Books by MARINA W A N D E R L E Y V I L A R D E CARVALHO
Incluído em "Experiências em Psicologia e Direitos Humanos - Caderno de Trabalhos I Prêmio Maria ... more Incluído em "Experiências em Psicologia e Direitos Humanos - Caderno de Trabalhos I Prêmio Maria Beatriz Sá Leitão", publicado pelo CRP-RJ.
O artigo apresenta o início do trabalho da Psicologia na Defensoria Pública com pessoas transexuais que demandam a modificação de seus documentos civis via processos judiciais.
Papers by MARINA W A N D E R L E Y V I L A R D E CARVALHO
Em janeiro de 2018, o Conselho Federal de Psicologia publica a resolução CFP 01/2018, que “estabe... more Em janeiro de 2018, o Conselho Federal de Psicologia publica a resolução CFP 01/2018, que “estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis”. Tal resolução prevê, entre outras coisas, a necessidade de perspectivas despatologizantes no atendimento com pessoas trans, o fundamental respeito às autodeterminações de gênero e a perspectiva analítica de pensar em termos de cisnormatividade sobre as relações de poder que atravessam as constituições de corpos trans e corpos não trans. Sendo um documento construído em diálogo com pesquisadoras, com profissionais de psicologia e com ativistas dos movimentos trans, ela rapidamente foi entendida como um avanço imenso em termos de legislação protetiva para a população trans. Apenas dois dias seguintes a publicação, o Ministério Público Federal, em sua 4ª seção, prepara uma Ação Civil Pública (ACP) contrária à resolução, alegando que esta configurar-se-ia uma grave ameaça à liberdade de expressão e de pensamento dos profissionais de psicologia no Brasil. Temos como objetivo nesse texto colocar em análise o processo da ACP, entendendo este como um dispositivo que faz ver e falar racionalidades que atravessam as diferentes relações institucionais e profissionais com pessoas trans. A inconsistência argumentativa revela movimentos que podemos entender como relações entre a produção de verdade em processos jurídicos e a disseminação de discursos de ódio. O ódio às diferenças, aqui entendido como ódio transfóbico, mobiliza aparatos os mais diversos, que vão desde o enfrentamento direto que culmina em assassinatos brutais, quanto o apagamento de pautas e tentativas de boicote a pequenos avanços em medidas de proteção e garantia, como parece ser o caso desta ACP. Após uma breve disputa discursiva, o processo foi extinto sem julgamento de mérito, porém, ele nos sinaliza que nessa senda, outros ataques certamente virão. E de fato já veio, em forma de insistência jurídica. Enquanto se faz necessária a construção de proteções às diferenças em diferentes campos, entendemos a grande importância de estarmos atentas a uma estranha organização de discursos, que a uma só vez se compõe como discursos de verdade, que as vezes nos fazem rir, mas que tem o poder institucional de matar.
O presente artigo propõe-se a narrar as experiências do início do trabalho da Psicologia na Defen... more O presente artigo propõe-se a narrar as experiências do início do trabalho da Psicologia na Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Pretende-se, a partir de alguns casos encaminhados e de situações cotidianas no ambiente de trabalho, desenvolver reflexões críticas acerca das demandas endereçadas – tanto por parte dos usuários como dos outros profissionais –, de respostas possíveis e de colocar em análise o lugar que a Psicologia está sendo chamada a ocupar.
Este texto explora as relações com a justiça estabelecidas por
pessoas que estiveram ou estão cum... more Este texto explora as relações com a justiça estabelecidas por
pessoas que estiveram ou estão cumprindo “penas alternativas”.
Discute-se, inicialmente, o que representa esta modalidade
penal e, posteriormente, parte-se para a análise baseada em
pesquisa cuja metodologia se apoiou na historia de vida
judiciária. A análise das narrativas serve de base para
questionarmos as “modulações” que a justiça assume na vida
daqueles capturados pelo sistema judicial: as práticas do Poder
Judiciário moldam-se a cada situação de encontro entre um
cidadão e a instituição justiça; este encontro entre um primeiro
que decide sobre a vida do segundo parece tomar a forma de
mecanismos modulatórios da existência. O texto termina com
uma discussão psicanalítica sobre justiça e sobre a importância
de construirmos outras formas de resolução de conflito, a partir
de uma perspectiva ética.
