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Marilyn Arsem, artista da performance e ex-professora da School of the Museum of Fine Arts, Boston (SMFA), fala sobre as suas experiências e aprendizados nos seus mais de quarenta anos de contato com a prática e o ensino da performance,... more
Marilyn Arsem, artista da performance e ex-professora da School of the Museum of Fine Arts, Boston (SMFA), fala sobre as suas experiências e aprendizados nos seus mais de quarenta anos de contato com a prática e o ensino da performance, seja institucionalmente, seja em workshops mundo afora. Ao acompanharmos as suas reflexões, é possível compreender um pouco mais acerca do próprio processo criativo e criador de Arsem, os quais, em nosso entendimento, partem muito mais de um ímpeto genuíno de investigação e experimento com o real e na tessitura do momento presente do que em criar performances cujos desenvolvimentos e objetivos finais já estejam, de certo modo, pré-concebidos.
Marilyn Arsem, performance artist and former professor at the School of the Museum of Fine Arts, Boston (SMFA), talks about her experiences and learnings in more than forty years of practicing and teaching performance, both... more
Marilyn Arsem, performance artist and former professor at the School of the Museum of Fine Arts, Boston (SMFA), talks about her experiences and learnings in more than forty years of practicing and teaching performance, both institutionally and in workshops throughout the world. By following her thoughts, it is possible to understand a little more about Arsem's creational and creative processes which, in our understanding, depart more from a genuine impetus of investigating and experimenting with reality and in the present moment's tessitura (weaving) than from creating performances whose developments and objectives are somehow already conceived.
De que modo o movimento nos afeta? Por que meios acomodamos em nós mesmos as formas que sentimos, que testemunhamos, e como elas dialogam com as acepções que carregamos conosco do que seja a dança? Seriam elas óbvias? E quanto às formas... more
De que modo o movimento nos afeta? Por que meios acomodamos em nós mesmos as formas que sentimos, que testemunhamos, e como elas dialogam com as acepções que carregamos conosco do que seja a dança? Seriam elas óbvias? E quanto às formas de orientação racional e moderada, o que justifica as suas presenças nesta arte? Em que medida tal prescrição nos permeia ao emitirmos um juízo acerca de quaisquer gêneros de dança? Neste artigo traçamos brevemente a via que nos leva a uma das origens dessa orientação, procurando evidenciar que essa prescrição não é destituída de história nem de objetivos sociais, políticos e morais bem delineados.
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How does movement affect us? By what means do we accommodate ourselves to the forms we feel, we watch, and how do they dialogue with the conceptions we carry with us of what is dance? Would they be obvious? As for the rational and moderate oriented forms, what justifies their presence in this art? To what extent this prescription lies in our judgment on any other dance genres? In this article we briefly trace the way that leads us to one of the origins of geometric prescription in Western dance, in order to make evident that this set of rules does not lack history neither well-defined social, political and moral ends.
Body, the raw material on which dance art is modeled, has always been alienated from a considerable part of the history of Western philosophy, mainly from the Platonic tradition of representation. The history of dance in the West closely... more
Body, the raw material on which dance art is modeled, has always been alienated from a considerable part of the history of Western philosophy, mainly from the Platonic tradition of representation. The history of dance in the West closely followed this movement, mostly using the body as a tool, not as an end in itself. Deleuze's oeuvre was almost entirely dedicated to an attack on representation, and, as we analyze here, this movement is also noticeable in Merce Cunningham's artistic production.
