PAPEIS DO

TRABALHO
DE
AUDITORIA
BASES DE SELECÇÃO E TÉCNICAS DE
AMOSTRAGEM.
 INTRODUÇÃO
No decorrer deste trabalho de pesquisa, será
desenvolvido o tema “Papeis de Trabalho de
Auditoria ou Auditor” e “Bases e Técnicas de
Selecção de amostragem”, de forma a mostrar as
técnicas básicas usadas pela auditoria e os
documentos para comprová-las. O presente trabalho
busca apresentar de forma objectiva o conceito de
amostragem, quais seus tipos, métodos e riscos de
utilização, bem como sua importância e aplicação
dentro do ofício da auditoria.
PAPÉIS DO TRABALHO DE AUDITORIA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
• Fornecer informações
• Facilitar a revisão do
importantes com relação
trabalho de auditoria ao planejamento contábil,
• Fornecer um registro financeiro e fiscal,
• Ajudar na análise e
escrito permanente do execução dos documentos
trabalho efectuado; de auditorias e no
decorrer do seu Trabalho.
 O QUE É DO
Algumas TRABALHO DE
regras Evidenciar a observância AUDITORIA?
básicas de
elaboraçã as normas de auditoria De acordo com as Normas,
o Papéis
de
geralmente aceitas. um Trabalho de
Auditoria/Auditor é “uma
Trabalho
são: Devem ser limpos, claros e actividade, tarefa ou revisão
correctos, sem erros de específica de auditoria
interna, como uma revisão
natureza matemática. de auto-avaliação de
controle da auditoria interna,
Devem incluir os dados exame de fraude ou
para fácil identificação da consultoria. Um trabalho
data em que foram pode incluir várias tarefas ou
elaborados, quem foi o actividades desenvolvidas
para atingir um conjunto
encarregado e quem fez a específico de objectivos."
 OUTROS
ELEMENTOS
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS F U N D A M E N TA I S
DOSPAPÉIS DOnúmero
Índice ou TRABALHO
de D O P T.
referência;  Fonte(s) dos dados
Título ou cabeçalho que cobertos no papel de
I identifique a área ou trabalho.
Data ou período do  Descrição da população
processo sob revisão;
trabalho; avaliada, incluindo
2 Escopo do trabalho tamanho da amostra e
realizado; de propósito para
Declaração método de selecção.
 Metodologia
obtenção e análise dos dados; usada
Nome do(s) auditor(es) para analisar os dados.
3 interno(s) que conduziu(iram)  Detalhes dos testes
o trabalho; conduzidos e análises
realizadas.
 A IMPORTÂNCIA DOS PAPÉIS
DO TRABALHO DO AUDITOR
No entanto, é importante atingir o máximo possível de consistência entre os
planos de trabalho da actividade de auditoria interna, visto que geralmente
ajuda a facilitar o compartilhamento de informações sobre o trabalho e a
coordenação das actividades de auditoria. O chief audit executive (CAE) é
o responsável final pelas políticas e procedimentos da actividade de
auditoria interna.
•Os auditores internos elaboram papéis de trabalho para cada uma das
etapas de um trabalho de auditoria:
o Planeamento do trabalho;
o Execução do trabalho;
o Comunicação dos resultados;
 PA P E I S D O
Tipos de Papéis de TRABALHO
AUDITORIA
Trabalho Pode-se definir Papéis de
Análise de Trabalho como um conjunto
Contas de formulários que o auditor
preenche no decorrer de
seus trabalhos onde neles
contem informações como
Lançamento Reconciliaçõ
s de acertos es apontamentos, exames e
provas que comprovem a
situação encontrada por ele.
Pontos para Com base nesses
Programa
Balancetes Recomendaç
de auditoria formulários é que será
ões
possível chegar a um
parecer final e fundamentar
a sua opinião em fatos
concretos e comprobatórios
(ATTIE, 2009, p. 195).
 CODIFICAÇÃO E ARQUIVO
DOS PAPÉIS DE TRABALHO
CODIFICAÇÃO ARQUIVO
• A auditoria utiliza-se do • Os papéis de trabalho são
recurso de codificação no arquivados em pastas próprias,
momento do arquivamento dos ou seja, uma para os papéis
trabalhos realizados com o correntes e outra para os papéis
intuito de resumir determinada permanentes. Evidentemente se
o volume dos papéis de trabalho
tarefa executada e facilitar a
for muito grande, poderá ser
busca de informações que se
aberta mais de uma pasta
façam necessárias.
corrente ou permanente.
PARA O TRABALHO DE AUDITORIA, O USO DE
REFERÊNCIAS DEVE PROPORCIONAR O CRUZAMENTO
DAS MESMAS, OU AMARRAÇÃO DAS CÉLULAS, E DEVE
SEGUIR ALGUMAS REGRAS BÁSICAS:

