Manual Alinhamento-Mp 1 1
Manual Alinhamento-Mp 1 1
Manual Alinhamento-Mp 1 1
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APRESENTAÇÃO
lanejamento pode ser entendido como o processo sistemático
para a tomada de decisões. Preparar-se para o futuro e ser capaz
de conduzir o destino que uma organização deseja seguir,
integram-se ao conceito de planejamento dando significado à gestão
estratégica, que se caracteriza como um processo de ação gerencial que
pretende assegurar à organização senso de direção, continuidade a
médio e longo prazos, sem prejuízo de sua flexibilidade e agilidade nas
ações cotidianas.
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................... 3
SUMÁRIO ......................................................................................................................................................... 4
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 5
II. REFERENCIAL TÉCINCO .......................................................................................................................... 9
1. RELAÇÃO ENTRE PROGRAMAS E PROJETOS .................................................................................................. 10
2. DIRETRIZES PARA ESTRUTURAÇÃO DE PROGRAMAS ....................................................................................... 11
III. MODELO DE INTEGRAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO BRASILEIRO ...................................................... 12
1. LÓGICA DE ALINHAMENTO ....................................................................................................................... 13
2. REGIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA ............................................................................................................. 15
IV. GESTÃO DE PROGRAMAS ..................................................................................................................... 16
1. ESTRUTURAÇÃO DE PROGRAMAS .............................................................................................................. 16
1.1 Definição do tema estratégico................................................................................................. 18
1.2 Seleção do macrodesafio ......................................................................................................... 18
1.3 Construção das trilhas estratégias ........................................................................................... 19
1.4 Contextualização do programa ................................................................................................ 20
1.5 Elaboração do Modelo Lógico do Programa ............................................................................ 22
1.6 Organização estratégica dos programas ................................................................................. 28
1.7 Lançamento do programa ....................................................................................................... 28
2. IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA ................................................................................................................. 29
2.1 Regionalização do programa ................................................................................................... 29
2.2 Definir a estrutura de gestão ................................................................................................... 31
3. MONITORAMENTO & AVALIAÇÃO DO PROGRAMA ........................................................................................ 32
3.1 Monitoramento do desempenho dos indicadores .................................................................. 33
3.2 Monitoramento do desempenho dos projetos ....................................................................... 33
3.3 Alinhamento & integração das iniciativas ............................................................................... 33
3.4 Gerir o programa com foco em resultados ............................................................................. 34
3.5 Comunicação dos resultados ................................................................................................... 37
3.6 Realização de avaliações do programa .................................................................................... 37
VI. ANEXOS ................................................................................................................................................ 38
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 52
4
I. INTRODUÇÃO
5
Após quase duas décadas desde a publicação da obra “Estratégia em Ação”, dos
autores Robert Kaplan e David Norton, é possível afirmar que a difusão da metodologia
Balanced Scorecard – BSC, ou Painel de Desempenho Balanceado, em muito influenciou
as empresas brasileiras na estruturação de seus processos de gestão estratégica. A
partir da mobilização de suas lideranças, essas organizações implantaram seus mapas
estratégicos - com indicadores, metas e iniciativas -, planos de comunicação, sistemas
de informação, além da indispensável rotina das reuniões estratégicas. Algumas
inclusive avançaram no sentido de alinhar a gestão estratégica com processos internos,
a exemplo do orçamento, recursos humanos e tecnologia da informação.
6
Caso contrário, a execução da estratégia pode ser confundida com a
operacionalização de um plano orçamentário, quando, na verdade, pressupõe uma
análise permanente de como a organização está direcionando esforços rumo a um dado
futuro traçado. Por outro lado, poucas são as organizações que quantificaram seus
objetivos estratégicos por meio de indicadores e metas. Ou seja, o planejamento
estratégico é mais utilizado como direcionador para a construção de projetos,
programas e orçamento do que instrumento efetivo de gestão.
7
O ineditismo de uma Estratégia Nacional para o Ministério Público, em todos os
seus ramos, traz consigo a complexidade unir realidades e atuações distintas entre si.
