Tema 2 - (Livro P. Eletroquimica - Fernando Nobre
Tema 2 - (Livro P. Eletroquimica - Fernando Nobre
Tema 2 - (Livro P. Eletroquimica - Fernando Nobre
HISTÓRICO
A eletroquímica teve início em 1780, com os estudos do italiano Luigi
Galvani sobre a anatomia dos sapos. Em seus experimentos, o cientista
obteve corrente elétrica no tecido muscular desses anfíbios. Em 1800, o
físico italiano Alessandro Volta discordou de Galvani, afirmando que a
eletricidade tinha como fonte os metais. Volta construiu um equipamento
capaz de produzir eletricidade de um modo constante, que foi chamado
pilha de Volta. Podemos ver o equipamento na figura nº. 01.
Figura nº. 01 – Pilha de Volta. O equipamento foi construído empilhando-se discos de zinco e cobre,
que eram separados por tecido do tipo feltro e embebidos em solução de ácido sulfúrico. A pilha
produzia corrente elétrica sempre que um fio condutor era ligado aos discos de zinco e de cobre
e colocados nas extremidades da pilha. A pilha de Volta acabou a divergência com Galvani, que
afirmava só ser possível obter eletricidade com tecido animal. Para homenagear os dois cientistas,
reconhecidos como de grande valor para a ciência, a eletrodeposição de metais foi chamada de
galvanização; e a unidade de diferença de potencial elétrico, de volt. Fonte: Wikipédia
Figura nº. 02 – Pilha de Daniell. O eletrodo onde ocorre a oxidação é o anodo ou o polo negativo.
O eletrodo onde ocorre a redução é o catodo ou polo positivo. Os elétrons deixam a célula pelo
anodo, atravessam o circuito externo e retornam pelo catodo. Os elétrons são produzidos pela
oxidação e são consumidos pela redução. Na ponte salina, os ânions migram para a solução do
anodo; e os cátions migram para a solução do catodo.
Figura nº. 03 – Medida do potencial no estado padrão do zinco usando o eletrodo de referência de
hidrogênio. A medida indica 0,76 V; e o sentido dos elétrons é do zinco para o hidrogênio.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Figura nº. 04 – Pilha de concentração. As concentrações das soluções de Ni2+ são diferentes.
Como já estudamos, as soluções possuem potenciais químicos diferentes, teremos, então, uma
tendência para igualar as concentrações.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
Figura nº. 05 – Pilha de Leclanché. A pilha tem anodo de zinco e catodo constituído por um bastão
de grafita imerso em pasta de MnO2, NH4Cl, ZnCl2 e C. Tem caráter ácido, devido à presença do
cloreto de amônio. Não pode ser recarregada, devido à semirreação de redução do dióxido de
manganês. Fornece uma diferença de potencial de 1,5 e foi aperfeiçoada, dando origem à chamada
pilha alcalina, em que o hidróxido de potássio foi colocado no lugar do cloreto de amônio.
Figura nº. 06 – Uma bateria automotiva de chumbo e ácido de 12 V. Cada pilha fornece 2,0 V; logo
devemos ter seis pilhas em série para obter os 12 V. A carga em AH, vai determinar a massa das
placas e tamanho da bateria. Em automóveis, a carga oscila entre 30 a 50 AH.
A partida é o ponto principal, pois é solicitada amperagem muito alta.
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
ELETRODO INERTE
Figura nº. 07 – Eletrólise de uma solução de cloreto de sódio em meio aquoso. No catodo, a espécie
H+ disputa com a espécie Na+. Na tabela, verificamos que o H+ tem maior tendência de reduzir que
o Na+; logo terá a formação de H2. No anodo, a espécie Cl- disputa com a espécie OH-. Na tabela de
descarga de aníons, verificamos que o Cl- tem maior tendência de oxidar; logo terá a formação de Cl2.
Em solução restam as espécies Na+ e o OH-, que, após concentração, produzem o hidróxido de sódio.
