APH
APH
APH
SOCORROS DE URGÊNCIA
2022
SOCORROS DE URGÊNCIA
1 CONCEITOS ................................................................................................................................................................. 8
10 HEMORRAGIAS ....................................................................................................................................................... 68
14 FERIMENTOS ........................................................................................................................................................... 86
21 GLOSSÁRIO............................................................................................................................................................. 171
O domínio das técnicas de Suporte Básico de Vida (SBV) permite identificar o que
há de errado com a vítima, realizar o tratamento adequado e transportá-la. Além
disso, a aplicação correta dos primeiros socorros pode minimizar os resultados
decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la em melhores
condições para receber o tratamento definitivo.
Dessa forma, este curso tem por objetivo proporcionar aos participantes
conhecimentos e habilidades necessárias para o atendimento pré-hospitalar de
vítimas de traumas ou emergências médicas de origem clínica, estabilizando sua
condição no que for possível, dentro dos limites legais, de acordo com os protocolos
existentes e transportá-las de forma segura e adequada para onde possam receber
assistência médica hospitalar definitiva.
CFBP – SOCORROS DE URGÊNCIA 8
1 CONCEITOS
São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em
perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e
evitar o agravamento de suas condições até que receba assistência médica
especializada.
1.4 TRAUMA
Lesão provocada por fator ou agente interno, advinda de falha de algum dos
sistemas do corpo.
1.6 SOCORRISTA
suporte básico de vida, com ações não invasivas, sob supervisão médica direta ou a
distância.
e) Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de acordo com seu
treinamento, não correndo riscos desnecessários.
paciente. O procedimento deve ser realizado com técnicas que evitem ou minimizem
os riscos de lesões adicionais;
2.3 IMPERÍCIA
2.4 IMPRUDÊNCIA
2.5 NEGLIGÊNCIA
Omissão de socorro:
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública:
c) Denunciar a quem não lhe prestou socorro e/ou não fez sigilo de sua condição;
2.7 A OCORRÊNCIA
b) Solicitante;
c) Natureza da ocorrência;
f) Ações já empreendidas.
3 BIOMECÂNICA DO TRAUMA
Para compreender como os efeitos das forças causam lesão, o socorrista deve
compreender dois componentes: troca de energia e anatomia humana. A tradução
das características encontradas na cena para determinar que forças e movimentos
foram envolvidos e que possíveis lesões delas resultaram, é chamada de análise da
biomecânica/cinemática do trauma.
Segunda Lei de Newton: força é igual à massa (peso) do objeto multiplicada por
sua aceleração.
• Lei da conservação de energia: a energia não pode ser criada nem destruída,
a. Colisão frontal
b. Colisão lateral
c. Colisão traseira
d. Capotamento
e. Atropelamentos
Essas lesões tendem a ser graves, pois o pedestre não tem a mesma proteção que
o ocupante de um veículo, em que a carroceria absorve parte da energia cinética da
colisão. O tamanho da vítima também é um agravante.
artifício e elevadores de grãos são locais nos quais explosivos são um perigo em
particular. A energia contida no explosivo é convertida em luz, calor e pressão. A
gravidade das lesões depende da força da explosão e da distância da vítima.
O trauma penetrante por arma de fogo possui dois componentes: orifício de entrada
e de saída, este geralmente maior e com bordas irregulares. Como o projétil empurra
os tecidos para fora, forma-se uma cavidade temporária e outra permanente. O grau
de lesão produzida por uma arma de fogo é proporcional à troca de energia cinética
entre o projétil e os tecidos da vítima.
4 AVALIAÇÃO DA CENA
• A cena é segura?
• O socorro à vítima é possível de ser aguardado até que a cena esteja segura? Ou
medidas paliativas terão de ser assumidas para a rápida extração do paciente do
local do sinistro para, só após, podermos avaliá-lo e tratá-lo?
• O que pode ter acontecido com o paciente? Quais pistas o histórico do chamado, a
cena, as testemunhas presentes e a rápida visualização do paciente me oferecem
para tentar antecipar possíveis lesões ou outros agravos à saúde?
• Potencial de risco
5 AVALIAÇÃO DE VÍTIMAS
Essas etapas são feitas de maneira rápida e eficiente, minimizando o tempo gasto
no local.
2- Via aérea
3- Ventilação / Oxigenação
5- Função neurológica
Utiliza-se o princípio do “Período de Ouro”. Não se pode permitir que doentes graves
permaneçam no local do trauma para outro cuidado que não o de estabilizá-los para
transporte, a menos que estejam presos ou existam outras complicações que
impeçam o transporte imediato.