Variações entre objetos de trabalho, localidades territoriais, estruturas físicas e
funcionais e focos de atuação são exemplos da amplitude do trabalho.
Necessariamente, o processo implantação da estratégia deverá envolver os seguintes
ramos do MP: Ministérios Públicos Estaduais (MP Estados); Ministério Público do
Distrito Federal de Territórios (MPDFT); Ministério Público Federal (MPF); Ministério
Público Militar (MPM) e Ministério Público do Trabalho (MPT).
8
II. REFERENCIAL TÉCINCO
rograma pode ser entendido como um modelo de gestão formado pela
interação de um conjunto de projetos gerenciados para o alcance de um
objetivo comum, passível de ser gerido e mensurado por indicadores. A escolha
de atuação por programa se dá pela percepção de que os projetos, geridos
isoladamente, não são capazes de coordenar a atenção e os esforços necessários para o
enfrentamento de um problema comum. A vantagem que o programa apresenta diz
respeito ao aumento da amplitude da intervenção dos projetos que, somados, otimizam
os esforços de gestão, de alavancagem de recursos e de ampliação de benefícios e
resultados.
9
ESTRUTURANTE: não focaliza tema finalístico do MP, mas os elementos que
auxiliariam a atuação finalística. É voltado à melhoria ou busca da excelência do
trabalho realizado pelo MP, nos seguintes pontos: gestão, tecnologia da
informação, comunicação e gestão de pessoas.
Kerzner (2006) propõe um entendimento mais global. Ele o define como uma
atividade multifuncional, pois o papel do gerente é mais visto como o de integrador, do
que o de um especialista. Assim, a gestão de projetos pode ser definida como o
planejamento, a programação e o controle de uma série de tarefas integradas que
pretende atingir seus objetivos com êxito, para benefício dos participantes dos projetos.
10
Neste sentido, os projetos são iniciativas fundamentais para o alcance dos
resultados de programas. E, em uma cadeia de impactos, os projetos oferecem
resultados tangíveis e claros alinhados ao objetivo do programa. Este por sua vez
demonstra, de forma clara e inequívoca, quais são as transformações que os projetos
viabilizam, no seu conjunto, numa determinada região, recorte setorial ou geográfico.
Para isso, devem ser definidos indicadores que sejam condizentes com os objetivos
desejados.
11
III. MODELO DE INTEGRAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO BRASILEIRO
proposta de integração do Ministério Público brasileiro se dará por adesão
voluntária dos diversos ramos do MP à Estratégia Nacional. Remetendo-se aos
objetivos estratégicos nacionais, apresentados no Mapa Estratégico abaixo,
serão organizados Programas Estratégicos Institucionais (temas finalísticos) e Programas
Estratégicos Estruturantes (temas da área meio). Esses programas servirão como
mobilizadores de ações com vistas a canalizar os esforços das instituições em temas
prioritários para o MP brasileiro, guardada, evidentemente, as singularidades e
autonomia de cada MP.
12
1. Lógica de alinhamento
A lógica de alinhamento do Ministério Público brasileiro estabelece as escolhas
nacionais do MP em termos de objetivos e evidencia as estruturas e os esforços
necessários para sua execução, além disso, orienta taticamente os diversos ramos do
MP para a cooperação nacional. O modelo proposto se utiliza dos seguintes elementos:
13
Programas – constituem-se nos grandes eixos de mobilização de esforços do MP
para a geração de resultados institucionais (objetivos) e para a sociedade
(macrodesafios). Por meio da escolha de temas mobilizadores, tais como: combate
à criminalidade; infância e juventude; meio ambiente; e improbidade
administrativa e corrupção, serão estruturados programas nacionais que terão
como objetivo alinhar as iniciativas regionais às linhas temáticas priorizadas.