ELETRODO ATIVO
Figura nº. 08 – Eletrólise de uma solução de ácido sulfúrico com eletrodos de cobre. No catodo (-),
colocamos um eletrodo com cobre puro; e no anodo. um eletrodo com cobre impuro. Desejamos
obter no catodo mais cobre puro pelo processo eletrolítico. No início, no catodo, apenas o íon H+
disputa a redução e forma H2 (g). No anodo, temos uma disputa dos íons SO4 2-, OH – e o cobre
pela oxidação. O estudo do texto mostra que o cobre vai oxidar, produzindo íons Cu2+. Os íons
produzidos no anodo migram para o catodo e ganham na disputa por redução do H+.
ELETRODEPOSIÇÃO METÁLICA
EXERCÍCIO COMPLEMENTAR
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Exercício 04: Uma pilha é formada por uma barra de cromo em solução
0,1 M de Cr3+ e uma barra de estanho em solução 0,001 de Sn2+.
Calcule:
a) a diferença de potencial da pilha.
b) a variação da energia livre na reação da pilha.
Solução:
a) Na tabela nº. 01, temos os potenciais de redução:
Para o estanho: Sn2+ + 2e Sn (s). Eo = –0,14 V.
Para o cromo: Cr3+ + 3e Cr (s). Eo = –0,74 V.
O estanho tem potencial de redução maior que o cromo, logo o
estanho vai reduzir e o cromo vai oxidar. Devemos inverter a semirreação
do cromo e balancear as cargas. Operando, fica:
para o estanho: 3 Sn2+ + 6e 3 Sn (s). Eo = -0,14 V.
para o cromo: 2 Cr (s) 2 Cr 3+ + 6e. Eo = +0,74 V.
Somando: 2 Cr (s) + 3 Sn2+ 3 Sn (s) + 2 Cr3+. ∆Eo = 0,60 V.
Aplicando a equação de Nernst:
∆E = 0,60 – (0,0592 / 6) x log [(10 -1)² / (10 -3)³] = 0,53 V.
b) ∆G = -nF∆E = –6 x 96.485 x 0,53 = - 220.962,3 J = 221 kJ.
i = 100 A, R = 0,60.
V = 50 V.
1º Exercício
Uma pilha foi montada para usar as seguintes semirreações:
Oxidação: Fe2+ Fe3+ + 1e.
Redução: ½ Br2 + 1e Br1-.
Verifique se o projeto da piha está correto.
Resposta
Na tabela nº. 01, para a 1ª semirreação, temos Eo = –0,77V; e para a 2ª,
temos Eo = + 1,09V. O ∆Eo = +0,32V. Como é positivo, o projeto está correto.
3º Exercício
Uma pilha usa uma peça de cobre em solução 0,025M de Cu2+ e uma
peça de prata em solução 0,015 M de Ag1+. Calcule:
a) a diferença de potencial da pilha.
b) a carga da pilha em AH.
c) o tempo de funcionamento da pilha quando mantém em
funcionamento um computador de 100W.
Resposta
(a) ∆E = 0,40 V,
(b) carga = 53,6 AH,
(c) tempo = 1,28 horas.
4º Exercício
Uma pilha de concentração com dois eletrodos de hidrogênio foi
construída para medir o pH. O eletrodo padrão tem p = 1atm e [H+] = 1,0M o
outro eletrodo tem p = 1atm e [H+] =? O eletrodo medidor foi mergulhado em
solução de pH desconhecido, a voltagem foi medida como 0,211V, e a corrente
de elétrons flui do eletrodo medidor para o padrão. Calcule o pH da solução.
Resposta
Usando a equação de Nernst, temos ∆E, ∆Eo, n e uma das concentrações
[H+] = 1. Calculamos a concentração desconhecida como [H+] = 2,7 x 10 -4.
Com a concentração de [H+], calculamos o pH = 3,57.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume 1. 2 ed. São Paulo: Editora Makron
Books, 1994, 621 p.