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Rel Buriti Bravo

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RELATÓRIO DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE

BURITI BRAVO

PROJETO CADASTRO DE
FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA

ESTADO DO MARANHÃO

PAC
PROGRAMA DE
ACELERAÇÃO DO
CRESCIMENTO

Dezembro/2011
PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA NO ESTADO DO MARANHÃO

Ministério de Minas e Energia


Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Programa de Aceleração do Crescimento - PAC /CPRM - Serviço Geológico do Brasil
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
Departamento de Hidrologia
Divisão de Hidrogeologia e Exploração
Residência de Teresina

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR


ÁGUA SUBTERRÂNEA

ESTADO DO MARANHÃO

RELATÓRIO DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE BURITI BRAVO

ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

Geólogo: Francisco Lages Correia Filho/CPRM – Especialista em Recursos

Hídricos e Meio Ambiente

CONSULTORIA EXTERNA – SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

Geólogo: Érico Rodrigues Gomes – M. Sc.

Geólogo: Ossian Otávio Nunes – Especialista em Recursos Hídricos

Geólogo: José Barbosa Lopes Filho – Especialista em Recursos Hídricos e Meio Ambiente

Teresina/Piauí
Dezembro/2011

Município de Buriti Bravo


PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA NO ESTADO DO MARANHÃO

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA


Edison Lobão
Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVA
Márcio Pereira Zimmermann
Secretário Executivo

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, SECRETARIA DE GEOLOGIA,


ORÇAMENTO E GESTÃO MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
Maurício Muniz Barreto de Carvalho MINERAL
Secretário do Programa de Aceleração do Claudio Scliar
Crescimento Secretário

CPRM – Serviço Geológico do Brasil

Manoel Barretto da Rocha Neto


Diretor-Presidente

Thales de Queiroz Sampaio


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial - DHT

Roberto Ventura Santos


Diretor de Geologia e Recursos Minerais - DGM

Eduardo Santa Helena


Diretor de Administração e Finanças - DAF

Antônio Carlos Bacelar Nunes


Diretor de Relações Institucionais e
Desenvolvimento - DRI

Frederico Cláudio Peixinho


Chefe do Departamento de Hidrologia - DEHID

Ana Beatriz da Cunha Barreto


Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração - DIHEXP

Antônio Reinaldo Soares Filho


Chefe da Residência de Teresina - RETE

Maria Antonieta A. Mourão


Coordenadora Executiva do DEHID

Frederico José de Souza Campelo


Coordenador Executivo da RETE

Francisco Lages Correia Filho


Assistente de Produção DHT/RETE

Município de Buriti Bravo


PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA NO ESTADO DO MARANHÃO

COORDENAÇÃO GERAL RECENSEADORES


ILUSTRAÇÕES
Frederico Cláudio Peixinho – Chefe do Adauto Bezerra Filho
DEHID Antônio Edílson Pereira de Souza Francisco Lages Correia Filho -
Antonio José de Lima Neto CPRM/RETE
COORDENAÇÃO TÉCNICA Antonio Marques Honorato Ney Gonzaga de Sousa - CPRM/RETE
Átila Rocha Santos Maria Tereza Barradas - Terceirizada
Francisco Lages Correia Filho – Celso Viana Maciel Veruska Maria Damasceno de Moraes -
CPRM/RETE Cipriano Gomes de Oliveira - Terceirizada
Carlos Antônio da Luz - CPRM/RETE CPRM/RETE
Claudionor de Figueiredo BANCO DE DADOS DO SIAGAS
RESPONSÁVEIS PELO PROJETO Daniel Braga Torres
Daniel Guimarães Sobrinho Coordenação
Carlos Antônio da Luz – Período Ellano de Almeida Leão
2008/2009 Emanuelle Vieira de Oliveria Josias Lima – Coordenador Nacional do
Francisco Lages Correia Filho – Período Felipe Rodrigues de Lima Simões SIAGAS – SUREG/RE
2009/2011 Francisco Edson Alves Rodrigues
Francisco Fábio Firmino Mota Operador na RETE
COORDENAÇÃO DE ÁREA Francisco Ivanir Medeiros da Silva
Francisco Pereira da Silva - Carlos Antônio da Luz – Responsável
Ângelo Trévia Vieira CPRM/RETE pelo SIAGAS/RETE
Liano Silva Veríssimo Gecildo Alves da Silva Junior
Felicíssimo Melo Glauber Demontier Queiroz Ponte Consistência das Fichas
Epifânio Gomes da Costa Haroldo Brito de Sá
Breno Augusto Beltrão Henrique Cristiano C. Alencar Evanilda do Nascimento Pereira -
Ney Gonzaga de Sousa Jardel Viana Marciel Terceirizada
Francisco Alves Pessoa Joaquim Rodrigues Lima Junior Iris Celeste Nascimento Bandeira -
Jardo Caetano dos Santos (in memorian) José Bruno Rodrigues Frota CPRM/RETE
Pedro de Alcântara Braz Filho José Carlos Lopes - CPRM/RETE José Sidiney Barros - CPRM/RETE
Juliete Vaz Ferreira Ney Gonzaga de Sousa - CPRM/RETE
EQUIPE TÉCNICA DE CAMPO Julio César Torres Brito Maria Tereza Barradas - Terceirizada
Nicácia Débora da Cunha Mickaelon Belchior Vasconcelos -
REFO Pedro Hermano Barreto Magalhães CPRM/RETE
Raimundo Jeová Rodrigues Alves Paulo Guilherme de O. Sousa -
Ângelo Trévia Vieira Raimundo Viana da Silva Terceirizado
Epifânio Gomes da Costa Ramiro Francisco Bezerra Santos Renato Teixiera Feitosa - Terceirizado
Felicíssimo Melo Ramon Leal Martins de Albuquerque Veruska Maria Damasceno de Moraes -
Francisco Alves Pessoa Rodrigo Araújo de Mesquita Terceirizada
Liano Silva Veríssimo Robson Ferreira da Silva
Robson Luiz Rocha Barbosa ELABORAÇÃO DOS MAPAS
RETE Romero Amaral Medeiros Lima MUNICIPAIS DE PONTOS D’ÁGUA
Ronner Ferreira de Menezes
Francisco Lages Correia Filho Roseane Silva Braga Coordenação
Carlos Antônio da Luz Valdecy da Silva Mendonça
Cipriano Gomes Oliveira Veruska Maria Damasceno de Moraes Francisca de Paula da Silva Braga -
Ney Gonzaga de Souza CPRM/RETE - ASPDRI
Francisco Pereira da Silva APOIO TÉCNICO-
José Carlos Lopes ADMINISTRATIVO Execução
SUREG/RE Thiago Moraes Sousa - ASSFI/RETE Francisca de Paula da Silva Braga -
Marise Matias Ribeiro – Técnica em CPRM/RETE - ASPDRI
Breno Augusto Beltrão Geociências Gabriel Araújo dos Santos -
CPRM/RETE
SUREG/SA DIAGNÓSTICO DOS POÇOS Maria Tereza Barradas - Terceirizada
CADASTRADOS Paulo Guilherme de O. Sousa –
Jardo Caetano dos Santos (in memorian) Terceirizado
Pedro de Alcântara Braz Filho ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO Veruska Maria Damasceno de Moraes -
DO TEXTO Terceirizada
SERVIÇOS TERCEIRIZADOS DE
GEOLOGIA/HIDROGEOLOGIA Francisco Lages Correia Filho - ELABORAÇÃO DOS RECORTES
DOS RELATÓRIOS MUNICIPAIS CPRM/RETE - Geólogo GEOLÓGICOS MUNICIPAIS
Érico Rodrigues Gomes – Geólogo, M. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DOS Francisca de Paula da Silva Braga -
Sc. RELATÓRIOS DIAGNÓSTICOS CPRM/RETE - ASSPDRI
Ossian Otávio Nunes – Geólogo, MUNICIPAIS Gabriel A. dos Santos – CPRM/RETE
Especialista em Recursos Hídricos Iris Celeste Bandeira Nascimento -
José Barbosa Lopes Filho – Geólogo, Mônica Cordulina da Silva CPRM/RETE
Especialista em Recursos Hídricos e Bibliotecária - CPRM/RETE Maria Tereza Barradas - Terceirizada
Meio Ambiente
Paulo Guilherme de O. Sousa -
Terceirizado.

Município de Buriti Bravo


PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

Correia Filho, Francisco Lages


C824p
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea,
estado do Maranhão: relatório diagnóstico do município de Buriti Bravo /
Francisco Lages Correia Filho, Érico Rodrigues Gomes, Ossian Otávio
Nunes, José Barbosa Lopes Filho. - Teresina: CPRM - Serviço Geológico
do Brasil, 2011.
31 p.: il.

1. Hidrogeologia – Maranhão - Cadastro. 2. Água subterrânea –


Maranhão - Cadastro. I. GOMES, Érico Rodrigues. II. Nunes, Ossian
Otávio. III. Lopes Filho, José Barbosa. IV. Título.

