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Formação para Cerimoniários: Missal Passo A Passo

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FORMAÇÃO PARA

CERIMONIÁRIOS

Missal passo a passo


Oração do Cerimoniário, Acólito
e Coroinha

Senhor Jesus Cristo,
sempre vivo e presente conosco,
tornai-me digno de vos servir
no altar da Eucaristia,
onde se renova o sacrifício da cruz 
e vos ofereceis por todos os homens.
Vós, que quereis ser para cada um 
o amigo e o sustentáculo no caminho da vida, 
concedei-me uma fé humilde e forte, 
alegre e generosa, 
pronta para vos testemunhar e servir.
E por que me chamastes ao vosso serviço,
permiti que vos procure e vos encontre,
e, pelo vosso sacramento, 
permaneça unido sempre.
Amém.
Quando Cristo Senhor estava para
celebrar com os discípulos a ceia pascal,
na qual instituiu o sacrifício do seu Corpo
e Sangue, mandou preparar uma grande
sala mobiliada (Lc 22, 12). A Igreja
sempre entendeu que esta ordem lhe
dizia respeito e, por isso, foi
estabelecendo normas para a celebração
da santíssima Eucaristia, no que se refere
às disposições da alma, aos lugares, aos
ritos, aos textos.

O sacrifício eucarístico é, antes e acima de tudo, ação do próprio Cristo e,


portanto, a eficácia que lhe é própria não pode ser afetada pelo modo como
nele participam os fiéis.
O Missal Romano é o livro litúrgico
utilizado nas Celebrações Eucarísticas,
nele estão contidas todas as orações e
ritos da Igreja Católica para a Missa.
De acordo com os registros históricos
do Vaticano, a primeira edição do
Missal que se tem conhecimento é de
1474, na cidade de Milão na Itália.
A primeira edição oficial do Missal Romano, publicada
pelo Vaticano, ocorreu quase um século depois.
Ao longo dos séculos houve
algumas mudanças em seu
conteúdo e aos poucos as
dioceses e igrejas em todo o
mundo foram se adequando ao
uso do livro. A última alteração
ocorreu três anos após o
Concílio Vaticano II, em 1969,
feita pelo Papa Paulo VI.
A função do Missal Romano é dar um
ordenamento à Liturgia praticada pela Igreja
em todo mundo. Desta maneira, os fiéis
entram em comunhão e união, e vivem o
mistério de Cristo celebrado na liturgia da
Igreja.
Lecionário Dominical: compreende as leituras para as
missas dos domingos e de algumas solenidades e
festas. A Igreja propõe, para os domingos e festas, um
ciclo A, B, C.

Lecionário Semanal: contém as leituras para os dias da


semana de todo o Ano Litúrgico. A primeira leitura e o
salmo responsorial de cada dia estão classificadas por
ano par e ano ímpar somente para o tempo comum;
O Evangelho é o mesmo para os dois anos.
Evangeliário (do grego evangelion, boa notícia) é o
livro que contém as perícopes evangélicas, isto é, os
trechos do Evangelho lidos nas celebrações.
O Evangeliário contém especificamente o Evangelho
para as Celebrações Eucarísticas dos domingos e
solenidades em seu ciclo trienal (anos ABC)

Lecionário Santoral: contém as leituras para


solenidades, festas dos santos, comuns e missa
votivas
Além dos livros apresentados acima existem os
Rituais, que são utilizados na celebração dos diversos
Sacramentos

Sacramentário: Livro que contém as leituras para


uso durante os sacramentos.

Liturgia das Horas ou Ofício Divino: Livros de oração


da Igreja, que tem por objetivo o louvor a Deus e a
consagração do tempo à devoção.
O Pontifical Romano ou Pontificale Romanum (do
latim pontífice, o que faz pontes, título comumente
dado aos bispos) é o livro que contém todas as orações
e orientações para a celebração dos sacramentos e
sacramentais que são celebradas apenas pelo bispo.

Cerimonial dos Bispos: É usado especialmente nas


celebrações presididas pelo bispo. Contém os diversos
textos usados para sacramentos e celebrações
litúrgicas.
Antes de mais nada, devemos conhecer os 3 graus
de uma Celebração Eucarística:
SOLENIDADES - Nelas acrescentam-se O GLÓRIA, 2ª LEITURA e se
reza O CREIO. Todas as celebrações dominicais são elevadas ao
grau de solenidade.

FESTA – São as celebrações por alguns Santos em especial os


Apóstolos, nestas acrescentam apenas O GLÓRIA.

