Doutoranda e Mestre em História, na linha História e Culturas Políticas, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-Graduada em Análise e Gestão do Patrimônio Cultural pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH - 2019). Graduada em História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH - 2016). Integrante do Grupo de Pesquisa em História e Literatura (GEHISLIT/PUC Minas). Integrante da Comissão Editorial da Revista Temporalidades do Departamento de História da UFMG (Conceito A4). Professora de História na Educação Básica. Pesquisa a História dos Livros e das Edições no Período Moderno, compreendendo a consolidação do cânone literário luso-brasileiro e suas respectivas implicações históricas e políticas. Também realiza estudos técnicos voltados para programas de preservação do Patrimônio Cultural em Minas Gerais, com atuação profissional em campo e ênfase em Institucionalização da Memória e Processos de Patrimonialização. Address: Belo Horizonte - MG. Brasil.
Escrito no final da década de 1760, O Hissope foi consagrado na história da literatura portuguesa... more Escrito no final da década de 1760, O Hissope foi consagrado na história da literatura portuguesa pelo seu suposto caráter revolucionário por intelectuais como Almeida Garrett, Camilo Castelo-Branco, Ferdinand Denis, Joaquim Manuel Pinheiro Chagas e Teófilo Bragaao longo do século XIX. Contudo, o reconhecimento conferido à obra não se aplica ao autor, António Dinis da Cruz e Silva, que frequentemente dividia a opinião de intelectuais devido às funções jurídicas que exerceu em Portugal e no Brasil durante toda sua vida. O presente artigo visacompreender as análises do poema e de seu autor no Brasil e como isso movimentou um diálogo entre intelectuaisbrasileiros e portugueses através de publicações literáriase jornalísticasque se deram na primeira metadedo século XX.
António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799) foi jurista, letrado, poeta e árcade na segunda metade ... more António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799) foi jurista, letrado, poeta e árcade na segunda metade do século XVIII. Reconhecido historicamente como um dos fundadores da Arcádia Lusitana (BRAGA, 1890), compôs a comitiva designada por Portugal para julgar os réus da Inconfidência Mineira depois de um extenso período de atuação dupla na literatura e no magistrado em Portugal. Viveu seus últimos anos na colônia portuguesa e faleceu pouco
Anais IX Ephis - UFMG. Alcances da História: Compreender e transformar, 2021
A premiada animação espanhola Klaus, distribuída mundialmente pela Netflix, é um conto moderno de... more A premiada animação espanhola Klaus, distribuída mundialmente pela Netflix, é um conto moderno de Natal. Segundo a história, Jesper é um acomodado que vive da fortuna da família e sempre consegue fugir dos trabalhos que o pai, responsável pelo serviço de correios local, lhe designa. Por fim, o jovem é castigado e mandado para a longínqua Smeerensburg, no Círculo Ártico, para trabalhar como o carteiro local na empresa do pai. Preso em uma cidade gélida onde os nativos (extremamente mal-humorados) estão em constante conflito, Jesper percebe que precisará descobrir uma forma de fazer com que as pessoas troquem correspondências para que ele consiga voltar para casa. O desafio se revela maior: a inimizade entre as duas famílias mais influentes na cidade fez com que até mesmo a escola fosse abandonada - dessa forma, as crianças não teriam qualquer tipo de contato com aquilo que fosse desaprovado por suas respectivas famílias. Dessa forma, o filme apresenta como Jesper e a antiga professora de Smeerensburg, srta. Alva, se unem a um velho artesão de brinquedos para transformar a realidade das crianças locais através da educação e empatia. O presente projeto busca analisar as possibilidades de utilização do longa-metragem como metodologia para educação de crianças e adolescentes. O conflito entre as duas famílias, o isolamento das crianças e a proibição de acesso à um espaço educacional que seja plural e questionador torna-se um mecanismo interessante para compreender como o Extremismo (político) pode ameaçar a Educação ao controlar o que as crianças devem ter acesso, originando iniciativas como o "Escola Sem Partido". Ao mesmo tempo, a figura do artesão Klaus nos permite filosofar sobre o surgimento de certas práticas culturais e como estas podem se revelar como interessante instrumento no processo educacional.
Situado na regional Pampulha, zona norte de Belo Horizonte, o Centro Cultural Pampulha surgiu a p... more Situado na regional Pampulha, zona norte de Belo Horizonte, o Centro Cultural Pampulha surgiu a partir de uma iniciativa dos moradores dos bairros Urca e Conjunto Habitacional (ou Morro do) Confisco e foi instalado em um espaço que já era utilizado pela referida comunidade para manifestações culturais, políticas e sociais desde meados da década de 1970. O espaço, que inicialmente abrigava os diversos produtos artísticos que eram expressos pelos moradores locais, se tornou sinônimo de resistência e autonomia periférica diante o processo de gentrificação que marcou a região – reconhecida pela Unesco em 2008 como Patrimônio Cultural da Humanidade. A presente pesquisa buscou analisar o processo de construção e estabelecimento do espaço cultural, compreendendo-o como um meio de afirmação da identidade e pertencimento locais frente aos diversos movimentos de exclusão identificados desde a formação da regional Pampulha.