CDD 551.49098121

ILUSTRAÇÕES DA CAPA E DO CD ROM:

1. Fotografia dos Lençóis Maranhenses – extraída de www.brasilturismo.blog.br;


2. Fotografia de Pedra Caída, Carolina/MA – extraída de
www.passagembarata.com.br;
3. Fotografia Cachoeiras do Itapecuru, Carolina/Ma – Otávio Nogueira, 18/07/2009.
http://www.flickr.com/photos/55953988@N00/3871169364;
4. Fotografia do Centro Histórico de São Luís –
http://www.pousadaveneza.altervista.org/passeios.new.html;
5. Fotografias de Poços Tubulares – CPRM/RETE/2009.

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

APRESENTAÇÃO

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir conhecimento


geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do Brasil executa no nordeste
brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia, projetos visando o aumento da oferta hídrica,
inseridos no Programa Geologia do Brasil, Subprograma Recursos Hídricos, Ação Levantamento
Hidrogeológico, em sintonia com as políticas públicas do governo federal.
São ações ligadas diretamente à Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM –
Serviço Geológico do Brasil, em parceria com o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento do
Governo Federal, orientadas dentro de uma filosofia de trabalho participativa e interdisciplinar com o
intuito de fomentar atividades direcionadas para a inclusão social, reduzindo as desigualdades e
estimulando a integração com outras instituições, visando assegurar a ampliação da oferta e
disponibilidade dos recursos naturais, em particular dos recursos hídricos subterrâneos do Estado do
Maranhão, de forma sustentável e compatível com as demandas da população maranhense.
Neste contexto o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea no
Estado do Maranhão, cujos trabalhos de campo foram executados em 2008/2009 foi o último a ser
realizado no nordeste brasileiro, abrangendo 213 municípios do território maranhense, excluindo-se,
por questões metodológicas, apenas, a capital São Luis e os municípios periféricos de Raposa, Paço do
Lumiar e São José de Ribamar.
Dessa forma, essa contribuição técnica de significado alcance social credita à CPRM – Serviço
Geológico do Brasil e ao Ministério de Minas e Energia, em parceria com o PAC – Plano de
Aceleração do Crescimento, o cumprimento da missão institucional nas políticas públicas de governo
que lhes é delegada pela União, de assegurar uma abordagem e tratamento adequados aos recursos
hídricos subterrâneos, estimulando o seu aproveitamento de forma racional e sustentável,
considerando-os como um bem natural, ecológico, social e econômico, vital para o desenvolvimento
do país e para o bem estar e a saúde da população, particularmente no nordeste, face ao forte apelo
social que representa no combate aos efeitos da seca e, como mecanismo com informações
consistentes e atualizadas, na oferta de água de boa qualidade para as populações carentes,
estimulando as políticas de saúde pública na eliminação de doenças de veiculação hídrica.

Thales de Queiroz Sampaio


Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM – Serviço Geológico do Brasil

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10

2 - ÁREA DE ABRANGÊNCIA .................................................................................................. 11

3 - OBJETIVO ............................................................................................................................. 11

4 – METODOLOGIA .................................................................................................................. 12

5 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO................................................................................. 13

5.1 – Localização e Acesso ................................................................................................... 13

5.2 - Aspectos Socioeconômicos........................................................................................... 15

5.3 - Aspectos Fisiográficos.................................................................................................. 16

5.4 – Geologia ...................................................................................................................... 21

6 - RECURSOS HÍDRICOS ........................................................................................................ 23

6.1 - Águas Superficiais ............................................................................................................... 23

6.2 – Águas Subterrâneas ..................................................................................................... 25

6.2.1 - Domínios Hidrogeológicos ........................................................................................ 25

6.2.2 – Diagnóstico dos Poços Cadastrados........................................................................... 27

6.2.3 – Aspectos Qualitativos das Águas Subterrâneas .......................................................... 30

7 – CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 32

8 – RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................ 34

9–REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 35

APENDICE

1 - Planilha de dados das fontes de abastecimento

ANEXOS

1 - Mapa de Pontos D'água

2 - Esboço Geológico Municipal

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

1 - INTRODUÇÃO

O Polígono das Secas, que abrange quase toda a região Nordeste e o norte de Minas
Gerais e do Espírito Santo, apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema
irregularidade de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui
um forte entrave ao desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da
população. A ocorrência cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais
conhecidos e remontam aos primórdios da história do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regiões, através de
uma gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Entretanto, a carência
de estudos de abrangência regional, fundamentais para a avaliação da ocorrência e da
potencialidade desses recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo,
inviabilizando um gerenciamento eficiente. Além disso, as decisões sobre a implementação de
ações de convivência com a seca exigem o conhecimento básico sobre a localização, a
caracterização e a disponibilidade dessas fontes hídricas.
Para esse efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto
emergencial, como é o caso das secas, merece atenção a utilização das fontes de
abastecimento de água subterrânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no
suprimento hídrico da população e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o
desconhecimento generalizado, em todos os setores, tanto do número quanto da situação das
captações existentes. Esse fato é agravado quando se observa a grande quantidade dessas
captações de água subterrânea no semiárido, principalmente em rochas cristalinas, desativadas
e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos passíveis de ser
solucionados com ações corretivas de baixo custo.
Para suprir as necessidades das instituições e demais segmentos da sociedade, atuantes
no atendimento à população da região Nordeste quanto à garantia de oferta e disponibilidade
hídricas, principalmente nos momentos críticos de estiagem, a CPRM executou o Projeto
Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea no Estado do Maranhão, em
consonância com as diretrizes do Governo Federal e com os propósitos apresentados pelo
Ministério de Minas e Energia.

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

2 - ÁREA DE ABRANGÊNCIA
Os trabalhos de cadastramento estenderam-se por todo o estado do Maranhão, que foi
dividido, metodologicamente, para efeito de planejamento, em oito áreas de atuação,
compreendendo 213 municípios e cobrindo uma superfície aproximada de 330.511 km 2
(Figura 1).

Figura 1 - Área do projeto, em destaque, abrangendo todo o estado do Maranhão, e o cadastramento das regiões
nordeste e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, realizado pela CPRM.

3 - OBJETIVO

Cadastrar todos os poços tubulares, poços amazonas representativos e fontes naturais,


em todo o estado do Maranhão, abrangendo 213 municípios. Excetua-se, por questões

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
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metodológicas, a região metropolitana da Ilha de São Luis, onde estão incluídos a capital e os
municípios de Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar.

4 – METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realização deste projeto teve como base a


experiência da CPRM em cadastramento de poços dos estados do Ceará, feito em 1998, de
Sergipe, em 2001, além do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, de Alagoas, da
Bahia, do Piauí e do norte de Minas Gerais e do Espírito Santos, em 2002/2003, realizados
com sucesso.
Do ponto de vista metodológico, no estado do Maranhão, os trabalhos de campo foram
executados a partir da divisão do estado em oito áreas de planejamento, nominadas de I a
VIII, com superfícies variando de 35.431 a 50.525 km2. Cada área foi levantada por uma
equipe sob a coordenação de um técnico da CPRM e composta, em média, de quatro
recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de Geologia e Geografia,
selecionados e treinados pela CPRM. A área II, situada na porção nordeste do estado, abrange
33 municípios, cadastrados em 2008, sob a coordenação do geólogo Carlos Antônio da Luz.
As áreas restantes, I, III, IV, V, VI, VII e VIII, com 180 municípios, foram cadastrados em
2009, sob a responsabilidade do geólogo Francisco Lages Correia Filho.
O trabalho contemplou o cadastro das fontes de abastecimento por água subterrânea
(poços tubulares, poços amazonas e fontes naturais), com determinação das coordenadas
geográficas, por meio do uso do Global Position System (GPS), e obtenção de todas as
informações passíveis de ser coletadas, através de uma visita técnica (caracterização do poço,
instalações, situação da captação, dados operacionais, qualidade e uso da água, aspectos
ambientais, geológicos e hidrológicos).
Os dados coligidos foram repassados sistematicamente ao Núcleo de
Geoprocessamento de Dados da CPRM – Residência de Teresina, para, após rigorosa análise,
alimentarem um banco de dados que, devidamente consistido e tratado, possibilitou a
elaboração de um mapa de pontos d’água e um esboço geológico de cada um dos municípios
inseridos na área de atuação do projeto. As informações desse banco estão contidas neste
relatório diagnóstico de fácil manuseio e compreensão, acessível a diferentes usuários. Os
esboços geológicos municipais foram extraídos a partir de recortes do Mapa Geológico do

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

Brasil ao Milionésimo – GIS Brasil (CPRM, 2004), com alguns ajustes. Mas, em função da
diferença de escala, podem apresentar distorções ou algum erro.
Na produção desses mapas, foram utilizadas bases cartográficas com dados
disponibilizados pela Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, como hidrografia,
localidades e estradas e os Mapas Municipais Estatísticos, em formato digital do IBGE
(2007), elaborados a partir das cartas topográficas da SUDENE e do DSG – escala 1:100.000,
sobre os quais foram colocados os dados referentes aos poços e fontes naturais, além da
geologia e hidrogeologia. A base estadual com os limites municipais foi cedida pelo IBGE.
Os trabalhos de montagem e arte final dos mapas foram realizados com o software ArcGIS
10.
Há municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do
mapa municipal. Tais casos acontecem devido a problemas ainda existentes na cartografia
municipal ou a informações incorretas, fornecidas aos recenseadores.
Além desse produto impresso, todas as informações coligidas em cada município estão
disponíveis em meio digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualização.

