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Resenha Crtica

Resenha Heterocrtica da Obra Histria Universal da Destruio dos Livros de Fernando Bez
A Heterocritique of the Book A Universal History of the Destruction of Books by Fernando Bez Resea Heterocrtica de la Obra Historia Universal de la Destruccin de Libros de Fernando Bez
Antonio Pitaguari* e Lanio Loche**
* Mestrando em Cincias da Educao. Professor universitrio. Voluntrio do CEAEC. apitaguari@cybermais.net ** Psiclogo. Professor universitrio. Coordenador Geral da Associao Internacional da Programao Existencial (APEX). laenioloche@gmail.com Artigo recebido para publicao em 19.08.08.

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INTRODUO
Curso. Nos dias 28, 29 e 30 de abril e 1o de maio de 2007, de sbado a tera-feira, o Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC) e o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC) realizaram a 9a Imerso Heterocrtica de Obra til, no Discernimentum, a Embaixada das Instituies Conscienciocntricas, ao lado do Campus CEAEC, em Foz do Iguau, PR. Evento. A Imerso Heterocrtica de Obra til (IHOU), atividade criada pelo pesquisador Waldo Vieira, no ano de 1999, apresenta proposta indita, na qual os participantes renem-se durante 4 dias para estudo, debate e heterocrtica de obras teis especialmente selecionadas. Sntese. A equipe organizadora do curso disponibiliza um conjunto de livros, variando entre 15 e 35 ttulos publicados recentemente nas reas de Cincia, Psicologia, Filosofia e Poltica, entre outras. Os alunos escolhem, em votao secreta, a obra que vai ser lida e analisada por todos. Anlises. Nessa atividade, sem pr-requisitos, os participantes so orientados tecnicamente para leituras e anlises crticas, intercaladas com debates, visando estimular individualmente a heterocrtica cosmotica, a capacidade argumentativa, a retilinearidade do pensamento, a criao intelectual, a produo de idias originais e a realizao da conscienciometria do autor. Alm do livro e do escritor, so tambm avaliados: o revisor, o editor e o tradutor (quando existente), em clima consciencial sadio e atmosfera positiva. Quando bem direcionada, os benefcios da crtica construtiva so inavaliveis. Contribuies. Recomendado para a qualificao de todas as pessoas interessadas em criticidade, o curso Imerso Heterocrtica de Obra til est organizado de modo a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes atributos da conscincia: associao de idias, autoconcentrao mental, autodiscernimento, autojuzo crtico e inteleco. Atravs das anlises intelectuais, a realidade do participante transparece a partir do ponto de vista pessoal. O participante desse curso nunca mais vai ler um livro do mesmo jeito. Tcnica. Com base em tcnicas utilizadas na construo da Enciclopdia da Conscienciologia, a IHOU orientada para a elaborao de resenha heterocrtica da obra(s) til(eis) selecionada(s), a partir de debates metodolgicas sobre os contedos consensuais e os contedos heterocriticveis, bem como as formas consensuais e as formas heterocriticveis. Em alguns casos, abrange a realizao de recursos
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emergenciais, ou seja, a constituio de partes faltantes na obra, tais quais ndices alfabtico, de estrangeirismos ou de siglas, por exemplo. Objetivo. Segundo as tcnicas mencionadas, este artigo visa apresentar a resenha heterocrtica do livro Histria Universal da Destruio dos Livros, escrito por Fernando Bez, primeira obra selecionada na 9a IHOU. Mtodo. O mtodo aplicado na construo deste trabalho consistiu na compilao dos contedos dos debates e das resenhas individuais escritas e entregues no final do curso. importante registrar o fato de tal compilao ter se constitudo rdua tarefa, considerando-se as limitaes de espao impostas pelos peridicos cientficos. Estrutura. Nesse sentido, organizou-se este trabalho primeiramente com a introduo de algumas especificidades do curso, participantes e estatsticas; os recursos intelectuais disponveis, incluindo a listagem das obras disponibilizadas para seleo dos alunos; o modelo de resenha heterocrtica, segundo a Conformtica, nas 5 sees seguintes; detalhes a respeito da visita, Foz do Iguau, de Fernando Bez, autor do livro resenhado. Esclarecimento. A publicao da heterocrtica da segunda obra escolhida e analisada na 9a IHOU ser avaliada oportunamente.

