Professor

PODER LEGISLATIVO Deivide Júlio

Ribeiro
IMUNIDADE FORMAL: PROCESSO
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou
Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação.
Crimes praticados antes da diplomação: não há
imunidade formal quanto ao processo;
Crimes praticados depois da diplomação: incidência da
imunidade formal quanto ao processo (havendo relação com o
cargo)
IMUNIDADE FORMAL: PROCESSO

Suspensão da ação penal: pedido do partido > Casa

Legislativa > apreciação em até 45 dias > Maioria absoluta.
Efeitos: enquanto durar o mandato + suspensão da
prescrição.
Informação importante: com a EC nº 35/01, o princípio da
improcessabilidade (somente com autorização da Casa
Legislativa) foi substituído pelo princípio da processabilidade.
Só se aplica ao crime praticado após a diplomação.
IMUNIDADE FORMAL: PROCESSO

Competências legislativas:
 Por iniciativa de qualquer partido político nela representado;
 Por voto da maioria dos membros (absoluta, portanto);
Pode sustar o andamento da ação penal se o crime for
praticado após a diplomação;
 A sustação deve ocorrer antes da decisão final do STF;
IMUNIDADE FORMAL: PROCESSO
Competências legislativas:
O pedido de sustação deve ser apreciado em até 45 dias
pela Mesa Diretora;
A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto
durar o mandato (art. 53, § 5º, CF);
 Com relação ao coautor, deve haver cisão do processo;
 Extinto o mandato: reinicia a fluência do prazo
prescricional; possibilita o prosseguimento imediato do
processo (Desnecessidade de nova manifestação da casa
legislativa).
DEPUTADOS ESTADUAIS
DEPUTADOS ESTADUAIS:
Art. 27. O número de Deputados à Assembleia
Legislativa corresponderá ao triplo da representação
do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o
número de trinta e seis, será acrescido de tantos
quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados
Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
imunidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às Forças
Armadas.
DEPUTADOS ESTADUAIS

Prerrogativa de foro:
 Matéria comum: Tribunal de Justiça;
 Matéria eleitoral: Tribunal Regional Eleitoral;
 Matéria crimes contra bens, interesses ou serviços da
União, autarquias ou empresas públicas federais:
Tribunal Regional Federal.
VEREADORES
VEREADORES
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas
opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
na circunscrição do município.
Não são extensíveis aos vereadores:
as imunidades formais não são extensíveis aos vereadores,
muito menos estendida a eles pelas constituições estaduais.
não há previsão na CF, todavia, o STF entende que a
Constituição Estadual pode atribuir essa prerrogativa aos
vereadores (geralmente ao TJ).
INCOMPATIBILIDADES E PERDA
DE MANDATO
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com
pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b)
aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive
os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes
da alínea anterior;
II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de
empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b)
ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas
entidades referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja
interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";d)
ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Observação importante: normas de observação obrigatória nas
três esferas.
Cuidado: inelegibilidade (antes das eleições) x incompatibilidade
(pós eleições)
Classificação da incompatibilidades (Alexandre de Moraes):
 funcionais: art. 54, I, ‘b’ e II, ‘b’;
 negociais ou contratuais: art. 54, I, ‘a’;
 políticas: art. 54, II, ‘d’
 profissionais: art. 54, II, ‘a’ e II, ‘c’.
Observação importante: não extensíveis aos parentes até o
segundo grau dos parlamentares
Observação importante: normas de observação obrigatória nas
três esferas.
Cuidado: inelegibilidade (antes das eleições) x incompatibilidade
(pós eleições)
Classificação da incompatibilidades (Alexandre de Moraes):
 funcionais: art. 54, I, ‘b’ e II, ‘b’;
 negociais ou contratuais: art. 54, I, ‘a’;
 políticas: art. 54, II, ‘d’
 profissionais: art. 54, II, ‘a’ e II, ‘c’.
Observação importante: não extensíveis aos parentes até o
segundo grau dos parlamentares
Atenção: o desempenho de mandato eletivo no Poder Legislativo
impede o exercício da advocacia a favor ou contra pessoa jurídica de
direito público pertencente a qualquer das esferas de governo. (art.
30, II, da Lei nº 8.906/94)
EXTINÇÃO E PERDA DO CARGO
Cassação x extinção:
 Cassação: decidida pela Casa respectiva (maioria absoluta +
votação secreta);
 Mesmo o STF condenando, cabe ao Parlamento decidir se o
mandato vai ser cassado (STF). Instaura-se processo político
para a decretação da perda do mandato.
 Extinção: perecimento do mandato pela ocorrência de fato ou
ato que torna automaticamente inexistente a investidura
eletiva. (ausência de discussão de mérito)
 Vinculado;
 Feita de ofício ou por provocação;
 CASSAÇÃO EXTINÇÃO
Depende de DELIBERAÇÃO das Casas por NÃO depende de deliberação.
maioria absoluta, devendo ser assegurada a
É ato meramente declaratório da Mesa Diretora,
ampla defesa.
de ofício ou por provocação de qualquer de seus
membros;
- quando infringir qualquer das proibições - quando deixar de comparecer, em cada sessão
do art. 54; legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da
Casa a que pertencer (salvo licença ou missão por
esta autorizada);
- quando o procedimento for declarado - que perder ou tiver suspensos os direitos
incompatível com o decoro parlamentar; políticos;
- quando sofrer condenação criminal em - quando o decretar a justiça eleitoral;
sentença transitada em julgado –
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO (CPI)
QUESTÕES
 INTRODUTÓRIAS:
Fundamento normativo: art. 58, § 3.º, da CF/88, na Lei n.
1.579/52 (alterada pelas Leis ns. 10.679/2003 e
13.367/2016), Lei n.10.001/2000, na LC n. 105/2001 e
Regimentos Internos das Casas.
 Conceito: comissão temporária, com finalidade de
investigar fato certo e determinado, auxiliando na atividade
legiferante.
 Característica:
• direito público subjetivo das minorias;
• A garantia da instalação da CPI independe de deliberação
plenária.
 Tipo de função: típica:
• Fiscalização do governo, da administração e do próprio
poder.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE
INQUÉRITO FEDERAL
CPI FEDERAL:
 Principio da simetria: as regras federais se aplicam aos
demais entes federativos. (ADI 3619)
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que
terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.
CPI FEDERAL: REQUISITOS
FORMAIS
 Instauração: 1/3 (171 deputados ou 27 senadores)
 Informação importante: impossibilidade de aumento do
quórum (direito das minorias), possibilidade de diminuir o
quórum.
Art. 58 § 1º - Na constituição das Mesas e de cada
Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares que participam da respectiva
Casa.
 Presidência: partido com maior bancada;
 Relatoria: partido com segunda maior bancada.
CPI FEDERAL: REQUISITOS
FORMAIS

