Papers by Fernanda Dechatnek
Cadernos PET-Filosofia, Aug 5, 2021
Cadernos PET-Filosofia, Aug 5, 2020
Cadernos PET Filosofia. 2018 (2021), v. 20, n. 1., 2021
Resumo: O seguinte artigo trata-se de uma apresentação dos resultados de um ano de pesquisa pelo ... more Resumo: O seguinte artigo trata-se de uma apresentação dos resultados de um ano de pesquisa pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). O estudo é guiado por princípios que tenham como preocupação a relação entre o pensar filosófico e o ambiente, levando em conta que um tem igual impacto sobre o outro. Nesse sentido, procuro especular acerca das possibilidades em outras alternativas de fazer conhecimento e pensar no mundo. Desse modo, o
caminho que utilizo é a de um pensar que se constrói criativamente com a dança, mais especificamente, com os coreógrafos Merce Cunningham e Steve Paxton. A experiência com essa alternativa é pela leitura dos mesmos através do autor José Gil, vídeos de suas coreografias e a leitura de textos do próprio Cunningham. Ao explorar esse conhecimento pela dança, aos poucos o corpo mesmo é mais compreendido, bem como o que ele nos ensina com o mundo ao redor. Os movimentos do corpo tomam o espaço dos movimentos do pensamento, tentando assim contribuir com formas de pensar — e assim sobreviver — que sejam sensíveis aos toques, que atravessem nossas peles e que mergulhem nas experiências.
Revista completa disponível em: https://revistas.ufpr.br/petfilo/issue/view/3186/showToc
Cadernos PetFilosofia, 2020
Artigo de Fernanda Dechatnek publicado na revista Cadernos PetFilosofia, "Filosofia e Ativismo", ... more Artigo de Fernanda Dechatnek publicado na revista Cadernos PetFilosofia, "Filosofia e Ativismo", 2020, vol. 18, No 2. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/petfilo/issue/view/3005/showToc
Resumo: Procuramos explorar o potencial das criações humanas visando dar algum prospecto para a questão da entropia e sua irreversibilidade de acordo com as definições da termodinâmica. Para tanto, seguindo a relação de ordem e desordem que explicam a entropia em Erwin Schrödinger, traça-se uma comparação entre os tipos de criação e quais caminhos elas podem tomar em via de acelerar ou retardar a morte térmica do Universo. A partir disso, em via de explorar melhor a atividade neguentrópica da criatividade, utilizando como apoio o artigo de Monique Allain, relaciona-se o modo como a arte consegue ressaltar essa atividade afastando-nos da irreversibilidade do sistema. Neste ponto, o rumo tomado para explicitar a atuação artística são as técnicas de dança dos coreógrafos contemporâneos Pina Bausch e Merce Cunningham, tendo como base a apresentação de ambos pela perspectiva filosófica de José Gil.
Anais I Simposio de Filosofia do Corpo e Movimento UFPR, 2020
Artigo de Fernanda Dechatnek feito com base na comunicação apresentada no dia 06 de Novembro de 2... more Artigo de Fernanda Dechatnek feito com base na comunicação apresentada no dia 06 de Novembro de 2019 no I Simpósio de Filosofia do Corpo e Movimento UFPR, Reitoria da UFPR, Curitiba-PR.
Completo em: https://filosofiadocorpoemovimento.wordpress.com/anais-do-evento/
Resumo: Uma das coisas mais pontuais que os coreógrafos contemporâneos têm nos ensinado é de que nosso corpo é muito mais complexo e extenso do que os limites da carne e da pele. Eles nos desafiam constantemente por meio de suas coreografias a reinventar nossas concepções entre a divisão de corpo, consciência e ambiente, deixando de ser coisas distintas para formas mais fluídas de troca constante. A fim de investigar o que é o corpo, ou ao menos entender a partir de diferentes configurações como ele se faz, levando em consideração precisamente essas trocas, apresenta-se no seguinte trabalho uma espécie de provocação inspirada por diferentes visões acerca de tal composição corpórea. Voltado principalmente à uma leitura do livro “Movimento Total” do autor e filósofo José Gil, aprofundamo-nos no modo como o movimento consegue mudar nossa percepção do corpo, em especial tomando a técnica do coreógrafo Merce Cunningham — que é comentado logo no início deste mesmo livro — que possibilita-nos a enxergar cada movimento, efetuado de maneira completamente livre e sem seguir uma técnica comum, como a criação de novos corpos virtuais, fazendo do bailarino esse conjunto de corpus monstruoso. Indo também para além disso, faz-se igualmente a apresentação breve da noção de corpo ameríndia a partir da leitura de Eduardo Viveiros de Castro, onde é o conjunto de afecções do ser que criam para este