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Esboço_praticas_pedagogicas_identidade_docente_01[1] Hevelly Patrica Dos Santos Andrade Costa

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ANHANGUERA/SÃO JOSÉ

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA


PEDAGOGIA – LICENCIATURA – 2º SEMESTRE

HEVELLY PATRICA DOS SANTOS ANDRADE COSTA

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: IDENTIDADE DOCENTE

SÃO JOSÉ- SC
2024/2
HEVELLY PATRICA DOS SANTOS ANDRADE COSTA

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: IDENTIDADE DOCENTE

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura


em PEDAGOGIA, ANHANGUERA, SÃO JOSÉ
como requisito parcial para a obtenção de
média semestral. Disciplina: Práticas
Pedagógicas: Identidade Docente.

SÃO JOSÉ- SC
2024/2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
2 DESENVOLVIMENTO 6
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 7
4 REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO

A formação de professores é um dos pilares fundamentais da educação,


sendo responsável por preparar os profissionais que irão guiar e inspirar as futuras
gerações. No entanto, esse campo tem enfrentado uma série de desafios e críticas
ao longo dos anos, levantando questões sobre a eficácia dos modelos de formação
existentes e a necessidade de adaptação às demandas da sociedade
contemporânea. Nesse contexto, António Nóvoa, destacado pesquisador e educador
português, tem sido uma voz proeminente na defesa de uma abordagem mais
reflexiva, colaborativa e holística da formação docente. Suas ideias e propostas
oferecem insights valiosos para repensar e reconstruir a formação de professores,
visando promover uma educação de qualidade e equitativa para todos.
2 DESENVOLVIMENTO

No contexto educacional contemporâneo, a construção da identidade docente


emerge como um tema de grande relevância e complexidade. Os textos 1 e 2
oferecem abordagens distintas, porém complementares, sobre esse assunto crucial,
cada um trazendo à tona diferentes aspectos da formação e atuação dos
professores na sociedade atual. Nesta análise crítica, examinaremos criticamente os
argumentos apresentados em ambos os textos, avaliando sua validade e
contribuições para o entendimento da identidade docente na contemporaneidade.
O texto 1 apresenta uma perspectiva ampla sobre os fatores que influenciam
a formação da identidade profissional dos professores nos dias de hoje. O autor
argumenta que os professores são confrontados com uma série de desafios,
incluindo a rápida evolução das tecnologias digitais, as demandas crescentes por
uma educação mais inclusiva e a necessidade de desenvolvimento profissional
contínuo. Esses pontos destacam a complexidade do contexto em que os
professores operam e sugerem que suas identidades profissionais estão em
constante mutação para se adaptarem às exigências em evolução da sociedade e
da educação.
A análise crítica desse texto revela que, embora os argumentos apresentados
sejam pertinentes e reflitam uma compreensão profunda dos desafios enfrentados
pelos professores contemporâneos, há uma necessidade de examinar mais de perto
como esses desafios estão sendo enfrentados na prática. Por exemplo, enquanto o
texto destaca a influência das tecnologias digitais na construção da identidade
docente, seria relevante investigar em que medida os professores estão realmente
integrando efetivamente essas tecnologias em suas práticas pedagógicas e como
isso está afetando sua identidade profissional. Além disso, as demandas por uma
educação mais inclusiva levantam questões sobre a capacidade dos professores de
lidar com a diversidade em sala de aula e se estão recebendo o apoio necessário
para fazê-lo de maneira eficaz.

A função do professor, como afirma Gimeno Sacristán (1991), encontra-se em


permanente elaboração e depende diretamente das relações e dos contextos sociais
nos quais a comunidade docente se encontra. A dificuldade de definição das
atribuições do professor acaba por levar à incorporação de uma multiplicidade de
tarefas que, muitas vezes, ultrapassam a função docente, fugindo de seu alcance e
caracterizando atividades próprias de profissões ou ocupações distintas das do
magistério. Todo esse contexto, como salientam Esteve (1999) e Lourencetti (2004),
dificulta e emperra o trabalho e o “ânimo” dos professores, o que,
consequentemente, interfere na imagem que eles próprios e a sociedade possuem
do profissional docente.