• Todo o cruzamento deve

ser feito com lápis
vermelho;
• Todo cruzamento deve
ser feito em ambas as
direcções;
• Somente cruzar cifras
idênticas;
 GUARDA OU • Marcas de selecção são notações
CUSTÓDIA usadas nos papéis de trabalho para
denotar que um procedimento de
• O auditor deve guardar os
auditoria foi executado. Os
documentos dos papéis de trabalho
auditores internos costumam usar
por cinco anos, contados a partir
marcas de selecção quando um
de seu parecer. Vale ressaltar que
procedimento semelhante será
além de guardá-los é obrigação do
repetido em um papel de trabalho
auditor que as informações sejam
ou em diversos papéis de trabalho.
sigilosas e não usadas em seu
Uma marca de selecção permite
benefício ou de outros. Eles são de
que o auditor interno documente a
propriedade do auditor (exclusiva)
descrição do procedimento
e cabe a ele decidir o que colocar a
realizado uma única vez,
disposição da entidade.
aumentando assim a eficiência.
 PROGRAMA, ORIENTAÇÃO E
EXECUÇÃO DA AUDITORIA
ORIENTAÇÃO E CONTROLE
PROGRAMA DE AUDITORIA DA EXECUÇÃO
• Definição dos objectos da área ou
Listagem dos procedimentos de
auditoria; tarefa a auditar; Avaliação do
controle interno como base para a
Espaço para o auditor assinar ou
rubricar, a fim de evidenciar que extensão e profundidade do
o serviço foi feito e quem o fez; trabalho a ser realizado e grau de
complexidade; Avaliação da
Espaço para comentários,
observações, referências etc. relevância ou realidade;
Definições dos procedimentos de
auditorias que serão utilizados e
em quais momentos serão usados;
 NATUREZA DOS PAPÉIS DE
TRABALHO
Os Papéis de Trabalho de Natureza Permanentes

• Incluem todos os papéis de importância diária e continua, indispensável ano

após ano. Organogramas, histórico da empresa, estatuto e suas alterações,
análises de escrituração contábil, referências sobre ajustes e apresentações
das demonstrações contábeis; controle do sistema operacional e do fluxo de
informações; participações da empresa no mercado com acções de outras
organizações são alguns exemplos de papéis permanentes.
Os Papéis de Trabalho de Natureza Corrente
• Composto do exercício em custo, podem ser exemplificados em papéis de
caixa e banco; aplicações financeiras; receitas e despesas; contas a pagar;
revisão analítica; demonstrações financeiras; questionário de controle
interno; dentre muitos outros.
 AMOSTRAGEM EM AUDITORIA
DEFINIÇÃO IMPORTÂNCIA
• Segundo a ISA 53013 parágrafo 5,
alínea (a), a amostragem é um
• Amostragem é um processo
procedimento de auditoria a menos de
100% dos itens de uma população
mais eficiente do que a análise
relevante para a auditoria, de tal forma integral, dado que permite obter
que todas as unidades de amostragem conclusões cientificamente
tenham uma probabilidade de válidas, com uma menor
selecção, com o objectivo de utilização de recursos, pois a
proporcionar ao auditor uma base
amostragem assume, por isso,
razoável para extrair conclusões
um papel fundamental no
acerca de toda a população.
trabalho de auditoria
.
 TIPOS DE AMOSTRAGEM
• É aquela que permite ao auditor
estimar, através de técnicas estatísticas,
Amostragem o risco de amostragem, computando o
Estatística tamanho desejado de amostra, tornando
mais eficiente e menos custosa a
escolha dos itens.

