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Relatório Pilha Iônica

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA GOIANO CAMPUS IPOR CURSO DE LICENCIATURA EM QUMICA DISCIPLINA: FSICO-QUMICA EXPERIMENTAL lll

Relatrio PILHA DE CONCENTRAO INICA Alunos: Elingela Cristina Cndida Costa Fbio Jnio Rodrigues de Brito Natlia Cristina P. Silva Raiane Silva Lemes Professora: Thas Moraes Arantes Ipor 2013

INTRODUO

Pilhas e baterias so dispositivos capazes de transformar a energia qumica contida nos materiais que formam seus componentes em energia eltrica por meio de uma reao chamada oxirreduo. Neste tipo de reao ocorre a transferncia de eltrons do material que sofre oxidao (perde eltrons) para aquele que sofre reduo (recebe eltrons).

Estes dispositivos so encontrados em: carros, computadores, laptops e notebooks, rdios e tocadores de MP3, relgios, telefones celulares, cmeras fotogrficas, lanternas, marcapassos, etc. (MOTA; ROSENBACH JR.; PINTO, 2010).

INTRODUO

Uma pilha constituda essencialmente por dois eletrodos (nodo e ctodo) e um eletrlito. No nodo (polo negativo) ocorre a reao de oxidao, no ctodo (polo positivo) ocorre uma reao de reduo e o eletrlito o meio fsico que possibilita o transporte de carga eltrica no interior da pilha.

A potncia de uma pilha determinada pelo grau de espontaneidade com que ocorre a transferncia de eltrons de um eletrodo para outro. Assim, quanto maior for a capacidade de um eletrodo sofrer oxidao ou reduo em relao ao outro, maior ser a potncia da pilha (BROWN; LEMAY; BURSTEN, 2005; MOTA; ROSENBACH JR.; PINTO, 2010).

INTRODUO

A primeira bateria foi desenvolvida pelo italiano Alessandro Volta, em 1800, atravs de um arranjo alternado de discos de metais (como prata e zinco, por exemplo) que, tendo feltro embebido em gua salgada ou vinagre entre os discos metlicos, era capaz de produzir eletricidade (MOTA; ROSENBACH JR.; PINTO, 2010). Em 1836, o qumico britnico John Daniell construiu a Pilha de Daniell, que consiste de dois sistemas de eletrodos (duas semi pilhas) separados por uma ponte salina, a qual evita a mistura das duas solues, mas permite que a corrente flua entre os dois compartimentos. Cada meia-pilha consiste de um metal, zinco ou cobre, imerso em uma soluo de um sal altamente solvel, como o ZnSO4 ou o CuSO4 (BROWN; LEMAY; BURSTEN, 2005).

INTRODUO

Em 1868, o engenheiro francs George Leclanch desenvolveu uma pilha em que o eletrlito era constitudo por uma soluo de cloreto de amnio. Tal pilha chamada de pilha seca devido o eletrlito no ser uma soluo lquida como na pilha de Daniell. O nodo era uma placa de zinco e o ctodo um basto de carvo inserido em um tubo poroso, contendo carvo esmagado e dixido de mangans (FELTRE, 2004; MOTA; ROSENBACH JR.; PINTO, 2010).

Algum tempo depois, John Gassner aperfeioou a pilha de Leclanch, substituindo a soluo de cloreto de amnio por uma pasta mida. A maioria das pilhas atuais utilizadas em equipamentos portteis deriva da pilha desenvolvida por Gassner (MOTA; ROSENBACH JR.; PINTO, 2010).

INTRODUO

Um outro tipo de pilha a Pilha de Concentrao Inica, constituda por materiais metlicos da mesma natureza, em contato com solues de diferentes concentraes (RIELLA, 2013). Para um eltrodo metlico, de acordo com a equao de equilbrio Mn+ + ne- M (onde: M = metal, Mn+ = ction do metal, e- = eltron, n = nmero inteiro correspondente ao nmero de eltrons cedidos por tomo M, sendo n numericamente igual, sempre, a carga positiva do ction de M), pode-se verificar que, diminuindo-se a concentrao dos ons Mn+, o equilbrio tende a deslocar-se no sentido direto (para a esquerda), aumentando a tendncia perda de eltrons e elevando, consequentemente, o valor do potencial (Corroso, 2013; Pilhas e Corroso, 2013).

INTRODUO

Sendo assim, verifica-se que o aumento da concentrao diminuir o valor do potencial, podendo ento, fixar a natureza eltrica dos eletrodos: o nodo ser aquele que se encontrar imerso na soluo mais diluda e o ctodo aquele que se encontrar imerso na soluo mais concentrada (FERREIRA et al., 2011).