I. ESPECIFICIDADES DO CURSO
Tcnica. O curso de 4 dias de imerso mentalsomtica, com carga horria de 36 horas, foi dividido em 14 atividades, nos 3 perodos, aqui listados em ordem cronolgica: 1. Introduo. Introduo de 2 horas e 30 minutos no sbado. 2. Resenhas. Total de 12 perodos de leituras e debates, perfazendo o total de 31 horas e 30 minutos de resenhas heterocrticas. 3. Concluses. Perodo de 2 horas destinado s consideraes finais, na tera-feira, 1 de maio. Conjunto. 9a Imerso Heterocrtica de Obra til estiveram presentes, alm da assistncia dedicada de 2 professores-orientadores, 2 professores-coordenadores, 8 professores-monitores tcnicos, 4 professores-monitores do evento, 1 monitor de superviso e apoio e 94 alunos-leitores-pesquisadores de vrias cidades do Brasil, que incluam representantes de 42 reas profissionais e 52 portadores de laptops. Professores. Antonio Pitaguari e Lanio Loche. Coordenadores. Anlia Lopes e Gislle Razera. Monitores. Eis os nomes, em ordem alfabtica, dos integrantes da equipe multidisciplinar, composta por 10 professores-monitores-resenhadores, incluindo 1 com acesso direto Internet para quaisquer consultas, o tempo todo, e que colaboraram na elaborao da resenha heterocrtica: 01. Adlio Conter. 02. Ccero Schnemann. 03. Cristiane Ferraro. 04. Everton Santos. 05. Flvio Amaral. 06. Flvio Buononato. 07. Kelly Wheires. 08. Mabel Teles. 09. Marcelo Paskulin. 10. Nara Oliveira.
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Alunos. Eis os nomes, em ordem alfabtica, dos 94 alunos-leitores-pesquisadores que colaboraram na elaborao da resenha heterocrtica em mutiro superintendido pelos monitores: 01. Adriana Chalita Gomes. 02. Adriana Tokuhashi Kauati. 03. Alessandro da Costa Machado. 04. Alexander Steiner. 05. Alexandre Cezar Arago. 06. Alinor Vieira da Silva. 07. Amy Bello Barbosa de Oliveira. 08. Ana Maria dos Remdios Carvalho Cruz. 09. Ana Paula Toome Wauke. 10. Andr Shataloff. 11. Andra de Chermont Teixeira. 12. Andra Lindner. 13. Antonio Fontenele Pinto Carneiro. 14. Aride Maria Guimalli. 15. Bruno de Moraes Santos Wong. 16. Bruno Silva Serpa. 17. Camile Ernandorena dos Santos. 18. Carolina Ellwanger. 19. Cecilia Leo Oderich. 20. Cesar Augusto Pereira da Cunha. 21. Claudio Costa Garcia. 22. Cristiane de Melo Aranda. 23. Cyntia Braga Marchetti. 24. Dayane Christian Rossa. 25. Denise Paro. 26. Edi Paulo Dalbosco. 27. Edna Alves Barbosa. 28. Eliana Esquiante. 29. Erotides Alves de Arajo. 30. Etsuko Endo Onishi. 31. Fabiana Carvalho. 32. Fernanda Mota Thomaz Leboeuf. 33. Frederico Ganem Filho. 34. Gentil Reinaldo Cordioli Filho. 35. Giuliano Silveira Derroso. 36. Half Fortuna. 37. Henri Arajo Leboeuf. 38. Humberto Eustquio Teixeira Junior. 39. Igor Briglia Habib de Almeida Alves. 40. Jackeline Bittencourt de Lima. 41. Jacqueline Marie Rita Nahas. 42. Jamile Haddad Neta. 43. Joo Luiz Ferreira Junior. 44. Jos Garcia Morales. 45. Juliana dos Remdios Carvalho Cruz. 46. Kadydja Rosely Varela da Fonsca. 47. Karla Cavallieri Nacif Juliani. 48. Laura Snchez Pereira Battistella. 49. Leandro da Silva. 50. Lucia Elizabeth Rodrigues Soares. 51. Lucimeres Mognon Biella. 52. Luiz Roberto Hilbert Ferreira. 53. Mrcio Roberto Schnemann. 54. Margherita Rose de Vasconcellos. 55. Maria Abigail Beira Fortuna. 56. Maria Cristina Bassanesi. 57. Maria de Lourdes Charles Pekin. 58. Mario Eigio Adorno Gauto. 59. Marta Maria Ramiro. 60. Meracilde Maria Daroit. 61. Munir Bazzi. 62. Myriam Sanchez Leite. 63. Nara Rosani Soares Pilecco. 64. Natlia Mariela Fuentes. 65. Neida Zeli Soares Cardozo. 66. Nerli Aparecida Vieira. 67. Nilza Gladis Fernandez Martins. 68. Nora Eglae Silveira Derroso. 69. Norma Viapiana Golfeto. 70. Olegrio Borges Junior. 71. Patrcia Pialarissi. 72. Patrcia Wetzel. 73. Paulo Castro de Mello. 74. Pedro Leonardo Cabral Fernandes. 75. Pilar Alegre. 76. Rafael Carvalho Franco. 77. Regina Camillo. 78. Reinaldo Notari Cruz. 79. Renzo Lima Rocha. 80. Ricardo Antonio Correa.
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81. Rodolfo Krautheim Neto. 82. Romeu Reginato. 83. Rmulo Cesar Silva. 84. Rosemary Salles Rufino. 85. Rosemeri Simon Bernardi. 86. Sandra Tornieri. 87. Sandro Battistella. 88. Suzete Novaes. 89. Talitha Perez Bianchini. 90. Thais Helena Santanna Lima. 91. Valana Ferreira. 92. Vnia Maria Abreu Almeida Canedo. 93. Vassiliki Fedrizzi Petalas. 94. Virgnia Elizabete Cristina Sibon.

Idade. Em termos de idade dos participantes, foram encontrados os seguintes extremos: o mais novo, 21 anos, o mais velho: 67. A mdia de idade foi de 40,44 anos. Sexo. A contabilidade de gnero fixou 35 homens e 60 mulheres. Tenepessistas. Entre os participantes havia 22 praticantes da tenepes. Novatos. Novatos, ou alunos participando da IHOU pela primeira vez, 58. Procedncia. Na figura 1 so apresentadas as 15 cidades de origem dos participantes e o nmero de pessoas provenientes de cada localidade. Grfico 1. Procedncia dos participantes
Procedncia dos Participantes
75 N de pessoas

Profissionais. Dentre os alunos-leitores-pesquisadores participantes da equipe multidisciplinar espontaneamente formada, estavam presentes profissionais de 42 reas diversas. Na figura 2 so apresentadas as 5 reas com maior nmero de representantes, ao lado do nmero de pessoas. Grfico 2. Lista das 5 reas profissionais com maior nmero de representantes
Profisses
17

No de pessoas

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Ap uc ara Be lo na ,P Ho R r iz on Ca te m ,M po G Gr an de Ca ,M xi T as do Su l, RS Ch Ci a ja da ri, de AR De lE st e Fl ,P or ia Y n po Fo lis zd ,S C oI gu a u, PR Ga sp ar ,S C Ju nd ia , S P Na tal ,R N Pe lo tas Po ,R rto S Al eg re ,R S S o Pa ul o, SP To led o, PR

