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TCC III

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC

ENGENHARIA ELÉTRICA

CLEUTON LIMA GUILHÃO

SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA ELÉTRICA:


ASPECTOSSOCIOAMBIENTAIS E VIABILIDADE

Palmas Tocantins

Outubro de 2023
CLEUTON LIMA GUILHÃO

SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA ELÉTRICA:


ASPECTOSSOCIOAMBIENTAIS E VIABILIDADE

Trabalho apresentado ao Centro Universitário de


Caratinga – UNEC, como parte dos requisitos para
a avaliação da Prática como Componente
Curricular do curso Engenharia Elétrica

Palmas Tocantins

Outubro de 2023
-3-

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 4
2. OBJETIVOS................................................................................................... 5
3. NOVIDADES NA ÁREA DA ENERGIA ELÉTRICA SUSTENTÁVEL ............ 6
4. GREEN BUILDING......................................................................................... 8
5. ENERGIA ELÉTRICA SUSTENTÁVEL NÃO É ACESSÍVEL? ................... 10
6. CONCLUSÃO.............................................................................................. 12
7. REFERÊNCIAS........................................................................................... 13
-4-

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), entre 1990 e


2010,o número d e pessoas que tiveram acesso à energia elétrica aumentou em
1,7bilhão. Esse fato se deu, principalmente, pelo aumento da população mundial.
Ao refletir sobre a s principais fontes de energia que não são
renováveis, mas oriundas de processos ameaçadores ao meio ambiente, pensar em
energia l impa para o desenvolvimento seguro do planeta deixa de ser uma
alternativa e passa a ser uma obrigação.
Por esse motivo, em 2015, a ONU definiu 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) que têm como intuito avançar em á reas
essenciais para uma sociedade justa e igualitária. Desses objetivos, o 7º foi
destinado a “energia limpa e acessível” à população mundial.
-5-

2. OBJETIVOS

Para entender melhor como a energia elétrica e a sustentabilidade


funcionam juntas, desenvolvi nesta atividade! Aqui, você irá encontrar:
 últimas novidades na área da energia elétrica sustentável;
 Green Building;acessibilidade da energia elétrica alternativa;
 viabilidade do planejamento enérgico em cidades;
 O papel do engenheiro eletricista nesse cenário.
-6-

3. QUAIS SÃO AS ÚLTIMAS NOVIDADES NA ÁREA DA ENERGIA


ELÉTRICA SUSTENTÁVEL?

Quando falamos em sustentabilidade é impossível não tocar na


problemática entre progresso, desenvolvimento e meio ambiente.Por isso, nos
últimos anos, diversos estudos e projetos foram feitos com o intuito de modernizar a
energia e tornar o desenvolvimento algo sustentável. Hoje, já é possível usufruir de
diversas alternativas, como é o caso da Internet das Coisas,das placas fotovoltaicas
e da biomassa.

3.1 Internet das Coisas (IoT)


A Internet das Coisas possibilita o acionamento remoto de redes
através da internet. Dessa forma, ela tem auxiliado projetos de iluminação
pública e residencial no que se refere à automação. Essa rede pode ser
chamada de Smart Grid.
Uma casa ou sistema de iluminação pública pode, automaticamente,
ligar ou apagar as luzes ao notar o movimento de pessoas. Também é
possível ajustar a iluminação de acordo com o ambiente, entendendo que em
espaços claros não é necessário luzes acesas.

3.2 Placas Fotovoltaicas


As placas fotovoltaicas são superfícies que conseguem ab sorver a luz
do sole transformar em eletricidade, logo, abastecem o ambiente com energia solar.
Apesar de não serem exatamente uma novidade, com o maior uso
elas passaram a ser acessíveis à população. Desse modo, não é incomum encontrar
construções que possuem essa tecnologia ou, até mesmo, moradores que decidem
instalar em suas casas.