• Quando o auditor determina o tamanho

Amostragem Não- da amostra e avalia os resultados com
Estatística base em critérios subjectivos e na sua
experiência.
 POPULAÇÃO E AMOSTRA
POPULAÇÃO AMOSTRA
É um conjunto de dados de onde
É uma parcela a ser examinada
auditor pode retirar a amostra
retirada da população
para chegar a uma conclusão. O
previamente determinada. As
auditor precisa, antes de tudo ter
amostras podem ser extraídas
a certeza de que a população da
qual retirara a amostra e de processos aleatórios e não-
perfeitamente adequada e esta aleatórios.
em conformidade com os
objectivos de auditoria.
Amostragem Não-Probabilística ou
Subjectiva
• É uma técnica tradicional, onde a selecção,
amplitude e avaliação da amostra são baseadas num
critério próprio do auditor, e, portanto, sua natureza
é eminentemente subjectiva. Chamada Julgamental,
é assim chamada porque não depende de princípios
científicos, mas de arbítrio.
Amostragem Probabilística
• Propicia meios de medir matematicamente o grau
de incerteza resultante de um exame parcial dos
dados.
 MÉTODOS DE RECOLHA PROBABILÍSTICOS E
NÃO-PROBABILÍSTICOS

MÉTODOS DE RECOLHA MÉTODOS DE RECOLHA

PROBABILÍSTICOS NÃO-PROBABILÍSTICOS
Amostragem por
Amostragem Dirigida
Intervalos;

Amostragem Aleatória Amostragem por

Simples; Blocos

Probabilidade
Amostragem ao Acaso
Proporcional ao Valor
RISCO DE AMOSTRAGEM: É O RISCO DE AS CONCL USÕE S DO
AUDITOR NÃO ESTAREM CORRECTAS, PORQUE A AMOST RA NÃO É
REPRESENTATIVA DO UNIVERSO QUE SE PRE T E NDE CARACT E RIZ AR
(CURTO, 2017). OS PROCEDIMENTOS PARA DE T E RMINAR O RISCO SÃO
COMPLEMENTADOS POR OUTROS PROCE SSOS DE AUDITORIA, TAIS
COMO:

TES TES D E C O N F O R M I D A D E
( O U TES TES D E C O N T R O L O S ) TESTES SUBSTANTIVOS
Têm como objectivo confirmar se São realizados para se obter
os procedimentos contabilísticos e prova de desvios materialmente
as medidas de controlo interno relevantes nas demonstrações
encontram-se em funcionamento, financeiras, bem como confirmar
se são suficientes e adequados o valor e o suporte documental
para detectar e prevenir distorções. dos saldos e das transacções.
FACTORES DETERMINANTES
DO TAMANHO DA AMOSTRA
* Dispersão na população;
* Nível de risco que está
disposto a aceitar;
* Erro tolerável;
* Expectativa de erro na
população;
* Exactidão;

* Nível de confiabilidade;
* Tamanho da população.
TÉCNICAS USUAIS DE SELECÇÃO
DE AMOSTRAS DE AUDITORIA
BA S EA D A S N A A M O S T R A G E M
N Ã O ES TATÍ S T I C A ( A . D E BASEADAS NA AMOSTRAGEM
APRECIAÇÃO) E S TAT Í S T I C A
Amostragem e
Estatística
Amostragem Amostragem Sobre Valores
Por Intervalos Por Blocos Acumulados