5 - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

5.1 – Localização e Acesso

O município de Buriti Bravo teve sua autonomia política em 22/04/1931 e está


inserido na Mesorregião Leste maranhense, dentro da Microrregião de Caxias (Figura 2),
compreendendo uma área de 1.583 km². O município possui uma população de
aproximadamente 22.886 habitantes e uma densidade demográfica de 14,45 habitantes/km²,
(IBGE, 2010). Limita-se ao Norte com o município de Parnarama; ao Sul, com os municípios
de Passagem Franca e Colinas; a Leste, com o município Lagoa do Mato e; a Oeste, com o
Município de Fortuna e Jatobá (Google Maps, 2010).

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Figura 2 - Mapa de localização do município de Buriti Bravo.

A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: -5º49’48’’ de Latitude


Sul e -43º49’48” de Longitude Oeste de Greenwich, dados do IBGE (2010).
O acesso a partir de São Luis, capital do Estado, num percurso total aproximado de
493 km, se faz através do seguinte roteiro: 360 km pelas rodovias BR’s-135/316 até a cidade
de Caxias; e 133 km pela rodovia estadual MA-034 até a cidade de Buriti Bravo (Google
Maps, 2010).

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5.2 - Aspectos Socioeconômicos

Os dados socioeconômicos relativos ao município foram obtidos, a partir de pesquisas


nos site do IBGE (www.ibge.gov.br), da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
(www.cnm.org.br) e no Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos
(2010).
O município foi elevado à condição de cidade com a denominação de Buriti Bravo,
pelo decreto nº 75 de 22/04/1931. Segundo o IBGE (2010), cerca de 74,29% da população
reside na zona urbana, sendo que a incidência de pobreza no município e o percentual dos que
estão abaixo desse nível é de 60,66% e 50,07% respectivamente.
Na educação destacam-se os seguintes níveis escolares: Educação Infantil (16,70%),
Educação de Jovens e Adultos (12,19%), Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano (56,44%),
Ensino Médio do 1º ao 3º ano (14,63%), conforme o IMESC (2010). O analfabetismo atinge
mais de 30% da população da faixa etária acima de sete anos (IBGE, 2000).
No campo da saúde a cidade conta com cinco estabelecimentos públicos. No censo de
2000, o estado do Maranhão teve o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil
e Buriti Bravo obteve baixo desempenho com IDH de 0,583.
O Programa de Saúde da Família – PSF vem procedendo a organização da prática
assistencial em novas bases e critérios, a partir de seu ambiente físico e social, com
procedimentos que facilitam a compreensão ampliada do processo saúde/doença e da
necessidade de intervenções que vão além de práticas curativas. Como se sabe, os
profissionais da saúde são provedores de uma melhor qualidade de vida. Em Buriti Bravo a
relação entre profissionais da saúde e a população é 1/257 habitante, segundo o IMESC
(2010).
A pecuária, a extração vegetal, a lavoura permanente, a lavoura temporária, as
transferências governamentais, o setor empresarial com 160 unidades atuantes e o trabalho
informal são as principais fontes de recursos para o município.
A água consumida na cidade de Buriti Bravo é distribuída pelo Serviço Autônomo de
Água e Esgoto – SAAE, autarquia municipal que atende aproximadamente 3.638 domicílios
através de uma central de abastecimento (IBGE, 2010). O município possui um sistema de
escoamento superficial dos efluentes domésticos e pluviais que são lançados nos cursos

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d’águas permanentes e em áreas livres, públicas e privadas. Além disso, a disposição final do
lixo urbano não é feita adequadamente em um aterro sanitário.
De acordo com os dados da IBGE (2000) apenas 6,37% dos domicílios têm seus lixos
coletados, enquanto 88,69% lançam seus dejetos diretamente no solo ou os queimam e 4,93%
jogam o lixo em lagos ou outros destinos. Dessa forma, a disposição final do lixo urbano e do
esgotamento sanitário não atendem as recomendações técnicas necessárias, pois não há
tratamento do chorume, dos gases produzidos pelos dejetos urbanos, nem dos efluentes
domésticos e pluviais, como forma de reduzir a contaminação dos solos, a poluição dos
recursos naturais e a proliferação de vetores de doenças de veiculação hídrica. Além disso, a
coleta do lixo dos estabelecimentos de saúde é acondicionada de forma inadequada, elevando
o risco de poluição dos recursos hídricos subterrâneos.
O fornecimento de energia é feito pela CHESF através da CEMAR (2011) pelo
Sistema Regional de Teresina que compreende a região Leste, polarizada por Caxias e Timon.
É suprido radialmente em 69 KV. Composto por quatro subestações, sendo duas na tensão
69/13,8 KV e duas na tensão 34,5/13,8 KV. Segundo o IMESC (2010) referente aos dados de
2008, existem 5.677 consumidores de energia elétrica no município de Buriti Bravo.

5.3 - Aspectos Fisiográficos

O estado do Maranhão, por se encontrar em uma zona de transição dos climas


semiárido, do interior do Nordeste, para o úmido equatorial, da Amazônia, e por ter maior
extensão no sentido norte-sul, apresenta diferenças climáticas e pluviométricas. Na região
oeste, predomina o clima tropical quente e úmido (As), típico da região amazônica. Nas
demais regiões, o estado é marcado por clima tropical quente e semiúmido (Aw).
As temperaturas em todo o Maranhão são elevadas, com médias anuais superiores a
24ºC, sendo que ao norte chega a atingir 26ºC. Esse estado é caracterizado pela ocorrência de
um regime pluviométrico com duas estações bem definidas. O período chuvoso, que se
concentra durante o semestre de dezembro a maio, apresenta registros estaduais da ordem de
290,4 mm e alcança os maiores picos de chuva no mês de março. O período seco, que ocorre
no semestre de junho a novembro, com menor incidência de chuva por volta do mês de
agosto, registra médias estaduais da ordem de 17,1mm. Na região oeste do estado, onde
predomina o clima tropical quente e úmido (As), as chuvas ocorrem em níveis elevados

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POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

durante praticamente todo o ano, superando os 2.000 mm. Nas outras regiões, prevalece o
clima tropical quente e semiúmido (Aw), com sucessão de chuvas durante o verão e inverno
seco, cujas precipitações reduzidas alcançam 1.250 mm. Há registros ainda menores na região
sudeste, podendo chegar a 1.000 mm.
O território maranhense apresenta-se como uma grande plataforma inclinada na
direção sul-norte, com baixo mergulho para o oceano Atlântico. Os grandes traços atuais do
modelado da plataforma sedimentar maranhense revelam feições típicas de litologias
dominantes em bacias sedimentares. Essa plataforma, submetida à atuação de ciclos de erosão
relativamente longos, respondeu de forma diferenciada aos agentes intempéricos, em função
de sua natureza, de estruturação e de composição das rochas, modelando as formas tabulares e
subtabulares da superfície terrestre. Condicionados ao lineamento das estruturas litológicas,
os gradientes topográficos dispõem-se com orientações sul-norte. As maiores altitudes estão
localizadas na porção sul, no topo da Chapada das Mangabeiras, no limite com o estado do
Tocantins. As menores altitudes situam-se na região norte, próximo à linha de costa.
Feitosa (1983) classifica o relevo maranhense em duas grandes unidades: planícies,
que se subdivide em unidades menores (costeira, flúvio-marinha e sublitorânea), e planaltos.
As planícies ocupam cerca de 60% da superfície do território e os planaltos 40%. São
consideradas planícies as superfícies com cotas inferiores a 200 metros. Já os planaltos,
restritos às áreas do centro-sul do estado, são superfícies com cotas acima de 200 metros.
Jacomine et al. (1986 apud VALLADARES et al., 2005) apresentam de maneira
simplificada as seguintes formas de relevo no estado do Maranhão: chapadas altas e baixas,
superfícies onduladas, grande baixada maranhense, terraços e planícies fluviais, tabuleiros
costeiros, restingas e dunas costeiras, golfão maranhense e baixada litorânea.
O leste maranhense é formado, em quase sua totalidade, por planaltos entremeados de
chapadas, colinas e morros. A drenagem, utilizando-se de zonas de fraqueza nas rochas
sedimentares de direção sul-norte, esculpiu relevos de áreas planas, rampeadas em relação à
drenagem e/ou relevos residuais de topo plano. Dissecados em lombas, colinas e morros,
esses relevos têm altitudes variando de 140 a 400 metros. O Planalto Dissecado do Itapecuru,
com altitude entre 140 a 200 metros, apresenta um relevo de colinas e morros com vales
pedimentados. Ocorrem, ainda, relevos residuais de topo plano e colinas, e, no trecho cortado
pelo rio Itapecuru, tem-se um relevo plano que corresponde a um antigo nível de terraço desse
rio. A região correspondente ao Patamar de Caxias caracteriza-se por apresentar um relevo

