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III Planejamento Alimentar para Escolares e Adolecentes

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Planejamento Alimentar para Escolares e

Adolescentes

Conteudista: Prof.ª M.ª Fany Govetri Sena Crispim


Revisão Textual: Esp. Jéssica Dante

Objetivos da Unidade:

Conhecer as principais características biológicas e necessidades nutricionais na


infância e adolescência;

Aplicar as recomendações para orientação nutricional desde o período escolar


até a adolescência;

Compreender os processos que interferem nas escolhas alimentares das crianças


e adolescentes e associá-los às recomendações nutricionais, para a elaboração
de planos alimentares adequados a este público.

📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Material Teórico
Página 1 de 3

Introdução
Você já percebeu que, conforme vão crescendo, as crianças querem se tornar mais
separadas e independentes dos pais? Pelo menos é o que acontece com boa parte delas,
porque vão descobrindo que podem interagir com o mundo.

Na fase escolar, após os 6 anos de idade, as crianças estarão em um período maior de


socialização, permanecendo em contato com outras pessoas que não são seus
familiares, como os professores, funcionários da escola, outras crianças e seus pais e
familiares etc. Então, estarão buscando uma aceitação social, estarão percebendo a
avaliação que os outros têm delas, além de serem avaliadas em seu desempenho
escolar através das notas, comportamento etc. Nessa fase, toda energia é destinada à
produtividade e criatividade porque o crescimento é mais lento, quando comparado
com a fase anterior ou posterior. Mas também é nessa fase que tem se observado um
aumento no número de crianças com excesso de peso.

Já a adolescência é uma fase de grande transformação fisiológica, psicológica e


cognitiva, porque a criança está se tornando um adulto. Então esse é um período cheio
de descobertas e mudanças, como: a maturação dos órgãos e sistemas e alterações

hormonais, emocionais e sociais nas relações afetivas e na velocidade de crescimento,


entre outras. Diante dessas alterações, é possível deduzir que as necessidades
nutricionais aumentam, não é?

Exatamente isso! As necessidades nutricionais dos adolescentes são ajustadas para


suprir a demanda de nutrientes necessária para o estirão de crescimento e todas as
transformações que o adolescente passa na puberdade.

Nesta unidade iremos abordar o conteúdo referente a esses dois ciclos da vida,
apresentando as características de cada fase, as necessidades nutricionais e qual o
planejamento alimentar mais indicado, a fim de que adquiram hábitos alimentares
saudáveis durante toda a sua vida.

Aspectos Fisiológicos e Nutricionais do Escolar


Considerando-se as características biológicas, o escolar é a criança de 7 anos de idade
até que entre em puberdade, pois a partir desse fenômeno ela será avaliada sobre outro
prisma, o da adolescência (VITOLO, 2008, p. 225).

Nessa fase o trato gastrointestinal da criança está mais desenvolvido e o volume


gástrico pode ser comparado com o volume de um adulto. O crescimento é mais lento
que a fase anterior, e o ganho de peso ocorre com o objetivo de ser uma reserva
energética para o estirão de crescimento que se dará na próxima fase, que é a
puberdade.

O escolar cresce normalmente de 5 a 7,6 cm por ano e seu peso aumenta de 2,7 a 3,5 kg
anualmente (RODRIGUES, 2015, p. 134).

A musculatura também já está mais desenvolvida, os escolares possuem mais


segurança e independência nas funções motoras, conseguem praticar vários esportes
e atividades, porém é também nessa fase que se inicia o comportamento sedentário,
associado ao uso de videogames, televisão, celular, computador, aulas
extracurriculares etc.

Além de só ficarem “mexendo” no celular, você já reparou que crianças nessa faixa
etária adoram comer “besteiras” e a qualquer hora do dia?
A inapetência que era comum na fase anterior, do pré-escolar, agora desaparece, se
transformando em apetite voraz. Geralmente buscam alimentos calóricos como pães,
massas, guloseimas, refrigerantes etc. e se não forem orientados, além do ganho de
peso excessivo, irão criar hábitos alimentares inadequados.

Nessa fase também é observada a omissão do café da manhã e a diminuição na


ingestão de leite, o que pode comprometer o consumo adequado de cálcio, que é
importante para a formação da massa óssea, principalmente durante o estirão na
adolescência, que é quando ocorre a mineralização óssea.

Perto da adolescência é comum o ganho de peso, porém esperado, para o


armazenamento de energia para o estirão de crescimento da puberdade. Isso ocorre
aproximadamente entre 8 e 10 anos nas meninas e entre 11 e 13 anos nos meninos. Só é

necessário intervenção profissional em situações que o peso ultrapassar os 20% da


relação peso para estatura (VITOLO, 2008, p. 226).

Necessidades Nutricionais e Planejamento


Alimentar para Escolares
Ao se elaborar o planejamento alimentar do escolar, é importante conhecer as
necessidades nutricionais a fim de que a oferta seja adequada ao desenvolvimento da
criança e a prepare para a fase do estirão de crescimento na adolescência.

Energia

Quadro 1 – Equações para estimativa do Gasto Energético Basal (GEB) para crianças
de 3 a 10 anos
Equação para o
Referência Sexo Idade
GEB

3 a 10
Masculino (22,7 x P) + 495
anos
(FAO/OMS/UNU,
1985)
3 a 10
Feminino (22,5 x P) + 499
anos

(19,59 x P) +
3 a 10
Masculino (1,303 x E) +
anos
414,9
(SCHOFIELD,
1985)
(16,969 x P) +
3 a 10
Feminino (1,618 x E) +
anos
371,2

3 a 10
Masculino (22,7 x P) + 505
anos
(SCHOFIELD,
1985)
3 a 10
Feminino (20,3 x P) + 486
anos

P: peso (kg); E: estatura (centímetros).

Fonte: Adaptado de FAO/WHO/UNU, 1985; SCHOFIELD, 1985


A partir do GEB também é possível determinar o GET, multiplicando-se o fator
atividade.

Crianças sedentárias: multiplicar GEB por 1,2 a


1,3;

Crianças ativas: multiplicar GEB por 1,4 a 1,5.

