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Rodrigo D . E . Campos
  • Canoas, Rio Grande do Sul
A Rede de Difusão do Movimento Escola Sem Partido no Facebook e Instagram: conservadorismo e reacionarismo na conjuntura brasileira. O artigo discute o modo como o pensamento conservador vem sendo difundido por meio das redes sociais a... more
A Rede de Difusão do Movimento Escola Sem Partido no Facebook e Instagram: conservadorismo e reacionarismo na conjuntura brasileira. O artigo discute o modo como o pensamento conservador vem sendo difundido por meio das redes sociais a partir dos apoiadores do Movimen-to Escola Sem Partido. Partimos da análise das mídias sociais Facebook e Instagram, procurando verificar quem são os apoiadores do ESP e o modo como seu discurso se estrutura nas mídias sociais. Apontamos quem são os proponentes e defensores do ESP, bem como que esta proposta não é apartidária, pois possui fortes vínculos com grupos reacionários com projeto de poder. Além disso, verificamos que os apoiadores do ESP atuam de maneira militante nas mídias sociais, difundindo abertamente valores conservadores, em especial contra o debate de gênero. Palavras-chave: Escola Sem Partido. Conservadorismo. Mídias Sociais.

ABSTRACT-The Diffusion Network of the School without Party project on Facebook and Instagram: conservatism and reactionarism in the Brazilian conjuncture. This article discusses how conservative thought has been widespread through social networks from supporters of the Movement "Es-cola sem Partido" (ESP, School Without Party). We start wi th the analysis of the social medias Facebook and Instagram, seeking to verify who are the supporters of the ESP and the way in which their discourse is structured in social networks. The analysis carried out indicates who the proponents and supporters of ESP are, and states that this proposal is not non-partisan because it has strong links with reactionary groups who seeks to gain power. In addition to that, we find that ESP supporters act militantly in social media , openly disseminating conservative values, especially against debates on gender issues.
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor... more
In this article, we analyse the converging of research on religion with the debate over the so-called ‘New Wars.’ Our aim is to present a state of the art of the broad literature which relates religion as an explanatory and causal factor of contemporary organised violence with the criticisms that have emerged in response to the objectivist methodology of mainstream scholarship. The work is divided into three sections, the first being a presentation of the mainstream literature, where religion is perceived as a category with causal powers. The next two sections are divided between two types of critique. The first challenges the identitarian perspective of organised violence, adding
other explanatory dimensions to the analysis of contemporary conflicts. The second questions the notion of religion as an autonomous, universal and transhistorical concept, exploring genealogically the varied meanings religion may acquire and the different powers the demarcation of non-religious spheres authorises. In the concluding sections, we seek to relate those three types of methodology on
religion and violence to the types of questions each one makes regarding its research object.
o artigo explora a relação entre o pensamento de Carl Schmitt e a teoria da securitização a partir de narrativas da literatura dos estudos de securitização que afirmam haver um “legado schmitteano” no conceito de segurança da Escola de... more
o artigo explora a relação entre o pensamento de Carl Schmitt e a teoria da securitização a partir de narrativas da literatura dos estudos de securitização que afirmam haver um “legado schmitteano” no conceito de segurança da Escola de Copenhague. Argumenta-se que foi construída, ao longo do tempo, uma hermenêutica “negativa” do conceito de securitização que circunscreve continuadamente este legado como uma instância que deve ser amplamente evitada e contra a qual se devem articular estratégias alternativas de dessecuritização, isto é, tirar a política da esfera dominada por relações de inimizade e insegurança existenciais para um âmbito mais inclusivo e democrático. O trabalho analisa esta interpretação a parir de um movimento mais amplo de (re)apropriação e (re)interpretação do pensamento de Carl Schmitt nas Relações Internacionais, demonstrando a contingência da hermenêutica “negativa” postulada pela Escola de Copenhague e seus colaboradores. Para tal, engajamos não a partir de uma compreensão própria sobre a “verdade” da obra de Schmitt, mas através de uma crítica imanente, ou seja, entrevendo as ambiguidades e limitações do “legado” através dos próprios debates na literatura da securitização, que suscitam questionamentos sobre o status teórico dessa apropriação.