10

8 6

Docncia

Medicina

Engenharia

Administrao

Psicologia

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II. RECURSOS INTELECTUAIS

Kit. No kit do curso, entregue a cada aluno, foram includos: pasta, folhas de papel em branco, caneta e marcador de texto. Fundamentos. O kit inclua 3 fotocpias de fundamentos da heterocrtica conscienciolgica de texto escrito, em bases cosmoticas; captulos extrados do livro 700 Experimentos da Conscienciologia (VIEIRA, 1994): Enumerologia ou Diagnstico Informativo (pgina 143); Reviso Crtica de Livros da Conscienciologia (pgina 144); Teste da Sua Anlise Crtica (pgina 150); fotocpia do artigo Imerso Heterocrtica de Obras teis, publicado na revista Conscientia (VIEIRA, 1999, p. 7-20). Recursos. Estiveram disponveis aos participantes vrios recursos tcnicos: dicionrios, livros de referncia, obras tcnicas da Conscienciologia, computadores e rede sem fio de acesso Internet, impressoras e scanners, entre outros. Artefatos. No sbado, s 10 horas e 15 minutos da manh, no amplo salo do auditrio do Discernimentum, os alunos foram convidados a percorrer 19 mesas, com 120 exemplares de cada ttulo disponvel (artefatos do saber), com o total de 2.280 exemplares, compondo diversa coleo de ttulos da qual no estavam adredemente informados. Seleo. Ao modo de verdadeiro arrasto intelectual ou varredura consensual, o objetivo especfico dessa atividade era o de permitir a cada aluno o manuseio e a consulta, a fim de escolher, por eleio, a obra a ser lida, debatida e resenhada, criticamente, em grupo. Obras. Eis a listagem das 19 obras expostas, todas no idioma Portugus, na ordem alfabtica dos ttulos: 01. Amor, Sexo & Tragdia: Como Gregos e Romanos influenciam Nossas Vidas at Hoje (How the Ancient World Shapes Our Life); Autor: Goldhill, Simon; trad. Cludio Bardella; 300 p.; 24 caps.; 6 enus.; 1 mapa; 81 refs.; ndice de ilus.; 23 x 16 cm.; Jorge Zahar Editor; Rio de Janeiro, RJ; 2007. 02. Borboletas da Alma: Escritos sobre Cincia e Sade; Organizadores: Varella, Drauzio; & Guimares, Maria; rev. Roberta Vaiano & Otaclio Nunes; 388 p.; 51 caps.; 1 apnd.; 44 enus.; 91 refs.; alf.; 21 x 14 cm.; br.; Companhia das Letras; So Paulo, SP; 2006. 03. Breve Histria de Quase Tudo (A Short History of Nearly Everything); Autor: Bryson, Bill; rev. Claudia Cantarin & Roberta Vaiano; trad. Ivo Korytowski; 542 p.; 30 caps.; 1 apnd.; 30 enus.; frmulas; 1 ilus.; 80 refs.; 1 tab. ; alf.; 23 x 16 cm.; br.; 5a reimp.; Companhia das Letras; So Paulo, SP; 2005. 04. Campo Grupal, O: Notas para uma Genealogia (El Campo Grupal: Notas para una Genealoga); Autor: Fernndez, Ana Maria; prol. Armando Bauleo; trad. Claudia Berliner; 230 p.; 2 enus.; 2 esquemas; 83 refs.; 21 x 14 cm.; br.; Martins Fontes; So Paulo, SP; 2006. 05. Como a Picaretagem conquistou o Mundo (How Mumbo-Jumbo conquered the World); Autor: Wheen, Francis; trad. Vera Ribeiro; 362 p.; 11 cap.; 11 citaes; 1 cronologia; 1 enu.; 1 frmula; 332 refs.; 23 x 15,5 cm.; br.; Editora Record; Rio de Janeiro, RJ; 2007. 06. Dez mais Belos Experimentos Cientficos, Os (The Prism and the Pendulum: The Tem most Beautiful Experiments in Science); Autor: Crease, Robert P.; trad. M. Ins Duque Estrada; 196 p.; apnd.; 7 diagramas; 5 enus.; 4 fotos; 2 grfs.; 24 ilus.; 173 refs.; ono; ndice de ilus.; 23 x 16 cm.; br.; Jorge Zahar Editor; Rio de Janeiro, RJ; 2006. 07. Filosofia: Novas Respostas para Antigas Questes (Philosophy: The Latest Answers to the Oldest Questions); Autor: Fearn, Nicholas; trad. Maria Luiza X. de A. Borges; 216 p.; 13 caps.; 1 apnd.; 117 citaes; 1 ilus.; 13 enus.; 23 x 16 cm.; br.; Jorge Zahar Editor; Rio de Janeiro, RJ; 2007.
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08. Histria da Antropologia (A History of Antropology); Autor: Ericksen, Thomas Hylland; & Nielsen, Finn Sivert; trad. Euclides Luis; rev. Emerson Sena da Silveira; 262 p.; 9 caps.; 3 enus.; cronologia; 1 posfcio; 280 refs.; 24 x 17 cm.; br.; Editora Vozes; Petrpolis, RJ; 2007. 09. Histria Universal da Destruio dos Livros: Das Tbuas da Sumria Guerra do Iraque (Histria Universal de la Destriccin de los Livros); Autor: Bez, Fernando; trad. Lo Schlafman; rev. Gratia Domingues; & Raquel Correa; 438 p.; 11 cap.; 1 apnd.; 1 enu.; 972 refs.; ono.; 23 x 15,5 cm.; br.; 1a reimp.; Ediouro; Rio de Janeiro, RJ; 2006. 10. Ilcito: O Ataque da Pirataria, da Lavagem de Dinheiro e do Trfico Economia Global (Illicit How Smugglers, Traffickers, and Copycatas are Hijacking the Global Economy); Autor: Nam, Moiss; 338 p.; 13 caps.; 1 apnd.; 109 refs.; alf.; 23 x 16 cm.; br.; Jorge Zahar Editor; Rio de Janeiro, RJ; 2006. 11. Inteligncia Corporal: Redescubra as Verdadeiras Necessidades do seu Corpo e revolucione Definitivamente sua Alimentao e Forma Fsica (Body Intelligence); Autor: Abramson, Edward; 304 p.; 13 caps.; trad. Cludia Gerpe Duarte; 44 enus.; 6 tabs.; 7 testes; 300 refs.; 23 x 16 cm.; br.; BestSeller; Rio de Janeiro, RJ; 2006. 12. Mente no Cosmos e os Ps no Cho, A: Da Origem do Universo Gesto do Tempo: Uma Viso Cientfica; Autor: Morais, Fbio Campos; pref. Cludio Ricardo Gomes de Lima; 276 p.; 13 caps.; 1 apnd.; 47 citaes; cronologias; 2 escalas; 41 enus.; 11 estatsticas; 3 esquemas; 3 filmografias; 4 fotos; 1 grf.; 10 ilus.; 7 tabs.; 2 testes; 64 refs.; 40 websites; 20,5 x 14 cm.; br.; Edies Livro Tcnico; Fortaleza, CE; 2006. 13. Noite no Palcio da Razo, Uma (Evening in the Palace of Reason); Autor: Gaines, James R.; trad. Antonio Braga; revisor Rafael Sando; 334 p.; 13 caps.; 14 enus.; 1 mapa; 1 apnd.; 200 refs.; 23 x 16 cm.; alf; ono.; br.; Editora Record; Rio de Janeiro, RJ; 2007. 14. Por que amamos: A Natureza e a Qumica do Amor Romntico (Why we love); Autor: Fisher, Helen; 362 p.; 9 caps.; 32 enus.; 3 questionrios; 552 refs.; alf.; 23 x 16 cm.; br.; Editora Record; Rio de Janeiro, RJ; 2006. 15. Psicologia da Criatividade (Psychologie de la Crativit); Autor: Lubart, Todd; rev. Cristina Dias Allessandrini; trad. Mrcia Conceio Machado Moraes; 192 p.; 10 caps.; 18 enus.; 2 esquemas; 1 fluxograma; 6 grfs.; 8 ilus.; 307 refs.; 12 tabs.; 23 x 16 cm.; br.; Artmed; Porto Alegre, RS; 2007. 16. Psicologia do Medo: Como Lidar com Temores, Fobias, Angstias e Pnicos (Psychologie de la Peur: Craintes; Angoisses et Fhobies); Autor: Andr, Christophe; trad. Joo Batista Kreuch; 304 p.; 10 caps.; 8 abrevs.; 6 citaes; 37 enus.; 2 estatsticas; glos. 12 termos; 359 refs.; 14 tabs.; 8 websites; 21 x 14 cm.; br.; Editora Vozes; Petrpolis, RJ; 2007. 17. Revoluo Energtica: Poltica para um Futuro Sustentvel; Autor: Geller, Howard Steven; rev. Mrcio Edgar Schuler; trad. Maria Vidal Barbosa; 300 p.; 8 caps.; 1 apnd.; 8 abrevs.; 40 enus.; 37 grfs.; 1 organograma; 450 refs.; 28 tabs.; Relume & Dumar; Rio de Janeiro, RJ; 2003. 18. Teoria do Conhecimento, A: Uma Introduo Temtica (The Theory of Knowledge: A Thematic Introduction); Autores: Moser, Paul K.; Mulder, Dwayne H.; & Trout, J.D.; rev. Adriana Cristina Bairrada; Mauro de Barros & Dinarte Zorzanelli da Silva; trad. Marcelo Brando Cipolla; 234 p.; 9 caps.; 1 apnd.; 4 enus.; glos. 67 termos; 4 ilus.; 100 refs.; alf.; 21 x 14 cm.; br.; Martins Fontes; So Paulo, SP; 2004. 19. Verdade: Um Guia para os Perplexos (Truth: A Guide for the Perplexed); Autor: Blackburn, Simon; trad. Marilene Tombini; 350 p.; 8 cap.; 1 apnd.; 16 enus.; alf.; 21 x 14 cm.; Civilizao Brasileira; Rio de Janeiro, RJ; 2006.
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Especificaes. Eis 4 especificaes das obras disponveis para a escolha, organizadas na tabela abaixo: Tabela 1. Especificaes dos livros

