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Salatiel Ribeiro

    Salatiel Ribeiro

    Desde a queda do último regime militar que assolou a Argentina entre 1976 e 1983, o cinema tem sido posicionado, nos embates que envolvem o par lembrar & esquecer, como um inabdicável instrumento de escuta e de construção das memórias... more
    Desde a queda do último regime militar que assolou a Argentina entre 1976 e 1983, o cinema tem sido posicionado, nos embates que envolvem o par lembrar & esquecer, como um inabdicável instrumento de escuta e de construção das memórias relacionadas à ditadura, afinado às demandas coletivas por justiça e reparação dos abusos empreendidos contra pessoas durante aquele regime. Em tempos recentes, acompanhamos o surgimento de uma cinematografia que promove uma ruptura com o modelo de abordagem até então vigente, na medida em que toma tais memórias como objeto de comicidade, e não mais como produtora de afetos dolorosos. Neste artigo, lançamos mão do filme Más que un hombre (2007) para, a partir de sua análise, compreender o modo como a comédia trabalha as memórias da ditadura, bem como as condições sob as quais surge, e o fazemos com o aporte de noções, acerca do humor e do riso, colhidas de Bergson e Freud.