X – Hemorragias Exsanguinolentas
Caso haja alguma alteração nos parâmetros, apalpe o tórax (se trauma) e, na
sequência, realize ausculta pulmonar com objetivo de ouvir ruídos respiratórios.
O valor é obtido da seguinte forma: Primeiro são avaliados três fatores: Abertura
Ocular, Resposta Verbal e Resposta Motora. Para cada um dos três itens avaliados
é atribuído um número, conforme a resposta da vítima, e esse valor é somado. Após
isso, é analisada a Reatividade Pupilar, cujo valor deve ser subtraído da pontuação
anterior. Portanto, a escala varia de 1 a 15, conforme tabela a seguir.
Fonte: CBMMG
ETAPA E - Exposição dos ferimentos (E): Retirar vestimentas pesadas que impeçam
a correta avaliação da existência de ferimentos; expor somente as partes lesionadas
para tratamento; prevenir o choque; preservar, dentro das possibilidades, a
intimidade do paciente;
É dividido em três etapas, que são realizadas simultaneamente por três socorristas.
Caso não haja essa quantidade, pode haver acúmulo de função, sendo
imprescindível sempre um treinamento permanente da equipe para a harmonia dos
trabalhos.
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza
da emergência pode não estar claramente definida.
Obs.: Pergunte ao paciente sobre sua queixa principal, o(s) local(is) que dói (doem)
mais. Vítima inconsciente ou impossibilitados de responder, buscar informações com
circundantes ou familiares.
• Pulso
• Respiração
• Temperatura
Nas pessoas negras, a cianose poderá ser notada nos lábios, ao redor das fossas
nasais e nas unhas.
O exame físico detalhado da cabeça aos pés deve ser realizado pelo socorrista em
cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não precisa ser realizado em todos os
pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em pacientes que sofreram
pequenos acidentes ou que possuem emergências médicas evidentes. Ao realizar o
exame padronizado da cabeça aos pés, o brigadista deverá:
Crianças não devem ser vistas como pequenos adultos, tampouco podemos afirmar
que uma criança de 8 anos é igual fisiologicamente a um bebê com menos de 1 ano.
Com o objetivo de aplicar as técnicas conforme a idade da vítima é necessário
definir tal situação:
6 VIAS AÉREAS
Obstrução leve: paciente consegue tossir, emitir alguns sons (choro ou fala) e
respirar.
Obstrução grave: paciente não consegue tossir ou emitir qualquer som (choro ou
tosse silenciosa). Pode apresentar cianose e evoluir para a inconsciência.
• Pele cianótica.
• Envolver a mão que se encontra sobre o abdome da vítima com a outra mão;
b) VÍTIMA INCONSCIENTE
Para vítimas sem responsividade, deve ser aplicada a RCP, pois as compressões
torácicas forçam a expelição do corpo estranho e mantêm a circulação sanguínea,
aproveitando o oxigênio ainda presente no ar dos pulmões.
Importante ressaltar que durante a abertura das vias aéreas para a aplicação das
• Segurar o bebê sobre um dos braços, com o pescoço entre os dedos médio e
polegar e com o dedo indicador segurar o queixo da vítima para manter as
vias aéreas abertas, deixando-a com as costas voltadas para cima e a
cabeça mais baixa que o tronco;
• Girar o bebê de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a cabeça mais
baixa do que o tronco, e efetuar 5 compressões torácicas através dos dedos
indicador e médio um dedo abaixo da linha intermamária (idêntica às
compressões realizadas na RCP);
• Doenças do pulmão
• Trauma
• Obstrução de vias aéreas
• Overdose por drogas
• Afogamento
• Inalação de fumaça
• Epiglotite
• Laringite e choque elétrico
Dessa forma, se for possível manter a oferta de oxigênio aos tecidos e recuperar a
respiração e a circulação espontâneas antes da morte biológica dos tecidos, a
reanimação é conseguida com sucesso.
Essa tabela mostra a evolução da morte clínica até a morte biológica e os vários
cenários possíveis após a RCP, segundo o tempo decorrido entre a parada
circulatória e a restauração do fluxo sanguíneo espontâneo.
FAIXAS ETÁRIAS
AVALIAÇÃO
EXECUTAR
Se após checar o pulso for constatado que a vítima apresentou evolução para PCR,
proceda conforme a peculiaridade (adulto, criança e lactente).