1. 2. 3. 4.

Ano Pginas Preo (em reais) Edio

De 2003 a 2007 De 192 a 542 De 30 a 54 Todos em 1 edio

Timing. Do total de 94 alunos-leitores-pesquisadores, apenas 7, chegaram minutos depois do incio da imerso, devido a viagens mais longas. O tempo para seleo da primeira obra foi de 60 minutos.

III. A OBRA SELECIONADA

Obra. A obra Histria Universal da Destruio dos Livros Das Tbuas Sumrias Guerra do Iraque (Ttulo original em Espanhol: Historia Universal de la Destruccin de Libros) foi escolhida com 25 votos. A segunda obra mais votada obteve 8 votos. Autor. Fernando Bez (1970) escritor venezuelano. Recebeu, em 2003, prmio internacional por estudo realizado sobre a Biblioteca de Alexandria. Best seller. A Histria Universal da Destruio dos Livros, segundo consta na capa da obra, um best seller internacional, j tendo sido traduzido para 12 idiomas. Temtica. Entre os temas abordados, encontram-se cultura, globalizao e memria. importante apontar um neologismo do autor: memoricdio, significando assassinato em massa da memria. Citaes. Eis duas citaes e respectivos autores capazes de explicitar o tema: quem destri 1 livro mata a razo mesma, de Milton (16081674); livros so armas nas guerras das idias, de Franklin Roosevelt (18821945). Incluso. A obra Histria Universal da Destruio dos Livros pode ser includa nas pesquisas da Bibliologia, especialidade da Conscienciologia. Lanamento. Conforme apurou-se na ocasio, nenhum dos revisores presentes havia tido oportunidade de ler a obra antes do evento. Tratava-se de lanamento recente. Prazo. s 15 horas do sbado, foi dado incio leitura do livro, dentro do prazo estipulado, em tese, de 48 horas. Resenha. Segundo a Conformtica, na resenha desenvolvida a seguir, so enfocados 5 aspectos: contedos consensuais, contedos heterocriticveis, formas consensuais, formas heterocriticveis e recursos emergenciais.