MEMÓRIA - São as celebrações semanais (feriais), nelas não se


canta O GLÓRIA, NÃO HÁ 2ª LEITURA e não se reza O CREIO.
Exceções p/ o Glória: Advento e Quaresma
Mesa da
Mesa da Palavra Eucarístia
A Estrutura do Missal
• Introdução Geral
• Próprio do Tempo
• Ordinário da Missa
• Próprio dos Santos
• Missas Comuns
• Missas Rituais
• Missas para diversas necessidades
• Missas Votivas
• Missas dos Defuntos
• Formulários Em Apêndice
Para mais facilmente trabalharmos com
este livro devemos conhecer bem a
forma como os seus conteúdos se
organizam. Sabendo isto,
compreendendo a sequência litúrgica da
missa, conhecendo o tempo litúrgico e a
tabela de precedências dos dias
litúrgicos, será muito mais fácil preparar
o missal para qualquer celebração.
Ano Litúrgico
Tempo em que a
Igreja celebra
todos os feitos
salvíficos
operados por
Deus em Jesus
Cristo
Através do ciclo anual, a Igreja comemora o
mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia
de Pentecostes e espera da vinda do Senhor"
Para cada dia do Advento, do Natal, da Quaresma e do
Tempo Pascal, o Missal contém a Oração da Coleta, a
Oração sobre as Oferendas e a Oração depois da
Comunhão próprias.

Durante o Tempo Comum, as orações e antífonas


próprias para cada Domingo, repetem-se depois
durante os dias feriais, se outro critério não for usado.

OBS: Pode ainda surgir o


prefácio quando este é próprio.
O Rito da Missa
É no Ordinário da missa com o povo (387) que encontramos
as fórmulas completas:

Ato Penitencial
Glória
Rito da Palavra
Símbolo Apostólico e o Niceno-Constatinopolitano
Prefácios
Rito da Comunhão (Pai Nosso, Embolismo, Rito da Paz e Comunhão)
Encontramos aqui os Prefácios, nesta
seqüência :
Advento I, IA, II e IIA
Natal I, II, III e Da Epfania
Quaresma I a V,
Da Paixão I e II
Páscoa I a V,
Ascensão I e II
Tempo Comum (Para os domingos I a X)
Batismo
Crisma
Santissíma Eucaristia I e II
Penitência
Unção
Ordem
Nossa Senhora I e II
Anjos
São José
Apóstolos I e II
Santos I e II
Santos Mártires I e II
Pastores da Igreja
Santas Virgens e dos Religiosos
Comum I a VI (Missas que não têm prefácio próprio, nem exigem o prefácio do
Tempo).
Dos Fiéis Defuntos I a V
OBS: Algumas orações já são enriquecidas com um Prefácio
Própio, por isso nunca devem ser trocados por outro a menos
que o Missal assim o oriente
Tanto o Prefácio quanto a Oração Eucarística
dependem da escolha do Sacerdote.
O acólito poderá propor o prefácio de acordo com o
Tempo Litúrgico mas terá SEMPRE de confirmar qual
o Prefácio e qual a Oração Eucarística que o
Presidente da Celebração pretende.
Vale lembra que apenas a Oração Eucarística I e III
não tem prefácio próprio. Porém a Oração
Eucarística II é a única que permite troca de
prefácio. (Guia Litúrgico de Pastoral da CNBB 2ª Edição pág. 26)
Próprio dos Santos é o conjunto dos formulários
próprios para as solenidades, as festas e as
memórias dos Santos desde o dia 2 de Janeiro a
31 de Dezembro, bem como as solenidades e
festas do Senhor, excetuando as que estão
incluídas no Próprio do Tempo. Exemplos de
festas do Senhor: Apresentação do Senhor
(02/02), Anunciação do Senhor (25/03),
Transfiguração do Senhor (06/08), Exaltação da
Santa Cruz (14/09), etc.
Nele se encontram as mesmas orações presentes no
Próprio do Tempo, mas cada uma com o texto
apropriado ao Santo que se celebra. Quando isto
não acontece é celebrada a missa usando para isso o
Formulário Comum que veremos a seguir: Próprio
dos Santos.
Nas solenidades, festas e memórias obrigatórias
(MO), os formulários indicados no Missal são
obrigatórios. Nas memórias facultativas (MF), deixa-
se uma grande margem de liberdade quanto à
escolha de formulários.
23. Missa RituaisMissa Rituais  São Missas próprias para a celebração dos sacramentos (só a
Penitência não tem Missa própria) e para algumas outras celebrações de grande importância e
comemorações de aniversários dos mesmos: catecumenato, viático, bênção abacial, consagração
das virgens, profissão religiosa e dedicação de uma igreja ou de um altar.

