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Laudo - 11.2024 - Casa Camila

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LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

CAMILA BATISTA
Rua Dom Duarte Leopoldo e Silva, 202 – Marapé – Santos/SP

ENGENHEIRO BRUNO ROMAZZINI DE ARAUJO


CREA 5068897984

Santos 2024

Eng. Bruno Romazzini de Araújo contato@engenharia3d.com (67) 99863-8420 1


CREA SP 5068897984 www.engenharia3d.com (13) 99157-3880
Responsável pelo imóvel CAMILA BATISTA

CPF: 036.306.149-57

Em atenção à sua solicitação, servimo-nos do presente para encaminhar Laudo Técnico de


Inspeção, elaborado com a finalidade de constatar o estado de conservação do imóvel situado à Rua
Dom Duarte Leopoldo e Silva, 202 – Marapé – Santos/SP

As conclusões a que chegamos encontram-se consubstanciadas no presente.

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SUMÁRIO
1. OBJETIVO: ...................................................................................................................................................... 4
2. NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA: ............................................................................................................. 4
3. TABELAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA: .............................................................................................................. 5
4. TERMINOLOGIAS UTILIZADAS: ....................................................................................................................... 6
5. NÍVEL DE VISTORIA: ....................................................................................................................................... 6
6. METODOLOGIA UTILIZADA: ........................................................................................................................... 7
7. DADOS CADASTRAIS E CONSTRUTIVOS: ........................................................................................................ 7
8. REGISTRO FOTOGRÁFICO: .............................................................................................................................. 8
9. GRAU DE URGÊNCIA..................................................................................................................................... 18
10. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO ........................................................................................ 18
11. RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE TRATAMENTOS: ........................................................................................ 19
12. CONCLUSÃO: .............................................................................................................................................. 22
13. TERMO DE ENCERRAMENTO: ..................................................................................................................... 22

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1. OBJETIVO:

O presente Laudo Técnico de Certificação de Inspeção Predial tem por objetivo constatar as condições
técnicas, funcionais e de conservação do imóvel descrito a seguir, através da análise das patologias
existentes, suas características, causas prováveis e origens, a fim de determinar o período de garantia
das condições de segurança e estabilidade da estrutura e da edificação como um todo.

O presente Laudo Técnico de Inspeção foi solicitado pelo responsável do imóvel, e elaborado pelo
Engenheiro Civil – Bruno Romazzini de Araújo, em atendimento ao disposto nas normas citadas abaixo
e consoante o que determina as normas técnicas, que dispõe sobre as regras gerais e específicas a
serem obedecidas na manutenção e conservação das edificações.

Este trabalho caracteriza-se pela inspeção predial como um “Check-up” da edificação, tendo como
escopo um diagnóstico geral sobre o imóvel identificando as anomalias construtivas e falhas de
manutenção – com a análise do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio – que
interferem e prejudicam a saúde e habitabilidade, frente ao desempenho dos sistemas construtivos e
elementos vistoriados da edificação.

Neste contexto, a ANOMALIA representa a irregularidade relativa à construção e suas instalações,


enquanto a FALHA diz respeito à manutenção, operação e uso da edificação.

Nota: Não foram realizados testes, medições ou ensaios por ocasião das vistorias, consoante o nível
de inspeção estabelecido como escopo para este trabalho.

2. NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA:


NBR 16.747 Inspeção predial -diretrizes, conceitos, termologia, requisitos e procedimentos.
NBR 17.170 Edificações – Garantias – Prazos, recomendações e diretrizes.
NBR 13.752 Perícias de engenharia na construção civil
NBR 15.575 Edificações habitacionais – Norma de desempenho
NBR 5674 Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de
manutenção
NBR 6118 Projetos de estruturas de concreto armado
NBR 16.280 Reforma em edificações – Sistemas de gestão de reformas – requisitos.
NBR 9574 Execução de impermeabilização
NBR 9575 Impermeabilização – seleção e projeto.
NBR 10719 Apresentação de Relatórios Técnico-Científicos, de Agosto/89, elaborada pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
NBR 5626 Instalação predial de água fria – Esta Norma estabelece exigências e
recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação
predial de água fria.
NBR 8160 Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução – Esta Norma
estabelece as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução,
ensaio e manutenção dos sistemas prediais de esgoto sanitário, para
atenderem às exigências mínimas quanto à higiene, segurança e conforto dos
usuários, tendo em vista a qualidade destes sistemas.
NBR 9575 Impermeabilização – seleção e projeto.