Anais do VIII Encontro de Pesquisa em História da UFMG (Ephis), 2019
A animação computadorizada “Viva – A Vida é uma Festa” conta a história de Miguel, um garoto de 1... more A animação computadorizada “Viva – A Vida é uma Festa” conta a história de Miguel, um garoto de 12 anos que deseja realizar o impossível sonho de se tornar músico. Segundo a história, Miguel faz parte da família Rivera, reconhecida pela confecção e comércio de calçados. A prática apresentada como uma tradição familiar foi a alternativa encontrada pela matriarca, e tataravó de Miguel, Imelda Rivera de superar o abandono que sofrera do marido. Este, que ansiava se tornar um músico famoso, deixou a esposa e a pequena filha em prol de seu objetivo. Magoada, Imelda acaba abolindo a música do ambiente familiar e apaga a memória do marido de sua família. Com o passar das gerações, a ausência da música também se torna uma prática para os Rivera – até a chegada de Miguel. Dessa forma, o filme apresenta a tradição ligada à sapataria como contrária ao desejo do jovem protagonista. O presente projeto busca analisar as possibilidades de utilização do longa-metragem como metodologia para a educação patrimonial com crianças e adolescentes. A personagem Coco Rivera, filha de Imelda e bisavó de Miguel, torna-se chave fundamental para compreender a relação entre memória, pertencimento e transmissão da tradição oral na preservação de uma prática cultural. Ao mesmo tempo, a adaptação da atividade às demandas da nova geração promove a permanência dos costumes, sendo identificada como um ponto de ligação entre Coco, a velha geração, e Miguel, a nova.
Apresentação feita no Seminário Lugares de Memória: representações, território e patrimônio cultu... more Apresentação feita no Seminário Lugares de Memória: representações, território e patrimônio cultural insurgente, ocorrido na modalidade online nos dias 08, 09 e 10 de dezembro. O seminário é um desdobramento das discussões do Projeto de Extensão "Lugares de Memória: interfaces digitais aplicadas ao plano museológico e promoção do Memorial de Direitos Humanos de Minas Gerais" em parceria como Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas, a Especialização em Conservação e Gestão do Patrimônio Cultural (IEC, PUC Minas) e a PROEX/ PUC MINAS. Os palestrantes convidados e as mesas temáticas buscam refletir sobre a diversidade e complexidade das memórias em sua relação com os territórios urbanos e rurais, assim como dar visibilidade aos processos histórico-sociais de transformação e violências ainda em curso por parte dos poderes dominantes. Permitem não apenas ampliar o debate para além de uma visão patrimonial hegemônica, como também o reconhecimento público e a valorização de seus distintos modos. Foi organizada também uma seleção de documentários, disponíveis on-line, que permitem ampliar o campo de reflexão acerca das narrativas e disputas em torno dos lugares de memória.
Escrito no final da década de 1760 por António Diniz da Cruz e Silva (1731-1799), O Hyssope foi o... more Escrito no final da década de 1760 por António Diniz da Cruz e Silva (1731-1799), O Hyssope foi objeto de censura até passar a figurar em manuais e coleções de literatura portuguesa a partir do século XIX. Neste mesmo século, o poema foi reeditado diversas vezes, em Portugal e em França, recebendo, a cada edição, um investimento em imagens, notas explicativas e textos introdutórios. A presente pesquisa centra-se nessas edições e busca compreender o processo histórico de reconhecimento desta obra ao longo do oitocentos. Para tal, a análise se concentrou nas edições produzidas entre os anos de 1802 e 1879, bem como na contribuição de figuras como Ferdinand Denis e Teófilo Braga na significação d’O Hyssope dentro do conjunto da Literatura Portuguesa.
A obra é uma coletânea de textos de professores e pesquisadores das áreas da História e da Litera... more A obra é uma coletânea de textos de professores e pesquisadores das áreas da História e da Literatura que estabelecem diálogo entre as duas áreas. O objetivo é somar esforços junto àqueles que se ocupam de estudar as relações possíveis entre História e Literatura. Os resultados são frutos de dissertações, teses e projetos de pesquisa desenvolvidos nos últimos anos que apontam para a relevância e a atualidade do tema.