IV. CONTEDOS CONSENSUAIS

Valor. Para a maioria dos resenhadores, a obra tem valor principalmente pela pesquisa histrica desenvolvida. ampla e resgata o processo de elaborao de livros desde os primrdios da Histria. Preocupa-se em apresentar os locais, nomes e detalhes de cada situao apresentada. O texto defende ardorosamente os livros e as bibliotecas. Clareza. Verdadeiro alerta sobre as destruies de livros, o autor define com clareza o problema a ser discutido. Na pgina 17, expe a questo que o motivou a priorizar a concluso da publicao a partir da
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pergunta elaborada por um estudante, quando Bez visitava o Iraque, em maio de 2003: [...] por que o homem destri tantos livros. Na pgina 21, escreve: H 55 sculos se destroem livros, e mal se conhecem as razes. [...] no existe uma nica histria sobre sua destruio. No uma ausncia suspeita? Reconhecimento. No captulo 14 (parte 2), Alguns Estudos Sobre a Destruio de Livros, Bez descreve as principais obras publicadas sobre o tema, mostrando o adequado reconhecimento e a indicao precisa das fontes aplicadas. Razes. Na obra, encontra-se ampla casustica sobre a prtica de conquistadores de aniquilar ou extinguir a memria e/ou a cultura dos conquistados atravs da destruio de livros. Segundo Bez, a queima de livros esteve, em geral, associada a alguma das seguintes razes: conquista do poder poltico, expanso dos reinos, domnio de outros agrupamentos humanos e perseguies religiosas. Responsabilidade. O autor questiona duramente a responsabilidade pelo memoricdio de livros no Iraque. Na pgina 340, pergunta: Quem so os responsveis pela destruio cultural do Iraque? Na pgina 341, afirma: H, portanto, dois grandes responsveis, mas no se abriu um s processo penal internacional. Tal impunidade escandalosa. Curiosidade. Foram includas informaes curiosas como, por exemplo, a de 3 importantes filsofos Ren Descartes, David Hume e Martin Heidegger mandarem queimar livros (p. 27), alm do fato de Plato, um dos mais importantes pensadores da histria, no haver estimulado a escrita. De acordo com Bez, em diversas passagens, esse filsofo diminuiu a importncia da escrita, justificando que a mesma provocaria na humanidade uma omisso da memria (p. 56). Paralelos. Entre os possveis paralelos com temas de interesse da Conscienciologia, esto, por exemplo, os 9 citados a seguir, ordenados na ordem alfabtica do tema: 1. Escrita. A valorizao da escrita atravs da exposio de sua histria e origem (p. 33 e 344) e a apresentao das modernas formas para a formatao de livros (p. 319 e 320). 2. Esteganografia. A obra em 8 tomos versando sobre escrita secreta, telepatia e telecinese, escrita por Jean Tritheme (14621516) (p. 168-169). 3. Intercmbio. O caso de John Dee (15271608), astrlogo, matemtico, espio, mago e escritor, leitor assduo da obra Esteganografia, escritor de um livro sobre a comunicao pessoal com seres de outra dimenso (p. 169-71). 4. Manipulao. Exemplo de como o parapsiquismo era empregado como instrumento de poder, ao modo do ocorrido com os escribas. Neste caso, a sibila de Cumas, ao chantagear o rei etrusco Tarqunio Prisco para que se comprasse, a trezentas peas de ouro, livros que supostamente incluam profecias sobre o futuro de Roma (p. 97). 5. Neologismos. A criao de neologismos tecnicamente apropriados e relevantes: memoricdio (p. 19) e biblioclasta (p. 25). 6. Parafenomenologia. A suposta comunicao post-mortem do rei egpcio Ramss III. Depois de ser assassinado, teria sugerido uma investigao cujos pormenores revelaram os nomes de todos os conspiradores (p. 45). 7. Parapsiquismo. A descrio das Casas da Vida, bibliotecas localizadas em templos do antigo Egito, estabelece relao entre livros (intelectualidade) e parapsiquismo nas prticas de estudos e curas ocorridos nesses locais: [...] Escriba da Biblioteca Sagrada [...] que avalia os contedos da Biblioteca Sagrada, aquele que restaura o que caiu pelas emanaes de Ra (p. 46).
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8. Proxis. Os fatos vivenciados por Bez, incluindo 6 vivncias de destruies de livros (p. 20) e o recebimento de pequena biblioteca (aporte existencial) do av materno, que no chegou a conhecer. Tais ocorrncias sugerem a programao existencial pessoal (p. 21). 9. Projeciologia. Ao mencionar a biblioteca sagrada do Egito, refere-se ao aposento onde os mdicos evitavam que o Ka, ou alma, sasse do corpo (p. 44).