Quadro 2 – Equações para estimativa da necessidade energética (EER) de crianças


acima de 3 anos
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

3 a 13, 99 EER = –447,51 +


anos (3,68 × idade) +
Sedentário (13,01 × altura) +
(13,15 × peso) +
20/15/25*

M
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

EER = 19,12 + (3,68 ×


idade) + (8,62 ×
Pouco ativo
altura) + (20,28 ×
peso) + 20/15/25

EER = –388,19 +
(3,68 × idade) +
Ativo (12,66 × altura) +
(20,46 × peso) +
20/15/25

EER = –671,75 +
(3,68 × idade) +
Muito ativo (15,38 × altura) +
(23,25 × peso) +
20/15/25
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

EER = 55,59 – (22,25


× idade) + (8,43 ×
Sedentário
altura) + (17,07 ×
peso) + 15/30**

EER = –297,54 –
(22,25 × idade) +
Pouco ativo
(12,77 × altura) +
(14,73 × peso) + 15/30
F
EER = –189,55 –
(22,25 × idade) +
Ativo
(11,74 × altura) +
(18,34 × peso) + 15/30

EER = –709,59 –
(22,25 × idade) +
Muito ativo
(18,22 × altura) +
(14,25 × peso) + 15/30

* A energia de depósito para o crescimento para meninos varia entre: 3


anos: 20 kcal/d; 4 a 8 anos: 15 kcal/d; 9 a 13 anos: 25 kcal/d;
** A energia de depósito para o crescimento para meninas varia entre: 3
anos: 15 kcal/d; 4 a 8 anos: 15 kcal/d; 9 a 13 anos: 30 kcal/d.
NAF: nível de atividade física; EER: necessidade estimada de energia.

Fonte: Adaptado de NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES, ENGINEERING AND


MEDICINE, 2023

Proteína
Quadro 3 – Valores diários de EAR e AI ou RDA e AMDR para proteína segundo as DRIs

Proteína

AI*
Idade AI* ou
EAR ou
RDA AMDR
(g/kg/d) RDA
(g/kg/d)
(g/d)

4a8 10 – 30 % do
0,76 19 0,95
anos VET

9 a 13 10 – 30 % do
0,76 34 0,95
anos VET

AMDR: a variação de distribuição aceitável de macronutriente (AMDR) é a


faixa de ingestão da fonte particular de energia dada como porcentagem
que está associada ao risco reduzido de doença crônica que fornece as
ingestões dos nutrientes essenciais.

Fonte: OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006

Importante!
Sempre que a recomendação for em g/kg/dia, devemos multiplicar o
valor da recomendação em grama, pelo peso da criança.
Carboidrato

Quadro 4 – Valores diários de EAR e AI ou RDA e AMDR para carboidrato segundo as


DRIs

Carboidrato

Idade
AI* ou RDA
EAR (g/d) AMDR
(g/d)

45 – 65% do
4 a 8 anos 100 130
VET

9 a 13 45 – 65% do
100 130
anos VET

AMDR: a variação de distribuição aceitável de macronutriente (AMDR) é a


faixa de ingestão da fonte particular de energia dada como porcentagem
que está associada ao risco reduzido de doença crônica que fornece as
ingestões dos nutrientes essenciais.

Fonte: Adaptado de OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006


Importante!
Existe a recomendação para o mínimo uso de açúcar de adição e este
não deve ultrapassar o equivalente a 25% do total do VET,

considerando inclusive os alimentos industrializados.

Sobre o consumo de fibras, para a idade de 4 a 8 anos, recomenda-se um consumo de


25 g/dia. Para a idade de 9 a 13 anos, recomenda-se 31 g/dia para os meninos e 26 g/dia
para as meninas.

Lipídio

Quadro 5 – Valores diários de AI ou RDA e AMDR para lipídio segundo as DRIs

Carboidrato

Idade
AI* ou
AMDR (g/d)
RDA (g/d)

4 a 8 anos ND 25 – 35% do VET

9 a 13 anos ND 25 – 35% do VET

AMDR: a variação de distribuição aceitável de macronutriente (AMDR) é a


faixa de ingestão da fonte particular de energia dada como porcentagem
que está associada ao risco reduzido de doença crônica que fornece as
ingestões dos nutrientes essenciais.

Fonte: Adaptado de OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006

Recomenda-se, assim como para adultos, que seja evitado o consumo de colesterol,
ácidos graxos saturados e ácidos graxos trans, e uma oferta diária de 5% a 10% do VET

de ácidos graxos polinsaturados ômega 6 e de 0,6% a 1,2% do VET de ácidos graxos


polinsaturados ômega 3.

Vitaminas e Minerais
Vitaminas e minerais são importantes para o crescimento e desenvolvimento normais.
Caso o escolar não tenha uma alimentação variada e equilibrada, poderá apresentar
alguma deficiência e os nutrientes mais críticos são o cálcio, o ferro, o zinco e a
vitamina A.

Quadro 6 – Recomendações diárias de consumo segundo as DRIs

Vitamina
Cálcio Ferro Zinco A
Idade
(mg/dia) (mg/dia) (mg/dia) (µg/dia
RE)

4a8
1000 10 5 400
anos

9 a 13
1300 8 8 600
anos
Fonte: Adaptado de OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006; ROSS, 2011

Leitura
Dietary Reference Intakes: Aplicabilidade das Tabelas em Estudos

Ntricionais
Você deverá verificar todas as recomendações nutricionais de
vitaminas e minerais para a população, inclusive para a infância.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Água
Em qualquer idade a hidratação é importante e necessária e deve ser monitorada. A
necessidade irá variar de acordo com a intensidade das perdas.

Deve ser oferecida à vontade e o total de água ingerida inclui toda a água contida nos
alimentos, bebidas e água potável.
Uma criança sadia, em condições normais, necessita de aproximadamente 10% a 15%
do seu peso corporal em água por dia. As DRIs fazem recomendações de consumo de
acordo com a idade (PADOVANI, 2006, p. 759):

Recomendação de consumo de água:

4 a 8 anos: 1,7 litros;

9 a 13 anos (meninos): 2,4 litros;

9 a 13 anos (meninas): 2,1 litros.

Planejamento Alimentar
A prática alimentar adequada desde a infância é essencial para que a criança tenha um
crescimento adequado, um desenvolvimento intelectual satisfatório e uma boa saúde. É
desde a infância também que a educação nutricional deve ocorrer, a fim de que os bons
hábitos alimentares sejam adquiridos.

Na fase escolar as crianças são expostas a uma grande variedade de alimentos


industrializados, pouco nutritivos e muito calóricos como as guloseimas, refrigerantes
e outras bebidas açucaradas, frituras e outros alimentos gordurosos, além do
comportamento sedentário, que são responsáveis, entre outras causas, pelo excesso
de peso entre as crianças.

