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Tratado Sobre A Igreja - I

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II.

Tratado sobre a Igreja 1/11

2.1. Conceito de Igreja

2.1.1. Terminologia e etimologia


 O termo “Igreja” é derivado directamente do termo latino
“ecclesia”;

 O termo “ecclesia” é, por sua vez, derivado do verbo grego


“καλεw” que significa “chamar, convocar”, e indica a “assembleia
do povo geralmente de carácter religioso”.
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 O verbo grego “καλεο” tem afinidade com o termo hebraico


“qahal”, que também indica a assembleia dos convocados.

 Os termos “church” (Inglês) e “kirchie” (alemão), por sua vez, são


derivados do grego “κυριακα”, que significa literalmente
“pertencente ao Senhor”.
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 Na linguagem cristã, o termo “Igreja” designa:


 A assembleia litúrgica;
 A comunidade local ou toda a comunidade universal dos
crentes;
 O povo de Deus reunido no mundo inteiro;
 O povo de Deus de quem Cristo é a cabeça;
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2.2. Mistério da Igreja

2.2.1. Pressupostos da Eclesiologia do Vaticano II


 A concepção de Igreja, predominante na teologia anterior ao
Concílio Ecumênico Vaticano II, caracteriza-se por uma atenção
privilegiada à dimensão institucional e visível da Igreja.

 Os estudos bíblicos e patrísticos, lidos no seu contexto histórico,


ajudaram na redescoberta da interioridade da Igreja em Cristo e
no Espírito.
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 Assim, o Concílio Vaticano II rejeita:


 tanto o exclusivismo da realidade espiritual,
 quanto o exclusivismo da realidade simplesmente visível

 E propõe o seu ‘mistério’ de comunhão, que brota da Santíssima


Trindade e para ela tende (Forte, 1992).
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2.2.2. Eclesiologia da Lumem Gentium


 Duas perguntas fundamentais procurou responder o Concílio
Vaticano II: O que é a Igreja? O que faz Igreja?

 Sobre o que é Igreja, responderá a Lumen Gentium e sobre o que


ela faz, responderá a Constituição Pastoral Gaudium et Spes.
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 Quanto à primeira pergunta - o que é a Igreja? - a Lumen


Gentium responde:
 ‘Sacramento’;
 ‘Povo de Deus’;
 ‘Comunhão’ de pessoas e de igrejas.
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Igreja Sacramento

 A Igreja é sacramento enquanto é expressão da vontade salvífica


de Deus, uma salvação universal;

 A Igreja é como um sacramento ou sinal da íntima união dos


homens com Deus e da unidade de todo o género humano entre
si;

 É também um instrumento para o alcance de tal união com Deus


e unidade de todo o género humano (LG 1).
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Igreja Povo de Deus

 A Igreja é o povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo


(LG, 4);

 A Igreja que compreende no seu seio os pecadores é ao mesmo tempo


santa;

 Enquanto pecadora, é sempre necessitada de purificação e


incessantemente se aplica na penitência e no seu renovamento (LG 8);

 Não há coincidência entre o Reino de Deus e a Igreja. A Igreja é o seu


gérmen e início.
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Igreja ‘comunhão’ de pessoas e de igrejas

 Existem numerosos elementos de santidade e de verdade fora da


Igreja Católica, nas igrejas e comunidades eclesiais que ainda não
vivem em plena comunhão com ela;

 Tais elementos, na sua qualidade de dons próprios da Igreja de


Cristo, conduzem para a unidade (LG 8).
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2.4. Os Sacramentos na Igreja


2.4.1. Conceito
 Sacramentos são sinais visíveis e eficazes da graça de Deus
instituídos por Cristo.

2.4.2. Divisão dos Sacramentos


 Os sacramentos estão divididos de acordo com a sua natureza e
graça em três grupos:
 Sacramentos de Iniciação cristã
 Sacramentos da cura
 Sacramentos da Comunhão ou da Missão
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a). Sacramentos de Iniciação cristã: Baptismo, Confirmação e


Eucaristia.
 Estes introduzem o ser humano na vida cristã.
 O Baptismo nos configura com Cristo na sua morte e ressurreição, é
a porta de entrada;

 A Confirmação vem selar o Baptismo e nos torna testemunhas de


Cristo;

 A Eucaristia é o alimento de que se configurou com Cristo (Gl 2,20).


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b). Os sacramentos da cura: Penitência ou Reconciliação e Unção


dos Enfermos (Santa Unção).

 Estes sacramentos nos curam da ferida ou doença causada pelo


pecado.
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c). Sacramentos da Comunhão ou da Missão: Matrimónio e Ordem.

 O matrimónio tem a missão de garantir as gerações, cooperar


com o Criador na geração de seres humanos, executando o
mandato “crescei e multiplicai-vos” (Gn 1,28).

 O sacramento da ordem tem a missão de prover a Igreja de


administradores dos sacramentos da iniciação cristã e outros
sacramentos.
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2.5. Inculturação do Evangelho nas culturas dos povos evangelizados

2.5.1. Conceito de inculturação


 Inculturação é a incarnação do Evangelho nas culturas e ao
mesmo tempo introdução dessas culturas na vida da Igreja.

 Inculturação significa uma íntima transformação dos autênticos


valores culturais através da sua integração no cristianismo e o
enraizamento do cristianismo nas diversas culturas.
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2.5.2. Necessidade
 A inculturação (penetração do Evangelho num dado ambiente
socio-cultural) é necessária pois ela fecunda de dentro, fortifica,
completa e restaura as qualidades e os dotes de cada cultura;
 Doutra parte, pela inculturação, a Igreja assimila os valores
culturais, no caso em que os mesmos sejam compatíveis com o
Evangelho, para aprofundar o anúncio de Cristo e para melhor
exprimi-lo na celebração litúrgica e na vida multiforme da
comunidade dos fiéis.
 O fim principal da Inculturação, portanto, é de ajudar o povo a
acolher e a viver melhor a mensagem evangélica.
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2.5.3. Exigências
 Evite-se o perigo que a introdução de elementos culturais não pareça
aos fiéis como retorno ao um estado anterior à Evangelização (CCDDS,
32).
 A Inculturação não se deve confundir com sincretismo religioso.

2.5.4. Competências
 Todo o movimento de inculturação, depende unicamente da autoridade
da Igreja.
 Tal autoridade compete à Sé Apostólica que a exerce através da
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos;
 Compete também, nos limites previstos pelo Direito Canônico, às
Conferências episcopais e ao Bispo diocesano.
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 Nenhum outro, absolutamente, mesmo se é sacerdote, acrescente, tire


ou mude algo de sua iniciativa, em matéria litúrgica.
 A inculturação não é portanto, deixada à iniciativa pessoal dos
celebrantes, nem à iniciativa colectiva da assembleia (CCDDS, 37).
 A nível de uma nação, o processo da Inculturação Litúrgica é da
responsabilidade da Conferência Episcopal a qual apoiando-se de
peritos em diversas áreas, como é a da Bíblia, Liturgia e Teologia, e
expoentes das religiões não cristãs, pode discernir, avaliar e legitimar,
em consonância com a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina
dos Sacramentos, uma dada experiência de inculturação ou o que deve
ser modificado nas celebrações litúrgicas de acordo com as tradições e
da mentalidade do povo (CCDDS, 30, 62-66).

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