O conceito de Estética do Liso, apresentado no livro A Salvação do Belo, pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, figura como explicação para um processo de perda de profundidade reflexiva da atividade artística – e, or extensão, de... more
O conceito de Estética do Liso, apresentado no livro A Salvação do Belo, pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, figura como explicação para um processo de perda de profundidade reflexiva da atividade artística – e,
or extensão, de toda atividade do pensamento. Por vivermos em uma conformação social pautada pelos imperativos do imediato e do positivo, a produção mimética de certo número de signos para a cultura de massa
e comunicar com os indivíduos foi relegada a segundo plano: a efetividade da comunicação se dá agora por fatores sensíveis e superficiais imediatos. Na Estética do Liso, não há camadas, nem profundidades, nem mimese de signos dados na realidade reificada ou mimese da subjetividade artística. Han a compara a uma estética de superfície das sensações imediatas, muito mais próximas as do tato e do paladar, onde não há nenhum tipo de espaço entre o indivíduo e aquilo que ele experimenta, onde a experiência estética convida ao toque – a exemplo das touchscreens – e, ao modo da degustação, a experiência se esfarela ou se desintegra no instante em que o indivíduo entra em contato com ela ou a consome, não existindo possibilidade de experiência estética, portanto, para além deste primeiro contato. Este trabalho, acompanhando as reflexões de Han e de outros pensadores que analisam o empobrecimento da experiência estética no capitalismo, como Adorno e
Benjamin, busca propor uma ruptura teórico-prática a este imperativo da fruição imediata que caracteriza a Estética do Liso, por meio da análise da experiência estética proporcionada por uma arte cuja gênese se dá a partir de sua impossibilidade de materialização, do descolamento do próprio sujeito que a concebe, da sua inviabilidade de se fazer captar em sua totalidade por qualquer meio que seja e que, para além, foge a qualquer tentativa de delimitação de sua compreensão – em síntese, referimo-nos aqui à Arte da Performance e, mais especificamente, à arte de Marilyn Arsem.
http://www.revistasisifo.com/2022/03/a-performance-como-antidoto-estetica-do.html
Cahusac, Louis de. "Dance." The Encyclopedia of Diderot & d'Alembert Collaborative Translation Project. Translated by Izis Dellatre Bonfim Tomass. Ann Arbor: Michigan Publishing, University of Michigan Library, 2021.... more
Cahusac, Louis de. "Dance." The Encyclopedia of Diderot & d'Alembert Collaborative Translation Project. Translated by Izis Dellatre Bonfim Tomass. Ann Arbor: Michigan Publishing, University of Michigan Library, 2021. http://hdl.handle.net/2027/spo.did2222.0002.728 (accessed [fill in today's date in the form April 18, 2009 and remove square brackets]). Originally published as "Danse," Encyclopédie ou Dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers, 4:623 (Paris, 1754)
Orientador: Prof. Dr. Paulo Vieira NetoCoorientadora: Profa. Dra. Cristiane do Rocio WosniakDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba,... more
Orientador: Prof. Dr. Paulo Vieira NetoCoorientadora: Profa. Dra. Cristiane do Rocio WosniakDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 14/01/2019Inclui referências: p. 288-292Resumo: Ao se estudar o processo civilizatório que ocorreu no início do Renascimento europeu ocidental, é mister entender o cenário do século XV italiano, no qual cortes e governos já adotavam para si uma agenda civilizatória, operante na formação e negociação de identidade da aristocracia. Em tal agenda, como não poderia deixar de ser, a incorporação dessa civilização nos corpos atuantes por entre esses espaços aristocratas era fundamental. Não à toa, fora precisamente neste contexto que surgiram os considerados, até a presente data, primeiros tratados da dança ocidental. Nestes tratados, cujas traduções para o português brasileiro figuram como apêndice nesta dissertação, os mestres da dança italiana, Domenico d...