É importante estabelecer uma rotina para a alimentação, mantendo horários fixos para
cada uma das refeições, além de práticas alimentares saudáveis.
Agora você, que será um futuro nutricionista, veja quais são as recomendações do
Ministério da Saúde para atender as crianças!

Aos profissionais nutricionistas, o Ministério da Saúde recomenda que seja aplicado

um formulário com marcadores de Consumo Alimentar (Figura 1), e a partir das


respostas e do auxílio de um fluxograma (Figura 2), o profissional faz as
recomendações de consumo alimentar, baseadas em uma alimentação saudável.

Figura 1 – Formulário de Avaliação do Consumo Alimentar

#ParaTodosVerem: figura. Sobre fundo branco escrito com letras pretas, há um


formulário em formato retangular, com duas colunas, desenvolvido pelo
Ministério da Saúde para avaliar o consumo alimentar de crianças a partir de 2
anos até idosos, por meio de entrevista. As perguntas estão nas linhas da coluna
à esquerda e as respostas devem ser anotadas nas opções da coluna à direita. Na
parte superior há a primeira pergunta que é se “você tem costume de realizar
refeições assistindo à TV, mexendo no computador e/ou celular? ” com as
opções de resposta: sim, não ou não sabe. Na linha seguinte há a segunda
pergunta que é “quais refeições você faz ao longo do dia? ” com as opções de
resposta: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar ou
ceia. Na linha seguinte, com fundo em cor marrom e letras pretas, há a descrição
de que todos os alimentos citados nas linhas abaixo deverão ser referentes ao
consumo do dia anterior (ontem), com as opções de resposta: sim, não e não
sabe. Os alimentos são descritos por linha, sendo os seguintes: feijão; frutas
frescas (não considerar suco de frutas); verduras e/ou legumes (não considerar
batata, mandioca, aipim, macaxeira, cará e inhame); hambúrguer e/ou
embutidos (presunto, mortadela, salame, linguiça, salsicha); bebidas adoçadas
(refrigerante, suco de caixinha, suco em pó, água de coco de caixinha, xaropes
de guaraná/groselha, suco de fruta com adição de açúcar); macarrão
instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados; biscoito recheado,
doces ou guloseimas (balas, pirulitos, chiclete, caramelo, gelatina). Fim da
descrição.

Segundo as orientações do Ministério da Saúde (BRASIL, 2022), devem ser seguidas as


cinco etapas abaixo durante o atendimento nutricional:

Preencher o formulário de Avaliação do Consumo Alimentar


1
(Figura 1) para uso na Atenção Primária. Mas atenção! É
importante que se faça as perguntas usando uma linguagem
simples e sem expressar nenhum tipo de julgamento (verbal ou
corporal);

A partir da identificação dos marcadores de alimentação saudável


2
(consumo de frutas, legumes, verduras e feijão) e não-saudável
(consumo de ultraprocessados), siga para o fluxograma (Figura
2);
Figura 2 – Fluxograma Direcional de Conduta para
Orientação Alimentar de Crianças
Fonte: BRASIL, 2022a

#ParaTodosVerem: figura. Sobre fundo branco, há um fluxograma direcional de


conduta para orientação alimentar de crianças, elaborado pelo Ministério da Saúde.
Na parte superior central do fluxograma, há uma frase na horizontal escrita: “Inicie
Aqui”. Abaixo dela há um losango azul com letras pretas dentro, dizendo: ETAPA 1 –
Ontem o usuário
consumiu feijão?. Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta com um
círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à
resposta do paciente. Ao final da seta, há um retângulo cinza com a frase em letras
pretas: “RECOMENDAÇÃO 1 – Estimule o consumo diário de feijão”. Saindo desse
retângulo, há uma seta preta, apontando para um segundo losango azul, e no centro
da seta, em letras brancas, está escrito “vá para a próxima etapa”. Voltando ao
primeiro losango azul, saindo da ponta esquerda, há uma linha preta com um círculo
preto no final e dentro a palavra SIM escrita em letras brancas, referente à resposta
do paciente. Abaixo e à esquerda do SIM, há um retângulo azul com a frase em letras
pretas: “VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra
SIM, há uma seta preta apontando para o segundo losango azul, que está escrito em
letras pretas: “ETAPA 2 – Ontem o usuário ingeriu bebidas adoçadas?”. Saindo da
ponta direita do losango, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a
palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Abaixo e à
direita do NÃO, há um retângulo azul com a frase em letras pretas: “VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra NÃO, há uma seta
preta apontando para o terceiro losango azul. Voltando ao segundo losango azul,
saindo da ponta direita, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a
palavra SIM escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da
seta, há um retângulo cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 2 –
Oriente que se evite o consumo de bebidas adoçadas”. Saindo desse retângulo, há
uma seta preta, apontando para um terceiro losango azul, e no centro da seta, em
letras brancas, está escrito “vá para a próxima etapa”. No terceiro losango azul, está
escrito em letras pretas: “ETAPA 3 – Ontem o usuário consumiu alimentos
ultraprocessados?”. Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta com um
círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à
resposta do paciente. Abaixo e à direita do NÃO, há um retângulo azul com a frase em
letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a
palavra NÃO, há uma seta preta apontando para o quarto losango azul. Voltando ao
terceiro losango azul, saindo da ponta direita, há uma seta preta com um círculo
preto no meio e dentro a palavra SIM escrita em letras brancas, referente à resposta
do paciente. Ao final da seta, há um retângulo cinza com a frase em letras pretas:
“RECOMENDAÇÃO 3 – Oriente que se evite o consumo de alimentos
ultraprocessados”. Saindo desse retângulo, há uma seta preta, apontando para um
quarto losango azul, e no centro da seta, em letras brancas, está escrito “vá para a
próxima etapa”. No quarto losango azul, está escrito em letras pretas: “ETAPA 4 –
Ontem o usuário consumiu legume ou verdura?”. Saindo da ponta direita do losango,
há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em
letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da seta, há um retângulo
cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 4 – Estimule o consumo
diário de legumes e verduras”. Saindo desse retângulo, há uma seta preta,
apontando para um quinto losango azul, e no centro da seta, em letras brancas, está
escrito “vá para a próxima etapa”. Voltando ao quarto losango azul, saindo da ponta
esquerda, há uma linha preta com um círculo preto no final e dentro a palavra SIM
escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Abaixo e à esquerda do
SIM, há um retângulo azul com a frase em letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA
ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra SIM, há uma seta preta
apontando para o quinto losango azul, que está escrito em letras pretas: “ETAPA 5 –
Ontem o usuário consumiu fruta?”. Saindo da ponta direita do losango, há uma seta
preta com um círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em letras
brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da seta, há um retângulo cinza
com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 5 – Estimule o consumo diário de
frutas”. Saindo desse retângulo, há uma seta preta, apontando para um sexto
losango azul, e no centro da seta, em letras brancas, está escrito “vá para a próxima
etapa”. Voltando ao quinto losango azul, saindo da ponta esquerda, há uma linha
preta com um círculo preto no final e dentro a palavra SIM escrita em letras brancas,
referente à resposta do paciente. Abaixo e à esquerda do SIM, há um retângulo azul
com a frase em letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo
preto com a palavra SIM, há uma seta preta apontando para o sexto losango azul,
que está escrito em letras pretas: “ETAPA 6 – O usuário tem costume de fazer as
refeições em frente à TV?”. Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta
com um círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas,
referente à resposta do paciente. Abaixo e à direita do NÃO, há um retângulo azul
com a frase em
letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a
palavra NÃO, há uma seta preta apontando para uma forma oval rosa escrito em
preto “ORIENTAÇÕES ADICIONAIS”. Voltando ao sexto losango azul, saindo da ponta
direita, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a palavra SIM
escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da seta, há um
retângulo cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 6 – Oriente que o
usuário coma em ambientes apropriados e com atenção”. Saindo desse retângulo, há
uma seta preta, apontando para uma forma oval rosa escrito em preto
“ORIENTAÇÕES ADICIONAIS”.
Fim da descrição.