Dissertação de Mestrado apresentada ao curso de Pós-Graduação em Psicologia, do Departamento de P... more Dissertação de Mestrado apresentada ao curso de Pós-Graduação em Psicologia, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense. Algumas reflexões sobre questões que atravessam a relação entre o cidadão que cumpre uma pena (alternativa à prisão) e a instituição Justiça.
Thesis Chapters by MARINA W A N D E R L E Y V I L A R D E CARVALHO
Monografia de conclusão do Curso de Especialização em Psicologia Jurídica pela Universidade do Es... more Monografia de conclusão do Curso de Especialização em Psicologia Jurídica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo foi pioneira dentre as Defensorias Públicas Estaduais em criar o seu quadro de apoio, composto principalmente por profissionais da Psicologia e do Serviço Social que formam os Centros de Atendimento Multidisciplinar. Este texto se propõe a refletir sobre o início da inserção dessas disciplinas numa instituição eminentemente judiciária, mas que não faz parte do poder judiciário.
Uploads
Books by MARINA W A N D E R L E Y V I L A R D E CARVALHO
O artigo apresenta o início do trabalho da Psicologia na Defensoria Pública com pessoas transexuais que demandam a modificação de seus documentos civis via processos judiciais.
Papers by MARINA W A N D E R L E Y V I L A R D E CARVALHO
pessoas que estiveram ou estão cumprindo “penas alternativas”.
Discute-se, inicialmente, o que representa esta modalidade
penal e, posteriormente, parte-se para a análise baseada em
pesquisa cuja metodologia se apoiou na historia de vida
judiciária. A análise das narrativas serve de base para
questionarmos as “modulações” que a justiça assume na vida
daqueles capturados pelo sistema judicial: as práticas do Poder
Judiciário moldam-se a cada situação de encontro entre um
cidadão e a instituição justiça; este encontro entre um primeiro
que decide sobre a vida do segundo parece tomar a forma de
mecanismos modulatórios da existência. O texto termina com
uma discussão psicanalítica sobre justiça e sobre a importância
de construirmos outras formas de resolução de conflito, a partir
de uma perspectiva ética.
Thesis Chapters by MARINA W A N D E R L E Y V I L A R D E CARVALHO
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo foi pioneira dentre as Defensorias Públicas Estaduais em criar o seu quadro de apoio, composto principalmente por profissionais da Psicologia e do Serviço Social que formam os Centros de Atendimento Multidisciplinar. Este texto se propõe a refletir sobre o início da inserção dessas disciplinas numa instituição eminentemente judiciária, mas que não faz parte do poder judiciário.
O artigo apresenta o início do trabalho da Psicologia na Defensoria Pública com pessoas transexuais que demandam a modificação de seus documentos civis via processos judiciais.
pessoas que estiveram ou estão cumprindo “penas alternativas”.
Discute-se, inicialmente, o que representa esta modalidade
penal e, posteriormente, parte-se para a análise baseada em
pesquisa cuja metodologia se apoiou na historia de vida
judiciária. A análise das narrativas serve de base para
questionarmos as “modulações” que a justiça assume na vida
daqueles capturados pelo sistema judicial: as práticas do Poder
Judiciário moldam-se a cada situação de encontro entre um
cidadão e a instituição justiça; este encontro entre um primeiro
que decide sobre a vida do segundo parece tomar a forma de
mecanismos modulatórios da existência. O texto termina com
uma discussão psicanalítica sobre justiça e sobre a importância
de construirmos outras formas de resolução de conflito, a partir
de uma perspectiva ética.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo foi pioneira dentre as Defensorias Públicas Estaduais em criar o seu quadro de apoio, composto principalmente por profissionais da Psicologia e do Serviço Social que formam os Centros de Atendimento Multidisciplinar. Este texto se propõe a refletir sobre o início da inserção dessas disciplinas numa instituição eminentemente judiciária, mas que não faz parte do poder judiciário.