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Código de defesa do consumidor
CÓDIGO CIVIL - Subseção I – Dos direitos e deveres dos Condôminos. (Artigo 1.314 / Artigo 1.331
/ Artigo 1.332 / Artigo 1.339 / Artigo 1.341 / Artigo 1.342).
CÓDIGO CIVIL – Síndico – Responsabilidades (Artigo 1.348 /Artigo 1.351)

3. TABELAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA:


ART: ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ANEXO)

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4. TERMINOLOGIAS UTILIZADAS:

ANOMALIA: Irregularidade, anormalidade, exceção à regra.


ANOMALIA ENDOGENA: Originária da própria edificação (projeto, materiais e execução).
ANOMALIA EXOGENA: Originária de fatores externos a edificação, provocados por terceiros.
ANOMALIA NATURAL: Originária de fenômenos da natureza (previsíveis, imprevisíveis).
ANOMALIA FUNCIONAL: Originária do uso.
COBRIMENTO: Capeamento da armação em uma peça de concreto armado.
INFILTRAÇÃO: Percolação de fluído através de interstícios de corpos sólidos ou penetração indesejável
de fluídos nas construções.
LESO: Termo genérico para designar fendas, que, em função de suas dimensões podem ser
classificadas como fissuras, trincas, rachaduras, gretas e brechas, sendo as dimensões dessas definidas
conforme designação das Normas do IBAPE /SP:

• Fissura Capilar menor que 0,2mm


• Fissura de 0,2mm a 0,5mm
• Trinca de 0,5mm a 1,5mm
• Rachadura de 1,5mm a 5,0mm
• Fenda, Greta, Frincha de 5,0mm a 10,0mm
• Brecha maior que 10,0mm

5. NÍVEL DE VISTORIA:

O Nível de Inspeção Predial é a classificação quanto à complexidade da vistoria e da


elaboração de seu Laudo final, quanto à necessidade do número de profissionais envolvidos e a
profundidade nas constatações dos fatos.
De acordo com o item 7.2 da Norma do IBAPE-SP, a inspeção predial é classificada de acordo
com o nível pretendido do inspetor e da finalidade dela a saber:

• NÍVEL 1:...............vistoria para a identificação das anomalias aparentes, elaboradas


por profissional habilitado, contando com orientação técnica pertinente;

• NÍVEL 2:...............vistoria para a identificação de anomalias aparentes identificadas


com o auxílio de equipamentos, elaborada por profissionais de diversas especialidades, contendo
indicação de orientações técnicas pertinentes;

• NÍVEL 3:...............vistoria para a identificação de anomalias aparentes, e das ocultas


constatáveis com o auxílio de equipamentos, incluindo testes e ensaios locais e/ou laboratoriais
específicos, elaborada por profissionais de diversas especialidades, contendo indicação de orientações
técnicas pertinentes.
Considerando o estado físico atual da edificação, na presente inspeção predial foi adotado
o NÍVEL 1.

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6. METODOLOGIA UTILIZADA:

O critério utilizado para elaboração do presente Laudo Técnico de Inspeção Predial baseia-se
na análise do risco mediante o uso e a exposição ambiental.

A análise do risco consiste na classificação das anomalias detectadas nos diversos


componentes da edificação em questão, quanto ao seu grau de urgência, relacionado com fatores de
conservação, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade e dos sistemas do imóvel.

7. DADOS CADASTRAIS E CONSTRUTIVOS:

7.1. Dados cadastrais:


Edificação: CAMILA BATISTA
Endereço: Rua Dom Duarte Leopoldo e Silva, 202 – Marapé – Santos/SP.
Tipo de ocupação circunvizinha: Imóveis residenciais.

