Aula - Hepatites
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Aula - Hepatites
VIRAIS
DA FISIOPATOLOGIA A ROTINA DE ENFERMARIA
varicela
HAV HCV
Vírus da
rubéola FIGADO
Herpes
simples
HEV HDV
Virus da Dengue
Febre
Amarela
Virus não-hepatropicos
• Grave problema de saúde pública devido a elevada taxa de prevalência, incidência e
mortalidade.
• Os casos dessas infecções são considerados como casos de “notificação compulsória”.
• As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, causando 1,4
milhão mortes por ano. É a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas
depois da tuberculose, e 9 vezes mais pessoas são infectadas com hepatite do que
com o HIV.
• Avanços importantes.
TRANSAMINASES COLESTASE
Albumina - TAP
Função hepática
Pereira FEL et al. 2003.
DIAGNÓSTICO
ESPECÍFICO
Sorologico
Anti - VHA
• IgM – VHA: infecção aguda
• IgG – VHA: contacto com o IgM: Infecção atual recente
IgG: Infecção pregressa
vírus
Imunidade permanente
• PCR- VHA: infecção aguda
RNA - VHA
• Imunoglobulina
• A imunoprofilaxia passiva, a injeção intramuscular de gamaglobulina anti-A
Pereira FEL et al. 2003.
PROFILAXIA
Vacina: dose única aos 12 meses pelo MS
Duas doses (12 meses e 18 meses) pela SBP
Para os não imunizados (anti-HAV negativo):
Pré exposição (viajantes): menor de 1 ano, adm Ig; acima de 1 ano,
vacinar
• Pós exposição (contactantes íntimos até 14 dias do contato): igual pré exposição
Clínica:
• PI: 15-120 dias (média de 50 dias)
• 90% dos casos são assintomáticos
• 1 a 3 semanas após o HCV RNA é detectado
• Anticorpos são detectados por EIA em apenas 50 a 70%
no início dos sintomas
• Níveis elevados de ALT permanecem por 4 a 12 semanas
• Hepatite fulminante é rara
HEPATITE C
INFECÇÃO CRÔNICA
• É a persistência de HCV RNA no sangue por pelo menos 6
meses
• 60 a 85% dos infectados desenvolvem infecção crônica
• Métodos de detecção de RNA viral devem ser utilizados
• Evolução para cirrose ou hepatocarcinoma (HCC)
• Evolução para cirrose em crianças de 2 a 4% e em mulheres
adultas de 10 a 30 % em 25 anos
• Raça negra parece ter evolução pior
Hepatite C
• Anti-HCV (senbilidade de 95%): Rastreamento
• Não define presença de infecção
• Não diferencia infecção pregressa de atual.
• RIBA: exclui falsos positivos (alto-imune)
• Realizar na população de risco
- Usuários de drogas
- Infecção pelo HIV
- Hemofílicos
- ALT e AST persistentemente elevadas
- Transfusão sanguínea antes de 1992
HEPATITE C
Transmissão:
• Parenteral: transfusão, uso de drogas
• Sexual **
• Vertical (<5%):
parto
aleitamento (<3%)
• Outras: acupuntura, piercing, tatuagem,
manicure (10%)
• Transfusão de sangue ou derivados
• Hemodiálise (duração do tratamento)
• Transplante de doador infectado
• Uso de drogas injetáveis
• Acidentes de punção com agulhas
• Sexual
• Procedimento médico odontológico
• Tatuagem, manicure, piercing
• Domiciliar (barbeador, escova de dente, alicate, etc)
• Vertical (Mãe infectada)
Hepatite C
• HCVRNA positivo (quantitativo ou qualitativo): confirma o
diagnostico. Mais usado é o PCR
- AntiHCV + e HCVRNA + = Doença
- Por não existir vírus C inativo: qualquer nível de carga viral
indica replicação e deve ser tratado.
- O desenvolvimento de cirrose independe da carga viral
- Carga viral usada apenas para controle de tratamento
• Genotipagem: 6 sorotipos (escolha de droga e tempo de tto)
- Em ordem de freqüência: Tipo I, III e II
- Apesar do genótipo não ter influencia na gravidade, mas é
pesquisado pois existe diferentes respostas aos
tratamentos (Tipo I pior resposta a IFN convencional)
Hepatite C
• Avaliação histológica é fundamental na Hepatite C
crônica (Atividade necroinflamatória e Fibrose)
- METAVIR
- Presença de lesão ductal, agregados linfóides e
esteatose indicativos de HCV.