Percebemos em certos casos que faz parte do imaginário docente a imagem


de professor abnegado, aquele que professa algo. Brzezinski (2002, p. 16) também
ressalta que a profissão professor se mantém associada à idéia de fé, de
sacerdócio: “a vocação para ser professor diz respeito à dedicação e abnegação ao
apostolado” e, segundo a autora, tal concepção condiz com o “imaginário social que
relaciona a profissão professor com a fé, como um chamado para prestar um serviço
ao bem comum”. Talvez isso explique o fato de tais concepções permearem as
afirmações de nossos participantes de que qualquer um pode ser professor, desde
que tenha dom ou paciência, pois estas são características essenciais para uma
profissão que se respalde na abnegação, na fé e na dedicação ao bem comum.

Nossa análise mostrou que a tomada de consciência da crise de identidade


profissional ocorre em certos níveis. Algumas respostas se centram na “periferia” da
crise vivida pelos professores, ao focalizar elementos e fatores mais imediatos e
aparentes da situação apresentada. Outras respostas superam esse imediatismo na
direção do que é central à identidade docente, quando salientam o menos imediato e
aparente, tais como o sentimento de pertencimento a uma dada profissão, que
depende do contexto histórico no qual o indivíduo vive, como ressalta Vianna (1999);
a importância da imagem e da autoimagem da profissão (ARROYO, 2000;
GIDDENS, 2002); a presença de saberes específicos, angústias e anseios do
professor e suas relações com outros profissionais da categoria (GAUTHIER et al.,
1998; PIMENTA, 1997; TARDIF, 2002). Este critério constituiu o fundamento para o
estabelecimento de três níveis distintos de tomada de consciência da crise de
identidade profissional docente, descritos a seguir.

Classificamos no nível I - Consciência elementar ou periférica da crise de


identidade profissional respostas que se centravam em “elementos periféricos” da
situação apresentada (PIAGET, 1977).

ANÁLISE DO TEXTO 1

A Desvalorização e a Crise de Identidade na Profissão Docente


Nos últimos anos, tem sido evidente um crescente debate em torno da
valorização e do reconhecimento dos professores no contexto educacional. A
desvalorização da profissão docente não é um fenômeno isolado, mas sim um
reflexo de várias questões sociais, políticas e econômicas que afetam a educação
como um todo.

Aspectos da Desvalorização
Um dos principais aspectos da desvalorização da profissão docente é a
remuneração inadequada. Muitos professores enfrentam salários baixos em
comparação com outras profissões que exigem habilidades semelhantes em termos
de formação e responsabilidades. Essa disparidade salarial não apenas desmotiva
os professores, mas também contribui para uma percepção de falta de prestígio e
reconhecimento social.
Além da remuneração, as condições de trabalho dos professores também
desempenham um papel importante na desvalorização da profissão. Salas de aula
superlotadas, falta de recursos materiais e apoio inadequado da gestão escolar são
apenas algumas das dificuldades enfrentadas pelos professores no dia a dia. Essas
condições precárias não apenas dificultam o ensino eficaz, mas também levam a
altos níveis de estresse e esgotamento entre os profissionais da educação.

Impacto na Identidade Profissional


A desvalorização da profissão docente tem um impacto significativo na
identidade profissional dos professores. A identidade profissional refere-se à
percepção que os indivíduos têm de si mesmos em relação ao seu trabalho,
incluindo sua importância, status e sentido de pertencimento à profissão. Quando os
professores são constantemente submetidos à desvalorização e à falta de
reconhecimento, isso pode minar sua autoestima e confiança em sua capacidade de
exercer sua profissão de maneira eficaz.
A crise de identidade dos professores é exacerbada pela falta de clareza
sobre seu papel na sociedade. Em um cenário onde a educação é muitas vezes
vista como uma mercadoria e os professores são tratados como meros
transmissores de conhecimento, é difícil para os profissionais da educação se
sentirem valorizados e respeitados. Isso pode levar a sentimentos de desânimo e
desmotivação, resultando em uma diminuição do comprometimento e da qualidade
do trabalho dos professores.