Foto 1 - Vista mapa da área do Prédio

7.2. Data das Vistorias:


A vistoria técnica nas dependências do imóvel foi realizada no dia 31 de outubro de 2024.

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7.3. Dados construtivos:
• Área do Terreno: não informada
• Área total: não informada
• Padrão Construtivo: Normal
• Utilização: Residencial
• Estrutura: Alvenaria/Concreto armado
• Pavimentos: térreo e superior
• Tipo de Fundações: não informada

O Imóvel construído, é uma casa residencial, de dois pavimentos, na Rua Dom Duarte
Leopoldo e Silva, 202 – Marapé – Santos/SP, sendo este citado acima objeto do laudo com garagem
térrea e 2 portões de acesso, sendo um social e outro da garagem.
A edificação possui as seguintes características construtivas: estrutura de concreto armado
sobre fundações possivelmente em sapatas, elevações em alvenaria de tijolos de barro rebocados e
pintura acrílica/PVA e pedras na fachada frontal, cobertura em laje de concreto armado, esquadrias
de alumino e vidro, pavimentação em piso cerâmico e granilite, e instalações prediais próprias para a
finalidade e tipo do imóvel.

8. REGISTRO FOTOGRÁFICO:

Foto 1 - Vista frontal da casa

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Foto 2/3/4 TÉRREO - COZINHA

Elétrica: Choque ao ligar ventilador, possivelmente associado à umidade proveniente de


Mapa da patologia:
infiltração do banheiro localizado sob a escada.
Solução Recomendada: Remover as fontes de infiltração na parede afetada, realizar a
Solução recomendada: impermeabilização e substituir o sistema elétrico danificado, incluindo fiação e conexões,
para garantir isolamento adequado e evitar riscos elétricos.

Foto 5/6/7 TÉRREO - COZINHA

Mapa da patologia: Infiltração: Armário com mofo e bolor decorrentes de umidade.


Infiltração: Executar a impermeabilização das superfícies afetadas para eliminar a
Solução recomendada: infiltração e substituir os armários deteriorados por peças novas, com tratamento para
ambientes úmidos, para evitar futuras contaminações.

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Foto 8/9/10 TÉRREO – ÁREA DE SERVIÇO

Mapa da patologia: Infiltração: Mofo e bolor no teto devido a infiltração.


Infiltração: Corrigir as fontes de infiltração através de impermeabilização do teto,
Solução recomendada:
promovendo a proteção contra futuras incidências de umidade.

Foto 11/12 TÉRREO – ÁREA DE SERVIÇO

Mapa da patologia: Infiltração: Presença de mofo e bolor no teto decorrentes de infiltração.


Infiltração: Aplicar impermeabilização no teto após a remoção de material contaminado
Solução recomendada:
para garantir a eliminação da fonte de umidade.

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Foto 13/14/15/16/17/18 TÉRREO – BANHEIRO/DEPÓSITO

Mapa da patologia: Infiltração: Mofo e bolor no teto causados pela umidade em parede do vaso sanitário.
Infiltração: Corrigir vazamentos e infiltrações em conexões, prevenindo o
Solução recomendada:
reaparecimento de fungos.

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Foto 19/20/21/22 SUPERIOR – BANHEIRO

Mapa da patologia: Infiltração: Mofo e bolor no teto, indicando presença de infiltração.


Infiltração: Impermeabilizar o teto e paredes do banheiro para conter a umidade,
Solução recomendada:
evitando recorrência de mofo.

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Foto 23/24/25/26/27/28 SUPERIOR – DIVISA QUARTOS

Mapa da patologia: Estrutura: Trinca em estrutura, possível flambagem de viga.


Estrutura: Realizar inspeção detalhada para verificar se a remoção de parede no térreo
Solução recomendada: afetou a estabilidade da viga. Recomenda-se monitoramento contínuo da fissura e, se
necessário, reforço estrutural para garantir a integridade

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Foto 29/30/31 SUPERIOR – QUARTO FRONTAL

Mapa da patologia: Infiltração: Mofo e bolor na parede devido a infiltração.


