque tinha
teimosamente recusado a fazer o sacrifício prescrito.
Quando acordou de manhã, decidiu consultar seu Ifá e foi então que
compreendeu que foi seu guardião que surgiu para ele na noite anterior,
rapidamente providenciou fazer sacrifício para seu Ifá e deu um bode a Èşu.
Ifá avisou-o para retornar para o céu para informar a Olodumare como
falhou ao não agradar ÈLÈNÍNÍ, e para seu retorno ao céu, foi avisado a levar
um galo, um jabuti, um pacote de inhames, uma cabaça de água, uma de óleo,
pimenta, quiabo e rapé.
Após viajar até o limite entre o céu e a terra, ele teve que atravessar sete
colinas antes de chegar ao céu, e Lá chegando foi direto ao palácio divino,
onde encontrou ÈLÈNÍNÍ (a guardiã da câmara divina – a divindade do
infortúnio ou Yeyemuwo, a mãe dos obstáculos).
Ele se ajoelhou na câmara divina e proclamou que viera com toda humildade
para renovar seus desejos terrestres. Yeyemuwo disse que era ainda cedo da
manhã para fazer algum pedido porque não havia comida na casa. De sua
bolsa divinatória, ele retirou imediatamente a lenha, água, óleo, pimenta, sal,
quiabo, rapé e por fim o galo, todos os quais a mãe dos obstáculos exigiu em
troca, em sua usual tática atrasando-o, mas Irosun-meji estava completamente
preparado e depois disso, Yeyemuwo permitiu-o fazer seus pedidos.
Ele replicou com um refrão de uma canção dizendo que ele já tinha feito o
sacrifício e seus pedidos, não faltando nada, e enquanto estava cantando ele
estava correndo em frente apavorado.
Quando Yeyemuwo viu que ela não conseguiria capturá-lo, ficou quieta e
esticou seu polegar e disparou através de suas costas com ele. Aquela é a
linha oca que corre por meio da espinha dorsal do ser humano, até hoje, a qual
está nos recordando constantemente que a única maneira que nós podemos
escapar das longas mãos do infortúnio é fazendo sacrifício.
CONCLUSÃO
Então, meus irmãos, cultue seu Orí, fortaleça seu Orí, acate as
recomendações de Ifá (Oráculo) e se afaste de perigos em aglomerações,
bebidas, drogas, para não ser atacado e permitir a ação de ÈLÈNÍNÍ.
Isso não quer dizer que você deva ficar trancado em casa e não curtir a vida
social.
Mas antes de ir para sua festa, jogue com Ifá, pergunte a Ésu o que você
deve fazer para se proteger de energias negativas.
Conectar-se ao seu Ésu Bara para que nos alerte de possíveis perigos à
nossa volta, como brigas, tiros, agressões e drogas.
Lembrando sempre :