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A partir do início do século XX a dominação dos povos árabes do norte da África e Oriente Médio intensificou-se. As potências passaram a controlar os países e financiar ditadores. Em 2010-11 várias revoltas surgiram nesses países,... more
A partir do início do século XX a dominação dos povos árabes do norte da África e Oriente Médio intensificou-se. As potências passaram a controlar os países e financiar ditadores. Em 2010-11 várias revoltas surgiram nesses países, clamando por liberdade e democracia. O Ocidente foi colocado em xeque, pois deve aceitar a autodeterminação dos povos ou continuar preservando seus interesses geopolíticos na região?From the begining of the twentieth century the domination of the Arab peoples of North Africa and the Middle East has been intensified. The Powers came to control these countries and support dictators. In 2010-11 several uprisings emerged in these countries, calling for freedom and democracy. The West was put in check; must it  accept the self determination of the peoples or continue to preserve its geopolitical interests in the region
O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo altruísmo de sua diplomacia e, devido a isso, o seu não reconhecimento do Saara Ocidental acaba gerando grande estranhamento. Nesse sentido, este artigo procura analisar quais seriam as... more
O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo altruísmo de sua diplomacia e, devido a isso, o seu não reconhecimento do Saara Ocidental acaba gerando grande estranhamento. Nesse sentido, este artigo procura analisar quais seriam as intenções para o Brasil não reconhecer o Saara Ocidental, tendo em vista ser um nítido caso de descolonização, fundamentado no direito à autodeterminação dos povos. Para tanto, analisa documentos oficiais, pronunciamentos de políticos e diplomatas, além da atuação da Frente Polisário no país.
Este artigo procura abordar o processo em que se deu a iranização do xiismo – desde o período em que os aiatolás passaram a contestar o fato de serem governados por não clérigos – e qual seria sua implicação nos dias de hoje. Para tanto,... more
Este artigo procura abordar o processo em que se deu a iranização do xiismo – desde o período em que os aiatolás passaram a contestar o fato de serem governados por não clérigos – e qual seria sua implicação nos dias de hoje. Para tanto, parte-se de uma análise histórica acerca da gradual inserção dos clérigos nos meios políticos até a concretização da Revolução Islâmica, em 1979. E, de modo complementar, utilizam-se elementos relacionados às constatações oriundas da pesquisa realizada no Irã em 2011 e das entrevistas feitas na ocasião.
RESUMO: A concepção de cidade, como estrutura para a satisfação dos interesses humanos, é objeto de estudos há séculos. Nesse artigo a intenção é propor uma discussão acerca do modelo de cidade ideal constante em "A República",... more
RESUMO: A concepção de cidade, como estrutura para a satisfação dos interesses humanos, é objeto de estudos há séculos. Nesse artigo a intenção é propor uma discussão acerca do modelo de cidade ideal constante em "A República", de Platão e, num segundo momento, analisar a proposta de cidade virtuosa de Al-Fārābī. A partir do desenvolvimento desses dois conceitos de cidade, apresentar-se-á a importancia da cidade na trama do filme Matrix e como, em muitos aspectos, as questões propostas por Platão e Al-Fārābī retornam com novas e velhas roupagens. Pretende-se, com isso, demonstrar que a base referencial que fundamenta a trama de alguns filmes, ditos hollywoodianos, como Matrix, está ligada aos pensamentos filosóficos e, isso proporciona releituras modernizadas de antigos anseios da humanidade. PALAVRAS-CHAVE: Al-Fārābī-Cidade-"Matrix"-Platão ABSTRACT: The meaning of city as a structure for satisfaction of the human wellbeing has been object of studies for centurie...