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com áreas planas, rampeadas em relação à drenagem. Destacam-se também, relevos residuais
em colinas, cristas, pontões e morros. Essa unidade apresenta altitudes que variam de 120 a
155 metros. Na área dos Tabuleiros do Médio Itapecuru, o relevo exibe um predomínio dos
topos dissecados em lombas e colinas, com altitudes entre 180 a 240 metros. Na área dos
Tabuleiros do Parnaíba, na margem esquerda do rio, ocorrem planos irregulares, em níveis
altimétricos entre 20 e 400 metros, com vertentes dissecadas em colina e morros. Os
Tabuleiros Sublitorâneos apresentam um relevo plano, entalhado por uma drenagem de
direção sul-norte. Ao longo dessa drenagem, ocorrem lombas e colinas suaves com altitudes
variando de 25 a 100 metros, decaindo de sul para norte.
As variabilidades de clima, de relevo e de solo do território brasileiro permitem o
desenvolvimento de uma grande diversidade de ambientes naturais. A cobertura vegetal do
Maranhão reflete, em particular, a influência das condições de transição climática entre o
clima amazônico e o semiárido nordestino. Na área do Planalto Dissecado do Itapecuru, a
vegetação original de floresta foi substituída pela agropecuária e pela agricultura de
subsistência; o clima regional varia de subúmido a semiárido e subúmido, com pluviosidade
anual entre 1.400 a 1.600 mm. Na área do Patamar de Caxias, a cobertura vegetal é
representada pelo contato da Savana com a Floresta, com o predomínio da primeira; o clima
regional é subúmido a semiárido, com a pluviosidade anual entre 1.300 a 1.500 mm. Na
região dos Tabuleiros do Médio Itapecuru, ocorre vegetação caracterizada pelo contato
Savana/Floresta com a agropecuária e a agricultura de subsistência; o clima regional é
subúmido a semiárido, com a pluviosidade variando de 1.200 a 1.400 mm. Nos Tabuleiros do
Parnaíba, a vegetação é caracterizada pelo contato Savana/Floresta, com domínio da Savana
Arbórea Aberta,que foi descaracterizada em alguns trechos para a implantação da
agropecuária e da agricultura de subsistência; o clima regional é subúmido a semiárido, cuja
pluviosidade anual varia entre 1.100 a 1.400 mm.
Os solos da região estão representados por Latossolo Amarelo, Latossolo Vermelho-
Escuro, Podzólico Vermelho-Amarelo e Solos Litólicos (EMBRAPA, 2006). Latossolo
Amarelo são solos profundos, bem a acentuadamente drenados, com horizontes de coloração
amarelada, de textura média e argilosa, sendo predominantemente distróficos, ocorrendo
também álicos, com elevada saturação de alumínio e teores de nutrientes muito baixos. São
encontradas em áreas de topos de chapadas, ora baixas e dissecadas, ora altas e com extensões
consideráveis, apresentando relevo plano com pequenas e suaves ondulações, tendo como

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material de origem mais comum, as coberturas areno-argilosas e argilosas, derivadas ou


sobrepostas às formações sedimentares. Mesmo com baixa fertilidade natural e em
decorrência do relevo plano e suavemente ondulado, esse solo tem ótimo potencial para
agricultura e pecuária. Devido sua baixa fertilidade e acidez elevada, esses solos são exigentes
em corretivos e adubos químicos e orgânicos.
Latossolo Vermelho-Escuro são solos com as mesmas características morfológicas,
físicas e químicas dos Latossolos Vermelho-Amarelo, cuja diferença está na cor
essencialmente vermelho-escuras que apresentam. São solos álicos e distróficos, bem a
fortemente drenados, com baixa fertilidade natural, situando-se em topos de relevo plano e
suave ondulado. São solos cultivados com milho, feijão e com alguma fruticultura. O relevo
plano e suavemente ondulado favorece a agricultura mecanizada, apresentam boas condições
físicas, mas devido à elevada acidez e baixa fertilidade natural necessitam de corretivos e
fertilizantes.
Os Podzólicos Vermelho-Amarelos são solos minerais, com textura média e argilosa,
situando-se, principalmente, nas encostas de colinas ou outeiros, ocupando também áreas de
encostas e topo de chapadas, com relevo que varia desde plano até fortemente ondulado. São
originados de materiais de formações geológicas, principalmente sedimentares, de outras
coberturas argilo-arenosas assentadas sobre as formações geológicas. As áreas onde ocorrem
essa classe de solo são utilizadas com cultura de subsistência, destacando-se as culturas de
milho, feijão, arroz e fruticultura (manga, caju e banana), além do extrativismo do coco
babaçu. As áreas, onde o relevo é plano a suavemente ondulado podem ser aproveitadas para
a agricultura, de forma racional, com controle da erosão e aplicação de corretivos e adubos
para atenuar os fatores limitantes à sua utilização.
Solos Litólicos são solos minerais não hidromórficos, pouco desenvolvidos, muito
rasos ou rasos, com horizonte A sobre a rocha ou sobre horizonte C. São de textura variável,
freqüentemente arenosa ou média e preferencialmente ocupam locais com forte declividade,
geralmente encostas de morros, serras e sopés de chapadas. As principais limitações quanto ao
uso agrícola são a pequena espessura do solo, a freqüente ocorrência de cascalhos e
fragmentos de rocha no seu perfil, a grande susceptibilidade à erosão, mormente nas áreas de
relevo acidentado que são as mais freqüentes de sua ocorrência.
O município de Buriti Bravo está localizado na Região Leste Maranhense, na
Microrregião de Caxias, com altitude da sede de 70 metros acima do nível do mar. O clima é

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tropical semi-úmido, com temperatura mínima de 22,40 ºC, máxima de 32,59 ºC média anual
de 26,76 ºC.
O clima da região do município, segundo a classificação de Köppen, é tropical (AW’)
com dois períodos bem definidos: um chuvoso de janeiro a junho, com médias mensais
superiores 141,6 mm, e outro seco, correspondente a aos meses de julho a dezembro. Dentro
do período de estiagem, a precipitação pluviométrica varia de 1,1 a 129,4 mm, com
precipitação total anual em torno de 1.107,8mm, segundo o Jornal do Tempo (2011). Esses
dados são referentes ao período de 1961 a 1990.
O período mais quente do ano vai de setembro a novembro, com valores médios de
28,58 °C e o mês mais frio é fevereiro, com 25,91 °C de média. O relevo do município é
plano e suavemente ondulado, tendo a área inserida na unidade geomorfológica denominada
Superfície Maranhense com Testemunho, caracterizada em forma de mesas resultante do
processo de dissecação em interflúvios tabulares e grupamento de mesas, formada por relevos
residuais tabulares isolados em superfícies aplanadas. Estão presentes superfícies
pediplanadas que apresentam extensas superfícies elaboradas em rochas sedimentares com
amplos vales interplanálticos sedimentados.
A planície aluvionar caracteriza-se por apresentar uma superfície extremamente
horizontalizada, onde os sedimentos inconsolidados (areias, argilas e cascalhos) encontram-se
depositados nas margens e nos leitos dos principais cursos d’água da região. A região possui
uma vegetação de transição entre a zona dos cocais, a pré-amazônica e o cerrado, onde são
encontradas várias espécies: babaçuais densos e puros, cerrados, matas de galeria ou ciliares e
uma vegetação composta de mata seca denominada "carrasco".
Os cerrados são formações florestais típicas de climas quentes com um período
intensamente chuvoso, seguido de um período seco bem delimitado com vegetação arbórea,
composta de árvores esparsas, tortuosas, copas bastante esgalhadas e raramente com folhas
decíduas adaptadas a solos deficientes em água e elementos nutritivos e profundos, as
espécies dominantes são: o Pau-terra, a Sambaíba, o Murici, a Faveira de bolota, o Pequi e o
Bacuri. O babaçual é uma mata formada pela família das palmáceas, ocorrendo em áreas de
baixos platôs e nas áreas de relevo ondulado. A espécie dominante é o Babaçu e nas áreas
baixas é encontrado o Buriti.
As matas de galeria ou mata ciliares ocorrem ao longo dos rios e riachos no meio da
região do Cerrado; são formações arbóreas – arbustiva que algumas vezes tem o buritizal

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associado. As principais espécies vegetais encontradas no município de Buriti Bravo são: a


Faveira, o Amargoso, o Angico, a Aroeira, o Babaçu e o Pau d’ arco.