3.3 Biomassa
A biomassa é usada desde os primórdios para a obtenção de energia
elétrica e, atualmente, corresponde a pouco mais de 9 % da eletricidade consumida
no Brasil. No entanto, ela entra como uma novidade pelo seu crescente uso e por
ser uma forte tendência para o futuro.
-7-

Hoje, grande parte das empresas que produzem a própria energia


estão começando a pensar fora da caixa e utilizar energias alternativas. A principal
7biomassa utilizada no país é o bagaço da cana-de-açúcar, no entanto, é possível
usar casca de arroz, madeira e até caroço de açaí.
Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA),afirma que o Brasil avançou cerca de 10 anos em 2 quando o
assunto é energia sustentável. O que significa dizer que o país está efetivamente
trabalhando para alcançar a meta da ONU.
Além das novas alternativas, outra mudança em relação ao tema é o
processo de consciência energética voltado para a minimização da utilização de
recursos.
O fator econômico também é uma influência, já que cada vez mais
há uma busca maior por eficiência, o que significa gerar mais resultados com o
mesmo ou menor consumo de energia.
-8-

4. GREEN BUILDING: EMPREENDIMENTOS QUE CONTRIBUEM COM O


MEIO AMBIENTE.
Pouco a pouco o ramo das construções abriu espaço para a
sustentabilidade.Hoje, não é raro encontrar prédios residenciais e
empresariais com tecnologias que auxiliam o meio ambiente.
A tendência tem vindo com tanta força que até ganhou um termo:
Green Building, que, ao pé da letra, significa construção verde.
São edifícios que foram planejados para ter processos de consumo
de água e energia conscientes e se preocupam com a saúde e o conforto dos
seus moradores.
Em geral, eles definem projetos que irão otimizar o consumo
energético desses edifícios. Uma opção comumente utilizada é o uso de
placas fotovoltaico sem painéis solares, telhados verdes e equipamentos
desenvolvidos para diminuir o consumo energético.

4.1 Também oferece benefícios às construtoras e moradores


Além dos benefícios para o meio ambiente, as construções
sustentáveis são benéficas em outro sentido: estudos realizados pela GBCI
(Green Building Council Institute) perceberam que um imóvel sustentável
aumenta de 5% a 10% a valorização frente aos clientes.
Isso é notado não só pela preocupação da sociedade com os
impactos ambientais, mas pela possibilidade de economia para esses
moradores. Projetos sustentáveis podem diminuir em até 7 0% o consumo de
água e eletricidade com a utilização de placas fotovoltaicas.

4.2 Como a minha construção pode ser Green Building?


Para a construção ser Green Building não basta a penas se
denominar assim.É necessário que o planejamento do empreendimento siga
uma série de exigências acerca dos aspectos ambientais e energéticos.
Essas regras são desenvolvidas pelo GBCI, um sistema
internacional que é seguido por 143 países e tem o intuito de incentivar e
estimular a construção de edificações sustentáveis.
-9-

Dessa forma, para o edifício ser reconhecido como Green Building, é


preciso receber o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental
Design), que é fornecido pelo GBCI.
- 10 -

5. É VERDADE QUE A ENERGIA ELÉTRICA SUSTENTÁVEL NÃO É


ACESSÍVEL?
Os avanços tecnológicos foram cruciais para que soluções
sustentáveis chegassem ao setor elétrico. No entanto, a indústria da
tecnologia não é barata,ainda mais quando o fator novidade faz com que a
produção não seja em massa,barateando custos.
Nesse sentido, alternativas elétricas sustentáveis foram inacessíveis
para grande parte da população por muito tempo. Atualmente, o cenário
melhorou, mas ainda é difícil afirmar que é uma opção totalmente acessível.

5.1 O que impede a valorização é o alto preço inicial


A dificuldade da implementação de placas fotovoltaicas, por
exemplo, é terque investir alto no equipamento, que, em média, custa mais
de R$ 10 mil.
Ainda que seja sabido que a energia solar pode gerar economia de a
té 90%na conta de luz, o payback (período necessário para a recuperação d
o investimento inicial) dura anos.
Por esse motivo, ainda que seja possível pessoas físicas terem
energia elétrica sustentável, não é a maior parte da população brasileira que
pode disponibilizar desse valor de uma só vez.

5.2 Programas de incentivo financeiro é uma solução


Nesse sentido, o uso da energia renovável é um benefício tanto para
o morador quanto para o próprio governo. Por isso, pensar em incentivos
financeiros,como aporte de recursos, isenções fiscais e crédito barato para
que um grupo maior de pessoas possam se beneficiar da tecnologia é uma
saída viável.