As diferenas locais das concentraes dos ons metlicos, ocasionadas pela agitao inadequada ou difuso dos ons metlicos, podem ativar ou iniciar um processo de corroso (RIELLA, 2013).
Os ctions Mn+ combinam-se, passando a integrar o produto da corroso. O metal atua como redutor doando eltrons substncia oxidante do meio (O2, H+, H2O, etc.) segundo dois mecanismos principais, dando origem aos tipos de corroso:

INTRODUO

Corroso Qumica ou Direta - Ocorre ao direta do meio agressivo sobre o material metlico. Os eltrons cedidos pelo metal so doados ao oxidante no prprio lugar onde so produzidos. Corroso Eletroqumica ou Indireta (Eletrocorroso) Causada pela ocorrncia de pilhas ou pares galvnicos em curto-circuito. Os eltrons so produzidos no nodo (zona andica) e consumidos no ctodo (zona catdica). As regies catdicas e andicas ocorrem devido a heterogeneidades existentes ou formadas nos metais, nos meios, ou em ambos.

Na eletrocorroso necessria a presena de eletrlitos enquanto na corroso qumica no. Qualquer heterogeneidade no meio, no metal ou em ambos pode produzir uma pilha (Pilhas e Corroso, 2013).

INTRODUO

A corroso originada por este tipo de pilha conhecida por corroso por contato, corroso em frestas ou corroso por concentrao diferencial. Peas metlicas rebitadas ou com frestas, onde o eletrodo tem difcil acesso, tornam-se mais concentradas em ons metlicos formados pela corroso. Nas regies de fcil acesso do eletrlito, os ons metlicos formados so arrastados pelo eletrlito em movimento, tendo-se, ento, um gradiente de concentrao que ocasiona a d.d.p. (diferena de potencial) (RIELLA, 2013).

INTRODUO

A Equao de Nernst E = E - (RT/nF) ln Q, desenvolvida pelo qumico e fsico alemo Walther Hermann Nernst, a relao quantitativa que permite compreender o que uma pilha de concentrao e calcular a fora eletromotriz de uma pilha, para concentraes de ons diferentes de uma unidade. Tambm usada para clculos em titulao de oxidao-reduo (PERUZZO & CANTO, 1997). As pilhas e baterias podem ser classificadas em: primrias - no recarregveis e descartveis, sendo as mais comuns: zinco/dixido de mangans (Leclanch), zinco/dixido de mangans (alcalina) e ltio/dixido de mangans; secundrias recarregveis e reutilizveis por inmeras vezes, como as de: chumbo/xido de chumbo (chumbo/cido), cdmio/xido de nquel (nquel/cdmio), hidreto metlico/xido de nquel e ons ltio (BROWN; LEMAY; BURSTEN, 2005; MOTA; ROSENBACH JR.; PINTO, 2010).

OBJETIVOS

Construir uma pilha de concentrao inica; Analisar o mecanismo de funcionamento de uma pilha de concentrao.

METODOLOGIA
Material:

3 bqueres (50 mL); 2 funis; 2 bastes de vidro; 2 bales volumtricos (100 mL); 1 esptula metlica; Balana analtica; Fios de cobre; gua deionizada; Soluo de sulfato de cobre (CuSO4) 0,1 mol/L; Soluo de sulfato de cobre (CuSO4) 1,0 mol/L; 1 mangueira transparente de silicone; Multmetro; Algodo.

METODOLOGIA
Procedimento experimental:

Primeiramente, preparou-se duas solues de sulfato de cobre: uma com a concentrao 0,1 mol/L e outra com a concentrao 1,0 mol/L. Construiu-se uma ponte salina utilizando uma mangueira curvada com o auxlio de um fio de cobre.

Logo aps, preencheu-se a ponte salina com 14 mL da soluo de sulfato de cobre com concentrao menor (0,1 molar) e vedou-se as extremidades da mangueira com algodo.

METODOLOGIA
Procedimento experimental:

Foram colocados, aproximadamente, 40 mL de cada uma das solues em diferentes bqueres, ambos em contato com a ponte salina. Em seguida, os fios de cobre, em contato com as solues dos bqueres, foram conectados no multmetro, sendo o ctodo (positivo) a soluo mais concentrada e o nodo (negativo) de menor concentrao. Aguardou-se a medio no multmetro.