5.4 – Geologia

O município de Buriti Bravo está inserido nos domínios da Bacia Sedimentar do


Parnaíba, que, segundo Brito Neves (1998), foi implantada sobre os riftes cambro-
ordovicianos de Jaibaras, Jaguarapi, Cococi/Rio Jucá, São Julião e São Raimundo Nonato.
Compreende as supersequências Silurianas (Grupo Serra Grande), Devoniana (Grupo
Canindé) e Carbonífero-Triássica (Grupo Balsas) de Góes e Feijó (1994).
Na área do município, o Grupo Balsas está representado pela formação Pedra de Fogo
(P12pf) Permiano; pelo Grupo Mearim, através das formações Mosquito (J1βm), Pastos Bons
(J2pb) e Corda (J2c), Jurássico; e o Cretáceo, através da formação Sardinha (K1βs).
Plummer (1946) propôs o termo formação Pedra de Fogo para designar as camadas
ricas em chert e fósseis vegetais Psaronius, que afloram no vale do rio Pedra de Fogo, entre
Pastos Bons e Nova Iorque. Esse conceito foi adotado por Lima & Leite (1978). A formação
caracteriza-se, essencialmente, por uma sequência de siltitos, folhelhos e calcários, com
arenitos predominando na seção média. Em todo o pacote desenvolvem-se leitos de até 0,50m
de espessura, lentes ou até nódulos achatados de silexito, uma característica marcante da
unidade. Troncos de madeira silicificada, descritos como Psaronius, com até 50 cm de
diâmetro, são encontrados na base e próximo do topo da formação. É comum, nos níveis de
arenitos, estratificação cruzada, enquanto nos níveis de folhelhos e siltitos ocorrem
fragmentos de conchas e impressões de restos vegetais. São frequentes estruturas de
escorregamento (slumping) em “pequenos dobramentos”, causados por acomodação de
estratos de diferentes competências. Aflora no extremo sudeste do município de Buriti Bravo.
Segundo a definição de Aguiar (1971), a formação Mosquito é litologicamente
constituída por derrames basálticos com uma intercalação sedimentar, descontínua e restrita,
onde foi observada, em sua porção inferior, exclusivamente nas proximidades da cidade de
Fortaleza dos Nogueira, estado do Maranhão, por (Lima & Leite, 1978). Os basaltos são, em
geral, de cores escuras, raramente em tons verde, afaníticos, com amígdalas preenchidas por
calcedônia, zeólitos e material criptocristalino, esverdeado. Os arenitos são róseos e
esbranquiçados, finos a médios, pintalgados de caulim, parcialmente silicificados, com

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estratificação plano-paralela ou cruzada. O contato superior da unidade com a formação


Corda é discordante, marcado por uma superfície de erosão acentuada. O contato inferior do
basalto com os sedimentos da formação Sambaíba mostra esses arenitos completamente
truncados pelos basaltos. Ocupa uma vasta área a sudoeste do município de Buriti Bravo.
Lisboa (1935 apud SANTOS et al., 1984) usou pela primeira vez o nome “camada
Pastos Bons” para designar os folhelhos e arenitos esverdeados e marrom-avermelhados que
ocorrem nas vizinhanças da cidade homônima, no Maranhão. Litologicamente consiste de
duas seções. A inferior, em geral, se inicia por um conglomerado, cuja composição varia em
função da natureza dos estratos subjacentes. Acima dos conglomerados, seguem-se arenitos
esverdeados, creme a esbranquiçados, argilosos, com grãos finos a médios, subarredondados e
pouco brilhosos. Localmente, ocorrem intercalações de calcários em parte silicificados. A
seção superior é mais arenosa, constituída principalmente por arenito róseo a avermelhado,
por vezes esbranquiçado, fino a síltico e argiloso. Ocorrem intercalações de folhelhos e siltitos
róseos a cinza-esverdeado, localmente fossilíferos. Estratificação cruzada plano-paralela é a
estrutura predominante na sequência. Ocupa uma vasta área a oeste estendendo-se para
Nordeste, Leste e Sul do município de Buriti Bravo, expondo-se amplamente na sede
municipal.
Lisboa (1914 apud SANTOS et al., 1984) usou pela primeira vez a denominação
Corda para designar os arenitos vermelhos que ocorrem intercalados em basaltos no vale do
rio Mearim, no Estado do Maranhão. Aguiar (1969) considera como formação Corda a seção
de sedimentos, com espessura em torno de 80 metros, com intercalações de sílex, de idade
jurássica, assentados sobre os basaltos da formação Mosquito e, recoberta, discordantemente,
pelos basaltos da formação Sardinha. Quando a formação Corda ocorre em contato com os
basaltos da formação Mosquito a seqüência litológica dessa formação inicia-se por arenitos
grosseiros a conglomeráticos, marrons-avermelhados e arroxeados. Quando a unidade repousa
diretamente sobre outras formações, estando ausente o basalto Mosquito, a seqüência
litológica consiste, essencialmente de arenitos argilosos, marrons-avermelhados, com
estratificação cruzada de grande porte. Localmente, esses arenitos são muitos calcíferos, como
observados em Imperatriz e Grajaú no Maranhão e Tocantinópolis no Tocantins. Em sua
seção média pode ocorrer intercalações nos arenitos de níveis de argilitos, siltitos argilosos e
folhelhos, com estratificação cruzada. O topo da unidade reúne arenitos arroxeados e
marrons-avermelhados, médios a grosseiros, grãos arredondados e foscos, com seixos de

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quartzo e estratificação plano-paralela de grande porte. Sua espessura varia de 30 metros na


região de Imperatriz, 84 metros na região de Pastos Bons, segundo Lima & Leite (1978).
Northfleet & Mello (1967) atribuem para a unidade Corda a espessura de 80 metros na região
do município de Fortaleza dos Nogueiras. È a que tem maior expressão geográfica e aflora a
norte estendendo-se para nordeste do município de Buriti Bravo.
Aguiar (1969) denominou de formação Sardinha aos basaltos aflorantes próximo a
aldeia Sardinha, a sudoeste da cidade de Barra do Corda, posicionando-os acima da formação
Corda e abaixo da formação Itapecuru. Estudos de fotointerpretação (Lima & Leite, 1978)
mostraram que a formação Sardinha situa-se topograficamente no mesmo nível ou levemente
mais alta do que os arenitos da formação Grajaú. Entretanto, observações de campo levaram
estes autores a admitir que essas unidades encontram-se, estratigraficamente, abaixo dos
arenitos Grajaú uma vez que estes são discordantes sobre os sedimentos da formação Corda e
interdigitam-se com a formação Codó. Semelhante à formação Mosquito as lavas da formação
Sardinha se extravasaram, através de fissuras, em condições subaéreas, continentais.
Litologicamente, segundo Aguiar (1969), esta unidade consiste de basaltos de cor preta e
textura amigdaloidal. Entretanto, Lima & Leite (1978) descrevem a formação Sardinha como
representada por um material argiloso, vermelho-escuro a arroxeado, em avançado estágio de
alteração. A presença dessas intrusivas é constatada em áreas sedimentares mesozóicas nas
regiões de Orosimbo, Pastos Bons e Colinas, todas no estado do Maranhão. Aflora em áreas
isoladas situadas a Leste, Sul e Sudoeste do município de Buriti Bravo (Ver mapa, Anexo 2).

6 - RECURSOS HÍDRICOS

6.1 - Águas Superficiais

O Maranhão é o único estado do Nordeste que menos se identifica com as


características hidrológicas da região, pois não há estiagem e nem escassez de recursos
hídricos, tanto superficiais como subterrâneos, em seu território.
É detentor de uma invejável rede de drenagem com, pelo menos, dez bacias
hidrográficas perenes. Podem ser assim individualizadas: Bacia do rio Mearim, Bacia do rio
Gurupi, Bacia do rio Itapecuru, Bacia do rio Grajaú, Bacia do rio Turiaçu, Bacia do rio
Munim, Bacia do rio Maracaçumé-Tromaí, Bacia do rio Uru-Pericumã-Aurá, Bacia do rio

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Parnaíba-Balsas, Bacia do rio Tocantins, além de outras pequenas bacias. Suas principais
vertentes hidrográficas são: a Chapada das Mangabeiras, a Chapada do Azeitão, a Serra das
Crueiras, a Serra do Gurupi e a Serra do Tiracambu.
As bacias hidrográficas são subdivididas em sub-bacias e microbacias. Elas
constituem divisões das águas, feitas pela natureza, sendo o relevo responsável pela divisão
territorial de cada bacia, que é formada por um rio principal e seus afluentes.
O município de Buriti Bravo pertence à bacia hidrográfica do rio Itapecuru, que drena
a sua área. Trata-se de uma bacia irregular, estreita nas nascentes e na desembocadura,
alargando-se na parte central, onde atinge aproximadamente 120 km. O rio Itapecuru pode ser
caracterizado, fisicamente, em 03 (três) grandes regiões distintas: Alto, Médio e Baixo
Itapecuru. Nasce nos contrafortes das serras Crueira, Itapecuru e Alpercatas, em altitudes em
torno de 500 metros nas fronteiras dos municípios de Mirador, Grajaú e São Raimundo das
Mangabeiras. Percorre 1.090 km até a sua desembocadura na baía do Arraial, ao sul de São
Luís. Corre no sentido oeste-leste das nascentes até o povoado de Várzea do Cerco, 25 km à
montante da cidade de Mirador, tomando rumo norte ao deslocar-se sobre os chapadões do
alto curso, até receber o seu maior depositário, o rio Alpercatas, que contribui com 2/3 de seu
volume, em sua desembocadura. Muda de direção para nordeste até receber o rio Corrente,
tracejando um longo contorno no município de Caxias. Apesar de apresentar algumas
inflexões, mantém-se na mesma direção, até alcançar a Baía do Arraial, onde desemboca por
dois braços: o Tucha, como principal, e o Mojó, como secundário. Fatores como as
características da rede de drenagem, a compartimentação, as formas de relevo da bacia e a
navegabilidade foram os critérios nos quais a SUDENE se baseou para dividir o curso do rio
(BEZERRA, 1984 apud ALCÂNTARA, 2011). A rede de drenagem distribui-se em padrão
geralmente paralelo no alto curso, embora uma tendência dendrítica se revele cada vez mais à
medida que vai atingindo o baixo curso (IBGE, 1997). Os rios da bacia do Itapecuru drenam
os terrenos sedimentares da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Eles são compostos,
principalmente, pelas sequências de arenitos, de siltitos, de folhelhos e de argilitos, nos quais
a ocorrência de falhas e fraturas condicionam seus cursos. A bacia do rio Itapecuru constitui
um divisor de água que se interpõe entre a Bacia do Parnaíba, a leste, e a Bacia do Mearim, a
oeste. Como afluentes importantes, verifica-se, pela margem direita, os rios Correntes,
Pirapemas e Itapecuruzinho, e os riachos Seco, do Ouro, Gameleira e Guariba. Pela margem
esquerda, tem-se os rios Alpercatas, Peritoró, Pucumã, Codozinho, dos Porcos e Igarapé

