Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2010, Alea : Estudos Neolatinos
Agamben e " o que é a filosofia? " Ajuda italiana para o feminismo e toda a filosofia social Se Judith Butler ler o último livro de Agamben, O que é filosofia? (1) ela pode encontrar resposta para as questões que fez no início dos anos noventa, e que acreditou serem impossíveis de responder. Na época, levando em conta a literatura feminista já existente, e defendendo a ideia de que a nossa linguagem constrói o gênero, o sexo e, enfim, até mesmo o corpo, não sabia dizer se havia ou não alguma coisa prévia à linguagem, sobre a qual esta atuaria para fazer aquilo que nos aparece feito. Haveria ou não uma " materialidade " , uma espécie de pré-corpo, que iria se transformar, pelos " discursos " (Foucault) ou pela " ressignificação " (Derrida) ou pela " interpelação " (Althusser) no corpo? Apesar de não negar a " materialidade " prévia do corpo (algo que se espetado flui sangue, algo que é machucado etc), ela preferiu assumir que uma tal questão, no limite, não poderia ser de fato respondida. Na linha de Donald Davidson e Richard Rorty, que eu mesmo trabalhei em meados dos anos noventa, essa questão ganhou uma resposta. Assumia-se que a própria questão era uma espécie de erro. Perguntar por algo que represente o corpo seria não entender o papel da linguagem comum, que é antes o de lidar (cope with) com as coisas e não " representá-las como elas são " , uma vez que o " como elas são " não passaria de uma criação do realismo e um alimento para os céticos (uma tal conclusão estava baseada no fracasso filosófico, mas não do senso comum, da noção da verdade como correspondência). Aliás, Rorty se aproveitou disso para sugerir às feministas que usassem da prerrogativa do pragmatismo americano para colocar na jogada vocabulários capazes de dizer a outros o quanto a perspectiva não opressiva das mulheres é boa para todos, mas que deixassem de querer descrever " como de fato é a mulher ". Em Rorty, desapareceria o sentido de ser perguntar o quanto teria razão a frase de Beauvoir, " não se nasce mulher, torna-se ". Seria uma boa frase, se tomada pragmaticamente, sem alentos ontológicos.
Categorias Italianas. Estudos de poética e literatura
Língua nova, língua minguante - Posfácio à edição brasileira (EDUFSC) de "Categorias Italianas", de Giorgio Agamben2015 •
2007 •
Cadernos de Ética e Filosofia Política
Sobre a linguagem como fio condutor das reflexões de Giorgio Agamben2019 •
O artigo pretende abordar a linguagem como motor fundamental das reflexões de Giorgio Agamben, sejam elas pertinentes à filosofia, teologia, direito ou política. Para isso o artigo se divide em duas partes. Na primeira, pretendemos mostrar, sobretudo a partir de textos anteriores à serie Homo sacer, especialmente os presentes na coletânea A potência do pensamento, de que forma o pensamento sobre a linguagem influencia a compreensão de Agamben sobre o conceito de filosofia, de teologia e de tradição. Já na segunda parte pretendemos explorar de que forma, de acordo com Agamben, a operação jurídico-política fundamental de nossa tradição está vinculada à forma como pensamos até hoje a relação do homem com o logos. Para Agamben, estrutura de exceptio corresponde à estrutura originária do acontecimento de linguagem
Como o pensamento se relaciona com o mundo? Ou, na versão pós-linguistic turn: como as palavras se engancham nas coisas? Em torno das respostas a uma tal questão formam-se as correntes idealistas, materialistas e pragmatistas, disputando espaço no campo da metafísica. A pedra movediça do assunto, contra a qual todas as correntes têm de testar suas hipóteses, não é outra coisa senão o inefável ou o indizível. Por um lado, se admitimos, com a tese materialista, que em algum grau linguagem e mundo não são completamente homogêneos, há de se levar em conta que, na relação entre ambos os campos, sobra algo que não pode ser trazido do segundo pelo primeiro – estabelece-se aí o inefável ou o indizível. Por outro lado, se admitimos, com a tese idealista, que linguagem e pensamento são da mesma ordem, temos de explicar como isso se dá, ou seja, em que nível o linguístico e o não-linguístico se articulam (ou se fundem) para fazer desaparecer o inefável ou o indizível. Por fim, se consideramos a tese dos pragmatistas, de que a linguagem não representa o mundo, mas é uma maneira de lidar com ele, temos de detalhar em que medida, de fato, a práxis fornece uma síntese entre as palavras e as coisas, não deixando rastro parta voltarmos a apontar para o inefável ou o indizível. O filósofo italiano Giorgio Agamben enfrenta esse problema não pelas considerações tradicionais, todas envolvidas com a necessária eliminação do inefável ou indizível. Ele muda o eixo da questão. Afirma que o trabalho filosófico a ser desenvolvido deve ser o de abordagem do evento todo da linguagem. Isso significa caminhar por um terreno pouco explorado, o da relação entre a linguagem e a voz. Essa abordagem define o interesse de Agamben por toda a sua carreira.
ascensão da Teoria na segunda metade do século XX foi percebida, por parte significativa da academia, como uma ameaça aos valores tradicionais da literatura e dos estudos literários. Produzida no ambiente pouco arejado e degradado da universidade moderna, a Teoria teria supostamente aberto caminho para discursos pouco racionais e voltados para o enfraquecimento do senso comum, da inteligibilidade textual e da objetividade. Foi, em parte, responsável não apenas pelo declínio da cultura e da literatura, mas, até mesmo, pela derrocada da moral, dos costumes e do humanismo. O presente ensaio trabalha a possibilidade de pensar a Teoria para além de uma perspectiva meramente negativa e em direção a uma proposta alternativa de valorização da literatura em textos exemplares de Jacques Derrida, Giorgio Agamben e dos escritores do Não.
Viso - Cadernos de Estética Aplicada
Da estética ao terrorismo: Agamben, entre Nietzsche e Heidegger2012 •
Expert Systems with Applications
Unmasking deepfakes: A systematic review of deepfake detection and generation techniques using artificial intelligence2024 •
Storia Dell Arte
Italian Devotional Paintings and Flemish Landscapes in the Quadrerie of Cardinals Giustiniani, Borromeo, and Del Monte2004 •
Pflügers Archiv - European Journal of Physiology
The effects of over-expression of the FK506-binding protein FKBP12.6 on K+ currents in adult rabbit ventricular myocytes2009 •
arXiv (Cornell University)
A Robust Optimization Approach to Deep Learning2021 •
Journal of Cystic Fibrosis
Age-related levels of fecal M2-pyruvate kinase in children with cystic fibrosis and healthy children 0 to 10 years old2017 •
2016 •
Clinical Epidemiology and Global Health
Epidemiology of hospital-based COVID- 19 cluster in a tertiary care cancer hospital, Chennai, India 20202021 •
Egyptian journal of Immunology
Prognostic utility of MicroRNA-221 and interleukin-6 in cerebral ischemic stroke