Marcelo Viana 2018
Marcelo Viana 2018
Marcelo Viana 2018
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editorial
alinhados ao compromisso histórico de fortalecimento
e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS)
CC BY
2018; 22(Supl. 2):1507-10 1507
EDITORIAL
editorial
pesquisa como espaços para o exercício da Educação Interprofissional; a realidade
de serviços de saúde enquanto cenário para a Educação Interprofissional;
experiências exitosas de EIP no âmbito das residências multiprofissionais em
saúde; a EIP em cenários diversificados na graduação em Saúde Coletiva; o
envelhecimento como tema capaz de viabilizar estratégias de EIP em diferentes
cursos de graduação em Saúde e a formação interprofissional em cursos de pós-
graduação stricto senso.
No eixo sobre métodos de ensino-aprendizagem na Educação Interprofissional
em Saúde as contribuições envolvem a reflexão sobre a relevância da
diversificação de cenários de aprendizagem e a potência da integração de
diferentes currículos de cursos de graduação em Saúde para o exercício da EIP.
Sobre as Iniciativas de Trabalho Interprofissional e Práticas Colaborativas nos
diversos cenários de produção dos serviços de Saúde também são significativas as
contribuições dos artigos apresentados neste Suplemento, envolvendo reflexões
sobre as dimensões do trabalho interprofissional e das práticas colaborativas na
Unidade Básica de Saúde da Estratégia Saúde da Família; discussão da prática
colaborativa nos serviços de urgência; a comunicação na perspectiva dialógica da
prática interprofissional colaborativa na Atenção Primária à Saúde; o debate sobre
trabalho em equipe e prática colaborativa na Atenção Primária à Saúde.
No eixo das implicações da Interprofissionalidade nos processos de mudanças
da formação e do trabalho em Saúde os artigos trazem um debate consistente
sobre experiências de formação interprofissional em instituições de ensino
superior no Brasil, como na UNIFESP – campus Baixada Santista e na Universidade
Estadual de Maringá; e a educação interprofissional nos cursos de graduação em
Medicina e Enfermagem, na perspectiva dos estudantes.
O eixo da avaliação das iniciativas de educação e trabalho interprofissional
em Saúde apresenta uma experiência de revisão das matrizes curriculares em
um projeto pedagógico inovador, como forma de discutir possibilidades para o
fortalecimento da interprofissionalidade na formação em Saúde.
Finalmente, sobre o trabalho interprofissional e as práticas colaborativas em
Saúde no processo de fortalecimento e consolidação do SUS e a centralidade dos
usuários e suas necessidades, como fundamento para a educação e o trabalho
interprofissional em Saúde, o Suplemento inclui uma análise consistente sobre a
formação interprofissional e a produção do cuidado.
Ressalta-se, ainda, que este Suplemento integra as atividades previstas no
Plano de Ação para o fortalecimento da EIP no Brasil, elaborado em 2017 pelo
Departamento de Gestão da Educação em Saúde (DEGES) da Secretaria de Gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde (MS), em
parceria com a Diretoria de Desenvolvimento da Educação em Saúde (DDES)
da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC),
universidades e pesquisadores que compõem a Rede Brasileira de Educação e
Trabalho Interprofissional em Saúde (ReBETIS), apoiado pela Organização Pan-
Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS).
Publicações dessa natureza expressam o interesse pelo tema da EIP e
da prática interprofissional e revelam os caminhos da incorporação desse
movimento na formação e no trabalho em Saúde. Também sinalizam lacunas do
conhecimento para futuras pesquisas, promovem maior debate e diálogo com a
literatura nacional e internacional, além de ressaltar o compromisso de fortalecer
e consolidar ativamente o SUS.
Na leitura dos artigos que integram o Suplemento fortalece-se a perspectiva
apresentada por Hobsbawm2:
Que essa leitura encoraje novos projetos, novas formas de trabalhar e formar
em Saúde, sem perder de vista o projeto de uma sociedade melhor e encorajados
pelos acúmulos e ganhos das lutas históricas.
(a)
Escola Multicampi de Ciências Médicas, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Avenida Coronel Martiniano, 541, centro. Caicó, RN, Brasil. 59300-000.
marcelo.viana@emcm.ufrn.br
(b)
Organização Pan-americana de Saúde, Organização Mundial da Saúde. Washington,
EEUA. rodrigujos@paho.org
(c)
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Ministério da Saúde. Brasília,
DF, Brasil. claudia.brandao@saude.gov.br
(d)
Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, SP,
Brasil. jaqueline.alc@gmail.com
Referências
1. Reeves S, Fletcher S, Barr H, Birch I, Boet S, Davies N, et al. A BEME systematic review
of the effects of interprofessional education: BEME Guide Nº 39. Med Teach. 2016;
38(7):656-68. doi: 10.3109/0142159X.2016.1173663.
2. Hobsbawm E. Era dos extremos: o breve século XX. 1914-1991. 2a ed. São Paulo:
Companhia das Letras; 1996.