RESUMO: Este artigo apresenta uma tradução para o verbete "Danse", o qual figura na "Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões", impressa entre 1751 e 1772, de Diderot e... more
RESUMO: Este artigo apresenta uma tradução para o verbete "Danse", o qual figura na "Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões", impressa entre 1751 e 1772, de Diderot e D'Alembert. Ciente de que há uma tradução parcial do verbete, publicada pela editora UNESP (2015), é apresentada aqui uma tradução mais completa do verbete, onde os ímpetos dos organizadores da Enciclopédia, a saber, os de proporcionar ao leitor uma visão geral e universal de todos os verbetes que a compõem, fica mais evidente. Porém, é sempre seguro ter em mente que tal visão universal ainda parte de uma hierarquia, na qual a sociedade europeia ocidental, na perspectiva de seus autores, ainda se encontra no topo central, e todo o resto é escrito a partir de seu ponto de vista. Sendo o século XVIII francês um período chave para várias transformações no campo da política e da cultura ocidentais, apresento essa tradução no intuito de compreender um pouco mais de como se configurava a definição de dança neste período da modernidade ocidental. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ABSTRACT: This article presents a translation to brazilian portuguese of the article "Danse", which appears in the "Encyclopedia, or rational dictionary of sciences, arts and professions", printed between 1751 and 1772 by Diderot and D'Alembert. Being aware that there is a partial translation of the article published by Editora UNESP (2015), a complete translation is presented here, where the impetus of the organizers of the Encyclopedia, namely, to provide the reader with a general and universal view of all the entries that it contains, becomes more evident. However, it is always safe to keep in mind that such a universal view is still part of a hierarchy, in which Western European society is, in its own perspective, the rightful measure, and everything else is written from its point of view. As the French 18th century was a key period for multiple changes in the field of Western politics and culture, I present this translation in order to comprehend how the definition of the word "dance" was understood in this period of Western modernity.
Para ver a Edição PET-Filosofia UFPR do Projeto Filósofas UFPR, acesse: https://revistas.ufpr.br/petfilo/issue/view/3186/showToc No dia vinte e dois de dezembro de 2020, às dezenove horas, na página facebook.com/filosofasufpr , as... more
Para ver a Edição PET-Filosofia UFPR do Projeto Filósofas UFPR, acesse: https://revistas.ufpr.br/petfilo/issue/view/3186/showToc

No dia vinte e dois de dezembro de 2020, às dezenove horas, na página facebook.com/filosofasufpr , as ganhadoras do Prêmio Filósofas 2020,Kamila Babiuki e Cassiana Stephan concederam uma entrevista exclusiva ao Pro- jeto Filósofas UFPR. Organizado pela Rede Brasileira de Mulheres Filósofas em parceria com a ANPOF, o ano de 2020 marca a primeira edição de um prêmio que visa corrigir ou ao menos reparar uma injustiça recorrente nas premiações (não só)do campo filosófico brasileiro: o de privilegiar indicações, por parte dos departamentos, e premiações, por parte da ANPOF, de dissertações e teses produzidas por pesquisadores homens. O Prêmio Filósofas provocou um verdadeiro rebuliço nos departamentos de Filosofia por todo o Brasil, que se viram tanto face a face com o estigma que eles mesmos auxiliaram a perpetuar quanto com o modo como uma produção acadêmica filosófica de mulheres, por muitas vezes excelente, é diminuída e relegada a segundo plano. Na via contrária, tal acontecimento igualmente motivou diversos projetos nestes mesmos departamentos, os quais objetivaram uma maior visibilidade dessas produções. O Projeto Filósofas UFPR é um deles.
Com a sua estreia marcada por um Ciclo de Seminários das discentes de graduação e pós-graduação da UFPR, onde estas apresentaram as suas pesquisas em curso, o Projeto Filósofas UFPR teve como o seu evento final a entrevista com as ganhadoras do Prêmio Filósofas 2020. Kamila Babiuki (UFPR) nos falou acerca de sua pesquisa laureada com o prêmio de melhor dissertação, intitulada “O debate sobre o gênio no Iluminismo francês: o caso Diderot”, enquanto que Cassiana Stephan (UFPR) falou de sua pesquisa laureada com o prêmio de melhor tese, intitulada “Amor pelo avesso: de Afrodite a Medusa. Estética da existência entre antigos e contemporâneos”. Como tal entrevista foi feita ao vivo e transmitida on-line , o Projeto Filósofas UFPR resolveu, após o evento, aprofundar um pouco mais o debate por escrito, cujo resultado vocês verão nas páginas a seguir.