RESULTADOS E DISCUSSES

Numa pilha de concentrao inica (figura 01), os eletrodos e os eletrlitos so iguais no ctodo e no nodo; somente a concentrao das solues aquosas que so diferentes. O eletrodo o cobre e o eletrlito a soluo de sulfato de cobre. O eletrodo mergulhado na soluo mais concentrada funciona como ctodo (reduo) e o eletrodo mergulhado na soluo menos concentrada funciona com nodo (oxidao).

Figura 01 Modelo de pilha de concentrao inica. Fonte: Corroso, 2013.

RESULTADOS E DISCUSSES

Os ons Cu2+ passam da soluo mais concentrada para a menos concentrada, ou seja, do ctodo para o nodo. O fator que obriga o sistema a produzir um fluxo de eltrons a diferena das concentraes de ons Cu2+, na qual eles formam um depsito de cobre metlico na sua superfcie. Equao da reao: nodo: Cu(s) Cu2+(aq) + 2eCtodo: Cu2+(aq) + 2e- Cu(s) Reao Global: Cu(s) + Cu2+(aq) Cu2+(aq) + Cu(s)

RESULTADOS E DISCUSSES

Para saber o potencial da pilha, utilizou-se da Equao de Nernst E = E - (0,0257/n) ln Q, simplificada a 25C, onde: E = voltagem a uma determinada concentrao; E0total = voltagem-padro; N = nmero de moles de eltrons transferidos na equao; Q = [Produto] [Reagente]
Calculou-se esses potenciais separados para assim chegar no potencial padro.

RESULTADOS E DISCUSSES

Realizando os clculos de cada semicela e somando ambos, chegou-se a um potencial terico de 0,0296 V conforme os clculos abaixo: Para a soluo de 0,1 molar: E = - 0, 3124 V Para a soluo de 1 molar: E = 0, 342 V E total: E = 0, 342 + (- 0, 3124) E = 0, 0296 V

RESULTADOS E DISCUSSES

Experimentalmente, o multmetro apontou um valor de potencial 0,018 V (figura 02), aproximado do valor terico.

Figura 02 Estrutura da pilha de concentrao inica executada na aula experimental.

RESULTADOS E DISCUSSES

A pilha de concentrao funcionar at que as concentraes das duas solues sejam iguais. O valor obtido experimentalmente no foi igual ao terico devido alguns erros experimentais, como por exemplo: calibragem do voltmetro, perda de massa na preparao da soluo e a temperatura.

CONCLUSO

A construo da pilha foi efetuada com sucesso, visto que o potencial obtido foi de 0,018 V. Comparando-se os potenciais terico e experimental, nota-se que o valor experimental diferente do terico e que alguns erros experimentais podem ter influenciado este resultado. Pode-se ainda ressaltar a importncia de colocar em prtica os conceitos aprendidos nas aulas tericas sobre o funcionamento e composio de uma pilha.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

BROWN, T. L.; LEMAY, H. E. J.; BURSTEN, B. E. Qumica: a cincia central. 9 ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. p.748-749. Corroso. Disponvel em: <http://mecanicoanvs.blogspot.com.br/p/corrosao-apostila.html>. Acesso em: 25 mar. 2013. FELTRE, R. Qumica. 6 ed., v.2. So Paulo: Moderna, 2004. p.317-318. FERREIRA, L. H.; HARTWING, D. R.; GIBIN, G. B.; OLIVEIRA, R.. C. de; Contm qumica: pensar, fazer e aprender com experimentos. So Carlos: Pedro Joo Editores, 2011. 331p. ISBN 978-85-7993-0751. MOTA, C. J. A.; ROSENBACH JR., N.; PINTO, B. P. Qumica e Energia: Transformando Molculas em Desenvolvimento. So Paulo: Sociedade Brasileira de Qumica, 2010. p.74-76. (Coleo Qumica no Cotidiano, v.2).

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

PERUZZO, T. M.; CANTO, E. L do. Qumica na abordagem do Cotidiano. Volume nico. So Paulo: Moderna, 1997. Pilhas e Corroso. Disponvel em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&so urce=web&cd=1&ved=0CDEQFjAA&url=http%3A%2F%2Ffacen s.br%2Fsite%2Falunos%2Fdisciplinas%2Fquimica%2Flab%2F2 006%2Faula122006.doc&ei=KxhTUduLFNPx0wHh24CwCg&usg=AFQjCNHHH 7qVbo8aqf9olNEpNM_C1Bi9AQ&sig2=p9hMQF64D_PYqC8ZC ChUXQ>. Acesso em: 25 mar. 2013. RIELLA, H. G. Apostila de corroso. Disponvel em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABEkgAJ/corrosao>. Acesso em: 25 mar. 2013.

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