Fazer as orientações alimentares sugeridas no fluxograma


3
seguindo as etapas. Mas atenção! Não existe uma determinação de
quantas orientações alimentares devem ser feitas por consulta.
Essa decisão deve ser feita a partir do que o profissional sentir que
é possível com cada criança/família. O profissional pode optar por
fazer recomendações prioritárias na primeira consulta e seguir
com as demais orientações nas próximas consultas;
Quando a criança apresentar uma prática alimentar adequada,
4
valorize e estimule a continuidade dessa prática, baseando-se nas
justificativas presentes na orientação correspondente e estimule
a continuidade desses hábitos;

Ao longo das consultas, deve-se ir avançando nas etapas da


5
orientação alimentar.

Leitura
Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na
Orientação Alimentar de Crianças de 2 a 10 Anos
Todas as orientações nutricionais relacionadas ao fluxograma estão
no material técnico do Ministério da Saúde.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Aspectos Fisiológicos e Nutricionais do


Adolescente
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a adolescência como o período entre os
10 e os 19 anos. É o período que se situa entre a infância e a vida adulta e, por essa
razão, ocorre uma grande transformação fisiológica, psicológica e cognitiva no
indivíduo.

É uma fase cheia de descobertas e mudanças como a maturação dos órgãos e sistemas,
alterações hormonais, emocionais e sociais, aceleração na velocidade de crescimento,
transformação do corpo, entre outras.

Todas essas mudanças fazem com que ocorra uma alteração nas necessidades de
nutrientes e no comportamento dos adolescentes.

A puberdade é caracterizada pelas mudanças biológicas determinadas pelo


desencadeamento dos estímulos hormonais do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas. O
início desse processo é influenciado por fatores ambientais, nutricionais e sociais
(VITOLO, 2008, p. 267).

A hipófise, ou também chamada de pituitária, é quem controla todas as outras


glândulas do nosso corpo.

A hipófise envia um sinal, através de um hormônio, para a glândula suprarrenal (ou


adrenal) da criança, para acelerar a produção de androgênio, caracterizando a
adrenarca, ou seja, o início da ativação dos hormônios produzidos pelas glândulas
adrenais que são responsáveis pelo crescimento dos pelos pubianos, pelos axilares,
odor axilar, acne, e outras manifestações associadas à puberdade.

Depois disso, a hipófise começa a secretar os hormônios gonadotróficos, que são


responsáveis pelo crescimento dos ovários e testículos, e então, quando esses órgãos
se desenvolvem, passam a secretar os hormônios testosterona nos meninos, e
estrogênio ou estradiol nas meninas.

A hipófise também secreta outros dois hormônios: o hormônio de crescimento e o


hormônio estimulante da tireoide. Esses dois hormônios, juntamente com o
androgênio das suprarrenais, interagem com os sexuais e interferem no crescimento.
Durante a adolescência ocorre um surto de crescimento corporal, e é a última fase da
vida em que a estatura aumenta, deflagrada por um aumento da secreção de hormônio
de crescimento pela hipófise, que é uma resposta ao aumento dos níveis de hormônios
gonadotróficos. Durante o surto, um adolescente pode crescer de 7,5 a 15 cm por ano,
ao longo de dois ou três anos. Depois, o crescimento volta a ser lento e a altura
aumenta devagar até tornar-se adulto (RODRIGUES, 2015, p. 145).

Em relação às meninas, os adolescentes do sexo masculino são mais altos, fortes,

resistentes e velozes, devido aos seus hormônios. Já as meninas, possuem mais tecido
adiposo que os meninos.

A sequência com que as características sexuais se desenvolvem nos adolescentes é


igual para todos, porém o início e o fim desse desenvolvimento poderá ocorrer em
idades diferentes, dependendo do organismo de cada um. Por essa razão foram
estabelecidos estágios de maturação sexual por um médico chamado James Tanner em
1962, e seguimos esse padrão até os dias atuais. Esses dados serão importantes para
identificarmos se o adolescente já finalizou o estirão de crescimento ou não. Veja no

quadro a seguir:

Quadro 7 – Características do Adolescente de Acordo com o Gênero e o Estágio de


Maturação Sexual de Tanner

Sexo Masculino Pelos Pubianos Genitália

Características
Estágio 1 Ausentes infantis sem
alteração

Estágio 2 Presença de pelos Aumento do pênis


finos e claros pequeno ou
ausente, aumento
Sexo Masculino Pelos Pubianos Genitália

inicial do volume
testicular

Crescimento
peniano em
comprimento,
Estágio 3 Púbis coberta maior
crescimento dos
testículos e do
escroto

Crescimento
Tipo adulto: sem
peniano,
Estágio 4 extensão para as
principalmente
coxas
no diâmetro