Perspectivas de Mudança
Apesar dos desafios enfrentados pelos professores, há esperança de que a
situação possa melhorar. É fundamental que governos, instituições educacionais e a
sociedade em geral reconheçam a importância vital dos professores e tomem
medidas concretas para valorizar e apoiar a profissão docente. Isso inclui investir em
programas de formação de professores de alta qualidade, oferecer salários dignos e
condições de trabalho adequadas, bem como promover uma cultura de respeito e
valorização dos profissionais da educação.
Além disso, os próprios professores também desempenham um papel crucial
na promoção de uma identidade profissional positiva. Ao se envolverem em práticas
reflexivas, colaborativas e inovadoras, os professores podem fortalecer sua
identidade profissional e reafirmar o valor e a importância de sua profissão na
sociedade.
Em última análise, a desvalorização e a crise de identidade na profissão
docente são desafios complexos que exigem uma abordagem holística e
colaborativa para serem superados. Somente através de um compromisso conjunto
de todas as partes interessadas podemos garantir que os professores sejam
devidamente reconhecidos, valorizados e capacitados para desempenhar seu papel
vital na formação das gerações futuras.

ANÁLISE DO TEXTO2

O texto 2, aborda especificamente os desafios enfrentados na formação inicial


e contínua dos professores. O autor destaca questões como a necessidade de
atualização constante dos conhecimentos pedagógicos, a falta de reconhecimento
social da profissão e as disparidades entre teoria e prática na formação inicial. Esses
desafios são apresentados como obstáculos significativos para a construção de uma
identidade docente sólida e eficaz.
Uma análise crítica desse texto revela que os desafios identificados são
fundamentais para a compreensão da construção da identidade docente na
contemporaneidade. A necessidade de atualização constante dos conhecimentos
pedagógicos reflete a dinâmica natureza do campo educacional e destaca a
importância do desenvolvimento profissional contínuo para os professores. Além
disso, a falta de reconhecimento social da profissão levanta questões sobre o status
e valorização dos professores na sociedade, fatores que podem impactar
diretamente sua identidade profissional e motivação. As disparidades entre teoria e
prática na formação inicial apontam para a necessidade de uma abordagem mais
integrada e prática na preparação dos futuros professores, garantindo que estejam
adequadamente preparados para os desafios da sala de aula.
Em síntese, tanto o texto 1 quanto o texto 2 oferecem insights valiosos sobre
a construção da identidade docente na contemporaneidade. Enquanto o texto 1
destaca a influência de fatores externos, como tecnologia e demandas sociais, na
formação da identidade docente, o texto 2 concentra-se nos desafios enfrentados na
formação inicial e contínua dos professores. Ambos os textos ressaltam a
complexidade e a importância desse processo e fornecem um ponto de partida
valioso para uma reflexão mais aprofundada sobre o papel e a identidade dos
professores na sociedade atual.

