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Reações de Oxidação

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Reações de Oxidação - Redução

Profª. Drª. Rebeca Previate Medina


4º Ano – Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio
Agente oxidante e agente redutor - Exercícios
A equação representa a reação envolvida no funcionamento das baterias
recarregáveis de níquel/cádmio. Nesse processo, qual o agente oxidante e qual o
agente redutor? Justifique.

Cd + 2 Ni(OH)3 → Cd(OH)2 + 2 Ni(OH)2


Eletroquímica - Pilhas

Profª. Drª. Rebeca Previate Medina


4º Ano – Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio
Eletroquímica
A Eletroquímica estuda a aplicação do fenômeno de transferência de elétrons,
com o objetivo de converter energia química em energia elétrica e vice-versa.

• Conversão de energia química em energia elétrica: processo espontâneo,


denominado pilha ou célula galvânica

• Conversão de energia elétrica em energia química: processo não


espontâneo, denominado eletrólise. É utilizado na fabricação de diversas
substâncias que constituem matérias-primas fundamentais para a indústria,
como alumínio, cloro, hidróxido de sódio. Também é utilizado no revestimento
metálico de peças (eletrodeposição). Para ocorrer, requer fornecimento de
energia do sistema.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 265
Eletroquímica
Lembre-se: em qualquer reação balanceada de oxirredução o número de
elétrons ganhos pelo oxidante é igual ao número de elétrons perdidos pelo
redutor.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 266
Pilhas

Fontes: BROWN, T. L.; LEMAY JR., E.; BURSTEN, B. E. Eletroquímica. In: BROWN, T. L.; LEMAY JR., E.; BURSTEN,
B. E. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. cap. 20, p. 728.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 94.
Pilhas

Fontes: BROWN, T. L.; LEMAY JR., E.; BURSTEN, B. E. Eletroquímica. In: BROWN, T. L.; LEMAY JR., E.; BURSTEN,
B. E. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. cap. 20, p. 728.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 94.
Pilhas

Em 1836, o químico e meteorologista inglês John Frederic Daniell (1790-1845)


construiu uma pilha diferente, com dois eletrodos interligados. Cada eletrodo
era um sistema constituído por um metal imerso em uma solução aquosa de um
sal formado pelos cátions desse metal. Em um sistema desse tipo é estabelecido
um equilíbrio dinâmico entre o elemento metálico e seu respectivo cátion.

John Frederic Daniell


Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 269
Pilha de Daniell
Daniell percebeu que se fizesse uma interligação entre dois eletrodos, feitos de
metais diferentes, o metal mais reativo ia transferir seus elétrons para o cátion
do metal menos reativo em vez de transferi-los para os seus próprios cátions em
solução.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 270
Pilha de Daniell

Ânodo ou polo negativo da pilha


É o eletrodo de onde saem os elétrons, no qual ocorre oxidação. No esquema, o
zinco metálico da placa doa 2 elétrons que seguem pelo fio condutor em direção
ao eletrodo de cobre. O Zn(s) se transforma em cátion zinco, Zn2+(aq), que
passa a fazer parte da solução.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 270
Pilha de Daniell

Cátodo ou polo positivo da pilha


É o eletrodo para onde vão os elétrons, no qual ocorre redução. No esquema, o
cátion cobre, Cu2+(aq), que estava em solução, recebe os 2 elétrons doados pelo
zinco que vieram pelo fio condutor até a placa de cobre e se transforma em
Cu(s), que passa a fazer parte da placa.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 270
Pilha de Daniell

A reação global da pilha é a soma das reações parciais que ocorrem nos
eletrodos:

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 270
Pilha de Daniell

• no ânodo: a placa de zinco diminui de massa ao mesmo tempo que a


concentração de cátions zinco em solução aumenta;
• no cátodo: a placa de cobre aumenta de massa ao mesmo tempo que a
concentração de cátions cobre em solução diminui.
As soluções de ambos os eletrodos perderiam a neutralidade elétrica e
interromperiam precocemente o funcionamento da pilha se não fosse adaptada
ao sistema uma ponte salina.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 271
Pilha de Daniell