– Adulto: está irresponsivo, não apresenta pulso e não respira. O principal ritmo
envolvido na PCR fora do hospital é a fibrilação ventricular e a taquicardia
ventricular sem pulso;
Socorrisrta 1:
Socorrista 2:
Socorrista 3:
Quando o socorrista certificar-se que a vítima não respira e não tem pulso, deve
intercalar compressões cardíacas com respirações artificiais (insuflações), de acordo
com a tabela a seguir:
5 vezes 5 vezes
Ciclos 5 vezes ou ou
10 vezes 10 vezes
CONDUTA
• Caso tenha 1 socorrista apenas na cena, utilize pocket mask para ventilar a
vítima;
A RCP pode manter um paciente por um período breve, mas não pode restabelecer
diretamente um ritmo organizado. Restabelecer um ritmo de perfusão requer RCP
imediata seguida de desfibrilação nos primeiros minutos da parada inicial e, para
isso, o socorrista deverá dispor de um desfibrilador externo automático (DEA).
• avalie a idade aparente do paciente para a escolha correta das pás ou para a
utilização de atenuadores de carga;
• avalie se a vítima possui algum fator que precise de atenção ao usar o DEA,
como por exemplo, a presença de marca-passo ou cardiodesfibrilador
implantado (CDI), lesões na pele no local de fixação das pás do DEA ou
adesivo de medicação transcutânea;
• não toque nem deixe ninguém tocar o paciente durante a análise do ritmo e
na administração do choque;
• LIGUE o DEA, em primeiro lugar (isso ativa as mensagens sonoras para guiá-
lo em todos os passos subsequentes);
• Em alguns modelos será necessário abrir a tampa para então ligá-lo; outros
funcionarão automaticamente após abertura da tampa.
9 ESTADO DE CHOQUE
• Células do corpo
Com base nos determinantes acima, o estado de choque pode ser classificado da
seguinte forma:
a. Hipovolêmico
b. Distributivo
• Séptico
• Neurogênico
• Anafilático
c. Cardiogênico
CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Volume vascular menor do
que o espaço vascular normal
CHOQUE
HEMORRÁGICO
CAUSAS:
a) Desidratação severa
b) Hemorragia
Está relacionado com a diminuição do tônus vascular. Ocorre quando o tamanho dos
vasos sanguíneos aumenta sem o crescimento proporcional do volume de líquido
(fluidos, eletrólitos, plasma e sangue).
CAUSAS:
• Desmaios
• Infecções graves
• Reações alérgicas
CAUSAS:
• Infecção generalizada
• Queimaduras graves
O choque anafilático acontece em pessoas que têm uma alergia muito grave a
alguma substância, como acontece em alguns casos de alergia a nozes, picadas de
abelha ou pêlo de cachorro, por exemplo. Este tipo de choque provoca uma resposta
exagerada do sistema imune, gerando inflamação do sistema respiratório.
Ocorre quando o indivíduo entra em contato com um antígeno para o qual foi
previamente sensibilizado (micro-organismos, fármacos, alimentos). Na reação de
hipersensibilidade, no contato prévio com o antígeno ocorre grande produção de IgE
que se liga à membrana dos mastócitos e dos basófilos e, no próximo contato com o
antígeno, ocorre degranulação e liberação de histamina e substância de reação lenta
da anafilaxia (mistura de leucotrienos tóxicos).
CAUSAS INTRÍNSECAS:
• Arritmia
• Disfunção Valvar
CAUSAS EXTRÍNSECAS:
• Tamponamento pericárdico
• Pneumotórax hipertensivo
• Queimaduras graves
• Hemorragias
• Ataque cardíaco
• Dor aguda
• Infecção grave
• Emoções fortes
• Lesões graves
• Politraumatismos
Fase em que a perfusão dos tecidos está compensada por diferentes mecanismos
homeostáticos. É a fase em que lesões definitivas não ocorreram e, portanto, o
potencial de reversão é maior. Infelizmente as alterações são sutis, como taquicardia,
vasoconstrição periférica, pequenas alterações (reduções ou mesmo elevações da
pressão arterial). Não há dano permanente se o tratamento reverter a causa básica.
• Náusea e vômito
• Fraqueza
• Sede
• Extremidades frias
9.7 TRATAMENTO
• Fornecer oxigênio
10 HEMORRAGIAS
As hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele fria, fraqueza, pulso fraco
e rápido, baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não controladas, estado de choque
e morte.
Portanto, quando se tem uma perda sanguínea, não se está perdendo apenas o
volume de sangue, mas também as propriedades que o sangue proporciona.