Tipo adulto: com Desenvolvimento


Estágio 5 extensão para as completo da
coxas genitália

Sexo Feminino Pelos Pubianos Mamas

Sem modificação
Estágio 1 Ausentes
da fase infantil

Pequenas Brotos
quantidades: mamários:
longos, finos e elevação da
Estágio 2
lisos distribuídos aréola e papilas,
ao longo dos formando uma
grandes lábios pequena saliência
Sexo Masculino Pelos Pubianos Genitália

Aumento em Maior aumento


quantidade e da mama e da
Estágio 3 espessura, mais aréola, mas sem
escuros e separação dos
encaracolados contornos

Pelos do tipo
Maior aumento
adulto: cobrindo
da mama e da
mais densamente
Estágio 4 aréola, sendo que
a região púbica,
há separação dos
sem atingir as
contornos
coxas

Mamas com
Pilosidade aspecto adulto; o
pubiana igual à contorno areolar
Estágio 5 do adulto, é incorporado
invadindo a parte novamente ao
interna das coxas contorno da
mama

Fonte: VITOLO, 2008

É importante o nutricionista saber em qual fase de crescimento e de maturação sexual


o adolescente se encontra, para definir qual a melhor estratégia nutricional que irá
adotar.

Além disso, o nutricionista deverá se lembrar que o adolescente está em uma fase em

que vários fatores influenciam seu hábito alimentar como a atitude dos familiares e
amigos, valores sociais e culturais, mídia, fast-foods, modismos alimentares etc.
Os adolescentes também costumam ter horários irregulares para se alimentar,
preferem se alimentar de lanches e refeições rápidas, pulam refeições, comem fora de
casa, isso porque já são independentes, não dependem dos pais para levá-los à escola

ou qualquer lugar, outros já trabalham e decidem como vão gastar o dinheiro, se


alimentam juntamente com os colegas e muitas vezes o grupo decide o que vai comer.

Muitos adolescentes parecem não entender que seus hábitos alimentares terão
consequências futuras. Mais comum que se preocuparem com a saúde futura é
mostrarem que estão em sintonia com seus grupos, e adotarem comportamentos que
demonstram sua independência dos adultos, como consumir bebidas alcoólicas,
fumar e ter relações sexuais. Então, como nutricionistas, seremos mais bem-
sucedidos na educação e no aconselhamento nutricional se enfatizarmos os benefícios

de curto prazo de uma alimentação balanceada e adequada (RODRIGUES, 2015, p. 149).

Outro fator preocupante para os profissionais de saúde é o desenvolvimento de


transtornos alimentares em crianças e adolescentes, como a bulimia e anorexia
nervosa. A busca pelo corpo perfeito leva as pessoas a se preocuparem com o peso

corporal de maneira extrema, e um grupo de risco são os adolescentes que, devido às


alterações corporais características da idade, muitas vezes podem ter problemas de
autoestima e se tornarem insatisfeitos com o próprio corpo, desencadeando os
distúrbios alimentares.

Na anorexia nervosa, a pessoa deixa de se alimentar de forma voluntária a fim de


perder peso, restringindo radicalmente a alimentação, até mesmo nos momentos em
que sentem fome. Geralmente a pessoa pesa muito menos da normalidade e os
profissionais de saúde devem ficar atentos ao acompanharem o adolescente que não
está crescendo ou está perdendo peso, ou mostram sinais de ausência de menstruação

(nas meninas), pele pálida, unhas quebradiças, cabelos e pelos finos, sensibilidade ao
frio, pois pode ser um indicativo de distúrbio alimentar.

O diagnóstico da bulimia é um pouco mais difícil porque não ocorre uma perda de peso
intensa e muitas vezes o peso é normal ou até acima do peso. Na bulimia a pessoa se

alimenta normalmente ou em excesso, e depois utiliza alguma medida extrema para o


controle de peso. Por exemplo, a indução do vômito, que é o mais comum, uso de
laxantes, jejum, exercícios físicos em excesso.

Alguns sinais clínicos incluem as cicatrizes nos dedos e dorso da mão, utilizados para

induzir o vômito; erosão no esmalte dos dentes e crescimento da glândula parótida,


devido ao contato constante com o ácido do conteúdo do estômago; desidratação,
hipocalemia e alcalose devido aos vômitos; dores de garganta, esofagite, dor
abdominal etc.

Necessidades Nutricionais e Planejamento


Alimentar para Adolescentes
Vamos conhecer as necessidades e recomendações nutricionais do adolescente nos
tópicos a seguir, a fim de se realizar um planejamento alimentar adequado, visto que o
nosso objetivo é manter a saúde, além de promover a maturação e o crescimento
adequados. O estirão de crescimento exige maiores quantidades de energia, proteínas,
vitaminas e minerais.

a) Energia

Quadro 8 – Equações para Estimativa do Gasto Energético Basal (GEB) para


Adolescentes

Equação para o
Referência Sexo Idade
GEB

10 a 18
Masculino (17,5 x P) + 651
anos
(FAO/OMS/UNU,
1985)
10 a 18
Feminino (12,2 x P) + 746
anos
Equação para o
Referência Sexo Idade
GEB

(16,25 x P) +
10 a 18
Masculino (1,372 x E) +
anos
515,5
(Schofield, 1985)
(8,365 x P) +
10 a 18
Feminino (4,65 x E) +
anos
200

Fonte: FAO/WHO/UNU, 1985; SCHOFIELD, 1985


P=peso (kg); E=estatura (centímetros)

A partir do GEB também é possível determinar o GET, multiplicando-se o fator

atividade.

Atividades leves: multiplicar GEB por 1,6 para


meninos e 1,5 para meninas;

Atividades moderadas: multiplicar GEB por 2,5 para meninos e


2,2 para meninas;

Atividades intensas: multiplicar GEB por 6,3 para meninos e 6,0


para meninas.
Quadro 9 – Equações para Estimativa da Necessidade Energética (EER) de
Adolescentes
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

10 a 13, 99 EER = -447,51 +


anos (3,68 × idade) +
Sedentário (13,01 × altura) +
(13,15 × peso) +
20/15/25*

M
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

EER = 19,12 + (3,68 ×


idade) + (8,62 ×
Pouco ativo
altura) + (20,28 ×
peso) + 20/15/25

EER = -388,19 +
(3,68 × idade) +
Ativo (12,66 × altura) +
(20,46 × peso) +
20/15/25

EER = -671,75 +
(3,68 × idade) +
Muito ativo (15,38 × altura) +
(23,25 × peso) +
20/15/25
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

EER = 55,59 –
(22,25 × idade) +
Sedentário (8,43 × altura) +
(17,07 × peso) +
15/30**