V. CONTEDOS HETEROCRITICVEIS
Anlise. Embora haja extensas descries de fatos e ocorrncias na Histria Universal da Destruio dos Livros, Bez, em poucos captulos, desenvolveu elaboraes mais detalhadas. Excees existem principalmente na introduo e no captulo 14 da segunda parte, Alguns Estudos Sobre a Destruio de Livros. Nesse sentido, deve-se registrar a ausncia de anlise suficiente sobre causas e efeitos relacionados s destruies de livros apresentadas. Metodologia. Visando maior objetividade do texto em questo, seria importante a explicitao da metodologia utilizada na elaborao da pesquisa. Por diversas vezes percebe-se explanaes do tipo: a destruio voluntria causou o desaparecimento de 60% dos volumes. Os restantes 40% devem ser atribudos a fatores heterogneos... (p. 27). Como teria sido possvel precisar tal proporo? Generalizao. erro freqente atribuir as destruies de livros a homens ignorantes inconscientes de seu dio. Depois de 12 anos de estudo, conclu que quanto mais culto um povo ou um homem, mais disposto se mostra a eliminar livros sob presso de mitos apocalpticos (p. 27). Nessa frase, o autor parece defender a tese de que todos os homens detentores de poder, poltico ou religioso, procuram destruir livros. Isso significa que qualquer desenvolvimento cultural seria um risco para os livros. No modo apresentado, a generalizao apresenta-se inconsistente, pois, em geral, as destruies de livros no tiveram apoio popular. Equvoco. Logo na introduo da obra, o autor, referindo-se ao prprio pai, observa: era um advogado honesto, isto , desempregado (p. 19). A afirmao inoportuna, pois a generalizao de que todo advogado empregado no seja honesto equivocada e pode desestimular a leitura do livro. Ironia. Em alguns trechos do livro, quando se refere religio, Bez impe tom inadequado ao realizar comentrios irnicos. O ideal seria explicar assertivamente a imaturidade que quer combater. Eis 2 exemplos: 1. Akhnatn, como bom monotesta, foi um dos primeiros a queimar livros (p. 45). 2. Pelo menos durante trs interminveis dias os cruzados assassinaram, saquearam e destruram, com f excepcional (p. 119). Imprecises. Eis 5 imprecises observadas, na ordem alfabtica do tema: 1. Autor brasileiro. [...] Jorge Amado [...] Mil e setecentos exemplares de um romance seu foram queimados por ordem direta do ditador Getlio Vargas (p. 264). essa referncia ao escritor brasileiro, faltou o devido embasamento, pois em rpidas consultas ao Google, foram verificados diferentes totais de exemplares destrudos nessa ocasio e no apenas de 1, mas em determinado endereo eletrnico, de 3, e em outro, de 6 diferentes ttulos tendo sido queimados. 2. Biblioteca romana. Eis duas frases contraditrias: A primeira biblioteca pblica romana, planejada por Julio Cesar, tornou-se realidade quando ele foi assassinado em 15 de maro de 44 a.C. Lamentavelmente, o assassinato de Julio Cesar no permitiu a criao da biblioteca (p. 99). 3. Clareza. Esse procedimento era inquisitrio (p. 159). A frase no ficou clara no contexto apresentado.
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4. Lojistas. Na Europa, os lojistas que vendem livros so perseguidos e os exemplares destrudos (p. 315). No ficou compreensvel por que, e em quais condies, os lojistas, em tempos atuais, seriam perseguidos e/ou por que os livros poderiam ser queimados. 5. Sentido. A falta de previso, por um lado, e de defesas eficazes contra a natureza, de outro, contribuem para que se consigam evitar as grandes perdas (p. 277). Pessimismo. O autor, ao retratar exausto a destruio de livros, expressa viso pessimista. Por exemplo, no final do penltimo captulo, expe: No est longe o dia em que no lugar de fogo os bibliocastas utilizaro programas informticos destrutivos, limpos e devastadores (p. 321). E ainda, na concluso do mesmo captulo: A destruio de livros est longe de acabar. Omisso. A falta de concluso ou de consideraes finais foi considerada, pelos resenhadores, como sria omisso da obra. Bez poderia ter apresentado, no final, uma retrospectiva do assunto, retomando as questes centrais e de destaque nas pesquisas desenvolvidas. Poderia, igualmente, apresentar as opes e projetos em andamento destinados ao enfrentamento da questo. Ficou a idia de a destruio dos livros ser contnua e de no existir perspectiva de superao. Sugesto. Concordou-se que seria vlido incluir a proposio de solues alternativas ou estudo de casos sobre formas viveis de se evitar a perda da informao e de objetos histricos, acarretada pela destruio de livros. Na condio de autor com trnsito internacional e consultor da UNESCO, Bez teria condies de congregar movimentos e organizaes que poderiam resguardar as bibliotecas em risco e defender programas de incentivo recuperao e preservao de obras impressas.

VI. FORMAS CONSENSUAIS

Linguagem. Entre as formas consensuais, deve-se apontar o fato de a obra ter sido desenvolvida com linguagem clara, direta e objetiva, sem utilizao de retricas evasivas. Narrativas. Certas narrativas do livro so bem formuladas, despertando o interesse pela leitura a partir da caracterizao do ambiente, contexto histrico e traos de certas personalidades. Posicionamento. O autor, de modo geral, deixa bem claro a distino entre as prprias opinies e hipteses ao longo do texto, em relao aos fatos que descreve, e as de outros especialistas, tal como se pode observar nas pginas 70 a 73 e 84. Etimologias. O autor apresenta etimologias esclarecedoras em vrias partes do texto, por exemplo as seguintes 8, na ordem alfabtica do tema: 1. Apocalipse. [...] a palavra grega apocalipsis se traduz como destruio, mas tambm como revelao (p. 22). 2. Ato de ler. O ato de ler era denominado anagnoosis, que significa leitura, mas sobretudo leitura pblica (p. 50). 3. Livro. O livro era chamado de biblos, em homenagem cidade fencia de Biblos (p. 50). 4. Matrimnio. [...] o que recorda a me (p. 24). 5. Memria. Do termo grego ao latino o matiz se conserva porque memria provm de memor-oris, que vem a ser aquele que recorda (p. 24). 6. Papiro. Esses papiros, relacionados, segundo uma tradio, com a palavra egpcia Pa-pa-ra, (pertencente ao rei), precediam de uma planta da famlia das ciperceas, o Cyperus papyrus (p. 43).
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7. Patrimnio. Patrimnio literalmente o que recorda o pai (p. 24). 8. Vendas de livros. O erudito Plux chamou de bibliotheekai essas vendas de livros (p. 51). Enumeraes. Tambm foram consideradas formas consensuais as enumeraes empregadas no livro. Horizontais. Bem como a utilizao de enumeraes horizontais, visando o esclarecimento dos temas (p. 15, 25, 135 e 221). Verticais. Ainda, a utilizao de enumeraes verticais, outra tcnica empregada de modo a enriquecer as abordagens (p. 57, 70, 72, 77, 80 e 84).