Infiltração: Impermeabilizar a área para erradicar as infiltrações e prevenir a
Solução recomendada:
propagação de fungos.

Foto 32/33/34 SUPERIOR – QUARTO FUNDOS

Mapa da patologia: Infiltração: Mofo, bolor e presença de vegetação dentro da parede devido a infiltração.
Infiltração: Remover a vegetação, impermeabilizar a estrutura da parede e substituir os
Solução recomendada:
materiais danificados, garantindo a durabilidade e proteção contra nova contaminação.

Foto 35/36/37/38/39/40 SUPERIOR – SACADA FUNDOS

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Infiltração: Empenamento do forro de madeira, devido umidade e tijolos de vidro
Mapa da patologia:
quebrados.
Infiltração: Substituir o forro de madeira após corrigir a infiltração no telhado. Trocar
Solução recomendada:
tijolos de vidro danificados para manter a estanqueidade e segurança da estrutura.

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Foto 41/42/43 SUPERIOR – SACADA FUNDOS

Infiltração: Mancha de umidade na laje.


Mapa da patologia:
Caixa d’água: Caixa de amianto.
Corrigir as telhas e calhas danificadas para eliminar a infiltração. Substituir a caixa
Solução recomendada: d’água de amianto por uma de material adequado (fibrocimento, PVC ou fibra de vidro)
para atender às normas sanitárias e de segurança

Foto 44/45 TELHADO

Estrutura empenada: Desalinhamento da estrutura de sustentação, sugerindo


Mapa da patologia:
sobrecarga.
Estrutura empenada: Avaliar e reforçar a estrutura de sustentação para corrigir o
Solução recomendada:
empenamento e garantir a distribuição correta das cargas do telhado.

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Foto 46/47/48/49/50 TELHADO

Telhado: Manta de impermeabilização danificada e encavalamento de telhas


Mapa da patologia:
incompatíveis.
Telhado: Substituir a manta e corrigir o encavalamento entre as telhas, instalando
Solução recomendada: cumeeiras em conformidade com as boas práticas para estanqueidade e proteção contra
infiltrações.

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9. GRAU DE URGÊNCIA
O grau de Urgência é um critério de classificação de anomalias constatadas na
inspeção predial, classificadas considerando o risco oferecido aos usuários da
edificação e a sua prioridade dentro dos limites da inspeção predial.

De acordo com o item 11 da Norma de Inspeção Predial do IBAPE-SP, a


classificação quanto ao grau de urgência de uma anomalia deve sempre ser
fundamentada, considerando os limites e os níveis da Inspeção Predial realizada.

• CRÍTICO:...............risco iminente contra a saúde e segurança;

• REGULAR:.............risco à funcionalidade;

• MÍNIMO:.................risco de desvalorização precoce.

Considerando as patologias detectadas, bem como as suas origens, a


classificação quanto ao estado de conservação é de grau CRÍTICO.

10. CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO


Conforme a referida Norma de Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e falhas são
classificadas em três diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco oferecido aos
usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.

• GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que provoca danos contra a saúde
e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda excessiva de desempenho e funcionalidade,
causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo, comprometimento sensível de vida útil
e desvalorização imobiliária acentuada.

• GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é


aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à
operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

• GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado por pequenas perdas de
desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade programável e
planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos
irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor
imobiliário.

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11. RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE TRATAMENTOS:

É importante garantir o entendimento das causas das diversas patologias para aplicar
o tratamento devido.
Em relação às rachaduras e fendas é importante monitorar os seus estados e
identificar se ainda permanecem ativas. Para isso pode-se recorrer a processos simples como
aplicação de camada fina de gesso, no caso das trincas, e colagem e lâmina de vidro sobre as
fendas.
Sendo a umidade a causa mais provável das patologias identificadas algumas medidas
corretivas devem ser providenciadas.
Serão apresentados alguns cuidados que devem ser implantados para a melhoria do
desempenho da estrutura em relação às águas.