A ponte salina pode ser constituída, de um tubo de vidro em U contendo uma


solução aquosa concentrada de um sal bastante solúvel, geralmente cloreto de
potássio, KCl(aq), ou nitrato de amônio, NH4NO3(aq). As extremidades do tubo
são fechadas com um material poroso, como algodão ou ágar-ágar, por
exemplo.
A função da ponte salina é permitir a migração de íons de uma solução para a
outra, de modo que o número de íons positivos e negativos na solução de cada
eletrodo permaneça em equilíbrio.
Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 271
Pilha de Daniell

Na pilha de zinco e cobre, com KCl (aq) na ponte salina, temos:


• migração de íons negativos, Cl1–(aq), para o eletrodo de zinco, por causa do
aumento de íons Zn2+(aq) em solução;
• migração de íons positivos, K1+(aq), para o eletrodo de cobre, por causa da
diminuição de íons Cu2+(aq) em solução.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 271
Representação de uma pilha
A União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac) propôs uma maneira
esquemática para representar uma cela ou célula galvânica. Tal representação é
bastante útil, pois permite descrever de modo rápido e simples esse tipo de
dispositivo sem a necessidade de desenhá-lo.

Fonte: PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do
cotidiano. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 97.
Exercícios
(UFRJ) Uma barra de cobre é mergulhada em uma solução que contém íons
Ag+. Observa-se, então, o aparecimento de uma leve cor azul na solução e de
um depósito escuro na barra de cobre.

Represente a reação de oxirredução ocorrida.


Exercícios
No funcionamento da cela galvânica ilustrada abaixo verifica-se acúmulo de
chumbo metálico na placa da esquerda e desgaste (corrosão) da placa da direita.
A parede porosa exerce o mesmo papel da ponte salina.
a) Expresse, por meio de equações químicas, o que ocorre em cada eletrodo.
b) Em que sentido se estabelece o fluxo eletrônico no fio metálico?
c) Qual eletrodo atua como cátodo e qual atua como ânodo?
d) Qual eletrodo é o pólo positivo e qual é o negativo?
e) Equacione a reação global da pilha.
Força eletromotriz de uma pilha
Se, em vez de adaptarmos uma lâmpada ao circuito externo de uma pilha de
Daniell, adaptarmos um voltímetro, vamos medir indiretamente a intensidade
de corrente elétrica produzida pela pilha ou a sua força eletromotriz.
Quanto maior a diferença de potencial (ddp) dos eletrodos de uma pilha, maior
será a intensidade de corrente elétrica produzida, portanto maior a força
eletromotriz.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 273
Medida do potencial-padrão de um eletrodo
Para quantificar a força eletromotriz de uma pilha, convencionou-se medir o
potencial de cada eletrodo em relação a um eletrodo-padrão nas seguintes
condições-padrão:
• eletrodo formado por um metal mergulhado em solução de concentração 1
mol/L de íons desse metal;
• temperatura de 25 °C ou 298 K;
• pressão de 1 atm.

Fontes: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 273 e
274.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 97.
Medida do potencial-padrão de um eletrodo
O eletrodo escolhido como referência para servir de padrão de comparação para
os demais foi o eletrodo de hidrogênio adsorvido em platina, em meio a uma
solução de ácido sulfúrico que forneça uma concentração exata de íons H3O1+
(ou H+ ) (aq) igual a 1 mol/L. Nesse eletrodo ocorre o equilíbrio:

Fontes: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 273 e
274.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 97.
Medida do potencial-padrão de um eletrodo

Fontes: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 273 e
274.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 97.
Medida do potencial-padrão de um eletrodo