As paredes dos vasos sanguíneos constituem a primeira barreira para deter a perda
de sangue. Se um vaso sanguíneo se lesiona, ele se aperta para que o sangue flua
de maneira mais lenta e se possa iniciar o processo de coagulação.
a) QUANTO À ORIGEM
b) QUANTO À LOCALIZAÇÃO
SINAIS E SINTOMAS
• Dor local
• Edema em expansão
• Sede
• Frio
• Presença de hematoma
• Sudorese
• Pupilas dilatadas
TRATAMENTO
Muitos tipos de hemorragia interna podem se apresentar, mas neste tópico vamos
abordar aqueles que podem ser encontrados com mais frequência.
• Encaminhe a vítima ao pronto socorro, pois esse tipo de hemorragia pode ser
a manifestação de determinadas doenças.
É de mais fácil identificação, pois basta visualizar o local onde ocorre a perda de
sangue. Os sinais e sintomas são praticamente os mesmos descritos para as
hemorragias externas e os métodos de contenção veremos a seguir.
SINAIS E SINTOMAS
• Presença de hematoma
O paciente pode estar deitado sobre sua principal fonte de hemorragia ou ela pode
estar escondida pelas roupas. O paciente pode perder grande quantidade de sangue
com lacerações no couro cabeludo, devido à alta concentração de vasos sanguíneos
ou com ferimentos que causem dano em vasos sanguíneos importantes (subclávios,
axilares, braquiais, radiais, ulnares, carotídeos, femorais ou poplíteos).
TRATAMENTO
• Compressão Direta
• Torniquete
O torniquete deve ser mantido até que o paciente seja entregue na unidade de
saúde.
11.1 FRATURA
SINAIS E SINTOMAS
11.2 LUXAÇÃO
SINAIS E SINTOMAS
• Edema
11.3 ENTORSE
Entorse pode ser definida como uma separação momentânea das superfícies
ósseas, ao nível da articulação, com torção ou distensão brusca de uma articulação
além de seu grau normal de amplitude.
SINAIS E SINTOMAS
São similares aos das fraturas e aos da luxação. Mas nas entorses os ligamentos
geralmente sofrem ruptura ou estiramento, provocado por movimentação brusca.
• Talas de tração;
• Colares cervicais;
• Macas rígidas;
12 SÍNDROME COMPARTIMENTAL
CONDUTA:
13 SÍNDROME DE ESMAGAMENTO
CONDUTA:
14 FERIMENTOS
Podem ser definidos como uma lesão traumática da pele e/ou tecidos subjacentes,
em razão da força de ação de um agente externo (físico, químico, biológico ou
radioativo).
b) Incisão:
São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, que podem causar
sangramentos variáveis e danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e
nervos. Devem ser protegidas com curativo estéril fixado com bandagens ou
ataduras.
c) Lacerações:
São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, através de trauma
fechado sobre a superfície óssea ou quando produzido por objetos afiados que
rasgam a pele.
d) Perfuro-contusos:
e) Contundente:
Lesão produzida por agressão através de objeto pesado e pouco afiada, ou pelo
choque do corpo contra estruturas semelhantes. Sempre suspeitar da possibilidade
de rompimento de órgãos internos, principalmente se ocorre na cavidade abdominal.
f) Avulsões:
g) Amputação:
a) Quanto à morfologia
b) Quanto à gravidade
• Leve: Escala de Glasgow entre 14 e 15
• Penetrante
As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que receberam impacto
na cabeça. A gravidade da lesão depende do dano provocado no cérebro e são mais
frequentes lesões cerebrais nos traumatismos sem fratura de crânio.
ECG 15
TCE MÍNIMO
Sem perda da consciência
ECG 14 ou;
ECG 15 com:
TCE LIGEIRO
• Perda da consciência
<5 minutos
• Alteração da mémória
TCE MODERADO ECG 13 a 9
- Perda da consciência ≥5 minutos
- Déficit neurológico
a) Concussão
Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma
concussão encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão,
exceto que esta envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da
função encefálica. Pode não haver lesão encefálica demonstrável.
b) Contusão
O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força no
crânio. A contusão indica a presença de sangramento a partir de vasos lesados.
Quando existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência. Outros
SINAIS E SINTOMAS
• Náuseas e vômitos;
• Alterações da visão;
Postura de decorticação.
Postura de descerebração.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Administrar oxigênio;
• Previna o choque.
SINAIS E SINTOMAS
• Deformidade facial;
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Vítimas de explosão;
SINAIS E SINTOMAS
LESÕES
COMPLICAÇÕES
TRATAMENTO
• Administre oxigênio;
• Ex: ferimentos por arma branca; ferimentos por arma de fogo ou queda
sobreobjeto pérfuro-cortante. Qualquer estrutura ou órgão pode ser lesado.