TRATAMENTO DE PATOLOGIAS RELACIONADAS À UMIDADE


• Conserto de toda e qualquer tubulação com vazamento de água;
• Impermeabilizar criteriosamente lajes com manta asfáltica, com atenção a ralos e
rodapé;
• Renivelar piso em locais junto as paredes, que formem poças de água;
• Executar escovação de fungos dos panos verticais, lavagem com hipoclorito de sódio
e jatos de alta pressão;
• Fazer teste de percussão em toda fachada e identificar regiões com revestimento
solto;
• Nos trechos de emboço sem problemas de aderência fazer aplicação, em toda
fachada, com hidro-repelentes para proteção e impermeabilização dos panos;
• Remover trechos soltos do revestimento;
• Limpar substrato e deixar secar;
• Aplicar argamassa com aditivos impermeabilizantes de pega normal;
• Instalar revestimento final (cerâmica, pintura, ou outro qualquer);
• Na parte inferior e até a altura de 50cm a partir do piso instalar revestimento liso,
como rodapé, para facilitar escoamento de água projetada do piso;
• Criar pingadeiras nos peitoris da platibanda e das janelas, conforme figura abaixo;
• Nas fendas, cujo causa tenha sido resolvida ou que mostrem ser de baixa atividade,
instalar tela de estuque. Trincas e fissuras tratar com selante acrílico flexível.

Execução correta de pingadeira.

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TRATAMENTO DE PATOLOGIAS RELACIONADAS À ABERTURAS – FISSURAS, TRINCAS,
RACHADURAS E FENDAS

A tela de estuque citada no item 7 da listagem de atividades para tratamento de


patologias relacionadas à umidade, deverá ser utilizada, preferencialmente, nas aberturas
com mais de 2mm, poderá ser de nylon com abertura de 25mm x 25mm com fios de 1,24mm,
conforme mostra a foto abaixo.

Modelo de tela de estuque.

Para o tratamento dessas rachaduras e fendas deve-se remover camada de emboço


em faixa com largura de 8cm para cada lado da abertura, aplica-se chapisco na região e fixa a
tela com 10cm de largura, no sulco aberto, cuidando para que a tela fique simétrica à
rachadura ou fenda, aplica-se a camada final de argamassa. A figura 20 apresenta o processo
de instalação da tela.

Processo de instalação da tela para recuperação de trinca e fenda.

Aberturas com até 2mm de largura podem ser tratadas com selante acrílico flexível,
aplicado diretamente sobre a junta. Nesses casos a trinca dever ser aberta em formato “V”
com 20mm de largura e 10mm de profundidade ao longo de todo comprimento de
aplicação, em seguida deve ser limpa e receber a aplicação do selante, conforme mostra a
figura.

Preparo de trinca para tratamento com selante


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TRATAMENTO DE PATOLOGIAS RELACIONADAS À CORROSÃO DA ARMADURA

Todo material do entorno da armadura corroída, assim como com indicação de


desagregação do concreto, deve ser removido, sendo indicada a utilização de marteletes
elétricos de baixa energia de impacto ou marreta e ponteiro.
Deverá ser feito corte, com profundidade mínima de 4cm, a partir da face inferior da
peça de concreto, ao longo de toda região afetada, garantindo que entre a face interna da
armadura e o fundo do corte haja ao menos 3cm de distância para vigas e pilares e 2cm para
lajes. Deve ser garantido o espaço necessário para limpeza da parte interna da armadura.
Nessa etapa pode ser utilizado jato de ar.
As arestas internas do corte devem manter chanfro 1:3 e os cantos devem ser
arredondados. A superfície da peça de concreto deve apresentar boa rugosidade com os
agregados graúdos visíveis.
Nos locais com perda de seção da armadura deverá haver reposição de área de barra.
Nesse caso o corte no concreto deve ser executado ao longo do trecho da peça com sinais de
corrosão na armadura, até que seja encontrada armadura sem corrosão, mais o comprimento
de ancoragem.
Onde não houver perda de seção de armadura a região deve ser limpa com ar
comprido e lavagem com água, nesta ordem. Alternativamente a limpeza poderá ser feita por
escovação mecânica, em toda superfície das barras. Caso seja necessário, poderá ser utilizado
material decapante que promova a remoção da oxidação, sem agredir o concreto.
Deve ser aplicado adesivo estrutural, como ponte de aderência. A superfície deve
estar limpa e livre de partículas soltas, poeiras, óleos e outros agentes contaminantes.
Todas as armaduras devem ser limpas, em toda superfície, conforme padrão AS 2 ½
da ISO 8501, devem estar isentas de qualquer resíduo de oxidação, produtos originados da
corrosão, óleos, graxas ou qualquer agente contaminante. A figura 22 apresenta o aspecto da
superfície de aço antes de limpeza, categoria D, e após limpeza conforme padrão AS 2 ½.