O corpo, matéria-prima sobre a qual a arte da dança se modela, sempre fora alienado de parte considerável da história da filosofia ocidental, principalmente da tradição platônica de representação. A história da dança no ocidente... more
O corpo, matéria-prima sobre a qual a arte da dança se modela, sempre fora alienado de parte considerável da história da filosofia ocidental, principalmente da tradição platônica de representação. A história da dança no ocidente acompanhou de perto tal movimento, por vezes utilizando o corpo como ferramenta, ao invés de fim. A produção filosófica de Deleuze se dedicou quase que inteiramente em um ataque à representação, e, como aqui analisaremos, também é perceptível esse movimento na produção artística de Merce
Cunningham.
Editorial do Dossiê "Estética do Corpo e do Movimento: incursões no campo das artes", publicado na Revista Científica de Artes/FAP | vol.28 no. 1. jan-jun-2023.
Quais são os corpos e movimentos implicados no fazer dançante hoje no mundo, e no Brasil? Quantas danças existem dentro da dança contemporânea? E que dança contemporânea é essa? Qual a sua cor, a sua cultura, o seu gênero, e a sua... more
Quais são os corpos e movimentos implicados no fazer dançante hoje no mundo, e no Brasil? Quantas danças existem dentro da dança contemporânea? E que dança contemporânea é essa? Qual a sua cor, a sua cultura, o seu gênero, e a sua sexualidade? Quais são os corpos coreográficos, os corpos das obras, os corpos da dança encarnados nos bailarinos, e quais os corpos que testemunham o acontecimento dessas obras? Qual é o poder de insurgência que a dança decolonial traz às entranhas da dança institucionalizada? Que sentidos aí se produzem em cada uma dessas relações? Há ainda fronteiras entre espectador e obra? Muitas são as estruturas, sentidos e intenções presentes nas produções de dança e performance na contemporaneidade, e, não raro, divergentes entre si. Tal foi a proposta do I Simpósio de Filosofia do Corpo e Movimento UFPR, isto é, a de levantar todos esses questionamentos a partir de um viés artístico e filosófico, promovendo palestras, comunicações, discussões e performances que vão de encontro tanto ao cerne de tais produções, bem como aos questionamentos acerca do modo como elas se relacionam com o mundo à sua volta. O Simpósio marca a primeira tentativa registrada de se promover, a partir do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná, um evento cuja proposta fosse no cerne de questões que englobem a tão sempre rejeitada presença do corpo e do movimento no escopo filosófico. Como não poderia deixar de ser, nosso evento, procurando sempre caminhar na direção contrária do purismo intelectual, abarcou palestras, comunicações e performances propostas por diversos artistas e pesquisadores de várias áreas, entre elas, dança, teatro, história, sociologia, terapia ocupacional, psicanálise, literatura e capoeira. Partimos do entendimento que a produção filosófica per se já apresenta inúmeras falhas de método e execução quando tenta versar sobre a realidade rejeitando o contato com outras produções dela advindas, e que tal erro só demonstra ser maior no que toca a uma produção intelectual estética sem a presença prática de seu objeto de inspiração e análise, o qual traz consigo as suas infinitas nuances de produções de sentidos. Um acontecimento como esse é de difícil registro em toda a sua multiplicidade. Felizmente apresentamos, nestes Anais de evento, alguns dos artigos resultantes da nossa programação, os quais podem nos dar uma significativa amostra dos desígnios do Simpósio. Eles dialogam filosoficamente tanto sobre o corpo, e a sua multiplicidade, abarcando aqui discussões sobre gênero, sexualidade, classe, raça e cultura; como também sobre corpo e movimento entendidos como dança e performance.
Uma ótima leitura, e até o próximo Simpósio!
Izis D. B. Tomass