Marilena Rosalen

Trabalhos publicados:
*O Borboletário Laerte Brittes de Oliveira enquanto ferramenta de educação ambiental informal em Diadema, SP
*Educação Ambiental e a sua importância dentro da escola: uma experiência do Projeto Escolas Sustentáveis
*Projeto Escolas Sustentáveis: levantamento do estado da arte da E.E. Padre Anchieta em Diadema/SP em relação às suas práticas socioambientais

A educação sozinha não resolverá os problemas ambientais, mas é, em curto, médio e longo prazo, a estratégia principal na construção e implementação dos princípios da sustentabilidade democrática, bem como na direção da construção de sociedades sustentáveis. Os caminhos para promover ações de sensibilização e informação sobre a sustentabilidade não são tão fáceis de trilhar, é uma tarefa árdua e se vê na educação um poder formidável de transformação, pois é ela que molda o caráter e transforma o indivíduo em cidadão. Dessa forma, é por meio da educação que se pode alcançar uma sociedade sustentável e a universidade, enquanto modelo e com importantes papeis sociais, deve ser incubadora deste processo. O desenvolvimento das ações permitiu observar a importância do desenvolvimento de projetos dessa temática dentro da universidade, pois se tem a ilusão de que por ser uma universidade já existam práticas sustentáveis, no entanto, as práticas precisam ser inseridas, monitoradas e estimuladas, de forma que se tornem parte do cotidiano da comunidade. Embora com poucas semanas execução, ao término deste trabalho já foi possível observar que a comunidade acadêmica está aderindo a campanha e trazendo os resíduos de suas casas para os pontos, contribuindo na diminuição dos resíduos que são destinado ao aterro sanitário e na reintrodução desses resíduos na cadeia produtiva. A Mostra Pedagógica consistiu em levar para as unidades do campus uma mostra com 25 peças que envolviam o tema água; as peças foram elaboradas por estudantes do ensino básico da rede pública estadual e envolviam poemas, letras de música, desenhos e pensamentos de autoria dos próprios estudantes, a Mostra foi idealizada para ser itinerante, devendo ficar uma semana em cada unidade da Unifesp-campus Diadema, percorrendo todo o mês de março, mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, ao lado das peças expostas ficou fixado um painel em branco, para a comunidade acadêmica pudesse expressar na diversas formas seus pensamentos sobre as questões da água no nível local e global (figura 1). fb.com/ProgramaEscolasSustentaveis Introdução A inserção das questões ambientais na universidade surge como um centro de gravidade importante dentro da temática ambiental e, particularmente, no âmbito da Educação Ambiental (EA). Da consciência ambiental dos futuros profissionais, formados nas universidades, dependerá em parte a capacidade humana para inverter o índice ainda crescente de degradação do meio ambiente, prevenir catástrofes maiores e resgatar, a prazo, a sustentabilidade planetária. Além de suas funções tradicionais de ensino e pesquisa, as universidades brasileiras socialmente responsáveis possuem, tradicionalmente, uma atividade forte em extensão universitária. Assim este trabalho visa relatar traços do processo de sensibilização e reflexão critica da comunidade acadêmica do campus Diadema sobre as problemáticas socioambientais recorrentes que afetam o seu cotidiano, haja vista que é um campus com forte viés ambiental e influência para as comunidades vizinhas, portanto, aqui serão expostas as atividades em desenvolvimento e previstas no cronograma do projeto BIG " UniverSus " Universidade e Sustentabilidade na prática.

Este trabalho relata o desenvolvimento de um curso de extensão para formação continuada de professores sobre o tema Educação Ambiental para Sustentabilidade. O curso teve como objetivo possibilitar a reflexão sobre os conceitos que permeiam a Educação Ambiental (EA), bem como a apropriação de experiências e metodologias para que pudessem desenvolver projetos socioambientais voltados à escola, sua comunidade e seu bairro. Participaram 30 pessoas, entre professores do ensino básico e estudantes de licenciatura. Durante sua realização foi possível observar que o objetivo do curso foi atingido, uma vez que os participantes efetivamente refletiram sobre conceitos e práticas que norteiam a EA e também desenvolveram com eficácia e praticidade um programa de EA, reconhecendo os percalços, percursos e necessidades para seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Educação Ambiental; Formação Continuada; Sustentabilidade.