Research Interests:
Research Interests:
o presente trabalho visa apresentar um detalhamento das perspectivas metodológicas que estão em jogo no amplo debate sobre religião e Relações Internacionais. Não visando negar o conceito de religião tal como se subentende, porém sim... more
o presente trabalho visa apresentar um detalhamento das perspectivas metodológicas que estão em jogo no amplo debate sobre religião e Relações Internacionais. Não visando negar o conceito de religião tal como se subentende, porém sim problematizá-lo, o trabalho oferece uma reflexão teórica preliminar para a comunidade acadêmica, esclarecendo algumas pressuposições conceituais de modo a não cair no risco de engajamento naturalizado com o tema. De acordo com a literatura sobre o tema, “religião” não é um conceito autônomo, e, se para uma pessoa pode ser entendido como influência, para outra pode ser analisado como retórica. O trabalho compreende duas partes: primeiro, revisaremos a “chegada” da religião nas RI e, em seguida, faremos justaposição de algumas abordagens com as linhas de pesquisa que a engendra. O primeiro tipo de abordagem, religião como “agente”, baseia-se numa metodologia dualista (separação mente-objeto), enquanto a segunda, religião como “mito”, baseia-se numa metodologia monista (interdependência mente-mundo), cada qual gerando perguntas e tipos de investigações diferentes em torno de um mesmo objeto de estudo.
Research Interests:
In recent years, there has been an intense public debate regarding the worldwide re-emergence of far-right politics and the ways in which it has engaged with the international. Surprisingly, thus far there have been no reflections on the... more
In recent years, there has been an intense public debate regarding the worldwide re-emergence of far-right politics and the ways in which it has engaged with the international. Surprisingly, thus far there have been no reflections on the broader implications of conceptualising the far-right in its international, transnational, and global dimensions. This article argues that we are witnessing an international turn in far-right studies that posits the international as constitutive of far-right politics, opening new forms of understanding it both from a historical and theoretical point of view. It develops a conceptual assessment of the international turn in three steps: first, it identifies that what binds this interdisciplinary literature together and breaks away from mainstream approaches is a shared critique of methodological nationalism; second, it classifies innovations in two different conceptual levels: the ‘globalisation front’, which sees transformations in the nature of far-right politics due the intensification of globalisation, and the ‘historiographical front’, which claims that the far-right has always been an international phenomenon. The article then analyses the main limitations of the international turn and offers a way to overcome it by articulating an intersocietal approach to the study of the far-right that draws from Global Historical Sociology.
As relações exteriores do Brasil com a sua vizinhança conferiram maior ênfase à América do Sul desde a redemocratização do país a partir de 1985, em um movimento ao qual, progressivamente, se aliaram a reformulação do conceito de região a... more
As relações exteriores do Brasil com a sua vizinhança conferiram maior ênfase à América do Sul desde a redemocratização do país a partir de 1985, em um movimento ao qual, progressivamente, se aliaram a reformulação do conceito de região a ser integrada segundo o discurso diplomático brasileiro e a reconfiguração do componente de identidade internacional do país. Resgatando a tônica da diplomacia do Barão do Rio Branco quanto à importância da concertação pacífica, e sob a liderança brasileira, da sub-região sul-americana para a inserção internacional do Brasil – e, sobretudo, para a reivindicação do status de potência global junto aos países desenvolvidos –, a política externa brasileira para o entorno regional empenhou-se, nas duas últimas décadas, em redefinir a identidade regional do Brasil como sul-americana. Esse fenômeno já foi descrito como uma reinvenção da tradição, na qual a América do Sul como ideia, narrativa e objetivo político ganhou novo espaço no discurso e na prática diplomáticos do Brasil, tendo sido, a partir de então, reinserida como região prioritária para a atuação externa do país e como conceito passível de operacionalização política e concretização institucional.

Nesse sentido, o presente estudo pretende avançar o entendimento da temática levantando o seguinte problema de pesquisa: como os esforços diplomáticos brasileiros, referidos acima, em torno da integração regional, do regionalismo e da construção da identidade regional do Brasil são referidos nos pronunciamentos do país na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas desde a redemocratização? O objetivo desta pesquisa consiste em apreender, nos discursos proferidos pelos representantes brasileiros na abertura das sessões ordinárias da Assembleia Geral da ONU entre 1985 e 2015, as transformações na narrativa apresentada diante do maior fórum político intergovernamental acerca dos processos de integração e regionalismo de que faz parte o Brasil. Argumenta-se que há, nesse processo de construção ideacional, uma dinâmica na qual o Brasil adotou um discurso identitário latino-americanista nos anos 1980, que sofreu modificações nos anos 1990 e que foi deslocado, nos anos 2000 e, em menor medida, na primeira metade da década de 2010, em favor de outro discurso identitário, centrado na América do Sul.
Tradução do artigo de Jeffrey Knopf sobre como fazer uma revisão de literatura. O texto é particularmente interessante para disciplinas de metodologia científica e para orientações de TCC.