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MACRODESAFIOS
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PROGRAMAS
INICIATIVAS
LÓGICA DE
ALINHAMENTO DA
ESTRATÉGIA DO
MINISTÉRIO
PÚBLICO
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OBJETIVOS
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14
2. Regionalização da estratégia
A materialização da estratégia em nível local se dará por meio dos projetos ou
iniciativas. Ou seja, são os esforços empreendidos localmente que configuram a
implementação da Estratégica Nacional do Ministério Público. Entretanto, maior serão o
eco e impacto dessas ações se elas estiverem sendo coordenadas nacionalmente, com o
propósito de aumentar a unidade do MP, ganhando em escala e, possivelmente,
aumentando sua eficiência.
15
IV. GESTÃO DE PROGRAMAS
1. Estruturação de programas
A fase de estruturação corresponde aos processos de coordenação e organização
do planejamento do programa. Nesta etapa são definidos os principais elementos dos
do programa tais como: objetivos, metas, componentes e foco de intervenção. As
atividades necessárias e suficientes para estruturação do programa podem ser
observadas na figura04.
16
Estruturação do programa
Seleção Organização Lançamento
Definição do Elaboração do
tema estratégico Modelo Lógico
do Programa
TEMA
ESTRATÉGICO
OBJETIVO
Seleção do
COMPONENTES
macrodesafio
METAS
MODELO
LÓGICO
Lançamento do
MACRO
DESAFIO programa
Contextualização Organização
do programa estratégica dos
programas
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b) Organização: contempla os principais elementos da lógica de intervenção
definida para o programa, a saber: objetivo, componentes, metas e foco de
intervenção, organizados um uma ferramenta denominada Modelo Lógico do
Programa. Ela é elaborada no momento inicial de planejamento,
contemplando atualizações, sempre que necessário. Constitui-se em
importante peça para o monitoramento e avaliação de alcance dos
resultados. Neta fase também é definido o tempo de iniciação do programa e
estimada sua vigência.
Combate à criminalidade;
Infância e juventude;
Meio ambiente;
Improbidade administrativa e corrupção.
18
1.3 Construção das trilhas estratégias
A construção da trilha estratégica consiste em alinhar o tema do programa aos
objetivos estratégicos do Mapa do PEN correspondentes as seguintes perspectivas:
Retorno para a sociedade e Resultados institucionais. Enquanto que na perspectiva
“Retorno para a sociedade” deva-se escolher apenas um objetivo, para os “Resultados
institucionais” podem selecionar mais de um objetivo. Os objetivos selecionados para
essa perspectiva serão denominados nos programas por DESAFIOS NACIONAIS. Por
exemplo, ao se escolher o tema estratégico Combate à Criminalidade, é possível
selecionar o seguinte macrodesafio: “Diminuição da Criminalidade e da Corrupção”.
Seguindo o alinhamento estratégico, os objetivos selecionáveis na perspectiva
“Resultados institucionais” poderiam ser: “Atuar na prevenção e repressão do trabalho
escravo e tráfico de pessoas; Aperfeiçoar o sistema prisional e as medidas alternativas;
Atuar na prevenção e repressão da criminalidade organizada, tráfico de drogas e crimes
de fronteira; e Fortalecer a prevenção e repressão de crimes graves, tanto comuns como
militares”.
19
1.4 Contextualização do programa
Para a compreensão de um dado contexto é necessário levantar informações
gerais e históricas da dimensão social, política, econômica e cultural que sejam
relevantes para a explicação da realidade ou temática específica a ser trabalhada pelo
programa (encontra-se anexo um modelo para estruturação do programa). Faz parte da
compreensão do contexto explicitar as iniciativas governamentais, do MP e os projetos
da sociedade civil implementados contemplado os resultados positivos e fracassos
ocorridos; a legislação, a normatização técnica e fiscal existentes; novas iniciativas,
ainda não utilizadas e estudos existentes; as lacunas existentes para intervenção e as
propostas dos principais atores sociais para a temática.
Estas informações podem ser obtidas por meio de dados secundários como
estudos, indicadores econômicos, sociais e ambientais, relatórios de resultado de
diferentes iniciativas, dentre outras fontes. Desta análise é possível selecionar
informações quais se constituirão no T0 (Tempo zero ou pesquisa inicial), também
conhecidas como linha de base ou ponto de partida, que servirá de parâmetro para se
medir/qualificar as mudanças pretendidas e cumprimento de objetivos.