5.3 Isenção de ICMS


Hoje, o Brasil ainda possui um programa de isenção de ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para energia solar
presente em 24 estados e Distrito Federal.
Funciona da seguinte forma: a energia gerada pela micro geração
que não foi utilizada pelo consumidor, será reinjetada na rede de distribuição
- 11 -

e se transforma em uma espécie de crédito de energia.Então, quando essa


“sobra” é reinjetada, ela vem sem o ICMS. No momento de cobrar a energia,
a geradora descontará os impostos desses kWh. Obs. „‟Segundo estudos do
ministério das minas e energia se faz necessário taxar o sol também, além da
reinclusão da cobrança do ICMS da população‟‟.

Figura 1: Mapa de distribuição do programa ICMS, para energia


Solar. Fonte: Blog IPOG (2019)
Projetos como esse colaboram para a disseminação e barateamento
do consumo da energia elétrica sustentável. Ainda que não seja tão popular
quanto o necessário, é um passo adiante para um consumo mais acessível.
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6. CONCLUSÃO
Bom, a viabilidade financeira de um projeto é definida em função da
abrangência dele.Um ponto importante a ser mencionado é que o problema
no Brasil não está,exatamente, na viabilidade dos projetos, mas na forma
política que se dá, em particular, no âmbito municipal. Hoje, é difícil encontrar
políticas municipais, estaduais e federais em prol disso. Normalmente,
encontramos regulamentos e ações que ficam em vigência apenas durante o
período de governança.Para que projetos sustentáveis sejam viáveis, é
preciso que tais políticas se mantenham válidas de forma permanente. Afinal,
é necessário um longo período de desenvolvimento e implantação desses
projetos.
O progresso de uma nação está ligado diretamente ao seu
desenvolvimento. No entanto, desde a descoberta deste continente até os
dias de hoje, o progresso também rendeu um desequilíbrio entre o ser
humano e a natureza. Nesse sentido, o papel do engenheiro eletricista é
pensar no uso sustentável de recursos energéticos e aspectos como
prevenção da poluição e a proteção da biodiversidade. Para isso, é
importante que o profissional esteja atento às novidades correntes da área e,
também, esteja disposto a buscar formas de solucionar essas problemáticas.
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7. Referências

- Nascimento, A. 2019. BLOGIPOG: Energia elétrica e sustentabilidade:


Aspecto socioambientais e sua viabilidade, 2010. Disponível em:
HTTPS://blog.ipog.edu.br/engenharia-e-arquitetura/energia-eletrica.

- Bezerra L. N., P. et al. 2011. Exploração de energia maremotriz para


geração de eletricidade: aspectos básicos e principais tendências. Ingeniare.
Revista chilena de ingeniería, 19(2):219- 232. Disponível em:<
https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-
33052011000200007>.

- Brasil. 2005. Agência Nacional De Energia Elétrica (ANEEL). Banco de


Informações de Geração: BIG. Brasília. Disponível em:< www.aneel.gov.br/15.htm>

- Brasil. 2019. Agência Nacional De Energia Elétrica (ANEEL). Banco de


Informaçõesde Geração: BIG. Brasília Disponível em: <
http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/capacidadebrasil.cfm>
- Brasil. 2018. Ministério de Minas e Energia. Balanço energético nacional -
BEN.Brasília: MME..
- Brasil. 2019. Ministério d e Minas e Energia. Boletim Mensal de
Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro. Brasília: MME, 2019.
- Brasil. Ministério de Minas e Energia. Energia no Mundo 2015-2016.
Brasília: MME,2017.
- FONSECA, E. G. 1992. Meio Ambiente e contas nacionais: a experiência
internacional. In: São Paulo (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Contabilização
Econômica do Meio Ambiente. Série Seminários e Debates, São Paulo, pp. 29-43.
- Gonçalves, W. M; Feijó, F.T; Abdallah, PR. 2008. Energia de ondas:
aspectos tecnológicos e econômicos e perspectivas de aproveitamento no Brasil .
Disponível em:< http://www.semengo.furg.br/2008/17.pdf>.

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