EER = -297,54 –
(22,25 × idade) +
Pouco ativo (12,77 × altura) +
(14,73 × peso) +
15/30
F
EER = -189,55 –
(22,25 × idade) +
Ativo (11,74 × altura) +
(18,34 × peso) +
15/30

EER = -709,59 –
(22,25 × idade) +
Muito ativo (18,22 × altura) +
(14,25 × peso) +
15/30
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

14 a 18, 99 EER = -447,51 +


anos (3,68 × idade) +
Sedentário
(13,01 × altura) +
(13,15 × peso) + 20

M
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

EER = 19,12 + (3,68 ×


idade) + (8,62 ×
Pouco ativo
altura) + (20,28 ×
peso) + 20

EER = -388,19 +
(3,68 × idade) +
Ativo
(12,66 × altura) +
(20,46 × peso) + 20

EER = -671,75 +
(3,68 × idade) +
Muito ativo
(15,38 × altura) +
(23,25 × peso) + 20
Idade Sexo NAF EER (kcal/dia)

EER = 55,59 –
(22,25 × idade) +
Sedentário
(8,43 × altura) +
(17,07 × peso) + 20

EER = -297,54 –
(22,25 × idade) +
Pouco ativo
(12,77 × altura) +
(14,73 × peso) + 20
F
EER = -189,55 –
(22,25 × idade) +
Ativo
(11,74 × altura) +
(18,34 × peso) + 20

EER = -709,59 –
(22,25 × idade) +
Muito ativo
(18,22 × altura) +
(14,25 × peso) + 20

Fonte: NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES, ENGINEERING AND MEDICINE, 2023


*a energia de depósito para o crescimento para meninos varia entre: 3 anos: 20 kcal/d;
4 a 8 anos: 15 kcal/d; 9 a 13 anos: 25 kcal/d.
**a energia de depósito para o crescimento para meninas varia entre: 3 anos: 15 kcal/d;
4 a 8 anos: 15 kcal/d; 9 a 13 anos: 30 kcal/d.
NAF = nível de atividade física; EER = necessidade estimada de energia

b) Proteína
Quadro 10 – Valores Diários de EAR e AI ou e AMDR para Proteína Segundo as DRIs

Proteína

Idade AI* ou AI* ou


EAR
RDA RDA AMDR
(g/kg/d)
(g/d) (g/kg/d)

Meninos
10 – 30 %
9 a 13 0,76 34 0,95
do VET
anos

14 a 18 10 – 30 %
0,73 52 0,85
anos do VET

Meninas
10 – 30 %
9 a 13 0,76 34 0,95
do VET
anos

14 a 18 10 – 30 %
0,71 46 0,85
anos do VET

Fonte: OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006


AMDR – a variação de distribuição aceitável de macronutriente (AMDR) é a faixa de
ingestão da fonte particular de energia dada como porcentagem que está associada ao
risco reduzido de doença crônica que fornece as ingestões dos nutrientes essenciais.

c) Carboidrato
Quadro 11 – Valores Diários de EAR e AI ou RDA e AMDR para Carboidrato Segundo as
DRIs

Carboidrato

Idade
EAR
AI* ou RDA (g/d) AMDR
(g/d)

9 a 13 45 – 65% do
100 130
anos VET

14 a 18 45 – 65% do
100 130
anos VET

Fonte: OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006


AMDR – a variação de distribuição aceitável de macronutriente (AMDR) é a faixa de
ingestão da fonte particular de energia dada como porcentagem que está associada ao

risco reduzido de doença crônica que fornece as ingestões dos nutrientes essenciais.

Importante!
Existe a recomendação para o mínimo uso de açúcar de adição e este
não deve ultrapassar o equivalente a 25% do total do VET,

considerando inclusive os alimentos industrializados.


Sobre o consumo de fibras, para a idade de 4 a 8 anos, recomenda-se um consumo de
25 g/dia. Para os meninos, na idade de 9 a 13 anos, recomenda-se 31 g/dia, dos 14 aos
18 anos, 38 g/dia. Já para as meninas, dos 9 aos 18 anos, recomenda-se uma ingestão

de fibras de 26 g/dia.

d) Lipídio

Quadro 12 – Valores Diários de AI ou RDA e AMDR para Lipídio Segundo as DRIs

Lipídio
Idade
AI* ou RDA (g/d) AMDR (g/d)

9 a 13
ND 25 – 35% do VET
anos

14 a 18
ND 25 – 35% do VET
anos

Fonte: OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006


AMDR – a variação de distribuição aceitável de macronutriente (AMDR) é a faixa de
ingestão da fonte particular de energia dada como porcentagem que está associada ao
risco reduzido de doença crônica que fornece as ingestões dos nutrientes essenciais.

Recomenda-se, assim como para adultos, que seja evitado o consumo de colesterol,

ácidos graxos saturados e ácidos graxos trans, e uma oferta diária de 5% a 10% do VET
de ácidos graxos polinsaturados ômega 6 e de 0,6% a 1,2% do VET de ácidos graxos
polinsaturados ômega 3.

e) Vitaminas e Minerais
Como visto anteriormente, devido ao estirão de crescimento, haverá aumento nas
necessidades de vitaminas e minerais e a deficiência destes poderá comprometer o
desenvolvimento do adolescente durante a puberdade.

Quadro 13 – Recomendações Diárias de Consumo Segundo as DRIs

Vitamina
Cálcio Ferro Zinco A
Idade
(mg/dia) (mg/dia) (mg/dia) (µg/dia
RE)

Meninos
9 a 13 1300 8 8 600
anos

14 a 18
1300 11 11 900
anos

Meninas
9 a 13 1300 8 8 600
anos

14 a 18
1300 15 9 700
anos

Fonte: OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006; ROSS, 2011


Leitura
Dietary Reference Intakes: Aplicabilidade das Tabelas em Estudos
Nutricionais
Você deverá verificar todas as recomendações nutricionais de
vitaminas e minerais para a população, inclusive para a infância.

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

f) Água

Deve ser oferecida à vontade e o total de água ingerida inclui toda a água contida nos
alimentos, bebidas e água potável.

Recomendação de consumo de água segundo as DRIs:

9 a 13 anos: 2,4 litros para meninos e 2,1 litros


para meninas;

14 a 18 anos: 3,3 litros para meninos e 2,3 litros para meninas.


g) Planejamento Alimentar

Você sabia que a alimentação inadequada na adolescência pode levar a risco imediato
ou de longo prazo de desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis como
hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e outras?