- Elastografia por USG (AFRI)
• Fatores de risco para progressão
- Sexo masculino
- Idade de aquisição > 40 anos
- Consumo de alcool >50g/dia (esteatose)
- Co-infecção com HIV
Hepatite C: quadro clínico
Sintomática
Assintomática Anictérica
Ictérica
Fulminante (rara)
Manifestações extra-hepáticas
Hepatite C
• Manifestações extra-hepáticas
- Crioglobulinemia mista essencial
- Glomerulonefrite e vasculite
- Porfiria cutanea tarda e líquen plano
- Linfoma não-Hodgkin
- Tireoidite autoimune
- Diabetes mellitus
- Úlcera corneal
- Sindrome de Sjogren
HEPATITE C
• Manifestações extra-hepáticas:
• dermatológicas (vasculite cutânea necrotizante, líquen plano,
porfiria cutânea tarda, eritema nodoso, eritema multiforme,
malacoplaquia, urticária e prurido)
• endócrinas (hipertireoidismo, hipotireoidismo, doença de
Hashimoto e diabete melito)
• glandulares salivares (sialoadenites)
• oculares (uveítes e úlcera de córnea de Mooren)
HEPATITE C
Diagnóstico:
• Marcador sorológico: anticorpos
Ensaio imunoenzimático
“immunoblot”
CHC 1 - 2%
25%
Tx
0 10 Tempo (anos) 20 30
Tratamento para Hepatite C
HARNOVI
1. IFN peguilado
Taxa de cura de 95% após 12
2. Ribavirina semanas de tratamento
3. Inibidores de proteases
• Sofosbuvir Trat-C
• Simeprevir
• Telaprevir
• Boceprevir
• Daclatasvir
Objetivos do tratamento
• Eliminar os sintomas
• Eliminar o vírus
• Interromper a progressão da doença
• Retardar a progressão fibrose
• Prevenir descompensação
• Prevenir CHC
TRATAMENTO HEPATITE C NO SUS
Medicamentos disponíveis
Novos medicamentos
Boceprevir e Telaprevir
• Cerca de 5,5 mil pacientes serão beneficiados
Cura
Hepatite C (20%)
aguda Cronificam Cirrose CHC
(70 a 85%) (20 a 30%) (1 a 5%)
Agente Etiológico
• Vírus da hepatite C (HCV)
• RNA vírus
• Família Flaviviridae
• Reservatório
• Homem
• Chimpanzé (experimentalmente)
Modo de Transmissão
• Parenteral
• Transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993;
• Compartilhar material para uso de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e
complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) e pipadas (crack);
• Tatuagens, piercings.
• Sexual
• Múltiplos parceiros, não uso de preservativo.
• Perinatal
• No momento do parto ou logo após.
• Período de incubação
• 15 a 150 dias (média de 50 dias)
• Período de transmissibilidade
• Inicia 1 semana antes dos sintomas e mantém-se enquanto o paciente
apresentar RNA-HCV reagente
Quadro Clínico
• Assintomático
• Sintomas:
• Mal-estar, cefaléia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia, náuseas,
vômitos, desconforto no HD, aversão a alguns alimentos e ao cigarro;
• Icterícia inicia quando a febre desaparece, podendo ser precedida de colúria
ou hipocolia fecal;
• Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia.
Complicações
• Cronificação da infecção;
• Cirrose hepática e suas complicações (ascite, hemorragias digestivas,
peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática);
• Carcinoma hepatocelular.
Diagnóstico
Fonte: Tratado de Medicina Interna – Cecil – Goldman Lee; Ausiello, Dennis – Editora Elsevier
/Medicina Nacional – 23ª ed
• Exames Laboratoriais Inespecíficos
• ALT/TGP e AST/TGO;
• ALT 3x maior;
• Bilirrubinas elevadas;
• Tempo de Protrombina alargado (TP>17s ou INR>1,5);
• Exames Laboratoriais Específicos
• Marcador sorológico anti-HCV
• Pesquisa qualitativa de RNA-HCV
Diagnóstico Diferencial
• Hepatite A, B, D, E; leptospirose, febre amarela, malária, dengue,
sepse, CMV, mononucleose; doenças hemolíticas; obstruções biliares;
uso abusivo de álcool e uso de alguns medicamentos e substâncias
químicas.
Tratamento
• Medidas gerais
• Recomenda-se repouso relativo até normalização das aminotransferases;
• Ingestão de álcool suspensa por pelo menos 6 meses (1 ano
preferencialmente).
• Pacientes sem manifestações de hepatopatias e com
aminotransferases normais
• Avaliação clínica e repetir exames 6/6 meses
• Hepatite C crônica
• Interferon Convencional ou Peguilado associado ou não à Ribavirina
Esquema Terapêutico para Tratamento de
Hepatite C Crônica
SITUAÇÃO DROGA DOSE VIA DURAÇÃO
Hepatite C crônica Interferon Alfa-2a, 180µg/semana; SC 48 semanas
(genótipo 1) Peguilado Alfa-2b, 1,5µg/semana
Crônica
Comumente Assintomática
Astenia, Fadiga
Sintomas Extra-Hepáticos (articulares, renais ...)