 Sessão legislativa: 02/02 – 17/07 - 01/08 – 22/12.

 Legislatura: 4 anos.
CPI FEDERAL: REQUISITOS
FORMAIS
 Instaurada por prazo determinado:
Espécies de comissões:
 Permanentes: existem independente da legislatura; Ex.:
CCJ, CO
 Temporárias: se extinguem com o fim dos trabalhos, com o
fim do prazo estipulado, ainda com o término da legislatura
 Prorrogações dentro da mesma legislatura
Art. 5º, §2º - a incumbência da CPI termina com a sessão
legislativa, em que tiver sido outorgada, salvo
deliberação da respectiva Câmara prorrogando- a dentro
da legislatura em curso.
CPI FEDERAL: RELATÓRIO FINAL:
 Documentos sigilosos, não podem ser divulgados até o transito
em julgado. (mais poder que a autoridade policial)
 Princípio do colegiado: relatório final, a conclusão e as
decisões instrutórias são tomadas por todos os membros da CPI.
 Concluído o relatório, encaminha para o MP: apurar
responsabilidade civil (improbidade) e penal (ação penal).
 Não vinculação do MP ao relatório: independência funcional;
 30 dias para se posicionar sobre o relatório;
 Prioridade dos procedimentos originados de CPIs’s
CPI FEDERAL: RELATÓRIO FINAL:
 Documentos sigilosos, não podem ser divulgados até o transito
em julgado. (mais poder que a autoridade policial)
 Princípio do colegiado: relatório final, a conclusão e as
decisões instrutórias são tomadas por todos os membros da CPI.
 Concluído o relatório, encaminha para o MP: apurar
responsabilidade civil (improbidade) e penal (ação penal).
 Não vinculação do MP ao relatório: independência funcional;
 30 dias para se posicionar sobre o relatório;
 Prioridade dos procedimentos originados de CPIs’s;
 Prioridade em tramitação: processo ou procedimento.
 PODERES DA COMISSÃO
PARLAMENTAR DE INQUÉRITO:
PODERES DA CPI:
 Tem restrições nos direitos e garantias fundamentais.
 Poderes de natureza instrumental.

Poderes:
 Prender em flagrante por falso testemunho a
testemunha;
 Prender em flagrante por desacato à autoridade;
 Determinar a realização de diligências. (vistorias,
exames, perícias);
 Requisitar (determinar) auxílio de servidores públicos;
PODERES DA CPI:

Poderes:
 Requisitar (determinar) auxílio de servidores públicos;
 Busca e apreensão de documentos e equipamentos;
 Condução coercitiva;
 Realização de exames periciais.
LIMITES DAS CPI’S:
LIMITES DA CPI:

As CPI’s não podem por autoridade própria:

 Determinar busca e apreensão domiciliar;
 Decretar prisão (restrição da liberdade de locomoção);
 Decretar interceptação telefônica;
 Determinar constrição judicial ou medidas assecuratórias
(artigo 125, CPP): arresto, seqüestro, hipoteca ou
indisponibilidade de bens;
 Proibir que o cidadão saia da comarca ou país.
LIMITES DA CPI: QUESTÃO
INTRODUTÓRIA

 Clausula de reserva de jurisdição (Art. 5º, LXIII),

 Direito e garantias individuais.
 Sigilo profissional.
 Medidas acautelatórias: tomadas para conservar a decisão
final (não possui poder de cautela);
CPI ESTADUAL E MUNICIPAL:
CPI ESTADUAL:

 Princípio da simetria e normas de reprodução obrigatória;

 CPIs estaduais não têm competência para investigar
autoridades com prerrogativa de foro federal.
CPI MUNICIPAL:

 Princípio da simetria e normas de reprodução obrigatória;

 CPIs estaduais não têm competência para investigar
autoridades com prerrogativa de foro federal.
 Apontamento: não há poder judiciário nos municípios