A partir do início do século XX a dominação dos povos árabes do norte da África e Oriente Médio intensificou-se. As potências passaram a controlar os países e financiar ditadores. Em 2010-11 várias revoltas surgiram nesses países,... more
A partir do início do século XX a dominação dos povos árabes do norte da África e Oriente Médio intensificou-se. As potências passaram a controlar os países e financiar ditadores. Em 2010-11 várias revoltas surgiram nesses países, clamando por liberdade e democracia. O Ocidente foi colocado em xeque, pois deve aceitar a autodeterminação dos povos ou continuar preservando seus interesses geopolíticos na região?
O Irã, pós-revolução islâmica, passou a ser considerado um ator pouco confiável. Seja por seu envolvimento em conflitos no Oriente Médio, seja por seu apoio ideológico e material a organizações, ditas terroristas. O fato é que a... more
O Irã, pós-revolução islâmica, passou a ser considerado um ator pouco confiável. Seja por seu envolvimento em conflitos no Oriente Médio, seja por seu apoio ideológico e material a organizações, ditas terroristas. O fato é que a possibilidade de o Irã desenvolver a tecnologia nuclear e, posteriormente, transformá-la num processo de produção de armas, faz com que os demais atores do sistema internacional se posicionem com mais ênfase acerca desse fato. Contudo, muito mais do que apoiar, ou não, o Irã, está em jogo a perspectiva que se tem do sistema internacional e a limitação que deve ser imposta aos atores, inclusive no que tange à soberania.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7976.2014v21n32p159O presente artigo analisa a importância da região conhecida por Oriente Médio para a sedimentação da perspectiva estadocêntrica ocidental das Relações Internacionais. Para tanto, discute o... more
http://dx.doi.org/10.5007/2175-7976.2014v21n32p159O presente artigo analisa a importância da região conhecida por Oriente Médio para a sedimentação da perspectiva estadocêntrica ocidental das Relações Internacionais. Para tanto, discute o processo que levou o Império Otomano à fragmentação e sua posterior divisão em Estados sob a égide das potências europeias que instituíram o sistema de Mandatos na região. Ainda, questiona como as relações de poder foram construídas no Oriente Médio no intuito de subsidiarem o modelo vestefaliano e reinante nas Relações Internacionais. Por fim, aborda qual o efeito da criação do Estado de Israel e de novos atores não-estatais (organizações islamistas) para a (des)estabilização da região e potencialização dos conflitos geopolíticos.
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor... more
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor of contemporary organised violence with the criticisms that have emerged in response to the objectivist methodology of mainstream scholarship. The work is divided into three sections, the first being a presentation of the mainstream literature, where religion is perceived as a category with causal powers. The next two sections are divided between two types of critique. The first challenges the identitarian perspective of organised violence, adding other explanatory dimensions to the analysis of contemporary conflicts. The second questions the notion of religion as an autonomous, universal and transhistorical concept, exploring genealogically the varied meanings religion may acquire and the different powers the demarcation of non-religious spheres au...