Essa realidade está inserida em um contexto maior que a influencia e é por ela
influenciada. A análise da situação atual deve possibilitar uma explicação detalhada da
problemática, evidenciando as causas que a determinam, os descritores (manifestações
ou sintomas) de como os problemas se materializam e quais são os atores sociais
envolvidos. É nesta fase do diagnóstico que ficam estabelecidos o objeto, o público-alvo
e a abrangência da intervenção desejada. A situação atual pode ser entendida como
um macroproblema (forma enunciada da problemática) resultante de uma relação de
causa e efeito.
20
do ensino; ausência das vagas no sistema socioeducativo e ineficácia dos programas;
institucionalização prolongada de crianças e adolescentes.
21
A análise de atores sociais identifica as possibilidades de parceria, os interesses
divergentes, dando elementos para a negociação e a construção de consensos. Ajuda na
definição de papéis e responsabilidades e mostra as limitações de participação.
As seguintes atividades facilitam a análise dos atores:
22
Está sendo proposta como ferramenta na formatação de programas por
apresentar as seguintes características:
23
2. COMPONENTES DO PROGRAMA (DESAFIOS DA TEMÁTICA)
Representa efeitos secundários que devem ser alcançados para o alcance do
objetivo do programa. Os componentes funcionam como concentrador de visão, de
esforços. São, portanto, diretrizes que indicam claramente em qual direção devem
convergir os recursos a fim de alcançar o objetivo do programa. A figura08 que segue
apresenta os componentes para o exemplo anterior:
Exigir a implementação
das ações para o
Exigir a implementação
Enfrentar o abuso e Promover e/ou exigir a cumprimento das
Erradicar o trabalho das ações para o
exploração sexual implementação das metas do Plano
COMPONENTE infantil em zonas rurais
contra a criança e
cumprimento das
medidas Nacional de Promoção,
e urbanas metas do Plano
adolescente socioeducativas Proteção e Defesa do
Nacional de Educação
Direto à Convivência
Familiar e Comunitária
3. METAS NACIONAIS
As metas representam a quantificação dos objetivos e componentes do programa.
Devem traduzir de forma clara o sentido que se deseja para os efeitos do programa. Elas
compreendem a composição de quatro elementos fundamentais:
Polaridade – sentido de mudança;
Indicador – elemento de mensuração;
Valor – representa o nível de efetivação desejado para o indicador quando do
alcance do objetivo;
Prazo – data na qual se pretende alcançar a meta.
24
DESAFIO NACIONAL POLARIDADE INDICADOR VALOR PRAZO
4. FOCO DE INTERVENÇÃO
Foco de intervenção corresponde ao direcionamento da visão estratégica para um
determinado componente do programa. Significa dizer que para a superação do desafio
proposto no componente é, prioritariamente, sugerido o posicionamento de projetos
que vão ao encontro de um ou mais focos de intervenção. Portanto, eles podem ser
considerados como diretrizes para o desenvolvimento de iniciativas para o alcance das
metas dos programas. A figura10 apresenta exemplos de focos de intervenção para o
exemplo em estudo:
Exigir a implementação
das ações para o
Exigir a implementação
Enfrentar o abuso e Promover e/ou exigir a cumprimento das
Erradicar o trabalho das ações para o
exploração sexual implementação das metas do Plano
COMPONENTE infantil em zonas rurais
contra a criança e
cumprimento das
medidas Nacional de Promoção,
e urbanas metas do Plano
adolescente socioeducativas Proteção e Defesa do
Nacional de Educação
Direto à Convivência
Familiar e Comunitária
25
5. A MATRIZ DO PROGRAMA
Como dito anteriormente, o Modelo Lógico do Programa corresponde a uma
matriz que relaciona os elementos considerados mais importantes de um programa e
que permitem a sua apresentação sistemática, lógica e sucinta. Destaca-se que a
estruturação do Modelo Lógico focaliza a abordagem e análise dos seguintes pontos:
Justificativa do programa;
Propósito do programa e mudanças a serem alcançadas;
Forma na qual se pretende transformar a realidade;
Mecanismos de mensuração das melhorias ou realidade transformada.