VII. FORMAS HETEROCRITICVEIS

Notas. Existe o excesso de 557 notas ao longo do livro. A necessidade de consultar continuamente o final do livro, visando acompanhar as informaes complementares disponveis (p. 343-376), prejudica a fluncia da leitura. Apenas na pgina 53 foram contadas 18 notas. Por outro lado, algumas so pouco explicativas, citando apenas a fonte. Outras, com abreviaturas incompreensveis, no so claras (notas 6, 7, 38, 39, 42 e outras). Ainda existem notas em outros idiomas, no configurando o estilo de escrita mais tarstico. Onomstico. No sumrio (p. 12), est registrado a existncia do ndice Onomstico. Ao consultar o local especfico (p. 421) encontra-se apenas a palavra ndice. Paginao. A paginao do livro s tem incio pgina 15, fato dificultador das consultas e referenciaes. Alm disso, a primeira pgina de cada captulo tambm no inclui paginao, dificultando a consulta. Captulos. Existem 36 captulos. Contudo, a numerao deles se reinicia a cada seo, havendo 3 enumeraes independentes de captulos. Tal opo tambm constitui prejuzo para consultas e referenciaes. Algarismos. Existe a falta de padro nos algarismos referenciados por extenso e em numerais. Entre outros exemplos, podem-se citar Perderam-se as 101 comdias de Difilo de Snope, as cem comdias de Eubulo de Atenas e as 250 comdias de Alexis de Turi (p. 53). Pontuao. Ausncia de padro no estilo das pontuaes. Por exemplo, ponto final antes das aspas (p. 126) e ponto final depois das aspas (p. 126). Fontes. Existem informaes sem a devida insero das fontes. Por exemplo, [...] um tribunal dos Estados Unidos proibiu a circulao das Cartas de amor a Helosa, de Abelardo [...] (p. 131). Repetio. A citao de John Milton obtida em Aeropagtica (1644), Quem destri um bom livro mata a prpria Razo, foi includa duas vezes (p. 24 e 221). Inoportuna. O uso inoportuno da palavra desgraadamente (p. 39). Cacofonia. Eis, na ordem alfabtica, 10 cacfatos comuns encontrados no texto, de responsabilidade do tradutor, afora muitos outros, secundrios, que seriam fceis de eliminar, em obra to expressiva, atravs da funo find do processador de texto: 01. Abundncia, p. 72. 02. Como ele, p. 137. 03. Como monge, p. 143. 04. Como todos os eruditos, p. 118. 05. Como um dos maiores estudiosos, p. 145.
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06. Como um homem, p. 123. 07. De forma, p. 90. 08. Por ca..., p. 62, 64, 68, 75, 81, 114, 167, 337. 09. Por co..., p. 37, 44, 59, 96, 150, 151. 10. Por re..., p. 25, 178. Imagens. No foram inseridas no livro quaisquer imagens. A presena delas poderia enriquecer a obra. Seriam importantes acrscimos para a visualizao e a compreenso dos leitores de itens tais como: tabletas (os artefatos primitivos utilizados para a escrita), o papiro, o cdice, imagens das destruies de acervos no Iraque e mapas de regies histricas mencionadas. Listagens. Da mesma forma, vlido registrar a ausncia de listagens, por exemplo de pessoas, lugares, motivos, hipteses, escolas de conhecimento, que tornariam mais claro o contedo. Exemplo. Outra listagem vlida seria a incluso de fatores que podem causar o desaparecimento de livros. Eis, na condio de exemplo e na ordem alfabtica do tema, 8 possveis causas de destruio de livros: 1. Acidentes: incndios, naufrgios. 2. Animais: ratos, traas e outros insetos. 3. Desastres naturais: furaces, terremotos, maremotos, ciclones, inundaes. 4. Fungos: bolores e mofos. 5. Guerras: conflitos blicos. 6. Materiais: materiais utilizados na fabricao dos prprios livros, por exemplo, cidos. 7. Motivaes humanas: poder poltico ou religioso. 8. Mudanas culturais: extino de uma lngua, alterao de moda literria.

VIII. RECURSOS EMERGENCIAIS

Mnemossomtica. Segundo a Mnemossomtica, alguns recursos emergenciais ou de pronto-socorro foram utilizados com o objetivo de assentar as remisses das idias hauridas no texto da obra, dentre elas os ndices. Opes. A seguir, so listados 4 recursos emergenciais que poderiam ser elaborados, tendo em vista agilizar a consulta obra em questo, considerando-se o relato de fatos histricos e localizados: 1. ndice de livros destrudos com a data da extino. 2. Relao das bibliotecas com as datas de fundao, destruio e total do acervo. 3. Cronologia das obras / bibliotecas. 4. ndice de estrangeirismos. Geogrfico. Foi criado, na 9a IHOU, o ndice geogrfico de 672 localidades empregadas no texto, recurso no elaborado pelo autor e primeira providncia tcnica de urgncia, contribuindo para as pesquisas e crticas dos participantes (no includo neste artigo por motivos de espao).

