Daniela Linkevicius
Universidade de Brasília - UnB, History Department, Department Member
Podemos compreender a escrita da história como um esforço criativo de configuração de imagens para representar o movimento do tempo, observando a mudança das coisas e a passagem deste tempo. Por meio de... more
Podemos compreender a escrita da história como um esforço criativo de configuração de imagens para representar o movimento do tempo, observando a mudança das coisas e a passagem deste tempo. Por meio de narrativas que entrelaçam acontecimentos e tramam enredos historiográficos, a história torna o tempo inteligível, acessível e compreensível quando transformado em temporalidade. O objetivo do presente artigo é buscar conceitos capazes de iluminar esse processo de temporalização do tempo na contemporaneidade ocidental, marcado pela ação dos sujeitos no espaço digital, pela presença de tecnologias que aumentam significativamente a velocidade da produção e da troca de informação e ampliam as formas de comunicação. Para isso, pretendemos tensionar o conceito de “Atualismo” (ARAÚJO; PEREIRA, 2018), relacionando-ocom a estrutura do espaço digital. Acreditamos que tal noção tem o potencial de provocar questionamentos capazes de impactar diretamente o fazer historiográfico no século XXI, tendo em vista a forma como o tempo é percebido e temporalizado. Vislumbramos, nesse cenário, que os desafios que o atualismo propõe aos historiadores giram em torno de dois aspectos: o domínio do espaço digital e a reflexão acerca da possibilidade de estarmos diante da percepção de tempo fragmentado e da configuração de uma consciência histórica cada dia mais distópica.
Research Interests:
Os fóruns digitais de discussão, também conhecidos como "message boards" ou "discussion boards", são um caso interessante de uma ferramenta que se adaptou ao surgimento de novas estruturas tecnológicas e passou a integrar a web desde seu... more
Os fóruns digitais de discussão, também conhecidos como "message boards" ou "discussion boards", são um caso interessante de uma ferramenta que se adaptou ao surgimento de novas estruturas tecnológicas e passou a integrar a web desde seu início, mantendo sua popularidade até os dias de hoje. A partir desse panorama, o objetivo é refletir acerca dos desafios metodológicos da análise de fóruns de discussão de história, levando em consideração sua historicidade, bem como a estrutura que possibilita as discussões entre os usuários.
Research Interests:
Resenha da obra: BRÜGGER, Niels. The Archived Web: Doing History in the Digital Age. London: the MIT Press, 2018.
Research Interests:
O artigo pretende explorar as possibilidades do uso da história alternativa como fonte histórica por meio da compreensão dos distanciamentos e aproximações desta com a historiografia. Pouco trabalhada na disciplina histórica, a história... more
O artigo pretende explorar as possibilidades do uso da história alternativa como fonte histórica por meio da compreensão dos distanciamentos e aproximações desta com a historiografia. Pouco trabalhada na disciplina histórica, a história alternativa caracteriza-se pelas obras de ficção (geralmente ficção científica) que narram eventos hipotéticos na história, construindo um presente ou um passado diferente daquele aceito enquanto fato histórico. Tal construção é elaborada a partir do pressuposto de que, em algum ponto de um passado, algum acontecimento histórico não ocorreu nessa linha temporal alternativa de forma idêntica ao que se sabe ter acontecido. Logo, ao compartilhar estruturas e ferramentas com a historiografia, demonstram não apenas como atua o fenômeno do pensamento contrafactual na ficção, bem como são capazes de representar percepções históricas de passado, presente e futuro.
The article intends to explore the possibilities of the use of alternative history as a historical source through the understanding of the distances and approaches between this and the historiography. Not much researched in historiography, alternative history is characterized by works of fiction (usually science fiction) that narrate hypothetical events in history, constructing a present or a past different from that accepted as historical fact. Such construction assumes that at some point in the past, a historical event did not occur in that alternative timeline in a similar way to what is known to have happened. Thus, by sharing structures and tools with historiography, they demonstrate not only how the phenomenon of counterfactual thinking works in fiction, but also how they represent historical perceptions of past, present, and future.
The article intends to explore the possibilities of the use of alternative history as a historical source through the understanding of the distances and approaches between this and the historiography. Not much researched in historiography, alternative history is characterized by works of fiction (usually science fiction) that narrate hypothetical events in history, constructing a present or a past different from that accepted as historical fact. Such construction assumes that at some point in the past, a historical event did not occur in that alternative timeline in a similar way to what is known to have happened. Thus, by sharing structures and tools with historiography, they demonstrate not only how the phenomenon of counterfactual thinking works in fiction, but also how they represent historical perceptions of past, present, and future.
Research Interests:
Este livro, “Diálogos Sobre Adolescentes e Jovens: estratégias para políticas públicas” tem como objetivo agir como uma conversa, entre diversas atrizes e atores, jovens estudantes, pesquisadores e pesquisadoras, professoras,... more
Este livro, “Diálogos Sobre Adolescentes e Jovens: estratégias para políticas públicas” tem como objetivo agir como uma conversa, entre diversas atrizes e atores, jovens estudantes, pesquisadores e pesquisadoras, professoras, profissionais da saúde e etc., que atuam diretamente na construção de políticas públicas, diagnóstico e luta social pelos direitos desse público. Assim, cada autora e autor participante possui visões próprias, pautadas em suas experiências particulares e profissionais, que enriquecem as páginas desta obra.