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Grande, além dos riachos São Felinho, da Prata e dos Cocos. Alérm do rio Itapecuru, drenam
a área do município os rios Correntes, Balseiro e os riachos da Caiçara, da Lagoa do Frio, do
Buriti Bravo, da Caatinga Branca, da Gamboa, Inhumas, Cipó, do Chupé, Baixa do Coco,
Seco, do Barreiro Velho, da Aldeia, do Raposo, Caiçara, dentre outros

6.2 – Águas Subterrâneas

O estado do Maranhão está quase totalmente inserido na Bacia Sedimentar do


Parnaíba, considerada uma das mais importantes províncias hidrogeológicas do país. Trata-se
de bacia do tipo intracratônica, com arcabouço geométrico influenciado por feições estruturais
de seu embasamento, o que lhe impõe uma estrutura tectônica em geral simples, com atitude
monoclinal das camadas que mergulham suavemente das bordas para o seu interior.
Segundo Góes et al. (1993), a espessura máxima de todo o pacote sedimentar dessa
bacia está estimada em 3.500 metros, da qual cerca de 85% são de idade paleozóica e o
restante, mesozóica. Dessa forma, o estado do Maranhão, por estar assentado plenamente
sobre terrenos de rochas sedimentares, diferentemente dos outros estados nordestinos,
apresenta possibilidades promissoras de armazenamento e explotação de águas subterrâneas,
com excelentes exutórios e sem períodos de estiagem.

6.2.1 - Domínios Hidrogeológicos

É considerada água subterrânea apenas aquela que ocorre abaixo da superfície, na


zona de saturação, onde todos os poros estão preenchidos por água. A formação geológica que
tem capacidade de armazenar e transmitir água é denominada aquífero.
Em relação à geologia, existem três domínios principais de águas subterrâneas: rochas
ígneas e metamórficas, que armazenam água através da porosidade secundária resultante de
fraturas, caracterizando, segundo Costa (2000), “aquífero fissural”; rochas cabornáticas,
calcário e dolomito, que armazenam água com o desenvolvimento da porosidade secundária,
através da dissolução e lixiviação de minerais carbonáticos pela água de percolação ao longo
das descontinuidades geológicas, caracterizando o que é denominado de “aquífero cárstico”;
sedimentos consolidados, arenitos, e inconsolidados, as aluviões e dunas, que caracterizam o
aquífero poroso ou intergranular.

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O município de Buriti Bravo apresenta dois domínios hidrogeológicos: o aqüífero


fissural relacionado aos basaltos e/ou diabásios das formações Mosquito (J1βm) e Sardinha
(K1βs); e o aquífero poroso ou intergranular, relacionado aos sedimentos consolidados das
formações Pedra de Fogo (P12pf), Pastos Bons (J2pb) e Corda (J2c). Durante os trabalhos de
campo foram cadastrados um total de 68 pontos d’água, sendo todos poços tubulares
(100,0%).
As formações Pedra de Fogo e Pastos Bons, representadas predominantemente por
siltitos, folhelhos, arenitos muito finos, argilosos e lentes de silexitos, portanto litologias
essencialmente pelíticas, representa um manancial de fraco potencial hidrogeológico. Esses
aquitardos são explotados no município principalmente através de poços tubulares rasos e
poços escavados, tipo “amazonas”.
A formação Mosquito e Sardinha, constituídas por basaltos e/ou diabásios, apresenta
uma porosidade primária quase nula, condicionando a ocorrência de água subterrânea a uma
porosidade secundária, representada por fraturas e fendas com circulação restrita às fraturas
abertas, dando origem a reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão,
comumente denominado “Aqüífero Fissural”, segundo Costa (2000). Nesse contexto
hidrogeológico, em geral, seu potencial é praticamente nulo, fazendo com que sua explotação
por poços tubulares, provoque a diminuição de suas reservas. Pelas suas características
dimensionais e hidráulicas, bastante fracas e, considerando ainda, que existe uma expectativa
de diminuição dessa oferta, ao longo do tempo, em função de épocas de estiagens mais
prolongadas e das dificuldades de recarga impostas pelas próprias condições naturais do
sistema, esse aqüífero é pouco explotado na região.
O aquífero Corda que ocorre como aquífero livre e semiconfinado constitui-se,
litologicamente de arenitos finos a médios, quartzosos, com níveis argilosos e com eventuais
leitos de siltitos e folhelhos. Em função de suas litologias apresenta uma permeabilidade
regular, caracterizando-se como de potencial hidrogeológico fraco a médio. Os poços que
explotam esse aqüífero apresentam profundidades médias da ordem de 150 metros, podendo
atingir profundidades até 700 metros, como registrado nos perfis litológicos dos poços
perfurados pela CPRM no estado do Maranhão. Sua espessura média, segundo dados
levantados pelo Projeto SIG Hidrogeológico do Brasil – Folha Teresina, escala 1:1.000.000
(CPRM, inédito), alcança cerca de 160 metros. Alimenta-se pela infiltração direta das
precipitações pluviométricas nas áreas de recarga; pela infiltração vertical, ascendente, através

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das formações inferiores e, através da rede de drenagem superficial, principalmente nas


épocas de cheias. Os exutórios são representados pela rede de drenagem superficial, quando
os rios recebem por restituição as águas armazenadas no aqüífero, principalmente nas épocas
de cheias; evapotranspiração, quando o caráter argiloso do perfil geológico diminui a
infiltração, favorecendo o aumento do processo, nas áreas de recarga; infiltração vertical,
descendente, na base do aqüífero; algumas fontes de contato e descarga artificial, resultante
do bombeamento de poços manuais e tubulares, existentes.

6.2.2 – Diagnóstico dos Poços Cadastrados

O inventário hidrogeológico, realizado no município de Buriti Bravo, registrou a


presença de 68 pontos d’água, sendo todos poços tubulares, (Figura 3).

Figura 3 - Tipos de pontos de água cadastrados.

Como os poços tubulares representam 100,0% dos pontos cadastrados, as discussões


sobre o estudo, a seguir apresentado, serão específicos a essa categoria. Todos os locais dos
poços tubulares levantados estão classificados em duas naturezas: públicos (50 poços),
quando estão em terrenos de servidão pública e particulares (18 poços), quando estão situados
em propriedades privadas como ilustra, em termos percentuais, o gráfico da figura 4.

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Figura 4 - Natureza dos poços cadastrados no município de Buriti Bravo.

Foram identificadas nos trabalhos de campo quatro situações distintas, durante o


cadastramento: poços em operação, paralisados, não instalados e abandonados. Os poços em
operação são aqueles que estão em pleno funcionamento. Os paralisados estão sem funcionar,
em função de problemas relacionados à manutenção ou quebra do equipamento. Os não
instalados representam aqueles poços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo,
mas não foram equipados com sistema de bombeamento e de distribuição. E por fim, os
abandonados que incluem poços secos e/ou obstruídos, representados por aqueles que não
apresentam possibilidade de captação de água.
A situação dessas obras, levando-se em conta seu caráter público ou particular, é
apresentada em números absolutos no quadro 1 e, em termos percentuais, na figura 4.

Quadro 1 – Natureza e situação dos poços cadastrados.

NATUREZA E SITUAÇÃO DOS POÇOS CADASTRADOS


Em operação Não instalado Paralisado Abandonado
Público 37 0 10 3
Particular 12 2 1 3
Total 49 2 11 6

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Figura 5 - Situação dos poços cadastrados

Em relação ao uso da água 40 poços são utilizados para o abastecimento urbano, 11


são para uso doméstico, 02 poços são para uso doméstico e animal e em 15 poços não foram
obtidas informações quanto a sua utilização. A figura 6 exibe em termos percentuais as
diferentes destinações da água subterrânea no município. Quanto à natureza geológica da
localização dos poços tubulares, em relação aos domínios hidrogeológicos de superfície,
100% estão locados sobre terrenos sedimentares.

Figura 6 – Destinação do uso da água dos poços públicos e particulares.

A figura 7 mostra a relação entre os poços em operação e os poços desativados


(paralisados e não instalados), mas passíveis de entrar em funcionamento. Verifica-se que 10

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poços públicos estão desativados, enquanto os particulares somam apenas 03. Os públicos, a
depender da administração municipal, podem entrar em operação com substancial acréscimo
de disponibilidade hídrica aos 37 já existentes, em pleno uso.