Aspecto da superfície antes da limpeza e depois da limpeza respectivamente

As armaduras devem ser protegidas com inibidor de corrosão, referência Armatek ZN


(Tinta anticorrosiva a base de zinco). A recomposição da viga deve ser feita utilizando,
preferencialmente, argamassa polimérica, aplicada em camadas, com espessura máxima de
2cm, até o preenchimento de toda cava.

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12. CONCLUSÃO:

Observou-se um conjunto de patologias graves na edificação, principalmente relacionadas a


infiltrações e a problemas estruturais, potencialmente agravados pela remoção de uma viga na sala,
que pode ter comprometido a estabilidade de outras partes da construção, incluindo o telhado. A
infiltração recorrente afetou diversos pontos da estrutura, promovendo o desenvolvimento de
fungos e até vegetação nas paredes internas do quarto, o que compromete a integridade dos
elementos construtivos e representa um risco à saúde dos ocupantes. Além disso, o empenamento
da estrutura de sustentação do telhado indica risco de colapso parcial devido a sobrecargas não
previstas.

Verificou-se também que o imóvel apresenta irregularidades em relação aos recuos


obrigatórios e que as áreas mais afetadas pelas infiltrações foram construídas de forma clandestina
e irregular, sem documentação ou alvará que legalize as ampliações nas áreas dos fundos e da frente
da edificação.

Diante dos fatos, recomendam-se intervenções corretivas imediatas para impermeabilização,


regularização elétrica e estrutural da edificação, assim como um acompanhamento técnico contínuo
para monitoramento da evolução das patologias e verificação da eficácia das intervenções. É
imperativo também que os responsáveis busquem a regularização legal das áreas construídas,
considerando que o imóvel, em sua condição atual de aluguel, não oferece segurança adequada aos
locatários sem os reparos e as devidas correções de conformidade. Recomendo que os locatários,
deixem o imóvel imediatamente, devido as condições de insalubridade.

13. TERMO DE ENCERRAMENTO:

Este signatário apresenta o presente trabalho concluído, constando de 22 folhas digitadas de


um só lado, todas rubricadas, exceto esta última, que segue devidamente datada e assinada,
colocando-se à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários.

Santos, 04 de novembro de 2024. BRUNO ROMAZZINI DE Assinado de forma digital por BRUNO
ROMAZZINI DE ARAUJO:02510970135
ARAUJO:02510970135 Dados: 2024.11.11 14:52:42 -03'00'
________________________________________________
ENGº CIVIL BRUNO ROMAZZINI DE ARAUJO
CARTEIRA PROFISSIONAL CREA/SP Nº 5068897984

Abaixo assinado, o responsável do imóvel toma ciência do presente parecer técnico de perícia
de engenharia com a finalidade de esclarecimentos sobre as exigências previstas, e de que receberam
as orientações dos procedimentos necessários para saná-las.
Camila Assinado de forma
digital por Camila
Batista:0363 Batista:03630614957
Dados: 2024.11.11
0614957 14:49:18 -03'00'
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CAMILA BATISTA
CPF: 036.306.149-57
Eng. Bruno Romazzini de Araújo contato@engenharia3d.com (67) 99863-8420 22
CREA SP 5068897984 www.engenharia3d.com (13) 99157-3880

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