DESENVOLVIMENTO A atividade consistiu, prioritariamente, em uma abordagem multidisciplinar, utilizando-se como principais ferramentas discussões orientadas a partir de estudos prévios e vídeos assistidos. Foram levantados pelos professores, questões como: " Nossas contribuições diárias para as MCs " " Formas de adaptação aos novos ambientes " " O papel da educação frente as MCs " " Como pautar as questões relativas às MCs para a sociedade? " " Quais são as consequências das MCs para as ~cidades litorâneas? " " Como mitigar e prevenir as MCs " Após uma série de debates, propôs-se como atividade prática, o uso de Mapas Conceituais para que os professores, subdivididos em grupos, fossem responsáveis pela sua elaboração. Cada grupo recebeu um conjunto de 20 sentenças/palavras, onde os professores discutiram sobre como montar um mapa conceitual a partir daqueles conjuntos de palavras e a partir disso iniciaram a construção dos mapas para, posteriormente, apresentar os resultados obtidos e as discussões levantadas pelo grupo para os demais participantes. RESULTADOS E CONCLUSÕES Os professores optaram por construir os mapas conceituais no chão (ao ar livre) utilizando giz para fazer as conexões e setas. Inicialmente a metodologia proposta era fixar os mapas nas paredes da sala e fazer as conexões com fita crepe. Em seguida, apresentaram para os demais participantes os mapas criados e discutiram sobre a lógica utilizada. Ao todo foram construídos 4 mapas conceituais, onde foram relacionados diversos conceitos que permeiam as MCs. A atitude de curiosidade sobre os mapas construídos entre os grupos, somada ao fato de que mostrou-se o interesse em trocar e reconstruir os mapas entre os grupos, tornou visível as contribuições e importância do uso de mapas conceituais como instrumento de facilitação para aprendizagem de conceitos, no ensino de MCs e na promoção da EA. A escola enquanto espaço dialógico é um ambiente onde as MCs e os impactos socioambientais gerados por elas podem ser debatidos de forma mais ampla, participativa e democrática, da mesma maneira a reflexão sobre questões de mitigação e adaptação pode gerar maior impacto uma vez que na escola é possível levar o assunto a estudantes, pais e professores e é na escola onde há a formação inicial da construção da cidadania. Imagens da atividade. Arquivo Escolas Sustentáveis Apoios e Parcerias INTRODUÇÃO Mudanças Climáticas (MCs) são o conjunto de alterações nas condições do clima da Terra devido, principalmente ao acúmulo de seis tipos de gases na atmosfera, (sendo o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) os mais prejudiciais), esses são emitidos em quantidade excessiva há pelo menos 150 anos, desde a Revolução Industrial, por meio da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, e do uso inadequado da terra com a conversão das florestas e da vegetação natural em pastagens, plantações, áreas urbanas ou degradadas. As MCs são, por vezes, dadas como temas complexos e extremistas, à partir daí a Educação Ambiental (EA) tem assumido um importante papel nesse contexto, devido a promoção de medidas preventivas e ações sensibilizadoras. Sendo um tema dito complexo, as MCs têm sido vistas como um assunto que deve ser discutido apenas por intelectuais, cientistas, jornalistas e pesquisadores, no entanto, tanto causas como consequências não são promovidos/sentidos apenas por uma parte da população da Terra, mas sim por toda ela. Desta forma é mais do que importante o trabalho dessa temática no contexto educativo, na sala de aula do ensino básico, no ensino superior e principalmente na formação de professores. O presente relato visa apresentar a experiência do trabalho com MCs na formação de professores, participaram da ação 40 professores das redes públicas estadual e municipal.