um corpo tal como é. Encaminhados por essas reflexões, ressaltaremos a posição destes corpos como sempre em algum tipo de relação, seja por primeiro querer esvaziar-se disso, como é o caso colocado por Cunningham em sua dança, ou por propriamente ir direto de encontro a isso, como aponta Viveiros de Castro. Ou seja, especularemos os modos pelo qual essas formas alternativas de experiência corpórea trazem consigo um campo amplo de debate sobre a própria existência do corpo como indivíduo, fazendo-nos encarar a multiplicidade dos seres. O trabalho a que nos colocamos é de justamente analisar que a composição corpórea está, em alguma medida, em um ponto crucial e central para o eu e/ou para o ambiente. Veremos bem isso ao apontar propriamente a maneira pelo qual o movimento livre do bailarino de Cunningham cria movimentos de pensamento e, por consequência, também possibilita que esse movimento transforme os tipos de comunicação entre os seres externos, como os outros dançarinos, o espectador e a própria música. O corpo se torna uma película repleta de vacúolos que troca constantemente as informações entre interior e exterior. O que realmente os limites da pele nos impedem? O que isso nos diz com relação ao nosso impacto perante as mudanças do mundo? Mas acima de tudo, o que isso nos diz sobre nosso corpo? Ele é apenas meio ou ponte para essa troca de informações entre o eu/interno e o ambiente/externo? Seja como for, é inegável que esses limites já são quebrados e que, por meio da arte e do pensamento não-ocidental, pelos movimentos para além da vida mesma e pela interação constante, nosso corpo se percebe muito mais conectado e presente com esse mundo, nos colocando frente a frente com as atitudes destes corpos.
Books by Fernanda Dechatnek
Quais são os corpos e movimentos implicados no fazer dançante hoje no mundo, e no Brasil? Quantas... more Quais são os corpos e movimentos implicados no fazer dançante hoje no mundo, e no Brasil? Quantas danças existem dentro da dança contemporânea? E que dança contemporânea é essa? Qual a sua cor, a sua cultura, o seu gênero, e a sua sexualidade? Quais são os corpos coreográficos, os corpos das obras, os corpos da dança encarnados nos bailarinos, e quais os corpos que testemunham o acontecimento dessas obras? Qual é o poder de insurgência que a dança decolonial traz às entranhas da dança institucionalizada? Que sentidos aí se produzem em cada uma dessas relações? Há ainda fronteiras entre espectador e obra? Muitas são as estruturas, sentidos e intenções presentes nas produções de dança e performance na contemporaneidade, e, não raro, divergentes entre si. Tal foi a proposta do I Simpósio de Filosofia do Corpo e Movimento UFPR, isto é, a de levantar todos esses questionamentos a partir de um viés artístico e filosófico, promovendo palestras, comunicações, discussões e performances que vão de encontro tanto ao cerne de tais produções, bem como aos questionamentos acerca do modo como elas se relacionam com o mundo à sua volta. O Simpósio marca a primeira tentativa registrada de se promover, a partir do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná, um evento cuja proposta fosse no cerne de questões que englobem a tão sempre rejeitada presença do corpo e do movimento no escopo filosófico. Como não poderia deixar de ser, nosso evento, procurando sempre caminhar na direção contrária do purismo intelectual, abarcou palestras, comunicações e performances propostas por diversos artistas e pesquisadores de várias áreas, entre elas, dança, teatro, história, sociologia, terapia ocupacional, psicanálise, literatura e capoeira. Partimos do entendimento que a produção filosófica per se já apresenta inúmeras falhas de método e execução quando tenta versar sobre a realidade rejeitando o contato com outras produções dela advindas, e que tal erro só demonstra ser maior no que toca a uma produção intelectual estética sem a presença prática de seu objeto de inspiração e análise, o qual traz consigo as suas infinitas nuances de produções de sentidos. Um acontecimento como esse é de difícil registro em toda a sua multiplicidade. Felizmente apresentamos, nestes Anais de evento, alguns dos artigos resultantes da nossa programação, os quais podem nos dar uma significativa amostra dos desígnios do Simpósio. Eles dialogam filosoficamente tanto sobre o corpo, e a sua multiplicidade, abarcando aqui discussões sobre gênero, sexualidade, classe, raça e cultura; como também sobre corpo e movimento entendidos como dança e performance.
Uma ótima leitura, e até o próximo Simpósio!