• Contusos: as forças são distribuídas sobre uma grande área, e muitas lesões
podem ocorrer por desaceleração e compressão. Condições como
pneumotórax, tamponamento cardíaco, tórax instável, ruptura de aorta devem
ser suspeitadas quando o mecanismo de trauma envolver desaceleração
rápida.
SINAIS E SINTOMAS
• Sinais e Sintomas
• Dor local;
• Dificuldade ao respirar;
• Crepitação óssea.
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Ocorre quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos. Provoca a
respiração paradoxal. O segmento comprometido se movimenta, paradoxalmente,
SINAIS E SINTOMAS
TRATAMENTO
14.6.2 PNEUMOTÓRAX
CLASSIFICAÇÃO
• Pneumotórax Aberto
Exemplos: ferimentos causados por arma branca, ferimentos causados por arma de
fogo.
• Pneumotórax Fechado
Quando não há comunicação da cavidade torácica com o meio externo, causado por
traumas contusos na região do tórax.
• Pneumotórax Hipertensivo
Um outro fator que agrava ainda mais essa situação é o desvio da traqueia, isso
ocorre porque o mediastino quando é empurrado para o lado oposto à lesão, leva
consigo a traqueia. O desvio dela leva a uma hipoventilação com hipóxia nos tecidos
• Vasculares;
• Sólidos;
• Ocos.
Em ambos os tipos de trauma abdominal uma avaliação minuciosa deve ser feita nos
quatro quadrantes, visando determinar: sensibilidade, descompressão dolorosa e
defesa. A dor e a distensão abdominais indicam que o paciente tem risco de choque
iminente e são indicações de transporte rápido.
TRATAMENTO
• Expor a lesão
• Não tentar quebrar ou mobilizar o objeto, exceto nos casos em que isso seja
essencial para o transporte
15 QUEIMADURAS
A pele é o maior órgão do corpo humano e a barreira contra perda de água e calor
pelo corpo, tendo também um papel importante na proteção contra infecções.
Pacientes com lesões extensas de pele tendem a perder líquido corporal e
temperatura e se tornam mais propensos a infecções.
a) Térmicas
b) Elétricas
São difíceis de avaliar e, mesmo as lesões que parecem superficiais, podem ter
danos profundos a músculos, nervos e vasos. A eletricidade, principalmente a
corrente alternada, pode causar PCR e lesão do sistema nervoso.
c) Químicas
d) Radiação
a) Queimaduras de 1º Grau
Espessura superficial
Queimadura solar
Rubor
Dor
calor
Fonte: PHTLS
TRATAMENTO
b) Queimaduras de 2º Grau
Espessura
parcial
Formação de
bolhas
Dor
Leito da ferida é
brilhante
Fonte:
PHTLS
TRATAMENTO
c) Queimaduras de 3º Grau
Espessura total
Aparência similar a
couro
Coloração branca e
chamuscada
Tecido morto
As vítimas
apresentarão dor
nas áreas
adjacentes às
queimaduras de
terceiro grau.
Fonte:
PHTLS
d) Queimaduras de 4º Grau
Acometem não
apenas todas as
camadas da pele,
mas também o
tecido adiposo
subjacente, os
músculos, os ossos
ou os órgãos Fonte:
Fonte: PHTLS
PHTLS internos.
Queimaduras graves são as que atingem mais de 13% de área corporal queimada.
O risco de morte está mais relacionado com a extensão (choque, infecção) do que
com a profundidade.
• Em períneo;
O método mais amplamente usado é conhecido como a “regra dos nove”. Esse
método aplica o princípio de que as grandes regiões do corpo do adulto são
consideradas como tendo 9% da área da superfície corporal total, sendo que o
períneo e a área genital representam 1%. As crianças têm proporções diferentes dos
adultos.
Queimaduras Térmicas
• Não passar nada no local, não furar bolhas e ter cuidado com infecção;
• Cobrir regiões queimadas com curativo seco, frouxo, estéril ou limpo, para
aliviar a dor (diminuir fluxo de ar) e diminuir os riscos de contaminação;
Queimaduras Químicas
• Lavar o olho com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico
por no mínimo 15 minutos;
Queimaduras Elétricas
• Prevenir o choque.
16 EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
• Angina de peito
• Hipertensão
• Hipotensão
Dor precordial (no peito), de curta duração, usualmente menor do que 15 minutos,
que se apresenta quando o coração não recebe uma quantidade suficiente de
oxigênio. É agravada ou produzida pelo exercício ou por episódios emocionais e é
aliviada pelo repouso ou através de medicamentos vasodilatadores.