Escrito no final da década de 1760, O Hissope foi consagrado na história da literatura portuguesa... more Escrito no final da década de 1760, O Hissope foi consagrado na história da literatura portuguesa pelo seu suposto caráter revolucionário por intelectuais como Almeida Garrett, Camilo Castelo-Branco, Ferdinand Denis, Joaquim Manuel Pinheiro Chagas e Teófilo Bragaao longo do século XIX. Contudo, o reconhecimento conferido à obra não se aplica ao autor, António Dinis da Cruz e Silva, que frequentemente dividia a opinião de intelectuais devido às funções jurídicas que exerceu em Portugal e no Brasil durante toda sua vida. O presente artigo visacompreender as análises do poema e de seu autor no Brasil e como isso movimentou um diálogo entre intelectuaisbrasileiros e portugueses através de publicações literáriase jornalísticasque se deram na primeira metadedo século XX.
António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799) foi jurista, letrado, poeta e árcade na segunda metade ... more António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799) foi jurista, letrado, poeta e árcade na segunda metade do século XVIII. Reconhecido historicamente como um dos fundadores da Arcádia Lusitana (BRAGA, 1890), compôs a comitiva designada por Portugal para julgar os réus da Inconfidência Mineira depois de um extenso período de atuação dupla na literatura e no magistrado em Portugal. Viveu seus últimos anos na colônia portuguesa e faleceu pouco
Anais IX Ephis - UFMG. Alcances da História: Compreender e transformar, 2021
A premiada animação espanhola Klaus, distribuída mundialmente pela Netflix, é um conto moderno de... more A premiada animação espanhola Klaus, distribuída mundialmente pela Netflix, é um conto moderno de Natal. Segundo a história, Jesper é um acomodado que vive da fortuna da família e sempre consegue fugir dos trabalhos que o pai, responsável pelo serviço de correios local, lhe designa. Por fim, o jovem é castigado e mandado para a longínqua Smeerensburg, no Círculo Ártico, para trabalhar como o carteiro local na empresa do pai. Preso em uma cidade gélida onde os nativos (extremamente mal-humorados) estão em constante conflito, Jesper percebe que precisará descobrir uma forma de fazer com que as pessoas troquem correspondências para que ele consiga voltar para casa. O desafio se revela maior: a inimizade entre as duas famílias mais influentes na cidade fez com que até mesmo a escola fosse abandonada - dessa forma, as crianças não teriam qualquer tipo de contato com aquilo que fosse desaprovado por suas respectivas famílias. Dessa forma, o filme apresenta como Jesper e a antiga professora de Smeerensburg, srta. Alva, se unem a um velho artesão de brinquedos para transformar a realidade das crianças locais através da educação e empatia. O presente projeto busca analisar as possibilidades de utilização do longa-metragem como metodologia para educação de crianças e adolescentes. O conflito entre as duas famílias, o isolamento das crianças e a proibição de acesso à um espaço educacional que seja plural e questionador torna-se um mecanismo interessante para compreender como o Extremismo (político) pode ameaçar a Educação ao controlar o que as crianças devem ter acesso, originando iniciativas como o "Escola Sem Partido". Ao mesmo tempo, a figura do artesão Klaus nos permite filosofar sobre o surgimento de certas práticas culturais e como estas podem se revelar como interessante instrumento no processo educacional.
Situado na regional Pampulha, zona norte de Belo Horizonte, o Centro Cultural Pampulha surgiu a p... more Situado na regional Pampulha, zona norte de Belo Horizonte, o Centro Cultural Pampulha surgiu a partir de uma iniciativa dos moradores dos bairros Urca e Conjunto Habitacional (ou Morro do) Confisco e foi instalado em um espaço que já era utilizado pela referida comunidade para manifestações culturais, políticas e sociais desde meados da década de 1970. O espaço, que inicialmente abrigava os diversos produtos artísticos que eram expressos pelos moradores locais, se tornou sinônimo de resistência e autonomia periférica diante o processo de gentrificação que marcou a região – reconhecida pela Unesco em 2008 como Patrimônio Cultural da Humanidade. A presente pesquisa buscou analisar o processo de construção e estabelecimento do espaço cultural, compreendendo-o como um meio de afirmação da identidade e pertencimento locais frente aos diversos movimentos de exclusão identificados desde a formação da regional Pampulha.