Izis D. B. Tomass
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caminho que utilizo é a de um pensar que se constrói criativamente com a dança, mais especificamente, com os coreógrafos Merce Cunningham e Steve Paxton. A experiência com essa alternativa é pela leitura dos mesmos através do autor José Gil, vídeos de suas coreografias e a leitura de textos do próprio Cunningham. Ao explorar esse conhecimento pela dança, aos poucos o corpo mesmo é mais compreendido, bem como o que ele nos ensina com o mundo ao redor. Os movimentos do corpo tomam o espaço dos movimentos do pensamento, tentando assim contribuir com formas de pensar — e assim sobreviver — que sejam sensíveis aos toques, que atravessem nossas peles e que mergulhem nas experiências.
Revista completa disponível em: https://revistas.ufpr.br/petfilo/issue/view/3186/showToc
Resumo: Procuramos explorar o potencial das criações humanas visando dar algum prospecto para a questão da entropia e sua irreversibilidade de acordo com as definições da termodinâmica. Para tanto, seguindo a relação de ordem e desordem que explicam a entropia em Erwin Schrödinger, traça-se uma comparação entre os tipos de criação e quais caminhos elas podem tomar em via de acelerar ou retardar a morte térmica do Universo. A partir disso, em via de explorar melhor a atividade neguentrópica da criatividade, utilizando como apoio o artigo de Monique Allain, relaciona-se o modo como a arte consegue ressaltar essa atividade afastando-nos da irreversibilidade do sistema. Neste ponto, o rumo tomado para explicitar a atuação artística são as técnicas de dança dos coreógrafos contemporâneos Pina Bausch e Merce Cunningham, tendo como base a apresentação de ambos pela perspectiva filosófica de José Gil.
Completo em: https://filosofiadocorpoemovimento.wordpress.com/anais-do-evento/
Resumo: Uma das coisas mais pontuais que os coreógrafos contemporâneos têm nos ensinado é de que nosso corpo é muito mais complexo e extenso do que os limites da carne e da pele. Eles nos desafiam constantemente por meio de suas coreografias a reinventar nossas concepções entre a divisão de corpo, consciência e ambiente, deixando de ser coisas distintas para formas mais fluídas de troca constante. A fim de investigar o que é o corpo, ou ao menos entender a partir de diferentes configurações como ele se faz, levando em consideração precisamente essas trocas, apresenta-se no seguinte trabalho uma espécie de provocação inspirada por diferentes visões acerca de tal composição corpórea. Voltado principalmente à uma leitura do livro “Movimento Total” do autor e filósofo José Gil, aprofundamo-nos no modo como o movimento consegue mudar nossa percepção do corpo, em especial tomando a técnica do coreógrafo Merce Cunningham — que é comentado logo no início deste mesmo livro — que possibilita-nos a enxergar cada movimento, efetuado de maneira completamente livre e sem seguir uma técnica comum, como a criação de novos corpos virtuais, fazendo do bailarino esse conjunto de corpus monstruoso. Indo também para além disso, faz-se igualmente a apresentação breve da noção de corpo ameríndia a partir da leitura de Eduardo Viveiros de Castro, onde é o conjunto de afecções do ser que criam para este um corpo tal como é. Encaminhados por essas reflexões, ressaltaremos a posição destes corpos como sempre em algum tipo de relação, seja por primeiro querer esvaziar-se disso, como é o caso colocado por Cunningham em sua dança, ou por propriamente ir direto de encontro a isso, como aponta Viveiros de Castro. Ou seja, especularemos os modos pelo qual essas formas alternativas de experiência corpórea trazem consigo um campo amplo de debate sobre a própria existência do corpo como indivíduo, fazendo-nos encarar a multiplicidade dos seres. O trabalho a que nos colocamos é de justamente analisar que a composição corpórea está, em alguma medida, em um ponto crucial e central para o eu e/ou para o ambiente. Veremos bem isso ao apontar propriamente a maneira pelo qual o movimento livre do bailarino de Cunningham cria movimentos de pensamento e, por consequência, também possibilita que esse movimento transforme os tipos de comunicação entre os seres externos, como os outros dançarinos, o espectador e a própria música. O corpo se torna uma película repleta de vacúolos que troca constantemente as informações entre interior e exterior. O que realmente os limites da pele nos impedem? O que isso nos diz com relação ao nosso impacto perante as mudanças do mundo? Mas acima de tudo, o que isso nos diz sobre nosso corpo? Ele é apenas meio ou ponte para essa troca de informações entre o eu/interno e o ambiente/externo? Seja como for, é inegável que esses limites já são quebrados e que, por meio da arte e do pensamento não-ocidental, pelos movimentos para além da vida mesma e pela interação constante, nosso corpo se percebe muito mais conectado e presente com esse mundo, nos colocando frente a frente com as atitudes destes corpos.
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Uma ótima leitura, e até o próximo Simpósio!