O infarto agudo do miocárdio ocorre pela obstrução aguda das artérias coronárias,
responsáveis pelo suprimento de sangue ao coração.
SINAIS E SINTOMAS
imobilidade postural.
É importante ressaltar que durante a avaliação médica, alguns pacientes com IAM
podem apresentar um eletrocardiograma normal. Portanto, a melhor maneira de
reconhecer o IAM é saber ouvir o paciente. A história da queixa principal, os
antecedentes, o reconhecimento dos fatores de riscos para doenças cardiovasculares
e a identificação de alguns sinais inespecíficos, mas sugestivos no exame físico
revelam o diagnóstico na quase totalidade dos casos.
• Tabagismo (fumo);
• Stress;
• Antecedentes familiares;
SINAIS E SINTOMAS
• Cefaleia;
• Náuseas;
• Taquicardia;
• Afrouxar as vestes;
16.1.4 HIPOTENSÃO
Não há valores específicos para pressão sanguínea baixa. Porém alguns sintomas
aparecem quando se tem valor inferior a 90/60. Quando há queda súbita ou causa
sintomas como desmaio ou tontura, pode indicar algum tipo de patologia.
SINAIS E SINTOMAS
A maioria das pessoas com pressão baixa não apresentas sintomas, porém em
alguns casos pode-se observar os seguintes: tonturas, vertigens ou desmaio,
batimento cardíaco rápido ou irregular, náuseas e vômitos, sede fora do normal,
fraqueza, confusão, pele fria e pegajosa, cansaço, respiração ofegante, fezes negras
e febre.
TRATAMENTO
O trombo pode ser formado também em outras situações, tais como na fibrilação
atrial (um tipo de arritmia) em que ele se forma dentro do coração.
No AVC hemorrágico, uma artéria rompe-se deixando uma área do cérebro sem
nutrição. O sangue que sai do vaso aumenta a pressão intracraniana pressionando o
cérebro e interferindo em suas funções. Exemplo: rompimento de aneurisma
(dilatação da parede) de artéria cerebral.
SINAIS E SINTOMAS
• Inconsciência;
• Confusão mental;
• Convulsões;
TRATAMENTO
16.3 DISPNEIA
O termo dispneia significa “respiração difícil”. Não é uma doença primária, mas surge
como consequência de condições ambientais, trauma e doenças clínicas, como
obstrução das vias aéreas por corpo estranho, doenças pulmonares (bronquite
crônica e enfisema), condições cardíacas, reações alérgicas, pneumotórax, asma
brônquica, etc. Em qualquer das situações em que algo impeça o fluxo de ar pelas
vias aéreas, o paciente aumenta a frequência e a profundidade da respiração. A
dificuldade em suprir de oxigênio a circulação pulmonar desencadeia hipóxia.
TRATAMENTO
Quando não se trata de trauma, pode ser difícil para o socorrista identificar a causa
exata do problema. Informe-se junto ao paciente, à família e observe o ambiente ao
redor.
a) Síncope Vasogênica
Mais frequente, acontece devido à queda súbita da PA, por causa emocional, dor
súbita, esforço físico, ambiente lotado, cena de sangue, calor excessivo, etc. O
episódio sincopal surge geralmente quando a vítima está em pé. O paciente pode
apresentar-se pálido, frio, com respiração suspirosa; após alguns minutos, ocorre
b) Síncope Metabólica
c) Síncope Neurogênica
TRATAMENTO
16.5 CONVULSÃO
A convulsão pode ou não ser precedida de algum sintoma que avisa que ela está se
iniciando. Logo a seguir, a crise se inicia com um grito que precede a perda súbita
de consciência e enrijecimento (fase tônica) do corpo seguido por movimentos tipo
abalos (fase clônica) das quatro extremidades, face e cabeça.
Durante a crise a vítima pode apresentar queda e se ferir, morder a língua ou ter
perda de urina. A convulsão demora em média três a cinco minutos e é seguida por
um período de inconsciência. A consciência é recuperada aos poucos e o paciente
pode apresentar dor de cabeça, vômitos e confusão mental.
TRATAMENTO
• Girar a cabeça da vítima para lateral, para que a saliva não dificulte sua
respiração e a língua não caia para posterior e obstrua a passagem de ar
– desde que não haja qualquer suspeita de trauma raquimedular;
• Não introduzir nada pela boca, não prender sua língua com colher ou outro
objeto;
• Ficar ao seu lado até que a respiração volte ao normal e ele se levante.
