Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
  • Doutoranda em história na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), bolsista Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mestre em história pela ... moreedit
O objetivo desta dissertação é destacar a presença das mulheres no periódico oitocentista Marmota. Além disso, este trabalho pretende perceber como questões referentes ao universo feminino estavam relacionadas aos ideais de progresso e... more
O objetivo desta dissertação é destacar a presença das mulheres no periódico
oitocentista Marmota. Além disso, este trabalho pretende perceber como questões referentes
ao universo feminino estavam relacionadas aos ideais de progresso e civilização que
norteavam a nação na década de 1850. Para isso, os escritos das mulheres são questionados a
partir de noções educacionais, matrimoniais, maternais, de feminilidade e política. A
Marmota circulou na Corte no século XIX, entre os anos de 1849-1864, era composta por
quatro páginas, editada duas vezes por semana e afirmava-se como uma folha voltada ao
público feminino. Inicialmente, este trabalho contextualiza para as(os) leitoras(es) o que foi o
jornal e como surgiu ali um espaço para a atuação das mulheres. Também são analisadas
certas publicações moralizantes ao comportamento feminino, as quais tinham como objetivo
principal civilizar as leitoras da Marmota. Na terceira seção, são demonstradas quais as
reivindicações femininas escritas por mulheres apareciam nesse jornal e como elas se
colocavam relacionadas às condições de progresso. Por fim, na quarta seção, é realizada uma
série de análises do Projeto de Lei Não há de se casar, que foi debatido na Câmara dos
Deputados, e resultou em uma sequência de proposições que circularam na imprensa entre
1854-1855. A partir das publicações postas na Marmota sobre o tema, são percebidas a
civilidade em torno dos militares, as respectivas contestações femininas e a força social que as
objeções formadas a partir da agência das mulheres alcançariam. Conclui-se que a imprensa
foi fundamental ao oferecer um espaço, mesmo que mínimo, para que as mulheres do
Oitocentos pudessem expor suas oposições às questões pertinentes ao período. De modo
semelhante, nota-se como o bello sexo utilizou as noções de desenvolvimento da nação como
estratégias, a fim de alcançar certas reivindicações.
RESUMO: O objetivo desse artigo é analisar os debates apresentados em duas publicações pertencentes as séries Assembleia do Bello Sexo e Congresso Feminino que foram editadas no jornal A Marmota na Corte (1849-1852) e no Periódico dos... more
RESUMO: O objetivo desse artigo é analisar os debates apresentados em duas publicações pertencentes as séries Assembleia do Bello Sexo e Congresso Feminino que foram editadas no jornal A Marmota na Corte (1849-1852) e no Periódico dos Pobres (1850-1856), respectivamente. As publicações possuíam o formato de uma assembleia onde reuniam-se um grupo de mulheres que debatiam determinados assuntos, as temáticas apresentadas nesses artigos abordaram a questão racial e a concepção de emancipação feminina no oitocentos; para analisá-las utilizamos a teoria metodológica concernente a gênero que busca compreender a história das mulheres no século XIX a partir de uma interseção entre gênero, raça e classe. PALAVRAS-CHAVE: Gênero; Imprensa; Rio de Janeiro; Século XIX. Gender, race and class in the 1800s: the cases of the Assembleia do Bello Sexo and the Congresso Feminino ABSTRACT: The objective of this paper is to analyze the debates presented in two publications belonging to the series 'Assembleia do Bello Sexo' and 'Congresso Feminino' that was published in the newsparpers 'A Marmota na Corte' (1849-1852) and in the 'Periódico dos Pobres' (1850-1856), respectively. The publications had the format of a panel where a group of women who debated given subjects, the themes presented in these articles approached the racial issue and the concept of women's emancipation in the 19th century; to analyze them, we used the methodological theory concerning gender that seeks to understand the history of women in the 19th century from an intersection between gender, race and class Género, raza y clase en el siglo XIX: los casos de la Assembleia do Bello Sexo y el Congresso Feminino RESUMEN: El objetivo de este artículo es analizar los debates presentados en dos publicaciones pertenecientes a las series 'Assembleia do Bello Sexo' y 'Congresso Feminino' que fueron publicadas en los periódicos 'A Marmota na Corte' (1849-1852) y 'Periódico dos Pobres' (1850-1856), respectivamente. Las publicaciones tenían el formato de una asamblea que se reunía un grupo de mujeres que debatían ciertos temas, las temáticas presentadas en estos artículos abordaban la cuestión racial y el concepto de emancipación femenina en el siglo XIX; Para analizarlos, nos utilizamos de la teoría metodológica sobre género que busca comprender la historia de las mujeres en el siglo XIX desde una intersección entre género, raza y clase.
No presente artigo buscamos problematizar a relação das mulheres de meados da década de 1850 com a utilização da indumentária dita masculina, ou seja, aquela roupa que fora socialmente imposta aos homens, a exemplos das calças e coletes.... more
No presente artigo buscamos problematizar a relação das mulheres de meados da década de 1850 com a utilização da indumentária dita masculina, ou seja, aquela roupa que fora socialmente imposta aos homens, a exemplos das calças e coletes. Insatisfeitas com as condições sociais postas para as mulheres oitocentistas e sem encontrar espaços para contestar as normas, essas mulheres viram nas roupas uma maneira de reivindicação. Analisando essas situações a partir da imprensa feminina, em jornais como o Jornal das Senhoras, buscamos compreender a utilização desse tipo de roupas como uma ação política que configura, a partir do conjunto de normas e atitudes, uma cultura política. Para isso, tomamos os jornais como nossa principal fonte, investigamos a utilização desses trajes com base no conceito de cultura política e, por fim, utilizamos gênero como categoria de análise.