A formação de professores é uma área crucial da educação, fundamental


para a qualidade do ensino e para o desenvolvimento das habilidades dos
educadores. No entanto, ao longo das últimas décadas, tem-se observado uma série
de desafios e lacunas nesse campo, que têm levado à necessidade premente de
repensar e reconstruir os modelos de formação docente.
António Nóvoa, renomado professor e pesquisador português na área da
Educação, tem sido uma voz proeminente nesse debate. Ele argumenta que a
formação de professores não deve ser vista como um processo estático, mas sim
como um campo em constante evolução, que precisa se adaptar às demandas e
realidades em mudança da sociedade contemporânea.
Uma das principais questões levantadas por Nóvoa é a necessidade de
compreender a complexidade da profissão docente em todas as suas dimensões.
Isso inclui não apenas o domínio dos conteúdos e metodologias de ensino, mas
também uma compreensão das dimensões teóricas, culturais, políticas, ideológicas
e simbólicas envolvidas no exercício da profissão.
Nóvoa defende que os professores são detentores de um conhecimento
profissional próprio, que é contingente, coletivo e público. Esse conhecimento surge
da interação entre teoria e prática, e é moldado pelas experiências vivenciadas pelos
professores em sala de aula e em seu contexto profissional mais amplo.
Uma das propostas-chave de Nóvoa é a necessidade de repensar os
modelos de formação docente, tanto na formação inicial quanto na continuada. Ele
argumenta que os cursos de formação devem garantir aos professores espaços e
tempos para o desenvolvimento do autoconhecimento e da autorreflexão sobre suas
práticas pedagógicas, bem como sobre suas dimensões pessoais, profissionais e
coletivas.
Isso implica em uma abordagem mais integrada e holística da formação de
professores, que reconheça a importância de uma formação baseada na prática
reflexiva, na colaboração entre pares e na participação ativa dos professores no
processo de desenvolvimento profissional.
Além disso, Nóvoa destaca a necessidade de fortalecer a dimensão coletiva
da profissão docente, promovendo uma maior autonomia profissional e incentivando
a colaboração entre os professores. Ele argumenta que a escola do futuro deve ser
um espaço de aprendizagem colaborativa, onde os professores trabalhem em
equipe e compartilhem experiências e recursos.
No entanto, reconstruir a formação de professores não é uma tarefa fácil.
Requer mudanças profundas nas estruturas e práticas educacionais, bem como um
compromisso coletivo com a valorização da profissão docente. Isso envolve não
apenas políticas públicas eficazes, mas também uma mudança de mentalidade em
toda a sociedade, que reconheça o papel fundamental dos professores na
construção de um futuro melhor.
Em suma, reconstruir a formação de professores é um desafio complexo, mas
essencial para o avanço da educação e o desenvolvimento humano. António Nóvoa
nos lembra que, para enfrentar esse desafio, é necessário coragem, criatividade e
um compromisso firme com a qualidade e a equidade na educação. E é somente
através de uma abordagem colaborativa e centrada no aluno que podemos construir
uma escola do futuro que atenda às necessidades e aspirações de todos os
envolvidos no processo educacional.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

À medida que enfrentamos os desafios e oportunidades do século XXI, a


formação de professores emerge como uma área crucial para o avanço da educação
e o desenvolvimento humano. As ideias e propostas de António Nóvoa oferecem
uma visão inspiradora e pragmática sobre como reconstruir a formação de
professores para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. Ao promover uma
abordagem mais reflexiva, colaborativa e centrada no aluno, podemos criar um
ambiente de aprendizagem dinâmico e inclusivo, onde os professores são
capacitados a se tornarem agentes de mudança e inovação. Assim, ao adotarmos
uma visão mais ampla e humanizada da formação de professores, podemos
construir uma educação mais justa, igualitária e transformadora para todos.
Visando a charge e o texto 1 e 2 podemos refletir sobre a importância do
pedagogo e sua importância no desenvolvimento humano, a principal
responsabilidade do educador é auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos. É uma profissão que atrai aqueles que se interessam pela área da educação
e tem o potencial de desenvolver métodos de ensino eficazes, sempre levando em
consideração as circunstâncias sociais do aluno ou o ambiente em que a escola está
situada, isso nos mostra a importância do pedagogo.
4 REFERÊNCIAS

CHAKUR, C. R. de S. L. SILVA, E. P. da. A Tomada de Consciência da Crise de


Identidade Profissional em Professores do Ensino Fundamental. Volume 2
Número 3 – Jan-Jul/2009.

DUBAR, Claude. A socialização: construção das identidades sociais e profissionais.


São Paulo: Martins Fontes, 2005.

DURRIVE, L. (2011). A atividade humana, simultaneamente intelectual e vital:


Esclarecimentos complementares de Pierre Pastré e Yves Schwartz. Trabalho
Educação e Saúde. 9(1), 47-67.

FILHO, L. M. F. LOMBA, M. L. R. Os professores e sua formação profissional:


entrevista com António Nóvoa. Educar em Revista, Curitiba, v. 38, e88222, 2022.

GARCIA, Carlos Marcelo. A identidade docente: constantes e desafios. Form.


Doc., Belo Horizonte, v. 01, n. 01, p. 109-131, ago./dez. 2009.

GOMES, A.A. (2002) A Construção da Identidade Profissional do Professor:


uma análise de egressos do curso de Pedagogia.

PIVETTA, H. M. F. (2006). Concepções de formação e docência dos professores


do curso de fisioterapia do Centro Universitário Franciscano. Dissertação de
mestrado, Universidade de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil.

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