Uma vez que a célula não pode utilizar a glicose para produção de energia, ela
busca outra fonte de energia – a gordura. Entretanto, esta não é tão eficiente
quanto a glicose, além de produzir resíduos ácidos. Essa situação de acidose
orgânica caso não seja corrigida de imediato, leva ao coma diabético – situação grave
que necessita de atendimento de emergência.
SINAIS E SINTOMAS
Geralmente de evolução lenta (até dias), iniciando por polidipsia, poliúria, vômito, dor
abdominal, respiração rápida e profunda, pulso rápido e fraco, alteração da
consciência iniciando por confusão, estupor até coma.
TRATAMENTO
• Se é portador de diabetes;
• Condições alimentares;
• Uso de álcool;
Entre as principais causas estão o paciente diabético que usou a insulina em dose
maior do que a desejada ou que não se alimentou adequadamente ou aquele que
praticou exercício físico em excesso.
SINAIS E SINTOMAS
São de início rápido (minutos), com tontura, náusea, cefaleia, confusão mental e
evoluindo para convulsão e coma,
TRATAMENTO
• Administrar oxigênio.
17 EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS
• abaulamento do períneo;
PARTO IMINENTE
CONDUTA:
• Sinais vitais;
• Entrevista direcionada:
➢ Realização de pré-natal;
➢ Presença de comorbidades.
• clamps
• compressas
• 2 sacos de plástico
• 3 campos (mínimo);
• posição lateral;
• posição em pé;
• posição semissentada;
• posição de cócoras.
III. Higienizar períneo com soro fisiológico (SF) 0,9% ou água e sabão, gazes
e compressas estéreis se disponíveis;
• Proteger o períneo com uma das mãos com ajuda de uma compressa;
OBSERVAÇÕES
Quando suspeitar:
• Gravidez suspeitada;
• Dor pélvica;
CONDUTA:
• Oferecer oxigênio suplementar sob máscara não reinalante se SatO2 < 94%;
18 MOVIMENTAÇÃO DE VÍTIMAS
A vítima não deverá ser movimentada, a menos que exista um perigo imediato para
ela ou para o socorrista que está prestando os primeiros socorros. Para tanto, é
preciso avaliar rapidamente a vítima, para que o socorrista tenha condições de
escolher a melhor técnica, levando em consideração o seu condicionamento físico e
a saúde da vítima.
a) Estenda a mão e os dedos e dobre seu polegar. Você usará essa posição da mão
para medir o tamanho necessário do colar cervical.
ciência exata, porque não há muitos tamanhos, então o que você está procurando é
uma melhor estimativa.
VÍTIMA SENTADA
a) Colocar o colar cervical iniciando pela parte do queixo, deslizando o colar sobre o
tórax da vítima até que seu queixo esteja apoiado firmemente sobre o colar (parte
anterior).
b) Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço da vítima até se encontrar
com a parte anterior.
c) Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta folga entre o colar e o
pescoço da vítima.
VÍTIMA DEITADA
• Ajustar o colar e prender o velcro observando uma discreta folga entre o colar
e o pescoço da vítima
Os dois socorristas ajoelham-se do mesmo lado, no nível dos ombros e dos quadris
da vítima. É feito o alinhamento dos membros. Ao comando do líder (aquele que
assume a cabeça), o paciente é rolado em bloco, ficando de lado.
A prancha é posicionada no lado para qual a vítima será rolada. Os outros dois
socorristas se posicionam ajoelhados sobre a prancha, no nível dos ombros e dos
quadris. Os membros devem ser alinhados. Após comando verbal, é feito meio
rolamento na direção da prancha, ficando a vítima de lado.
Promovem, então, rotação, deixando a vítima de costas para a porta e com os pés
sobre o banco do passageiro. A prancha longa será colocada com sua extremidade
inferior sob as nádegas da vítima e a extremidade superior apoiada por outro
socorrista. A vítima é, então, deitada sobre a prancha e deslizada para adaptação a
esta. Os tirantes da coxa são liberados para que as pernas possam ser estendidas.
Em seguida, fixa-se a vítima à prancha.
19 TRANSPORTE DE VÍTIMAS
Técnica pela qual a vítima é removida por 1 socorrista. O cobertor deve serarrumado
de forma a proteger e suportar a cabeça e o pescoço da vítima.
Esta técnica deve ser utilizada após a análise primária e secundária, no momento em
que o socorrista observar que a vítima apresenta um quadro estável e não possui
nenhuma fratura (nos membros dos dois lados – os dois braços, por exemplo) ou
lesão de coluna cervical.