Figura 7 - Poços públicos e particulares em operação e outros passíveis de funcionamento.

6.2.3 – Aspectos Qualitativos das Águas Subterrâneas

Com relação à qualidade das águas dos poços cadastrados foram realizadas, “in loco”,
medidas de condutividade elétrica, em amostras de águas de 53 poços, que é a capacidade de
uma substância conduzir a corrente elétrica, diretamente relacionada com o teor de sais
dissolvidos.
Na maioria das águas subterrâneas naturais, a condutividade elétrica da água
multiplicada por um fator, que varia entre 0,55 e 0,75, gera um valor estimativo dos Sólidos
Totais Dissolvidos (STD). Neste diagnóstico utilizou-se o fator médio 0,65 para se obter o
teor de sólidos totais dissolvidos, a partir do valor da condutividade elétrica, medida por
condutivímetro nas águas dos poços cadastrados e amostrados.
A água com demasiado teor de sais dissolvidos não é recomendável para determinados
usos. De acordo com a classificação de Mcneely et al. (1979), quadro 2, considera-se que
águas com teores de STD menores do que 1.000 mg/L de sólidos totais dissolvidos são, em
geral, satisfatórias para o uso doméstico, sendo consideras de tipologia doce. Ressalta-se que

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para fins industriais podem ser utilizadas, respeitando-se os processos envolvidos, de acordo
com critérios específicos de cada indústria.

Quadro 2 – Classificação das águas subterrâneas, quanto ao STD, segundo Mcneely et al. (1979).

Tipos de Água Intervalo (mg/L)


Doce < 1.000
Ligeiramente Salobra 1.000 – 3.000
Moderamente Salobra 3.000 – 10.000

Com relação aos Sólidos Totais Dissolvidos – STD apresenta uma média por poço de
363,34 mg/L, com valor mínimo de 22,10 mg/L, encontrado na localidade Lages (poço JC
179) e valor máximo de 1.667,0 mg/L detectado no povoado Boi (poço JE 085). De acordo
com a classificação de Mcneely et al. (1979), quadro 2, 94,34% das águas se enquadram no
tipo doce e 5,66% são ligeiramente salobra, figura 8.

Figura 8 – Classificação química das águas, segundo Mcneely et al. (1979).

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7 – CONCLUSÕES

Os estudos hidrogeológicos e a análise e processamento dos dados coletados no


cadastramento de poços no município de Buriti Bravo permitiram estabelecer as seguintes
conclusões:
7.1 - Geologicamente a área do município está representada pelos sedimentos da Bacia
Sedimentar do Parnaíba, representado na área pelas formações Pedra de Fogo (P12pf) -
Permiano; Mosquito (J1βm), Pastos Bons (J2pb) e Corda (J2c) - Jurássico;e Sardinha (K1βs) -
Cretáceo.
7.2 – O inventário hidrogeológico, realizado no município de Buriti Bravo, registrou a
presença de 68 pontos d’água, sendo todos poços tubulares;
7.4 - Todos os poços tubulares levantados estão classificados em duas naturezas:
públicos (50 poços) e particulares (18 poços);
7.5 - Em relação ao uso da água 40 poços são utilizados para o abastecimento urbano,
11 são para uso doméstico, 02poços são para uso doméstico e animal e em 15 poços não
foram obtidas informações quanto a sua utilização;
7.6 - Quanto à natureza geológica da localização dos poços tubulares, em relação aos
domínios hidrogeológicos de superfície, 100% estão locados sobre terrenos sedimentares;
7.7 - Verifica-se que 10 poços públicos estão desativados, enquanto os particulares
somam apenas 03.
7.8 - O município de Buriti Bravo apresenta dois domínios hidrogeológicos: o das
rochas sedimentares representado, pelos sedimentos das formações Pedra de Fogo (P12pf),
Pastos Bons (J2pb) e Corda (J2c), e o domínio das rochas ígneas representados pelas
formações Mosquito (J1βm) e Sardinha (K1βs);
7.9 - O principal aqüífero no município, para explotação de água subterrânea, é o
aquífero Corda, que ocorre como aqüífero livre em aproximadamente 40%, aflorando a norte
e na sede do município. Apresenta arenitos finos a médios, até conglomeráticos, com níveis
argilosos e com eventuais níveis de siltitos e folhelhos. Tem um potencial hidrogeológico de
fraco a médio, já que apresenta condições de permeabilidade regular;

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7.10 - As formações Pedra de Fogo, aflorando em uma área restrita a SSE e, Pastos
Bons, aflorando a NE e a W do município, reunindo principalmente siltitos, folhelhos,
arenitos muito finos e argilosos, caracterizam-se como aquitardos, com potencial
hidrogeológico que varia de muito fraco a fraco, sendo explotados principalmente através de
poços tubulares rasos e poços escavados, tipo “amazonas”;
7.11 - As formações Mosquito e Sardinha, constituída por diabásios, apresentam uma
permeabilidade primária quase nula, condicionando a ocorrência de água subterrânea a uma
porosidade secundária, representada por fraturas e fendas com circulação restrita às fraturas
abertas, dando origem a reservatórios aleatórios, descontínuos e de pequena extensão,
comumente denominado “aqüífero fissural”. Neste contexto hidrogeológico, em geral, o
potencial é praticamente nulo;
7.12 - Com relação à qualidade das águas dos poços cadastrados foram realizadas,“in
loco”, medidas de condutividade elétrica, em amostras de águas de 53 poços;
7.13 - A Condutividade Elétrica, obtida nas amostras analisadas dos poços
cadastrados, apresenta em 94,34% baixos valores de Sólidos Totais Dissolvidos (STD),
caracterizando a água como doce como determina a Portaria do MS nº 518/2004. Em 5,66%
das amostras foram obtidos valores acima de 1.000,0 mg/L, caracterizando a água como
ligeiramente salobra;
7.14 - Em termos de Sólidos Totais Dissolvidos – STD apresenta uma média, por
poço, de 363,34 mg/L, com valor mínimo de 22,10 mg/L, encontrado na localidade Lages
(poço JC 179) e valor máximo de 1.667,0 mg/L detectado no povoado Boi (poço JE 085). De
acordo com a classificação de Mcneely et al. (1979), 94,34% das águas se enquadram no tipo
doce e 5,66% são ligeiramente salobra;
7.15 - Por não ser objetivo do projeto não foram realizados testes de bombeamento nos
poços cadastrados;
7.16 - Em função da carência de dados dos poços existentes, do conhecimento de
valores referenciais de vazões dos aqüíferos da região e da imprecisão das informações
coletadas, junto aos usuários e moradores, não foram abordados aspectos quantitativos das
descargas de água subterrânea.

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8 – RECOMENDAÇÕES

8.1 – A administração municipal deve conscientizar os líderes comunitários de que o


sistema de abastecimento, onde o poço é a peça mais importante, pertence à comunidade e,
dessa forma, devem protegê-lo e conservar em perfeito funcionamento, pois é uma obra de
grande importância e benefício para todos da comunidade;
8.2 – Como é comum no município locais de ocorrência aflorante do nível freático dos
aqüíferos é importante conscientizar as comunidades sobre os riscos de contaminação desses
mananciais, por lixos e fossas situados em locais inadequados, pois podem provocar sérias
doenças de veiculação hídrica;
8.3 – A prefeitura municipal deve fazer anualmente análise físico-química completa
nos poços públicos do município (tubular e amazonas), visando um acompanhamento
sistemático da qualidade dessas águas para o seu uso adequado;
8.4 – Para um melhor aproveitamento dos recursos hídricos subterrâneos disponíveis
no município é importante que se faça uma campanha de recuperação e instalação dos poços
desativados e não instalados, com a finalidade de aumentar consideravelmente a
disponibilidade de água;
8.5 – Deve ser assegurado, por parte do município, medidas de proteção sanitária na
construção dos poços tubulares e amazonas, a fim de garantir boa qualidade de água para a
população, do ponto de vista bacteriológico;
8.6 – Pela importância histórica e regional que representa o rio Itapecuru seu
progressivo nível de poluição exige o desenvolvimento de um programa que vise o
diagnóstico e o mapeamento das fontes poluidoras desse manancial.