Amostragem Amostragem
Sobre Valores Por Números Amostragem
Estratificados Aleatórios Estatística
Numérica
Amostragem Por Intervalos (Exemplo)
Suponhamos que um número de facturas emitidas durante um determinado
período foi de 1000 (N), numeradas de 1 a 1000, e que se pretende
seleccionar 200 (n), para a realização de testes, de onde resulta que o
intervalo será 5. Se a factura de começo tiver o número 4 (calculado
aleatoriamente) a segunda factura a testar será a que tiver o número 9 (4+5)
e assim sucessivamente até serem testadas todas as 200.
Amostragem Por Blocos (Exemplo)
Considerando os números do exemplo passado e se pretender testar 200
facturas, poder-se-á seleccionar 4 blocos de 50 facturas e representativas.
NÚMERO DE BLOCO NÚMERO DE FACTURAS
1⁰ 25 a 74
2⁰ 289 a 338
3⁰ 660 a 709
4⁰ 909 a 958
Tabela 1: Amostragem por blocos (realização de teste de conformidade).
Amostragem Estatística Numérica
O número de facturas que a empresa ALFA, SARL emitiu durante o ano de 1991 foi
de 10.187 (numeradas sequencialmente a partir do número 1) correspondeu o valor de
34.851.088,00 MT. Supondo que o auditor determinou o limite de precisão monetária
com base na margem bruta (14.000 contos) e que entendeu ser bom o controlo interno
existente, determinar os números das segunda e terceira facturas a serem objecto do
teste admitindo que o número escolhido ao acaso (e que, portanto, corresponde ao
número da 1ª factura a testar) é o 119.
LPM = 14.000.000,00 * 5% = 700.000,00
𝐢=
𝐧 ( 𝐋𝐏𝐌
𝐦 )
<→>¿
𝐂𝐈
n⸰ 2 119 + 204 = 323 n⁰ 3 323 + 204 = Em que:
527
i = intervalo

É a combinação da Amostragem de Apreciação por n = população em quantidade

(facturas p.e. para o período X).
Intervalos e da Amostragem Estatística sobre
m = população de vendas (valor total
Valores Acumulados. Consiste em determinar um das para o período X).
intervalo, mas sobre bases estatísticas contando
para o efeito com os elementos já trabalhados na
amostragem estatística sobre valores acumulados.
 BIBLIOGRAFIA
C O S TA , C . B . ( 2 0 1 7 ) . A U D I T O R I A F I N A N C E I R A - T E O R I A &
P R Á T I C A . ( R . D O S L I V R O S , E D . ) ( 11 A E D I Ç Ã O ) . L E T R A S E
C O N C E I T O S , U N I P. L D A .
C E R E J E I R A , L . ( 1 9 9 8 ) . T É C N I C A S D E A M O S T R A G E M E M
A U D I T O R I A . ( R E I D O S L I V R O S , E D . ) . P O R T O .
C H I AV E N AT O , I D A L B E R T O – A D M I N I S T R A Ç Ã O N O S N O S S O S
T E M P O S , M A K R O N B O O K S – B R A S I L E D I T O R A , L D A . ; S Ã O
PA U L O , 1 9 9 9 , P P 2 8 2 – 3 1 4 .
S T O N E R , J A M E S A . F E F R E E M A N , R . E D U A R D ,
A D M I N I S T R A Ç Ã O , 5 ª E D I Ç Ã O , E D I T O R A F I L I A D A , 1 9 8 2 , P P
1 8 1 – 1 9 9 .
T E I X E I R A , S E B A S T I Ã O – G E S T Ã O D A S O R G A N I Z A Ç Õ E S ,
E D I T O R A M C G R AW – H I L L D E P O R T U G A L , L D A . ;