26
MODELO LÓGICO DOS PROGRAMAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO BRASILEIRO
TÍTULO DO PROGRAMA
Infância e Juventude
CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE
27
1.6 Organização estratégica dos programas
28
2. Implantação do programa
A fase de implantação corresponde, fundamentalmente, à execução dos projetos
e das atividades previstas para o programa. Nesta fase são gerados os produtos
planejados nos projetos. A atividade gerencial de um programa durante sua implantação
é voltada à coordenação e orientação do portfólio de projetos e atividades, que
envolvem os seguintes pontos:
Regionalização do programa;
Definição da estrutura de gestão;
Execução dos projetos.
29
guardada coerência entre a temática do programa, componentes e metas nacionais e
locais.
4. Adesão ao programa
Trata-se da formalização da adesão do MP local ao Programa Nacional. Deverá se
assinado um Acordo de Resultados no qual o MP local declara sua opção e se
compromete com as metas pactuadas e se alinhará a estrutura de gestão do programa.
30
2.2 Definir a estrutura de gestão
A estrutura de gestão diz respeito à estratégia de governança do programa;
estabelece níveis de atuação, define atribuições, as responsabilidades de gestão e as
instâncias de decisão; informa a possibilidade de contemplar formas de participação de
atores envolvidos. Não se trata, portanto do organograma da organização, mas sim de
um “algoritmo” que relaciona os principais atores no modelo de gestão dos programas
do definido. Cada programa poderá definir sua própria estrutura de gestão, entretanto,
garantido papéis definidos no diagrama que segue (figura12).
ESTRUTURA DE GESTÃO DO PROGRAMA
COORDENADOR NACIONAL DO
PROGRAMA
MINISTÉRIO PÚBLICO
BRASILEIRO
COORDENADOR REGIONAL DO
REGIONALIZAÇÃO
PROGRAMA
31
3. Monitoramento & avaliação do programa
O foco da gestão de um programa está na transformação da realidade gerada por
suas iniciativas, ou seja, no impacto gerado pelos projetos. O monitoramento
corresponde à etapa de geração dos dados sobre os indicadores do programa. De
fundamental importância para a gestão de resultados.
A avaliação encerra o ciclo de gestão, é através dela que são apurados os ganhos e
realinhadas as ações para o alcance dos resultados. A avaliação não envolve apenas o
juízo de valor das intervenções, incluí, também, a investigação das causas e fatores
geradores dos efeitos alcançados, a correção de rumos e o aprendizado com as ações
executadas. De forma analítica, as seguintes atividades são relacionadas a essa fase:
Monitoramento do desempenho dos indicadores;
Monitoramento do desempenho dos projetos;
Alinhamento & integração das iniciativas;
Gerir o programa com foco em resultados;
Comunicação dos resultados;
Realização de avaliações do programa.
32
3.1 Monitoramento do desempenho dos indicadores
A lógica de monitoramento do programa prevê a relação entre objetivo, indicador
e meta, conforme visto na figura14. Isso significa que a transformação enunciada no
objetivo é traduzida por um ou mais indicadores que apontam o alcance o objetivo
quando a meta é atingida. Desta forma, a foco do monitoramento passa a ser o
acompanhamento do nível em que se encontram os indicadores a cada momento de
análise.
33
3.4 Gerir o programa com foco em resultados
A análise dos dados dos indicadores propõe a investigação dos fatores geradores
de possíveis inconsistências nos valores consolidados. O foco desta análise está nos
dados apresentados pelo monitoramento, ou seja, devem ser verificadas a
representatividade e a confiabilidade dos dados.