O Festival Sul-Americano da Cultura Arabe e um evento que ocorre em diversas cidades Brasileiras e em algumas do exterior. Em 2013, devido a peculiaridade da regiao fronteirica entre Santana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai), as... more
O Festival Sul-Americano da Cultura Arabe e um evento que ocorre em diversas cidades Brasileiras e em algumas do exterior. Em 2013, devido a peculiaridade da regiao fronteirica entre Santana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai), as cidades tambem se tornaram sede do evento. O Festival possuira um carater iminentemente cultural, contudo, os aspectos politicos deveriam ser tratados, haja vista a cidade abrigar uma populacao palestina bastante representativa. Assim, no intuito de promover o evento (que contava com exposicoes, mostra de filmes e curtas-metragens, palestras, etc.), os organizadores locais criaram um muro na via lateral a Unipampa que interrompia o trafego de veiculos e pedestres. Com 17 metros de cumprimento por 5 de altura, o muro se transformou no objeto de discussoes durante o periodo em que se manteve em pe. A proposta era de que o muro fosse mais uma atracao do Festival, mas logo se tornou um local de peregrinacao de curiosos. O intuito inicial era nada dizer sobre a funcao do muro, apenas vincula-lo aos eventos do “Festival Arabe”. O muro deveria permanecer na rua durante os 14 dias em que ocorreria o Festival, contudo, alem de buscarem entender o sentido daquela intervencao, muitos passaram a questionar sua legalidade. De certo modo, a proposta do muro era divulgar o evento e provocar a populacao no sentido de leva-la a pensar sobre o significado de liberdade. Refletir sobre a fronteira Brasil/Uruguai e o que ocorre em outras localidades do mundo, tais como as fronteiras entre Palestina e Israel, Estados Unidos e Mexico, ou mesmo o muro quase esquecido do Saara Ocidental. Assim, o proprio muro se encarregaria de desencadear a discussao sobre a proposta do Festival e chamar a atencao para que o publico conhecesse a programacao do evento. No entanto, a capacidade do muro foi subdimensionada e logo no primeiro dia que a cidade se viu diante dele o transformou em objeto de reflexao acerca de outras limitacoes que ocorrem no espaco publico. Nao obstante aos questionamentos acerca de sua legalidade, surgiram vozes ate entao alheias a tudo que ocorria na cidade e que exigiam o “direito de ir e vir” restaurado. A sociedade civil, por mais heterogenea que seja, passou a buscar formas para expressar seus anseios. Poucas formas de divulgacao de um evento conseguiriam alcancar este nivel de exposicao e criar um canal direto de comunicacao com a populacao quanto o muro fez. E mais, nao transformou o publico num mero receptor da mensagem, pois havia a necessidade da pessoa parar, admirar-se pela grandiosidade do objeto, vivenciar a situacao inusitada e, na sequencia buscar informacoes para saber como agir. O “muro santanense”, se nao desencadeou uma revolucao, ao menos sensibilizou a populacao para tal. E isso somente foi possivel porque a opcao adotada ao pensar na divulgacao do evento foi criar maneiras para fazer o publico vivenciar a proposta e se tornar ativo. De objeto, o povo se tornou sujeito.
O capítulo faz uma abordagem histórica sobre a situação dos árabes-palestinos que permaneceram em seu território após a Nakba e como sua situação foi deteriorando. O objetivo do capítulo é apontar o tipo de legislação que tem sido criada... more
O capítulo faz uma abordagem histórica sobre a situação dos árabes-palestinos que permaneceram em seu território após a Nakba e como sua situação foi deteriorando. O objetivo do capítulo é apontar o tipo de legislação que tem sido criada pelo estado e seu potencial de exclusão dos árabes-israelenses, os transformando em cidadãos de "segunda classe".
O capítulo faz uma abordagem histórica sobre a situação dos árabes-palestinos que permaneceram em seu território após a Nakba e como sua situação foi deteriorando. O objetivo do capítulo é apontar o tipo de legislação que tem sido criada... more
O capítulo faz uma abordagem histórica sobre a situação dos árabes-palestinos que permaneceram em seu território após a Nakba e como sua situação foi deteriorando. O objetivo do capítulo é apontar o tipo de legislação que tem sido criada pelo estado e seu potencial de exclusão dos árabes-israelenses, os transformando em cidadãos de "segunda classe".
O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo altruísmo de sua diplomacia e, devido a isso, o seu não reconhecimento do Saara Ocidental acaba gerando grande estranhamento. Nesse sentido, este artigo procura analisar quais seriam as... more
O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo altruísmo de sua diplomacia e, devido a isso, o seu não reconhecimento do Saara Ocidental acaba gerando grande estranhamento. Nesse sentido, este artigo procura analisar quais seriam as intenções para o Brasil não reconhecer o Saara Ocidental, tendo em vista ser um nítido caso de descolonização, fundamentado no direito à autodeterminação dos povos. Para tanto, analisa documentos oficiais, pronunciamentos de políticos e diplomatas, além da atuação da Frente Polisário no país.
