Alessandra Mafra
Graduada em História (Licenciatura Plena e Bacharelado) pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2003), especialista em Organização de Arquivos pelo Instituto de Estudos Brasileiros e pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (IEB-ECA/USP, 2005), mestra em História Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2012) e doutora em História Social na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi professora colaboradora nos cursos de Licenciatura Plena em História e de Licenciatura Integrada em História e Geografia, ofertados, respectivamente, pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), no âmbito do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR/MEC). Atuou como técnica em arquivo na Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT-PA), sendo responsável pelo tratamento técnico da «Coleção Waldemar Henrique»; como coordenadora do Centro de Memória da Amazônia (CMA/UFPA), trabalhando principalmente com a documentação permanente do fundo do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE/PA); e, também, como consultora em Arquivologia do projeto «Rescuing Archives from Belém do Pará, Brazil», desenvolvido no âmbito do «Endangered Archives Programme», da British Library (Reino Unido), sob a coordenação da Profa. Dra. Paula Gândara (Miami University, Estados Unidos). É membro da Brazilian Studies Association (BRASA, Estados Unidos), da Red de Estudios Biográficos de América Latina (REBAL, Argentina) e do grupo de pesquisa «História Social da Arte» (UFPA). Atualmente, é professora substituta do curso de História da Universidade do Estado do Pará (UEPA), e desenvolve pesquisas que tratam sobre colecionismo, folclore e intelectualidade na Amazônia.
Supervisors: Silvana Barbosa Rubino
Address: São Paulo, São Paulo, Brazil
Supervisors: Silvana Barbosa Rubino
Address: São Paulo, São Paulo, Brazil
less
InterestsView All (11)
Uploads
Papers by Alessandra Mafra
Thesis Chapters by Alessandra Mafra
longo da vida dos escritores, sejam coleções compostas por itens variados, como cartas, recortes de jornais, originais de romances, bibliotecas pessoais, partituras, entre outros documentos e objetos, cuja existência ultrapassa em muito uma dimensão de culto à memória pessoal de um autor visto de forma apartada de seu tempo e história. Ao ser preservada uma massa de documentos coletada ao
longo de uma vida, esses acervos fornecem pistas preciosas a uma série de questões importantes para a construção de estudos históricos que elucidem a relação desses escritores com o seu público, com os debates políticos, históricos e artísticos de sua vida, e como suas obras foram construídas em diálogo com a sociedade de seu tempo. Partindo desses pressupostos, da análise dos documentos históricos dos acervos e coleções pessoais realizadas, é possível mapearmos o perfil dos seus leitores e leitoras, da relação que o escritor estabelece com seu público e seus interlocutores. Além disso, se consideramos que a literatura não se limita ao sinônimo de cânone, mas que comporta uma dimensão da memória, torna-se possível pensar a relação entre acervos de autores enquanto Patrimônio Cultural, uma vez que podemos ampliar essa discussão ao acervo, ao arquivo, e a um conjunto de documentos importantes para a preservação de toda uma memória do feito e da produção de um corpo de obras literárias. O propósito deste texto recai na interpretação da produção de dois intelectuais amazônicos do século XX: Vicente Salles e Dalcídio Jurandir, a partir de seus respectivos acervos e da problematização dos conceitos de memória e de patrimônio.
longo da vida dos escritores, sejam coleções compostas por itens variados, como cartas, recortes de jornais, originais de romances, bibliotecas pessoais, partituras, entre outros documentos e objetos, cuja existência ultrapassa em muito uma dimensão de culto à memória pessoal de um autor visto de forma apartada de seu tempo e história. Ao ser preservada uma massa de documentos coletada ao
longo de uma vida, esses acervos fornecem pistas preciosas a uma série de questões importantes para a construção de estudos históricos que elucidem a relação desses escritores com o seu público, com os debates políticos, históricos e artísticos de sua vida, e como suas obras foram construídas em diálogo com a sociedade de seu tempo. Partindo desses pressupostos, da análise dos documentos históricos dos acervos e coleções pessoais realizadas, é possível mapearmos o perfil dos seus leitores e leitoras, da relação que o escritor estabelece com seu público e seus interlocutores. Além disso, se consideramos que a literatura não se limita ao sinônimo de cânone, mas que comporta uma dimensão da memória, torna-se possível pensar a relação entre acervos de autores enquanto Patrimônio Cultural, uma vez que podemos ampliar essa discussão ao acervo, ao arquivo, e a um conjunto de documentos importantes para a preservação de toda uma memória do feito e da produção de um corpo de obras literárias. O propósito deste texto recai na interpretação da produção de dois intelectuais amazônicos do século XX: Vicente Salles e Dalcídio Jurandir, a partir de seus respectivos acervos e da problematização dos conceitos de memória e de patrimônio.