34
Figura15 – Lógica de impacto
35
Figura16– Exemplo sobre modelo de avaliação
Neste caso é possível afirmar que existe uma inconsistência no modelo que pode
ser causado por um ou mais dos seguintes elementos:
36
Em todos os casos são necessárias avaliação e reação precisas da equipe de gestão
em função dos resultados. Medidas corretivas devem ser planejadas e implantadas com
vistas ao alcance dos efeitos pretendidos. Em cada ciclo, devem ser registradas e
compartilhadas as lições aprendidas, fundamentais, para o amadurecimento e
aperfeiçoamento da gestão do programa.
37
V.
VI. ANEXOS
38
APRESENTAÇÃO
A proposta de integração do Ministério Público brasileiro se dará por adesão
voluntária dos diversos ramos do MP à Estratégia Nacional. Remetendo-se aos objetivos
estratégicos nacionais, serão organizados Programas Estratégicos Institucionais (temas
finalísticos) e um Programa Estratégico Estruturante (temas da área meio). Esses
programas servirão como mobilizadores de ações com vistas a canalizar os esforços das
instituições em temas prioritários para o MP brasileiro, guardada, evidentemente, as
singularidades e autonomia de cada MP.
Programa pode ser entendido como um modelo de gestão formado pela interação
de um conjunto de projetos gerenciados para o alcance de um objetivo comum, passível
de ser gerido e mensurado por indicadores. A escolha de atuação por programa se dá
pela percepção de que os projetos, geridos isoladamente, não são capazes de coordenar
a atenção e os esforços necessários para o enfrentamento de um problema comum. A
vantagem que o programa apresenta diz respeito ao aumento da amplitude da
intervenção dos projetos que, somados, otimizam os esforços de gestão, de
alavancagem de recursos e de ampliação de benefícios e resultados.
39
Os programas serão os instrumentos de gestão dos esforços nacionais, definidos a
partir de temas estratégicos prioritários de importância nacional para o MP.
Em que pese a predefinição dos programas em nível nacional, cada MP, ao aderir
ao programa, poderá optar em vincular seu projeto ao componente e meta já existente
ou propor um novo componente e uma nova meta ao programa. Desta forma, caso
ainda não tenham sido contempladas as necessidades locais, os MPs poderão alinhar
seus objetivos locais (componentes) e seus resultados locais (metas) ao modelo de
gestão. Concluindo, o Modelo Lógico dos Programas do Ministério Público Nacional
suporta tanto das definições nacionais quanto os desafios regionais dos MPs.
40
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 39
SUMÁRIO ........................................................................................................................... 41
I. CONTEXTUALIZAÇÃO DA TEMÁTICA ......................................................................... 42
1. ANTECEDENTES ........................................................................................................... 42
2. PROBLEMAS ENFRENTADOS ............................................................................................ 42
2.1 Licitações ......................................................................................................... 42
2.2 Contratação de pessoas .................................................................................. 42
2.3 Terceirização de serviços ................................................................................ 42
2.4 Recuperação de ativos .................................................................................... 42
2.5 Transparência na administração pública ........................................................ 42
II. ESTRUTURA DO PROGRAMA ..................................................................................... 43
1. OBJETIVO DO PROGRAMA .............................................................................................. 43
2. COMPONENTES DO PROGRAMA ...................................................................................... 43
3. METAS NACIONAIS ....................................................................................................... 45
3.1 Metas relacionadas ao objetivo do programa ................................................ 45
3.2 Metas relacionadas aos componentes do programa...................................... 46
4. FOCOS DE INTERVENÇÃO ............................................................................................... 48
4.1 Licitações ......................................................................................................... 48
4.2 Contratação de pessoas .................................................................................. 48
4.3 Terceirização de serviços ................................................................................ 48
4.4 Recuperação de ativos .................................................................................... 48
4.5 Transparência na administração pública ........................................................ 49
III. MODELO LÓGICO DO PROGRAMA ............................................................................ 50
IV. ANEXOS ...................................................................................................................... 51
41
CONTEXTUALIZAÇÃO DA TEMÁTICA
1. Antecedentes
2. Problemas enfrentados
2.1 Licitações
Ocorrência de fraudes no processo licitatório e na execução.