Ao completar 36 anos, a Revolução Islâmica Iraniana ainda continua sendo objeto de críticas e assumindo culpas que necessariamente não coadunam com a transformação que o Irã vivenciou a partir de 1979. Num período em que os debates acerca... more
Ao completar 36 anos, a Revolução Islâmica Iraniana ainda continua sendo objeto de críticas e assumindo culpas que necessariamente não coadunam com a transformação que o Irã vivenciou a partir de 1979. Num período em que os debates acerca da promoção dos direitos humanos e da liberdade individual ganhavam amplitude e espaço na arena da política internacional, o estabelecimento de um Estado teocrático, regido pela sharia, seria o grande vilão das questões concernentes à igualdade de gênero.
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor... more
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor of contemporary organised violence with the criticisms that have emerged in response to the objectivist methodology of mainstream scholarship. The work is divided into three sections, the first being a presentation of the mainstream literature, where religion is perceived as a category with causal powers. The next two sections are divided between two types of critique. The first challenges the identitarian perspective of organised violence, adding
other explanatory dimensions to the analysis of contemporary conflicts. The second questions the notion of religion as an autonomous, universal and transhistorical concept, exploring genealogically the varied meanings religion may acquire and the different powers the demarcation of non-religious spheres authorises. In the concluding sections, we seek to relate those three types of methodology on
religion and violence to the types of questions each one makes regarding its research object.
Este artigo procura abordar o processo em que se deu a iranização do xiismo – desde o período em que os aiatolás passaram a contestar o fato de serem governados por não clérigos – e qual seria sua implicação nos dias de hoje. Para tanto,... more
Este artigo procura abordar o processo em que se deu a iranização do xiismo – desde o período em que os aiatolás passaram a contestar o fato de serem governados por não clérigos – e qual seria sua implicação nos dias de hoje. Para tanto, parte-se de uma análise histórica acerca da gradual inserção dos clérigos nos meios políticos até a concretização da Revolução Islâmica, em 1979. E, de modo complementar, utilizam-se elementos relacionados às constatações oriundas da pesquisa realizada no Irã em 2011 e das entrevistas feitas na ocasião.
Research Interests:
Os problemas que o governo sírio vêm tendo, no tocante a sua política externa, agravaram-se consideravelmente após 11 de setembro de 2001. Não que possam ser estabelecidas ligações diretas entre a organização Al-Qaeda e o governo de... more
Os problemas que o governo sírio vêm tendo, no tocante a sua política externa, agravaram-se consideravelmente após 11 de setembro de 2001. Não que possam ser estabelecidas ligações diretas entre a organização Al-Qaeda e o governo de Bashar al-Assad, homem forte da Síria, que herdou a presidência de seu pai, Hafez al-Assad em 2000. Contudo, devido à existência de indícios de que a Síria tenha sido patrocinadora de organizações terroristas – mais precisamente o Hezbollah, além de ter mantido ligações próximas com o ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein, e o rei da Jordânia, Hussein – ela se tornou uma séria candidata, segundo o presidente estadunidense George W. Bush, a ocupar a lista dos países que fariam parte de um suposto “eixo do mal” (juntamente com Irã, Iraque e Coréia do Norte).
Seria estranho, se não fosse pelo emprego de uma nova tática de ação, que uma organização islâmica fundamentalista como o Hezbollah tivesse se tornado tão famosa no âmbito regional do Oriente Médio quanto no Ocidente. Apesar de sua grafia... more
Seria estranho, se não fosse pelo emprego de uma nova tática de ação, que uma organização islâmica fundamentalista como o Hezbollah tivesse se tornado tão famosa no âmbito regional do Oriente Médio quanto no Ocidente. Apesar de sua grafia adventícia para os padrões ocidentais e de contemplar um significado complexo, haja vista sua tradução literal ser “Partido de Deus” e esse ser um dos versos do sagrado Corão – que conclama a população islâmica para fazer parte do “Partido de Deus” –, o Hezbollah é conhecido, admirado e odiado por muitos. Que tática teria sido essa para uma organização nascida no princípio da década de 1980, com um país – Líbano – atolado numa guerra civil e que dizimou parte de sua população alcançar esse status?