Izis D. B. Tomass
caminho que utilizo é a de um pensar que se constrói criativamente com a dança, mais especificamente, com os coreógrafos Merce Cunningham e Steve Paxton. A experiência com essa alternativa é pela leitura dos mesmos através do autor José Gil, vídeos de suas coreografias e a leitura de textos do próprio Cunningham. Ao explorar esse conhecimento pela dança, aos poucos o corpo mesmo é mais compreendido, bem como o que ele nos ensina com o mundo ao redor. Os movimentos do corpo tomam o espaço dos movimentos do pensamento, tentando assim contribuir com formas de pensar — e assim sobreviver — que sejam sensíveis aos toques, que atravessem nossas peles e que mergulhem nas experiências.
Revista completa disponível em: https://revistas.ufpr.br/petfilo/issue/view/3186/showToc
Resumo: Procuramos explorar o potencial das criações humanas visando dar algum prospecto para a questão da entropia e sua irreversibilidade de acordo com as definições da termodinâmica. Para tanto, seguindo a relação de ordem e desordem que explicam a entropia em Erwin Schrödinger, traça-se uma comparação entre os tipos de criação e quais caminhos elas podem tomar em via de acelerar ou retardar a morte térmica do Universo. A partir disso, em via de explorar melhor a atividade neguentrópica da criatividade, utilizando como apoio o artigo de Monique Allain, relaciona-se o modo como a arte consegue ressaltar essa atividade afastando-nos da irreversibilidade do sistema. Neste ponto, o rumo tomado para explicitar a atuação artística são as técnicas de dança dos coreógrafos contemporâneos Pina Bausch e Merce Cunningham, tendo como base a apresentação de ambos pela perspectiva filosófica de José Gil.
Completo em: https://filosofiadocorpoemovimento.wordpress.com/anais-do-evento/
Resumo: Uma das coisas mais pontuais que os coreógrafos contemporâneos têm nos ensinado é de que nosso corpo é muito mais complexo e extenso do que os limites da carne e da pele. Eles nos desafiam constantemente por meio de suas coreografias a reinventar nossas concepções entre a divisão de corpo, consciência e ambiente, deixando de ser coisas distintas para formas mais fluídas de troca constante. A fim de investigar o que é o corpo, ou ao menos entender a partir de diferentes configurações como ele se faz, levando em consideração precisamente essas trocas, apresenta-se no seguinte trabalho uma espécie de provocação inspirada por diferentes visões acerca de tal composição corpórea. Voltado principalmente à uma leitura do livro “Movimento Total” do autor e filósofo José Gil, aprofundamo-nos no modo como o movimento consegue mudar nossa percepção do corpo, em especial tomando a técnica do coreógrafo Merce Cunningham — que é comentado logo no início deste mesmo livro — que possibilita-nos a enxergar cada movimento, efetuado de maneira completamente livre e sem seguir uma técnica comum, como a criação de novos corpos virtuais, fazendo do bailarino esse conjunto de corpus monstruoso. Indo também para além disso, faz-se igualmente a apresentação breve da noção de corpo ameríndia a partir da leitura de Eduardo Viveiros de Castro, onde é o conjunto de afecções do ser que criam para este um corpo tal como é. Encaminhados por essas reflexões, ressaltaremos a posição destes corpos como sempre em algum tipo de relação, seja por primeiro querer esvaziar-se disso, como é o caso colocado por Cunningham em sua dança, ou por propriamente ir direto de encontro a isso, como aponta Viveiros de Castro. Ou seja, especularemos os modos pelo qual essas formas alternativas de experiência corpórea trazem consigo um campo amplo de debate sobre a própria existência do corpo como indivíduo, fazendo-nos encarar a multiplicidade dos seres. O trabalho a que nos colocamos é de justamente analisar que a composição corpórea está, em alguma medida, em um ponto crucial e central para o eu e/ou para o ambiente. Veremos bem isso ao apontar propriamente a maneira pelo qual o movimento livre do bailarino de Cunningham cria movimentos de pensamento e, por consequência, também possibilita que esse movimento transforme os tipos de comunicação entre os seres externos, como os outros dançarinos, o espectador e a própria música. O corpo se torna uma película repleta de vacúolos que troca constantemente as informações entre interior e exterior. O que realmente os limites da pele nos impedem? O que isso nos diz com relação ao nosso impacto perante as mudanças do mundo? Mas acima de tudo, o que isso nos diz sobre nosso corpo? Ele é apenas meio ou ponte para essa troca de informações entre o eu/interno e o ambiente/externo? Seja como for, é inegável que esses limites já são quebrados e que, por meio da arte e do pensamento não-ocidental, pelos movimentos para além da vida mesma e pela interação constante, nosso corpo se percebe muito mais conectado e presente com esse mundo, nos colocando frente a frente com as atitudes destes corpos.
Uma ótima leitura, e até o próximo Simpósio!
Izis D. B. Tomass