Aula 01 - Direito Penal I PDF
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DIREITO PENAL
Profa. Me. Saada Zouhair Daou
OBS: não se muda a realidade social por meio do
1. O QUE É O DIREITO PENAL? Direito Penal, embora o Direito Penal acompanhe
sempre as mudanças sociais, positivamente e
Controle social formal e informal negativamente.
- grupos próximos e grupos marginalizados;
- Controle social difuso/informal: meios de “O direito penal vem ao mundo (ou seja, é
massa, medicina, educação, etc. legislado) para cumprir funções concretas dentro
- Controle social formal/institucionalizado: de e para uma sociedade que concretamente se
não punitivo, punitivo e realmente punitivo. organizou de determinada maneira.” Nilo Batista
2.9. Princípio do ne bis in iden: não se admite a Ele se baseia em questões de política criminal.
dupla punição para o mesmo fato.
Requisitos (extraídos da jurisprudência do STF):
2.10. Princípio da CULPABILIDADE ou da - Objetivos – que dizem respeito ao fato:
responsabilidade penal subjetiva: diz respeito ao a) Mínima ofensividade da conduta: é preciso
dolo ou à culpa. Alguém só pode ser analisar o quanto a conduta afeta o bem
responsabilizado penalmente se agiu com dolo ou jurídico.
culpa. Não se pode punir alguém em hipótese de b) Ausência de periculosidade social da ação
dolo ou culpa. Art. 19 do CP. Não se admite a - Subjetivos – que dizem respeito ao indivíduo e
responsabilidade penal objetiva. à vítima: o princípio da insignificância depende
da análise das condições pessoais do agente. A racionalidade da pena implica tenha ela um
- Não cabe o princípio da insignificância quando sentido compatível com o humano e suas
houver violência ou grave ameaça. cambiantes aspirações. A pena não pode, pois,
c) Reduzido grau de reprovabilidade do exaurir-se num rito de expiação e opróbio, não
comportamento: pode ser uma coerção puramente negativa.
d) Inexpressividade da lesão jurídica
Alcance: o princípio da insignificância é aplicável a 2.13. Princípio da pessoalidade das penas: a
todo crime que seja com ele compatível. Não há valor pena não pode ultrapassar a pessoa do
máximo. Contudo, por razões de seletividade penal, condenado.
muito diferem os valores do crime de furto e dos
crimes tributários que são tidos como insignificantes.