O objetivo deste trabalho é compreender as relações interseccionais de gênero e raça a partir de um artigo publicado no periódico A Marmota na Corte (1859-1852), em 22/01/1850. Trata-se de um artigo muito singular, com o nome de... more
O objetivo deste trabalho é compreender as relações
interseccionais de gênero e raça a partir de um artigo publicado
no periódico A Marmota na Corte (1859-1852), em 22/01/1850.
Trata-se de um artigo muito singular, com o nome de
Assembleia do Bello Sexo, no qual encontramos um
interessante diálogo entre várias mulheres que compunham
uma hipotética assembleia, a fim de decidirem qual seria o
destino de um marido infiel que havia se relacionado com uma
mulher negra. Por fim, acreditamos que tais discussões, por
mais que não se encontrassem com frequência nas páginas dos
jornais, estavam presentes na sociedade oitocentista e são
reveladores de práticas e valores representativos do universo
feminino da época.
Resumo: No presente artigo pretendemos compreender o processo de esquecimento de escritoras brasileiras do século XVIII e XIX a partir de suas aparições em revistas e jornais publicados no século passado e as poucas citações que as... more
Resumo: No presente artigo pretendemos compreender o processo de esquecimento de escritoras brasileiras do século XVIII e XIX a partir de suas aparições em revistas e jornais publicados no século passado e as poucas citações que as autoras tiveram no nosso período atual. Optamos por algumas autoras em específico, a saber: Angela do Amaral Rangel, Barbara Heliodora, Beatriz Francisca de Assis Brandão, Delfina Benigna da Cunha e Ildelfonsa Laura César. Essa escolha se baseia no fato de que as referidas autoras foram citadas em um artigo da Revista da Semana e sobre elas conseguimos obter maiores informações nas fontes. Partindo dos resultados, buscamos entender esse esquecimento, em contraposição à canonicidade dos autores masculinos contemporâneos, fazendo uma análise a partir da perspectiva de gênero. Palavras chave: escritoras, gênero, século XX. Abstract: The present article intends to understand the process of forgetting brazilian writers of the eighteenth and nineteenth centuries from their appearances in magazines and newspapers published in the last century and the few quotations that the authors have in our current period. We chose some specific authors: Angela do Amaral Rangel, Barbara Heliodora, Beatriz Francisca de Assis Brandão, Delfina Benigna da Cunha and Ildelfonsa Laura César, for being cited in an article in Revista da Semana and we were able to obtain more information in the sources. Based on the results, we try to understand this forgetfulness, in opposition to the canonicity of the contemporary male authors, analyzing from the gender perspective.
Resumo: Neste artigo pretendemos compreender a vida desse sujeito que foi fundamental na imprensa brasileira do século XIX, o baiano Próspero Diniz. Responsável por uma série de folhas que portavam o título de Marmota, presentes nas... more
Resumo: Neste artigo pretendemos compreender a vida desse sujeito que foi fundamental na imprensa brasileira do século XIX, o baiano Próspero Diniz. Responsável por uma série de folhas que portavam o título de Marmota, presentes nas províncias do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco; Próspero colaborou e redigiu os jornais: A Marmota na Bahia (1849), A Marmota na Corte (1849-1852), A Verdadeira Marmota: do Dr. Próspero Diniz (1850) e A Marmota Pernambucana (1851). A partir das cartas publicadas nessas e em outras folhas do período, analisamos a vida desse baiano que de boticário chegou a redigir um notável periódico da província do Rio de Janeiro. Palavras-chave: Próspero Diniz; Imprensa; Século XIX. Dono de um temperamento ímpar, perceptível através de críticas em variados jornais oitocentistas, Próspero Fernando Ribeiro Diniz, mais conhecido como Próspero Diniz, foi responsável por iniciar a folha A Marmota na Corte, jornal que circulou por 12 anos ininterruptos, influenciando de muitas maneiras outros periódicos do período. Porém, é necessário recordar que ele não foi o único responsável pelo sucesso que a Marmota adquiriu, seu então amigo, Francisco de Paula Brito, 1 o ajudou muito nessa tarefa. Próspero Diniz nasceu na Bahia, no dia 31 de maio de 1820 2 , era filho do farmacêutico Dr. Manuel Feliciano Ribeiro Diniz, e de D. Maria Izidora. Antes de iniciar como escritor na imprensa dos Oitocentos, trabalhou por doze anos na botica de seu pai: Aplicou-se a farmácia, e ai esteve doze anos fabricando o prodigioso unguento basilicão; fez neste tempo quinhentas e setenta e duas mil novecentas e quarenta e duas pílulas, com as quais purgou a muitos, curou a alguns, e a 1 Para mais informações sobre Francisco de Paula Brito ver: GODOI, Rodrigo Camargo. Um editor no império: Francisco de Paula Brito (1809-1861). Unicamp. Campinas: 2014. 2 De acordo com a publicação a respeito de seu aniversário na edição 85 de 1850, Próspero afirmou que estava completando 30 anos.
Resenha do livro Concebendo a liberdade. COWLLING, Camillia. Concebendo a liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição da escravidão nas cidades de Havana e Rio de Janeiro. Trad. Patrícia Ramos Geremias e Clemente... more
Resenha do livro Concebendo a liberdade.
COWLLING, Camillia. Concebendo a liberdade: mulheres de cor, gênero e abolição  da  escravidão  nas  cidades  de  Havana  e  Rio  de  Janeiro.  Trad. Patrícia  Ramos  Geremias  e  Clemente  Penna.  Campinas,  SP:  Editora  da Unicamp, 2018.