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9–REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
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APÊNDICE

Município Buriti Bravo 41


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CÓDIGO LOCALIDADE LATITUDE LONGITUDE NATUREZA SITUAÇÃO DO FINALIDADE DO USO PROF NE ND SITUAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE COND.ELÉTRICA STD (mg/L)
POÇO DO PONTO TERRENO (m) (m) (m) POÇO BOMBEAMENTO (µS/cm)
JC154 Boa Vista -6,0046185 -43,8236047 Tubular Público Abastecimento Urbano 115 Em operação Submersa 307 199,55
JC155 Baixa Verde -5,9758062 -43,8290764 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 Em operação Submersa 333 216,45
JC156 Vista Alegre -5,9613974 -43,8236261 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 Em operação Submersa 502 326,30
JC157 Mocambo -5,9416831 -43,8152684 Tubular Público Abastecimento Urbano 108 Em operação Submersa 1614 1.049,10
JC158 Lagoinha -5,9586937 -43,8161696 Tubular Público Abastecimento Urbano 112 Em operação Submersa 677 440,05
JC179 Lages -5,9880478 -43,7859143 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 Em operação Submersa 34 22,10
JE074 Povoado Mendes -5,7098169 -43,5969526 Tubular Público Abastecimento Urbano 210 Em operação Submersa 787 511,55
JE075 Assentamento Rio Claro -5,7163883 -43,6232919 Tubular Público 194 Paralisado Submersa
JE076 Povoado Solta do Zezito -5,6661452 -43,6320735 Tubular Público Abastecimento Urbano 100 Em operação Submersa 574 373,10
JE077 Fazenda Pau D´Arco -5,7129336 -43,6859859 Tubular Particular Doméstico 120 Em operação Compressor 159,8 103,87
JE078 Fazenda Pau D´Arco -5,721565 -43,6854065 Tubular Particular 150 26,7 Paralisado Submersa 342 222,30
JE079 Fazenda Barauna -5,7113028 -43,7172336 Tubular Particular Doméstico 110 Em operação Submersa 293 190,45
JE080 Povoado Angical -5,6602068 -43,7749333 Tubular Público Doméstico 186 Em operação Submersa 346 224,90
JE081 Povoado Coluna I -5,6335778 -43,7644459 Tubular Público Abastecimento Urbano 120 Em operação Submersa 410 266,50
JE082 Povoado Alecrim -5,7693834 -43,6857016 Tubular Público Abastecimento Urbano 86 Em operação Submersa 420 273,00
JE083 Povoado São João -5,7821454 -43,7105978 Tubular Público 136 Paralisado Submersa
JE084 Fazenda Brasilinha -5,7924075 -43,798231 Tubular Particular Doméstico Em operação Submersa 290 188,50
JE085 Povoado Boi -5,7347293 -43,7956024 Tubular Público Abastecimento Urbano 80 Em operação Submersa 2580 1.677,00
JE086 Povoado Cipo Tuta -5,7518847 -43,7739892 Tubular Público Abastecimento Urbano 50 15 Em operação Compressor 990 643,50
JE087 Fazenda Baixão do Cipo -5,7433231 -43,7829746 Tubular Particular Doméstico Em operação Submersa 484 314,60
JE088 Fazenda Santa Rita -5,7612134 -43,7907101 Tubular Particular Doméstico 100 Em operação Submersa 720 468,00
JE250 Vila Zé Henrique -5,8455192 -43,8330605 Tubular Público Paralisado Submersa
JE251 Multirão -5,8403813 -43,8448393 Tubular Público Paralisado Submersa
JE252 Grotão -5,8385523 -43,8425192 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação Submersa 402 261,30
JE253 SEDE-Posto Médico -5,8305434 -43,8318661 Tubular Público Abandonado 0,00
JE254 Bairro Titirana -5,840938 -43,838827 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação submersa 541 351,65
JE255 Bairro Discopão -5,8413369 -43,8296289 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação submersa 255 165,75
JE256 Bairro Centro -5,8380604 -43,8389015 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação submersa 488 317,20
JE257 Sitio Jaldo Cruz -5,8411111 -43,8419444 Tubular Particular Não instalado
JJ-286 Bom Jesus -5,9375525 -43,8307393 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação Compressor 515 334,75
JJ-287 Chapada de Santana -5,9250749 -43,8849414 Tubular Público Abastecimento Urbano 154 30 Em operação Compressor 497 323,05
JJ-288 Sambaiba -5,9285564 -43,9011956 Tubular Público Abastecimento Urbano 120 20 Em operação Submersa 316 205,40
JJ-369 Serraria -5,8936877 -44,0268893 Tubular Público Abastecimento Urbano 80 Em operação Submersa 622 404,30
JJ-370 Marajá -5,9175272 -44,0079368 Tubular Público Abastecimento Urbano 120 Em operação Submersa 197,2 128,18
JJ-371 Morada Nova -5,8968259 -44,0070409 Tubular Público Abastecimento Urbano 160 Em operação Compressor 347 225,55
JJ-372 Santa Fé -5,9008063 -43,9755089 Tubular Público Abastecimento Urbano 120 Em operação Submersa 471 306,15
JJ-373 Santa Fé -5,8995939 -43,9749403 Tubular Público 110 50 Paralisado 0,00
JJ-374 Fazenda Boa Esperança -5,8411003 -43,8552547 Tubular Particular Doméstico 108 Em operação Submersa 59,7 38,81
JJ-375 Fazenda Bela Vista -5,8507992 -43,8925321 Tubular Particular Doméstico 120 Em operação Compressor 97,5 63,38
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Município de Buriti Bravo


PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

CÓDIGO LOCALIDADE LATITUDE LONGITUDE NATUREZA SITUAÇÃO DO FINALIDADE DO USO PROF NE ND SITUAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE COND.ELÉTRICA STD (mg/L)
POÇO DO PONTO TERRENO (m) (m) (m) POÇO BOMBEAMENTO (µS/cm)
JJ-376 Barro Vermelho -5,8633251 -43,9272077 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 30 Em operação Submersa 403 261,95
JJ-377 Cágado -5,8821757 -43,9422334 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 Paralisado Submersa 0,00
JJ-378 Ponto D´Água -5,8636523 -43,9507736 Tubular Público Abastecimento Urbano 175 100 Em operação Submersa 529 343,85
JJ-379 Fazenda Alto Alegre -5,8701057 -43,9718557 Tubular Particular Doméstico 140 Em operação Submersa 842 547,30
JJ-380 Povoado Alegre -5,8677185 -43,981104 Tubular Particular 220 Obstruído
JJ-381 Povoado Alegre -5,8690114 -43,9832819 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 100 Em operação Submersa 705 458,25
JJ-382 Três Lagoas -5,848868 -44,0102703 Tubular Público Abastecimento Urbano 103 Paralisado
JJ-383 Três Lagoas -5,8473981 -44,010678 Tubular Público Abastecimento Urbano 98 22 Em operação Submersa 548 356,20
JJ-384 Três Lagoas -5,8443833 -44,0105225 Tubular Particular Doméstico 139 14 Em operação Submersa 538 349,70
JJ-596 Lagoa do Gado -5,7985927 -43,9619852 Tubular Público Abastecimento Urbano 120 70 Em operação Submersa 779 506,35
JJ-597 Povoado José Carlos -5,8072937 -43,8948763 Tubular Público Abastecimento Urbano 180 60 Em operação Submersa 613 398,45
JJ-598 Campos Novos -5,818103 -43,9187909 Tubular Público Abastecimento Urbano 204 Em operação Submersa 527 342,55
JJ-599 Povoado Menezes -5,7616479 -43,8884176 Tubular Público Abastecimento Urbano 150 Em operação Submersa 1572 1.021,80
JJ-600 Povoado Pedras -5,5873419 -43,8717557 Tubular Público Abandonado Submersa
JJ-601 Lagoa dos Bichos -5,6402619 -43,883949 Tubular Público 100 30 Abandonado
JJ-602 Canafista -5,7061208 -43,8811434 Tubular Particular Doméstico/animal Em operação Compressor 544 353,60
JJ-603 Serrinha -5,7379265 -43,8476426 Tubular Público Abastecimento Urbano 250 100 Em operação Submersa 835 542,75
JJ-604 Serrinha -5,7395733 -43,846559 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação Submersa 860 559,00
JJ-673 Chapada do Coelho -5,9544666 -43,7631048 Tubular Público 53,6 Paralisado 156 101,40
JJ-674 Itaúna -5,9134931 -43,8038207 Tubular Público Abastecimento Urbano Em operação Submersa 126,6 82,29
JJ-675 Fazenda Bananeira -5,8836348 -43,8007952 Tubular Particular Doméstico 114 35 Em operação Submersa 548 356,20
JJ-769 Moita do Coco -5,8549727 -44,064349 Tubular Público Abastecimento Urbano 180 Em operação Submersa 696 452,40
JJ-770 Fazenda Cacobim -5,8563835 -44,0160746 Tubular Particular Doméstico/animal 186 86 Em operação Submersa 1007 654,55
JJ-771 Muntum -5,8727665 -43,6837114 Tubular Público Abastecimento Urbano 120 46,8 Paralisado Submersa 483 313,95
JJ-772 -5,8325065 -43,7946475 Tubular Particular 36,33 Obstruído
JJ-773 Fazenda Caverna -5,7790715 -43,8392151 Tubular Particular 116 38,8 Não instalado 436 283,40
JJ-774 Caverna -5,7787658 -43,8400412 Tubular Particular 33,1 Obstruído 0,00
JJ-775 Canabrava -5,7578982 -43,8490588 Tubular Público Abastecimento Urbano 80 Em operação Submersa 207 134,55
JJ-776 Canabrava -5,7586492 -43,8487155 Tubular Público Abastecimento Urbano 80 10 Paralisado Submersa

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Município de Buriti Bravo


PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO
POR ÁGUA SUBTERRÂNEA DO ESTADO DO MARANHÃO

ANEXOS

Município Buriti Bravo 42

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