E como já foi abordado anteriormente, é um hábito comum entre os adolescentes não


realizar refeições como o café da manhã, ou substituir o almoço e o jantar por lanches
ou alimentos pouco nutritivos, ricos em calorias, açúcares, sódio e gorduras saturadas.

Dessa forma, é necessário orientar os adolescentes para que mudem o estilo de vida e
adotem hábitos alimentares mais saudáveis, a fim de que tenham melhor qualidade de
vida a partir de agora e no futuro.

Durante o atendimento nutricional do adolescente, segundo as orientações do

Ministério da Saúde (BRASIL, 2022b), devem ser seguidas as seis etapas a seguir:

1 Preencher o formulário de Avaliação do Consumo Alimentar


(Figura 1) para uso na Atenção Primária. Mas atenção! É
importante que se faça as perguntas usando uma linguagem
simples e sem expressar nenhum tipo de julgamento (verbal ou
corporal);

2 A partir da identificação dos marcadores de alimentação saudável


(consumo de frutas, legumes, verduras e feijão) e não-saudável
(consumo de ultraprocessados), siga para o fluxograma (Figura
3);
Figura 3 – Fluxograma direcional de conduta para
orientação alimentar de adolescentes
Fonte: BRASIL, 2022b

#ParaTodosVerem:
Figura. Sobre fundo branco, há um fluxograma direcional de conduta para orientação
alimentar de adolescentes, elaborado pelo Ministério da Saúde. Na parte superior
central do fluxograma, há uma frase na horizontal escrita: “Inicie Aqui”. Abaixo dela
há um losango azul com letras pretas dentro, dizendo: ETAPA 1 – Ontem o usuário
consumiu feijão?. Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta com um
círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à
resposta do paciente. Ao final da seta, há um retângulo cinza com a frase em letras
pretas: “RECOMENDAÇÃO 1 – Estimule o consumo diário de feijão”. Saindo desse
retângulo, há uma seta preta, apontando para um segundo losango azul, e no centro
da seta, em letras brancas, está escrito “vá para a próxima etapa”. Voltando ao
primeiro losango azul, saindo da ponta esquerda, há uma linha preta com um círculo
preto no final e dentro a palavra SIM escrita em letras brancas, referente à resposta
do paciente. Abaixo e à esquerda do SIM, há um retângulo azul com a frase em letras
pretas: “VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra
SIM, há uma seta preta apontando para o segundo losango azul, que está escrito em
letras pretas: “ETAPA 2 – Ontem o usuário ingeriu bebidas adoçadas?”. Saindo da
ponta direita do losango, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a
palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Abaixo e à
direita do NÃO, há um retângulo azul com a frase em letras pretas: “VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra não, há uma seta preta
apontando para o terceiro losango azul. Voltando ao segundo losango azul, saindo da
ponta direita, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a palavra
SIM escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da seta, há
um retângulo cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 2 – Oriente que
se evite o consumo de bebidas adoçadas”. Saindo desse retângulo, há uma seta preta,
apontando para um terceiro losango azul, e no centro da seta, em letras brancas,
está escrito “vá para a próxima etapa”. No terceiro losango azul, está escrito em
letras pretas: “ETAPA 3 – Ontem o usuário consumiu alimentos ultraprocessados?”.
Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta com um círculo preto no meio
e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente.
Abaixo e à direita do NÃO, há um retângulo azul com a frase em letras pretas:
“VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra NÃO, há
uma seta preta apontando para o quarto losango azul. Voltando ao terceiro losango
azul, saindo da ponta direita, há uma seta preta com um círculo preto no meio e
dentro a palavra SIM escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao
final da seta, há um retângulo cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO
3 – Oriente que se evite o consumo de alimentos ultraprocessados”. Saindo desse
retângulo, há uma seta preta, apontando para um quarto losango azul, e no centro
da seta, em letras brancas, está escrito “vá para a próxima etapa”. No quarto
losango azul, está escrito em letras pretas: “ETAPA 4 – Ontem o usuário consumiu
legume ou verdura?”. Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta com um
círculo preto no meio e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à
resposta do paciente. Ao final da seta, há um retângulo cinza com a frase em letras
pretas: “RECOMENDAÇÃO 4 – Estimule o consumo diário de legumes e verduras”.
Saindo desse retângulo, há uma seta preta, apontando para um quinto losango azul,
e no centro da seta, em letras brancas, está escrito “vá para a próxima etapa”.
Voltando ao quarto losango azul, saindo da ponta esquerda, há uma linha preta com
um círculo preto no final e dentro a palavra SIM escrita em letras brancas, referente
à resposta do paciente. Abaixo e à esquerda do SIM, há um retângulo azul com a frase
em letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a
palavra sim, há uma seta preta apontando para o quinto losango azul, que está
escrito em letras pretas: “ETAPA 5 – Ontem o usuário consumiu fruta?”. Saindo da
ponta direita do losango, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a
palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da
seta, há um retângulo cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 5 –
Estimule o consumo diário de frutas”. Saindo desse retângulo, há uma seta preta,
apontando para um sexto losango azul, e no centro da seta, em letras brancas, está
escrito “vá para a próxima etapa”. Voltando ao quinto losango azul, saindo da ponta
esquerda, há uma linha preta com um círculo preto no final e dentro a palavra SIM
escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Abaixo e à esquerda do
SIM, há um retângulo azul com a frase em letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA
ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra SIM, há uma seta preta
apontando para o sexto losango azul, que está escrito em letras pretas: “ETAPA 6 –
O usuário tem costume de fazer as refeições em frente à TV?”. Saindo da ponta
direita do losango, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a
palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Abaixo e à
direita do NÃO, há um retângulo azul com a frase em letras pretas: “VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra NÃO, há uma seta
preta para o sétimo losango azul. Voltando ao sexto losango azul, saindo da ponta
direita, há uma seta preta com um círculo preto no meio e dentro a palavra SIM
escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Ao final da seta, há um
retângulo cinza com a frase em letras pretas: “RECOMENDAÇÃO 6 – Oriente que o
usuário coma em ambientes apropriados e com atenção”. Saindo desse retângulo, há
uma seta preta, apontando para um sétimo losango azul, e no centro da seta, em
letras brancas, está escrito “vá para a próxima etapa”. No sétimo losango azul, está
escrito em letras pretas: “ETAPA 7 – Ontem o usuário consumiu café da manhã?”.
Saindo da ponta direita do losango, há uma seta preta com um círculo preto no meio
e dentro a palavra NÃO escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente.
Ao final da seta, há um retângulo cinza com a frase em letras pretas:
“RECOMENDAÇÃO 7 – Estimule o consumo do café da manhã”. Saindo desse
retângulo, há uma seta preta, apontando para uma forma oval rosa abaixo, escrita
em preto “ORIENTAÇÕES ADICIONAIS”. Voltando ao sétimo losango azul, saindo da
ponta esquerda, há uma linha preta com um círculo preto no final e dentro a palavra
SIM escrita em letras brancas, referente à resposta do paciente. Abaixo e à esquerda
do SIM, há um retângulo azul com a frase em letras pretas: “VALORIZE A PRÁTICA
ALIMENTAR”. Saindo do círculo preto com a palavra SIM, há uma seta preta
apontando para uma forma oval rosa abaixo, escrita em preto “ORIENTAÇÕES
ADICIONAIS”. Fim da descrição.
Fazer as orientações alimentares sugeridas no fluxograma
3
seguindo as etapas. Mas atenção! Não existe uma determinação de
quantas orientações alimentares devem ser feitas por consulta.
Essa decisão deve ser feita a partir do que o profissional sentir que
é possível com cada adolescente e do tempo disponível na
consulta, sem sobrecarga de informações. Além disso, é
importante destacar que pode ser necessário adaptar a linguagem
na abordagem, adotando termos coloquiais e de melhor
compreensão;