Anais do VIII Encontro de Pesquisa em História da UFMG (Ephis), 2019
A animação computadorizada “Viva – A Vida é uma Festa” conta a história de Miguel, um garoto de 1... more A animação computadorizada “Viva – A Vida é uma Festa” conta a história de Miguel, um garoto de 12 anos que deseja realizar o impossível sonho de se tornar músico. Segundo a história, Miguel faz parte da família Rivera, reconhecida pela confecção e comércio de calçados. A prática apresentada como uma tradição familiar foi a alternativa encontrada pela matriarca, e tataravó de Miguel, Imelda Rivera de superar o abandono que sofrera do marido. Este, que ansiava se tornar um músico famoso, deixou a esposa e a pequena filha em prol de seu objetivo. Magoada, Imelda acaba abolindo a música do ambiente familiar e apaga a memória do marido de sua família. Com o passar das gerações, a ausência da música também se torna uma prática para os Rivera – até a chegada de Miguel. Dessa forma, o filme apresenta a tradição ligada à sapataria como contrária ao desejo do jovem protagonista. O presente projeto busca analisar as possibilidades de utilização do longa-metragem como metodologia para a educação patrimonial com crianças e adolescentes. A personagem Coco Rivera, filha de Imelda e bisavó de Miguel, torna-se chave fundamental para compreender a relação entre memória, pertencimento e transmissão da tradição oral na preservação de uma prática cultural. Ao mesmo tempo, a adaptação da atividade às demandas da nova geração promove a permanência dos costumes, sendo identificada como um ponto de ligação entre Coco, a velha geração, e Miguel, a nova.
Apresentação feita no Seminário Lugares de Memória: representações, território e patrimônio cultu... more Apresentação feita no Seminário Lugares de Memória: representações, território e patrimônio cultural insurgente, ocorrido na modalidade online nos dias 08, 09 e 10 de dezembro. O seminário é um desdobramento das discussões do Projeto de Extensão "Lugares de Memória: interfaces digitais aplicadas ao plano museológico e promoção do Memorial de Direitos Humanos de Minas Gerais" em parceria como Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas, a Especialização em Conservação e Gestão do Patrimônio Cultural (IEC, PUC Minas) e a PROEX/ PUC MINAS. Os palestrantes convidados e as mesas temáticas buscam refletir sobre a diversidade e complexidade das memórias em sua relação com os territórios urbanos e rurais, assim como dar visibilidade aos processos histórico-sociais de transformação e violências ainda em curso por parte dos poderes dominantes. Permitem não apenas ampliar o debate para além de uma visão patrimonial hegemônica, como também o reconhecimento público e a valorização de seus distintos modos. Foi organizada também uma seleção de documentários, disponíveis on-line, que permitem ampliar o campo de reflexão acerca das narrativas e disputas em torno dos lugares de memória.
Escrito no final da década de 1760 por António Diniz da Cruz e Silva (1731-1799), O Hyssope foi o... more Escrito no final da década de 1760 por António Diniz da Cruz e Silva (1731-1799), O Hyssope foi objeto de censura até passar a figurar em manuais e coleções de literatura portuguesa a partir do século XIX. Neste mesmo século, o poema foi reeditado diversas vezes, em Portugal e em França, recebendo, a cada edição, um investimento em imagens, notas explicativas e textos introdutórios. A presente pesquisa centra-se nessas edições e busca compreender o processo histórico de reconhecimento desta obra ao longo do oitocentos. Para tal, a análise se concentrou nas edições produzidas entre os anos de 1802 e 1879, bem como na contribuição de figuras como Ferdinand Denis e Teófilo Braga na significação d’O Hyssope dentro do conjunto da Literatura Portuguesa.
A obra é uma coletânea de textos de professores e pesquisadores das áreas da História e da Litera... more A obra é uma coletânea de textos de professores e pesquisadores das áreas da História e da Literatura que estabelecem diálogo entre as duas áreas. O objetivo é somar esforços junto àqueles que se ocupam de estudar as relações possíveis entre História e Literatura. Os resultados são frutos de dissertações, teses e projetos de pesquisa desenvolvidos nos últimos anos que apontam para a relevância e a atualidade do tema.
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O presente projeto busca analisar as possibilidades de utilização do longa-metragem como metodologia para a educação patrimonial com crianças e adolescentes. A personagem Coco Rivera, filha de Imelda e bisavó de Miguel, torna-se chave fundamental para compreender a relação entre memória, pertencimento e transmissão da tradição oral na preservação de uma prática cultural. Ao mesmo tempo, a adaptação da atividade às demandas da nova geração promove a permanência dos costumes, sendo identificada como um ponto de ligação entre Coco, a velha geração, e Miguel, a nova.
O presente projeto busca analisar as possibilidades de utilização do longa-metragem como metodologia para a educação patrimonial com crianças e adolescentes. A personagem Coco Rivera, filha de Imelda e bisavó de Miguel, torna-se chave fundamental para compreender a relação entre memória, pertencimento e transmissão da tradição oral na preservação de uma prática cultural. Ao mesmo tempo, a adaptação da atividade às demandas da nova geração promove a permanência dos costumes, sendo identificada como um ponto de ligação entre Coco, a velha geração, e Miguel, a nova.