Rdicados no Missal são obrigatórios. Nas memórias facultativas (MF),


deixa-se uma grande margem de liberdade quanto à escolha de
formulários.
Por exemplo: é dia de São Brás, “Bispo e Mártir” (3 de Fev.).
Verificamos no Diretório Litúrgico que se trata de uma MF
«memória facultativa». A coleta vem no Próprio dos Santos. As
antífonas, o prefácio, a oração sobre as oblatas e a oração depois
da comunhão, teríamos de escolher entre os que são propostos no
Formulário Comum e escolher a opção (Comum dos Mártires.)

Formulários Comuns

É importante ficar atento à classificação dos Santos e saber se o


mesmo é um Apóstolo, Mártir, Pastor (Papa, Bispo, Padre ou
Abade), Virgem, Religioso ou Doutor da igreja
Missas Rituais (786)
São Missas próprias para a celebração dos
sacramentos (só a Penitência não tem Missa
própria) e para algumas outras celebrações de
grande importância e comemorações de
aniversários dos mesmos: catecumenato,
viático, bênção abacial, consagração das
virgens, profissão religiosa e dedicação de uma
igreja ou de um altar.
Missas para diversas necessidades
(Pg 842)
Esta seção do Missal abre com a Oração Eucarística VI, que
possui 4 prefácios próprios e as intercessões
correspondentes às diversas circunstâncias ou
necessidades. (VI A, VI B, VI C e VI D)
Trata-se de uma série de Missas próprias para diversas
circunstâncias ou diferentes necessidades. No Missal, vêm
distribuídas em 4 grupos:(Pela Igreja, Pela sociedade civil,
Em diversas circunstâncias da vida social e Por alguma
necessidade particular).
Missas Votivas

São Missas que podem ser escolhidas segundo a


piedade dos fiéis, para celebrar alguns mistérios
cristãos.

Por exemplo: Na 1ª Sexta-feira do mês, se o Diretório


Litúrgico não indicar nada em contrário, pode
substituir-se a Missa do Próprio do Tempo, pela Missa
Votiva do Sagrado Coração de Jesus.
Missas dos Fiéis Defuntos pag 975
São Missas próprias para as exéquias ou para o
aniversário de um falecimento. Além das 3 Missas
próprias para o Dia dos Fiéis Defuntos, que, no
Missal, vêm no lugar próprio, 2 de Novembro, há
mais 38 formulários, que permitem responder a
situações diversificadas: quando o defunto é o Papa,
ou um jovem, ou alguém que morreu depois de uma
longa enfermidade etc.
As cores e locais das fitas não são obrigatoriamente
fixas. Este fato leva a que antes da utilização do Missal,
verifiquem se as fitas estão a marcar o local pretendido
(respectivo ao dia litúrgico) e qual a sua cor.
Em relação às marcas
verdes enumerando-as
de cima para baixo
correspondem,
respectivamente, às
Orações Eucarísticas I, II,
III, IV e Ritos da
Comunhão.
Marcando o
Missal
1. Saber o que será celebrado para aquele dia (se será próprio do
tempo ou dos santos, etc) e ver se consta junto as orações principais
da missa (Do dia, Sobre as oferenda e depois da comunhão).
2. Marcar o prefácio da missa
3. Marcar a oração Eucarística
4. Marcar o Rito da Comunhão

5. Benção solene (quando houver)


Sempre leia as rubricas do missal, pois muitas vezes elas nos dão
uma orientação de como marcar um prefácio ou algumas orações.
Oração do Cerimoniário, Acólito
e Coroinha

Senhor Jesus Cristo,
sempre vivo e presente conosco,
tornai-me digno de vos servir
no altar da Eucaristia,
onde se renova o sacrifício da cruz 
e vos ofereceis por todos os homens.
Vós, que quereis ser para cada um 
o amigo e o sustentáculo no caminho da vida, 
concedei-me uma fé humilde e forte, 
alegre e generosa, 
pronta para vos testemunhar e servir.
E por que me chamastes ao vosso serviço,
permiti que vos procure e vos encontre,
e, pelo vosso sacramento, 
permaneça unido sempre.
Amém.

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