O presente artigo analisa a importância da região conhecida por Oriente Médio para a sedimentação da perspectiva estadocêntrica ocidental das Relações Internacionais. Para tanto, discute o processo que levou o Império Otomano à... more
O presente artigo analisa a importância da região conhecida por Oriente Médio para a sedimentação da perspectiva estadocêntrica ocidental das Relações Internacionais. Para tanto, discute o processo que levou o Império Otomano à fragmentação e sua posterior divisão em Estados sob a égide das potências europeias que instituíram o sistema de Mandatos na região. Ainda, questiona como as relações de poder foram construídas no Oriente Médio no intuito de subsidiarem o modelo vestefaliano e reinante nas Relações Internacionais. Por fim, aborda qual o efeito da criação do Estado de Israel e de novos atores não-estatais (organizações islamistas) para a (des) estabilização da região e potencialização dos conflitos geopolíticos.
Research Interests:
Este artigo analisa a estrutura de poder no Irã em seu período contemporâneo e o processo de implantação do wilayat al-faqih como sistema de governo no país. Também analisa o significado desta transição política para a estrutura do... more
Este artigo analisa a estrutura de poder no Irã em seu período contemporâneo e o processo de implantação do wilayat al-faqih como sistema de governo no país. Também analisa o significado desta transição política para a estrutura do sistema internacional, haja vista o mainstream das Relações Internacionais pautar suas análises no modelo estadocêntrico e relativizar valores pungentes da cultura, como a religião. Metodologicamente, parte-se da análise da estrutura do sistema internacional e a correlação de forças dos Estados – a partir da
perspectiva das Escolas de Relações Internacionais –; utiliza-se,  também, as palestras do aiatolá Khomeini sobre o wilayat al-faqih proferidas em 1970. O artigo conclui que ainda que a religião tenha sido afastada do Estado, continua sendo uma variável fundamental para
compreender a atuação de determinados Estados e seus posicionamentos no Sistema Internacional.
Research Interests:
Em 13 de fevereiro de 1979, o jornal italiano Corriere Della Sera, publicou o artigo de Foucault que iniciava da seguinte maneira: “No dia 11 de fevereiro de 1979, a Revolução aconteceu. Tenho a impressão de que lerei essa sentença nos... more
Em 13 de fevereiro de 1979, o jornal italiano Corriere Della Sera, publicou o artigo de Foucault que iniciava da seguinte maneira: “No dia 11 de fevereiro de 1979, a Revolução aconteceu. Tenho a impressão de que lerei essa sentença nos jornais de amanhã e nos livros de história no futuro”.
As previsões de Foucault se conrmaram e, nessas quatro décadas, o Irã não deixou em nenhum momento de ser manchete dos principais jornais do mundo. Muito mais do que isso, foi eleito pelos Estados
Unidos como “inimigo número 1”
dos países, ditos, civilizados.
A grande pergunta que se impõe é: o
que o Irã tem de tão excepcional
para ser tratado como um pária no
sistema internacional? Essa não é
uma questão que poder ser respondida a partir de uma perspectiva
apenas. Desde a Revolução Islâmica, partindo do sistema de governo
instaurado no país até a vertente xiita da religião, tudo foi objeto de
severas críticas.
Assim, o intuito desse livro não é fazer uma ode à Revolução Islâmica
do Irã, mas sim, apresentar análises de especialistas das mais diversas
áreas, que possibilitem ao leitor e à leitora subsídios para conhecer melhor esse evento que mudou a história da humanidade e continua mais atual do que nunca.