IX. SOBRE O AUTOR

Resultado. Julgou-se oportuno, nesta seo, enfatizar relevante resultado obtido com a seleo da obra Histria Universal da Destruio dos Livros.
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Apresentao. Durante o curso, foi realizado contato com Fernando Bez, autor do livro em anlise, que cordialmente aceitou o convite para visitar Foz do Iguau. Na manh do sbado, 19 de maio de 2007, de 9 s 12 horas, duas semanas depois do curso, Bez proferiu palestra apresentando o trabalho pessoal e a obra em questo, sendo ao final questionado pelos participantes. Juventude. Bez disse manifestar desde criana preocupao com a destruio dos livros. Informou ter vivido intensas experincias relacionadas com livros a partir da infncia. Por exemplo: 1. Ainda menino, viu a inundao de uma biblioteca. 2. Aos 17 anos de idade, viu alguns colegas queimarem livros didticos. 3. Aos 19, na condio de vendedor de enciclopdia, viu incndio destruir livraria. 4. Em 1999, viu bibliotecas em runas em Sarajevo. No mesmo ano, viu um aluvio destruir biblioteca na Venezuela. 5. Recebeu a herana de pequena biblioteca do av, sem nem mesmo t-lo conhecido. 6. Comeou a escrever aos 13 anos de idade. Hoje autor de 16 livros (Ano-base: 2007). Idiomas. Bez conhece 5 idiomas (incluindo o Grego Antigo e o Latim) e chegou a traduzir Aristteles a partir do original em Grego. Funes. Atualmente Bez considerado autoridade no campo da Histria das Bibliotecas. Entre outras funes, exerce as de membro do Centro Internacional de Estudos rabes, professor de curso de doutoramento e assessor da UNESCO. Poltica. Em relao a apoiar, ou no, Chavez no governo da Venezuela, informou que a preocupao pessoal no o governo ou a poltica. A real questo que as principais causas dos problemas sociais latinoamericanos permanecem intocveis. Para Bez, no importa o homem Hugo Chavez da Venezuela ou a personalidade Lula do Brasil, mas sim a mudana, o estabelecimento de um novo paradigma. Atualmente, em um espao de 22 milhes de km2 e populao de 580 milhes de habitantes, existem 300 milhes de pobres na Amrica Latina. Esses so os fatos, no importando as inclinaes polticas dos governos. Cultura. Segundo o autor, hoje, ao invs de identidade cultural, existe uma submisso cultural. A memria social a base da identidade cultural. prioritrio estudar mais a relao identidade e memria (livros e bibliotecas), a fim de se evitar os efeitos da transculturao, um fenmeno antropolgico no qual determinada cultura se impe a outra com o fim de domin-la. Tom. Questionado quanto ao tom de pessimismo observado no livro, o autor entende que realmente imps certa desesperana ao texto, pois o escreveu com melancolia e tristeza. Em toda a vida estudou e verificou os fatos das destruies de livros. Para aqueles leitores que desejam livros mais motivadores, sugeriu a leitura da obra de Paulo Coelho. Trafores. Nos diversos momentos de convivncia com Fernando Bez, foi possvel perceber a elevada erudio desse autor. Entre os trafores observados, 2 poderiam ser apontados: bom humor e presena de esprito. Alm de manter bom relacionamento com todos, mostrou habilidade intelectual nos questionamentos. Na conferncia, questionado sobre casos no Brasil, apontou o ento recente caso do cantante brasileo em vias de destruir livros, referindo-se biografia no-autorizada do cantor Roberto Carlos. Iraque. Representando a UNESCO, visitou o Iraque, em 2003, para investigar a destruio dos bens culturais depois da invaso americana. Apontou a ocorrncia de perdas irreparveis e a impunidade dos invasores. Riscomania. Questionado sobre a viagem ao Iraque, observou ter tido medo antes de decidir embarcar. Justificou a deciso afirmando o que d medo o mais interessante.
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Iniciativas. Quanto crtica de ausncia de solues na obra, Bez disse refletir continuamente sobre a questo de como superar as problemticas apontadas. Entre as iniciativas deflagradas por ele, encontramse a criao de Associaes de Amigos de Biblioteca, da UNESCO, de Leitura e de Livros. Disse no ter verificado a existncia de tais movimentos no Brasil. Coleo pessoal. Outra ao de Bez a de estar adquirindo e colecionando todos os livros encontrados com apenas 1 exemplar. Busca, assim, contribuir para a preservao dessas obras. Educao. Enfatizou que papel da biblioteca estimular a liberdade. Para ele, a biblioteca deve estar a servio da educao, no havendo soluo para os problemas sociais sem a prtica da educao atravs do respeito, da classificao e da ordenao da cultura. Bibliotfio. Antes de retornar, Bez se disse impressionado com a Conscienciologia. Chamou ateno para o acervo da Holoteca, principalmente com o bibliotfio, afirmando ser iniciativa indita para ele. Espontaneamente se disponibilizou a divulgar essas experincias nas colunas jornalsticas por ele assinadas.

CONSIDERAES FINAIS
Megafoco. Nesta resenha buscou-se registrar a heterocrtica, realizada a partir da 9a IHOU, sobre a obra Histria Universal da Destruio dos Livros, que propiciou a visita, Cognpolis de Foz do Iguau, do autor Fernando Bez, autoridade internacional em temticas abrangendo bibliotecas, educao e cultura. Recomposio. Foi consenso dos resenhadores, considerando-se os devastadores efeitos resultantes da destruio de livros, a conscientizao quanto recomposio entre os envolvidos. Nesse sentido, importante refletir a respeito das responsabilidades grficas individuais, pretritas e atuais. Patamar. No mbito da Autopesquisologia, o curso IHOU, com base em tecnicidade mentalsomtica, foi criado para oferecer mecanismos de verificao da prpria realidade consciencial, facilitar a viso de conjunto das prioridades pessoais e alavancar a vivncia de novo patamar evolutivo. Responsabilidade. Conclui-se ressaltando a importncia de reflexo sobre a responsabilidade do registro do conhecimento conscienciolgico, atravs da redao de artigos e de livros conscienciolgicos. Segundo a Conscienciografologia, todo texto reflete a realidade do escritor.

PITAGUARI, Antonio & LOCHE, Lanio. Resenha Heterocrtica da Obra Histria Universal da Destruio dos Livros de Fernando Bez

Conscientia, 12(2): 243-256, abr./jun., 2008