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Book review of “Writing Biography in Greece and Rome: Narrative Technique and Fictionalization”, by  Koen De Temmerman e Kristoffel Demoen (2016), highlighting the contributions of the book to the field of Ancient Biography.
Esta dissertação trata de três biografias antigas (Vidas) de Ésquilo, Sófocles e Eurípides que chegaram aos nossos dias por meio de manuscritos medievais contendo as obras poéticas desses autores. Primeiramente, é apresentada uma breve... more
Esta dissertação trata de três biografias antigas (Vidas) de Ésquilo, Sófocles e Eurípides que chegaram aos nossos dias por meio de manuscritos medievais contendo as obras poéticas desses autores. Primeiramente, é apresentada uma breve história do gênero biográfico na Antiguidade até o período helenístico, época em que foram compostos os modelos dessas Vidas. Em seguida, são analisados aspectos da teoria poética de Aristóteles e da comédia de Aristófanes que contribuíram para o desenvolvimento do método dos biógrafos antigos. Por fim, são apresentadas traduções dos três textos, seguidas por comentários em que são destacadas aquelas contribuições.
Nesta edição, a poeta, pesquisadora e tradutora Camila de Moura comemora o centenário da grande escritora argentina Olga Orozco com a tradução de alguns de seus poemas
Este trabalho apresenta a tradução de oito textos curtos sobre a vida do poeta Píndaro: uma Vida fragmentária, recuperada dos Papiros de Oxirrinco (P. Oxy.XXVI 2438); três Vidas e uma coleção de máximas, transmitidas como anexos... more
Este trabalho apresenta a tradução de oito textos curtos sobre a vida do poeta Píndaro: uma Vida fragmentária, recuperada dos Papiros de Oxirrinco (P.  Oxy.XXVI  2438);  três Vidas e  uma  coleção  de  máximas,  transmitidas  como anexos aos manuscritos medievais das suas obras; e os três verbetes daSuda que se  ocupam  de  Píndaro  e  de  seus  familiares  diretos.  Lendo-os  em  conjunto, pretende-se  destacar  a  variedade  de  tradições,  calcadas  no  mais  das  vezes  em uma leitura biografizante de sua obra poética, mas também apersistência de certos temas narrativos estereotípicos, como a sua relação privilegiada com os deuses, que  culmina  com  Pã  entoando  suas  canções  nas  cercanias  de  montanhas sagradas, e o gesto de Alexandre, que teria poupado sua casa ao saquear Tebas.
Eurípides, entre os três tragediógrafos canônicos da Grécia clássica, é aquele de quem a Antiguidade nos legou maior quantidade de material biográfico. Percorrendo esse material, nota-se a persistente caracterização do poeta como misógino... more
Eurípides, entre os três tragediógrafos canônicos da Grécia clássica, é aquele de quem a Antiguidade nos legou maior quantidade de material biográfico. Percorrendo esse material, nota-se a persistente caracterização do poeta como misógino (μισογύνης). A palavra figura em dois dos textos biográficos mais importantes em torno do poeta (a Vida anônima anexada aos manuscritos medievais de sua obra e o verbete do Suda), e sua “aversão às mulheres” é aludida direta ou indiretamente em todas as Vidas que chegaram aos nossos dias. Este artigo apresentará essas ocorrências e buscará analisá-las à luz da comédia de Aristófanes, propondo uma articulação entre as paradoxais recepções da obra do poeta na Antiguidade e na modernidade, quando será construída a imagem de um Eurípides “feminista”.
Resenha do livro De Temmerman, Koen & Demoen, Kristoffel (ed.). “Writing Biography in Greece and Rome: Narrative Technique and Fictionalization”. Cambridge: Cambridge University Press, 2016, 354 p., ISBN 9781107129122.
Edição Completa do Vol. 7, n. 1 de 2019.
Eurípides, entre os três tragediógrafos canônicos da Grécia clássica, é aquele de quem a Antiguidade nos legou maior quantidade de material biográfico. Percorrendo esse material, nota-se a persistente caracterização do poeta como misógino... more
Eurípides, entre os três tragediógrafos canônicos da Grécia clássica, é aquele de quem a Antiguidade nos legou maior quantidade de material biográfico. Percorrendo esse material, nota-se a persistente caracterização do poeta como misógino (μισογύνης). A palavra figura em dois dos textos biográficos mais importantes em torno do poeta (a Vida anônima anexada aos manuscritos medievais de sua obra e o verbete do Suda), e sua “aversão às mulheres” é aludida direta ou indiretamente em todas as Vidas que chegaram aos nossos dias. Este artigo apresentará essas ocorrências e buscará analisá-las à luz da comédia de Aristófanes, propondo uma articulação entre as paradoxais recepções da obra do poeta na Antiguidade e na modernidade, quando será construída a imagem de um Eurípides “feminista”.