Assim, se interligarmos a um eletrodo de hidrogênio outro eletrodo de um


metal M qualquer, poderemos medir seu potencial.
A medida do potencial de um eletrodo é feita por um voltímetro, aparelho que
acusa a tensão elétrica ou a diferença de potencial entre dois eletrodos, assim
como o sentido da corrente elétrica. Como o eletrodo de hidrogênio tem, por
convenção, potencial igual a zero, a diferença de potencial acusada no
voltímetro será o próprio potencial do eletrodo do metal M.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 274.
Medida do potencial-padrão de um eletrodo

maior a tendência de ocorrer oxidação


maior a tendência de ocorrer redução

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 275.
Medida do potencial-padrão de um eletrodo

• Quanto maior o potencial-padrão de redução de um eletrodo, maior a


tendência do mesmo em receber elétrons, ou seja, maior a tendência de
ocorrer redução, o mesmo é um agente oxidante.
• Quanto menor o potencial-padrão de redução, maior a capacidade que o metal
possui em doar elétrons, ou seja, maior a tendência de ocorrer oxidação, o
mesmo é um agente redutor.

Fontes: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 272.
PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Eletroquímica: células galvânicas. In:_____. Química na abordagem do cotidiano. 3.
ed. São Paulo: Moderna, 2003. v. 2. cap. 4, p. 101 e 103.
Cálculo da força eletromotriz
De posse dos valores experimentais dos potenciais-padrão dos eletrodos,
podemos calcular a força eletromotriz ou diferença de potencial (ddp) da pilha,
no caso, por exemplo, constituída de zinco e cobre, observe:

ΔEº = Eºredução (cátodo) – Eºredução (ânodo)

ΔEº = Eºredução (maior) – Eºredução (menor)

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 274.
Cálculo da força eletromotriz

ΔEº = Eºredução (cátodo) – Eºredução (ânodo)

ΔEº = Eºredução (maior) – Eºredução (menor)

Como uma pilha só se forma a partir de reações espontâneas, isto é, reações em


que o sentido do fluxo de elétrons é do eletrodo mais reativo (menor potencial
de redução) para o menos reativo (maior potencial de redução), a força
eletromotriz será sempre um número positivo.
Caso o cálculo da força eletromotriz entre determinados eletrodos resulte em
um número negativo, devemos concluir que a reação não é espontânea e não
se forma pilha entre esses eletrodos.

Fonte: FONSECA, M. R. M. da. Pilhas e baterias. In:_____. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013. v. 2. cap. 16, p. 274.
Exercícios
(FGV-SP) Para que uma lata de ferro não sofra corrosão, esta pode ser
recoberta por uma camada de um metal, que forma uma cobertura protetora,
evitando a formação de ferrugem. Considerando somente os valores dos
potenciais-padrão de redução dos metais, quais desses poderiam ser utilizados
para prevenir a corrosão do ferro?

a) Ag e Cu, apenas.
b) Ag e Zn, apenas.
c) Cu e Zn, apenas.
d) Cu e Mg, apenas.
e) Zn e Mg, apenas.
Exercícios

Considere os seguintes potenciais-padrão de semicela, a 25 °C:


Zn2+ (aq) + 2 e– → Zn (s) E0 = – 0,76 V
Ag+ (aq) + e– → Ag (s) E0 = + 0,80 V
Uma cela galvânica foi montada com uma ponte salina adequada e essas duas
semicelas, a 25 °C, nas condições-padrão. Determine o valor da força
eletromotriz dessa pilha, nas condições mencionadas (∆E0 ).
Exercícios
Considere os seguintes dados:
E0 (Al3+(aq) / Al(s)) = – 1,66 V
E0 (Cu2+(aq) / Cu(s)) = + 0,34 V
Três estudantes elaboraram as representações a seguir para a pilha que pode ser
formada por essas duas semicelas, das quais apenas uma é correta. Determine
qual é a representação correta, justifique sua escolha e equacione a reação
global da pilha em questão.

Estudante 1: Al(s) | Al3+(aq) || Cu2+(aq) | Cu(s)

Estudante 2: Cu(s) | Cu2+(aq) || Al3+(aq) | Al(s)

Estudante 3: Al(s) | Cu2+(aq) || Al3+(aq) | Cu(s)

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