Descrição do problema:
42
ESTRUTURA DO PROGRAMA
1. Objetivo do programa
Corresponde ao alinhamento do programa a Estratégia Nacional do Ministério
Público. Deverá ser selecionado ao menos um Objetivo Estratégico da perspectiva
“Resultado Institucional” como objetivo do programa. O desafio selecionado para
objetivo do programa foi:
2. Componentes do programa
Representa efeitos secundários que devem ser alcançados para o alcance do
objetivo do programa. Os componentes funcionam como concentrador de visão, de
esforços. São, portanto, diretrizes que indicam claramente em qual direção devem
convergir os recursos a fim de alcançar o objetivo do programa. Os componentes
definidos para esse programa foram:
43
Reduzir as fraudes no processo licitatório e na execução dos contratos.
Descrição do objetivo
44
3. Metas nacionais
As metas representam a quantificação dos objetivos e componentes do programa.
Devem traduzir de forma clara o sentido que se deseja para os efeitos do programa. As
metas definidas para o programa foram:
45
3.2 Metas relacionadas aos componentes do programa
Analisar por amostragem 10% os procedimentos críticos identificados por cada Estado
até dezembro de 2015.
Descrição da meta:
Promover uma capacitação por ano de membros e servidores que atuam na área até
dezembro de 2015.
Descrição da meta:
46
Quantificar os valores das condenações nas ações civis por MP até dezembro de 2013.
Descrição da meta:
Promover uma capacitação por ano de membros e servidores que atuam na área até
dezembro de 2015.
Descrição da meta:
47
4. Focos de intervenção
Foco de intervenção corresponde ao direcionamento da visão estratégica para um
determinado componente do programa. Significa dizer que para a superação do desafio
proposto no componente é, prioritariamente, sugerido o posicionamento de projetos
que vão ao encontro de um ou mais focos de intervenção. Portanto, eles podem ser
considerados como diretrizes para o desenvolvimento de iniciativas para o alcance das
metas dos programas. Os focos de intervenção definidos para o programa foram:
4.1 Licitações
FOCO DE INTERVENÇÃO DESCRIÇÃO DA ATUAÇÃO DESEJADA
Atuação preventiva no processo
licitatório
Acompanhamento da execução dos
contratos
48
4.5 Transparência na administração pública
FOCO DE INTERVENÇÃO DESCRIÇÃO DA ATUAÇÃO DESEJADA
Fiscalização
Fomentar a padronização dos portais
e permissão de acesso a base de
dados
49
MODELO LÓGICO DO PROGRAMA
O Modelo Lógico do Programa corresponde a uma matriz que relaciona os
elementos considerados mais importantes de um programa e que permitem a sua
apresentação sistemática, lógica e sucinta. A seguir é a presentada a matriz para o
programa:
MP contra corrupção
CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE
50
Elaborar e manter um conjunto de
procedimentos para aumentar a
capacidade do MP em recuperar ativos
até dezembro 2012. Aumento da integração com
Quantificar os valores das condenações nas entidades nacionais e
Aumentar a capacidade do MP em ações civis por MP até dezembro de 2013. internacionais
Promover uma capacitação por ano de Aproximação com os demais atores
recuperar ativos.
membros e servidores que atuam na área do processo
até dezembro de 2015. Gestão para o aprimoramento
Buscar o ressarcimento de 100% dos valores legislativo
das condenações das sentenças
transitadas em julgado até dezembro de
2015.
Fiscalização
Estimular e fiscalizar a implementação Acompanhar a implementação de 100% da
Fomentar a padronização dos portais
criação dos portais de transparência nos
dos mecanismos de publicidade. e permissão de acesso a base de
municípios até dezembro de 2015.
dados
ANEXOS
51
VII.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Trindade Frazão Filho. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em ação: balanced scorecard. Rio de
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controlling. 6. ed., New York, Van Norstrand Reinhold, 1998.
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PFEIFFER, Peter. Gerenciamento de Projetos de Desenvolvimento: conceitos,
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