4 Quando o adolescente apresentar uma prática alimentar


adequada, valorize e estimule a continuidade dessa prática,
baseando-se nas justificativas presentes na orientação
correspondente e estimule a continuidade desses hábitos;

5 Ao longo das consultas, vá avançando nas etapas da orientação


alimentar;

Independentemente das respostas do formulário, não esqueça de


6
fazer as orientações adicionais contidas no final do protocolo
para todas as pessoas na adolescência.

Leitura
Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na
Orientação Alimentar da Pessoa na Adolescência

Clique no botão para conferir o conteúdo.


ACESSE

A Sociedade Brasileira de Pediatria (2018, p. 74), em seu Manual de Nutrologia, faz


algumas orientações para a promoção da saúde alimentar na adolescência:

Dar preferência a uma dieta variada, que inclua todos os grupos


alimentares, conforme preconizado na pirâmide de alimentos,
evitando-se o consumo de refrigerantes, balas e outras
guloseimas;

Em 2015 a OMS passou a recomendar que a ingestão de açúcares


simples de 10% do valor energético total, fosse idealmente 5%;

O consumo de frutas, verduras e legumes deve ser diário e variado


(> 5 porções/dia), a quantidade de sucos naturais, quando
oferecidos, não deve ultrapassar o máximo de 240 mL/dia;

O consumo de gorduras saturadas deve ser de 25-30% do valor


energético total: <2% de gorduras trans (para profilaxia de
aterosclerose na vida adulta), 10% de monoinsaturadas, <300 mg
de colesterol e 10% de poli-insaturadas;

Estimular o consumo de peixes marinhos duas vezes por semana;

A ingestão de sal deve ser controlada (<5 g/dia) para prevenção de


hipertensão arterial;

O consumo de cálcio deve ser apropriado (cerca de 600 mL/dia)


para permitir a formação adequada da massa óssea e a prevenção
da osteoporose na vida adulta;
Orientar o adolescente e a família sobre a importância de ler e
interpretar corretamente o rótulo dos alimentos industrializados;

Avaliar a presença de fatores de risco de distúrbios nutricionais:


fumo, poucas horas de sono, ingestão de álcool e energéticos;

Incentivar o consumo de alimentos ricos em zinco e ferro;

Limitar o consumo de refrigerantes e sucos artificiais;

Estimular a prática de atividade física.


📄 Material Complementar
Página 2 de 3

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta


Unidade:

Vídeo

Guia Alimentar – Crianças e Adolescentes


Guia Alimentar | Crianças e Adolescentes

Leitura

Alimentação e Saúde na Perspectiva de Adolescentes:


Contribuições para a Promoção da Saúde

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Problematização como Estratégia de Educação


Nutricional com Adolescentes Obesos

Clique no botão para conferir o conteúdo.


ACESSE

Guia de Alimentação Saudável para Adolescentes

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Alimentação do Adolescente

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
📄 Referências
Página 3 de 3

BRASIL. Ministério da Saúde. Fascículo 4: protocolos de uso do guia alimentar para a


população brasileira na orientação alimentar de crianças de 2 a 10 anos. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2022a. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_guia_alimentar_fasciculo
4.pdf>. Acesso em: 20/09/2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fascículo 5: protocolos de uso do guia alimentar para a


população brasileira na orientação alimentar da pessoa na adolescência. Brasília:
Ministério da Saúde, 2022b. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_guia_alimentar_fasciculo
5.pdf>. Acesso em: 20/09/2023.

FAO/WHO/UNU. Energy and protein requirements. Report of a joint FAO/WHO/UNU Expert


Consultation. World Health Organ Tech Rep Ser. 1985;724:1-206. PMID: 3937340.

NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES, ENGINEERING AND MEDICINE. Dietary Reference

Intakes for Energy. Washington: The National Academies Press, 2023. DOI:
<https://doi.org/10.17226/26818>.

OTTEN, J. A.; HELLWIG, J. P.; MEYERS, L. D. Dietary Reference Intakes: the essential guide
to nutriente requirements. Washington: The National Academies Press, 2006.

PADOVANI, R. M. et al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos

nutricionais. Revista de Nutrição, [S. l.], v. 19, n. 6, p. 741-760, nov. 2006.


RODRIGUES, V. B. Nutrição e desenvolvimento humano. São Paulo: Pearson, 2015.
Disponível em: <https://plataforma.bvirtual.com.br>. Acesso em: 04/09/2023. (e-
book)

ROSS, A. C. et al. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D: what dietetics
practitioners need to know. J Am Diet Assoc., [S. l.], v. 111, n. 4, p. 524-527, 2011. DOI:
10.1016/j.jada.2011.01.004.

SCHOFIELD, W. N. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous

work. Hum Nutr Clin Nutr., [S. l.], v. 39, Suppl 1, p. 5-41, 1985.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento de Nutrologia. Manual de


Alimentação: orientações para alimentação do lactente ao adolescente, na escola, na
gestante, na prevenção de doenças e segurança alimentar. 4. ed. São Paulo: SBP, 2018.

VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Ed Rubio, 2008.

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