Sinais & Sintomas de Insuficiência Hepática
Carcinoma Hepatocelular Morte
Sorologia
HBsAg > 6 meses
HBeAg + - indicativo de replicação viral (exceto mutantes pré-core)
Anti-HBeAg + - sugere ausência de replicação viral
HBeAg
Anti-HBe
HBV DNA
ALT
Immune Immune Inactive-carrier Reactivation
tolerance clearance state
Sintomas
HBeAg anti-HBe
Anti-HBc Total
Título
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100
Semanas após exposição Fonte: CDC, EUA
Progressão para Infecção Crônica pelo VHB
- Sorologia Típica
Aguda Crônica
(6 meses) (Anos)
HBeAg anti-HBe
HBsAg
Anti-HBc Total
Título
IgM anti-HBc
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 Anos
Semanas após exposição Fonte: CDC and Prevention
Evolução da infecção pelo HBV
Infecção assintomática ou aguda sintomática
HBeAg anti-HBe
anti-HBc total
Título
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100
Semanas após a exposição
Hepatite B: cronificação
Aguda Crônica
(6 meses) (anos)
HBeAg anti-HBe
HBsAg
anti-HBc total
Título
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 Anos
Semanas após a exposição
Hepatite B História Natural da Doença
5%-10% dos
infectados Carcinoma
cronicamente Hepatocelular
pelo VHB.1
DIAGNÓSTICO:
Clínico + Provas de função hepática
TESTE RÁPIDO
PCR RNA de
Hepatite C • Carga Viral
quantitativo
Genotipagem • Solicitado
do vírus da apenas pelo
especialista
Hepatite C
• HBsAg: Primeiro marcador a aparecer na infecção aguda.
• Anti-HBc IgM: Infecção recente
• Anti-HBc IgG: Marcador de cronicidade OU Contato prévio
• HBeAg: replicação viral
• Anti-HBe: após o desaparecimento do HBeAg, fim da fase de replicaç
• Anti-HBs: imunidade ativa ou passiva
ELEMENTOS PARA GERENCIAR HBV
BIOQUÍMICA SOROLOGIA
TGO HBsAg
TGO HBeAg
HISTOLOGIA VIROLOGIA
• TGP elevada
Ver o grau de • Biópsia A2 / F2 (Metavir
lesão hepática ou Ishak
ELASTOGRAFIA HEPÁTICA – FibroScan
®
Marcadores sorológicos
da infecção pelo vírus B
HBsAg Anti-HBs
HBeAg Anti-HBe
HBcAg
DNA Anti-HBc IgM
DNA polimerase Anti-HBc IgG
HBsAg
O primeiro marcador a surgir - 1 a 10 semanas após exposição ao vírus,
Reagente antes dos sintomas ou da elevação das aminotransferases,
Negativa em torno do 4 ao 5 mês, se persiste reagente mais de 6
meses ...CRONIFICAÇÃO
O anti-HBS positiva 2 a 3 meses após a negativação do HBsAg -
IMUNIDADE
Na Hepatite fulminante e em torno de 5% dos casos não se detecta o
HBsAg
Anti-HBc IgM
Na infecção aguda anti-HBc IgM
Na janela imunológica
HBsAg / anti-HBS negativo, o anti-HBc IgM é o único
marcador de infecção
Nas hepatites fulminantes é positivo,
Negativa por volta do 4 a 6 mês podendo permanecer até 2 anos,
Nas hepatites crônicas B agudizada, pode ser reagente em títulos
baixos.
HBeAg
Surge logo após o HBsAg
Marcador de infectibilidade e replicação viral
A presença do HBeAg é geralmente associada com a detecção
do DNA-HBV
Soroconversão HBeAg ---> anti-HBe, em geral associa-se ao
desaparecimento do DNA-HBV e remissão da doença hepática.
Anti-HBe
O surgimento do anti-HBe é um dado a favor de menor
infectibilidade e tendência a cura.
A soroconvesão HBeAg ---> Anti-HBe ocorree antes de HBsAg
--> anti-HBS.
No mutante pré-core, o vírus perde a capacidade de
sintetizar HBeAg, mas o sistema imunológico produz anti-
HBe.
HBcAg
Antígeno intracelular que se apresenta nos hepatócitos
infectados
Não é detectado no soro
Anti-HBc IgG
É o melhor marcador isolado de exposição
ao vírus da hepatite B,
Em geral persiste indefinidamente,
Presente tanto na hepatite aguda, quanto
crônica, quanto na cura sorológica.
IgG
Anti-Hbc
HBsAg IgM
Anti-HBs
HBeAg
Anti-Hbe
1-6 meses 1-3 meses Até 4 meses anos
Hepatite B
Anticorpos:
• Erradicar a infecção.
• Clareamento do DNA –VHB
• Perda do AgHBs
HBV DNA Sexual, parenteral, 30-180 dias (média de 2 a 3 semanas antes dos sintomas
percutânea e vertical 60 a 90 dias) até anos no portador crônico
HCV RNA Parenteral, percutânea, 15-150 dias 1 semana antes dos sintomas até
vertical e sexual enquanto houver HCV-RNA
detectável
HDV RNA Sexual, parenteral, 30-180 dias (menor na 1 semana antes dos sintomas na co-
percutânea e vertical superinfecção) infecção (HBV e HDV). Desconhecido
na superinfecção
HEV RNA Fecal-oral 14-60 dias (média de 42 2 semanas antes dos sintomas a 2
dias) semanas após início da doença
HbsAg
Anti-Hbs
HbeAg
Anti-Hbe
São 7 anticorpos