S Simple Simples
T Triage Triagem
A And E
R Rapid Rápido
T Tratament Tratamento
VANTAGENS
Verde: Significa terceira prioridade. Estas vítimas não requerem atenção imediata.
• Respiração:
NÃO – Se não respira, mesmo após abrir as vias aéreas, é considerada vítima
sem prioridade (cor preta).
SIM – Se, após abertura de vias aéreas, voltar a respirar é considerada vítima de
• Perfusão:
• Status neurológico:
NÃO – Não cumpre ordens simples, considerar vítima de primeira prioridade (cor
vermelha).
Primeiro passo:
Segundo passo:
• Determinar para que outro socorrista de sua equipe inicie a avaliação das
vítimas que permaneceram na cena de emergência e que não apresentam
condições de caminhar.
Terceiro passo:
Qualquer hemorragia grave que ameace a vida deverá ser contida neste momento.
Quarto passo:
21 GLOSSÁRIO
A
Ácida: substância que em solução aquosa é capaz de libertar íons hidrogênio. Que
dá sensação picante ao olfato ou ao paladar.
Álcali: qualquer hidróxido ou óxido dos metais alcalinos (lítio, sódio, potássio,
rubídio e césio).
Ambu (Air Mannual Breathing Unit): ressuscitador manual, dispositivo utilizado para
ventilação artificial manual.
Amputação: ablação (retirar por força) parcial ou total de uma estrutura orgânica,
permanecendo no local uma deformidade que em alguns casos, pode ser
compensada por prótese.
osso esterno.
Artéria: cada um dos vasos que conduzem o sangue do coração a todas as partes
do corpo.
Assepsia: conjunto das medidas adotadas para evitar a chegada de germes a local
que não os contenha.
Auscultar: aplicar o ouvido a (tórax, membro, abdome) para conhecer os ruídos que
se produzem dentro do organismo.
B
Biossegurança: conjunto de medidas tomadas para evitar contaminação e
transmissão de infecção.
C
Calcinação: aquecimento que provoca decomposição.
Catéter: instrumento tubular, feito de material apropriado a fins diversos, o qual são
introduzidos no corpo com o objetivo de retirar líquidos ou introduzir oxigênio, soros,
medicamentos.
Comissura: linha de junção. Comissura labial - junção do lábio superior com o lábio
inferior.
Contusão: lesão produzida pela pressão ou pela batida de um corpo rombo (sem
ponta) com ou sem dilaceração da pele. Quando há laceração da pele chamamos de
ferida contusa.
Crônica (o): relativo a tempo - que dura há muito. Diz-se das doenças de longa
duração em oposição ao agudo.
D
Débito cardíaco: quantidade de sangue que sai do ventrículo a cada contração.
Distal: diz-se do ponto em que uma estrutura ou um órgão fica afastado de seu
centro ou de sua origem. Ou afastado em relação à linha mediana que divide o corpo
em metade direita e metade esquerda.
Distensão: abaulamento.
E
Edema: inchaço. Acúmulo anormal de líquido em espaço intersticial extracelular ou
intracelular.
F
CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS – GERÊNCIA DE CURSOS EXTENSÃO
CFBP – SOCORROS DE URGÊNCIA 176
Fletido: dobrado.
G
Genitália: órgãos sexuais externos.
H
Hematoma: tumor formado por sangue extravasado. Há um inchaço de coloração
arroxeada.
I
Iminente: que ameaça acontecer em breve.
K
KED: Kendrick Extrication Device.
L
Laceração: resultado da ação de rasgar. Lesão: dano produzido em estrutura ou
órgão.
M
Midríase: dilatação da pupila.
N
Necrose: morte que ocorre em tecido ou órgão, que pode acometer pequenas ou
grandes áreas.
O
Orifício natural: abertura natural.
P
Palpação: forma de exame físico do doente, que consiste em aplicar os dedos ou de
ambas as mãos, com pressão leve em qualquer região do corpo humano para
detectar alguma anormalidade.
R
Reanimação: restituir a vida.
S
Segmento: porção de um todo.
T
Tamponamento cardíaco: compressão aguda do coração por um derrame de
sangue no pericárdio (membrana que envolve o coração).
Tenar: saliência formada em cada mão, na parte interna, pelos músculos logo
abaixo do polegar.
V
Veia: conduz o sangue que retorna ao coração.
Ventre: útero.
Vítima instável (em situação instável): é a vítima que apresenta grave problema
identificado durante o ABCD da análise primária
22 REFERÊNCIAS