Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Vladimir Putin e a Política Externa Russa

The political evolution of Russia led by Putin is a recreation of the pure ideals of Socialist former USSR, this connection to its loyal to the former Soviet Union fruit of having full military service by socialist land, provides the curiosity to understand how it is possible in full season of Western democracies, Russia to assert itself as a superpower in the international system. The entry into Putin scene with the new Russian doctrine for its external action as well as the remarkable return of the Russian Federation to the global arena are phenomena for which it is necessary to make an introspection on Putin's terms, perceive the rotational logic between Putin and Medvedev and how can the Russian Federation to respond to the attacks of Western organizations to Eastern European countries, more precisely, the former territories of the EX-USSR. The understandings of Putin's policies under foreign will be presented based on studies conducted at different times about your attitude and your burning interest to act on the international stage, whether as evidence of its existence (Munich Conference on 2008), either by their action with the 'near abroad', colliding with cooperative ideals of NATO and the European Union Community. Certain questions are raised mainly by attempts to annexation by Russia, as well as the constant attempt by the European Union to promote an integrative culture of the Eastern countries and use NATO as a security force, which describes Putin as a premise to the United United States assert themselves by being part of that organization.

Licenciatura em Ciência Política Vladimir Putin e a Política Externa Russa Unidade Curricular de Política Internacional Filipe Pinheiro de Almeida – A67133 António José Machado Sá Gonçalves – A65856 Braga, 5 de Dezembro de 2014 Índice Introdução................................................................................................................................................ 1. A Rússia e o seu Sistema Político....................................................................................................... 2. A Política Externa................................................................................................................................ 2.1 Do Interesse Nacional........................................................................................................................ 2.2 Doutrina de Segurança…………………………………………………………………………….. 2.3 Ameaças………………………………………………………………………………………….... 3. Vladimir Putin e a sua influência na Política Externa Russa.............................................................. 3.1 Antecedentes históricos……………………………………………………………………………. 4. Acerca das relações externas russas.................................................................................................... 4.1 Agendas Multilaterais e Política de Vizinhança…………………………………………………... Conclusão................................................................................................................................................ Fontes Bibliográficas........................................................................................................................... Introdução A evolução política da Rússia liderada por Putin é uma recriação dos ideais Socialistas puros das ex-URSS, esta sua ligação leal para com a antiga União Soviética fruto de ter completo o serviço militar por terras socialistas, proporciona a curiosidade de compreender como é possível em plena época das democracias ocidentais, a Rússia afirmar-se como superpotência no Sistema Internacional. A entrada em cena de Putin com as novas doutrinas russas para a sua acção externa bem como o regresso notável da Federação Russa à arena global são fenómenos pelo qual é necessário fazer uma introspecção sobre os mandatos de Putin, perceber a lógica rotacional entre Putin e Medvedev e de que forma pode a Federação Russa responder às investidas das organizações ocidentais aos países do Leste da Europa, mais precisamente, aos antigos territórios da EX-URSS. As compreensões das políticas de Putin no âmbito de Política Externa vão ser apresentadas com base nos estudos realizados em diferentes momentos sobre a sua atitude bem como o seu interesse aceso em actuar nos palcos internacionais, quer seja como prova da sua existência (Conferência de Munique em 2008), quer pela sua actuação com o “estrangeiro próximo”, colidindo com os ideais cooperativos da NATO e comunitários da União Europeia. Certas questões são levantadas sobretudo pelas tentativas de anexação por parte da Rússia, bem como pela tentativa constante da União Europeia promover uma cultura integrativa sobre os países do Leste e utilizar a NATO como força de segurança, ao que Putin descreve como uma premissa para os Estados Unidos da América afirmarem-se pelo facto de fazerem parte desta mesma organização. A Rússia e o seu Sistema Político A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) - derivada do Império Russo que, por sua vez, foi fruto de um expansionismo territorial através de conquistas, explorações e anexações - estabeleceu-se entre o período de 1922 e 1991, no qual se firmou como potência mundial. A União Soviética foi um Estado Socialista, governado por apenas um partido, qual seja, o Partido Comunista. Tinha como capital Moscovo e instituiu-se como União Soviética após a Revolução Russa de 1917, que derrubou o governo provisório, seguida da Guerra Civil Russa e da tomada de poder do Partido Comunista. Após a dissolução da União Soviética, no final do ano de 1991, a Rússia, maior Estado entre as repúblicas que formavam a ex-URSS, tornou-se sucessora diplomática, sendo, a exemplo disto, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Por causa de sua história com a União Soviética, a Rússia permanece com resquícios da cultura política e social da ex-URSS. Entretanto, tal país sentiu-se fragilizado após a extinção da URSS, tendo que herdar a dívida dessa (embora a Rússia tinha a metade da população da ex-URSS). E, ainda mais, por entrar em crise na década de 90, aquando Boris Yeltsin se tornou o presidente da República Federativa Soviética da Rússia Socialista, que se tornou Federação Russa no final deste mesmo ano, e tomou medidas que incluíam a reforma política, privatizações, liberalização do mercado e comércio etc. As privatizações mudaram drasticamente o controlo das grandes agências estatais para indivíduos com ligações dentro do próprio governo. Tais medidas incentivaram a fuga de capitais, levando o país a uma depressão económica e social. A taxa de natalidade caiu, a mortalidade aumentou, o nível de pobreza elevou grandemente, a corrupção e ilegalidade ficaram cada vez mais fortes na Rússia. No final do ano de 1999, o presidente Yeltsin renunciou inesperadamente ao seu cargo, entregando-o ao recém-nomeado primeiro ministro Vladimir Putin. A Rússia está aos poucos a recuperar sua antiga importância no cenário mundial, justamente pelo facto de as autoridades russas estarem a criar relações com outros países, fornecendo recursos energéticos. Este país é considerado uma super-potência energética, com recursos energéticos bastante significantes para outros países, a maior reserva de gás do mundo é encontrada na Rússia, além de se encontrar uma das maiores reservas de petróleo e carvão no mundo. Isto faz com que o Estado russo desempenhe um papel bastante importante na influência do processo de tomada de decisões nas relações internacionais, sobretudo na relação com a UE e EUA, obtendo maior autonomia nos seus assuntos internos. A ascensão económica russa começa com Vladimir Putin. O uso do porte energético russo é usado em seu favor, a ponto de cortar o fornecimento de gás e petróleo àqueles que se opõem os interesses políticos russos. Sobretudo no que se refere às antigas repúblicas soviéticas, que se têm voltado mais para a União Europeia e, por causa disto a Rússia tem imposto limites no fornecimento à Ucrânia e Bielorrússia, por exemplo. Entretanto, este porte energético também é usado em seu favor, no sentido em que facilita a sua influência particularmente ao G8. A Rússia é o país de maior área terrestre e o nono país com maior número populacional. Pela sua extensa área territorial, faz fronteira com muitos países, tanto com países europeus, quanto asiáticos, além de fazer fronteira marítima com o Japão e os Estados Unidos. Também por causa de sua extensa área, existe um grande número de recursos naturais em seu território, tanto que a Rússia está no ranking de produção mundial de produtos industriais, em sectores como: Petróleo Bruto, incluindo condensados de gás, gás natural e associados, além de aço, eletricidade, ferro-gusa, carvão, cimentos hidráulicos e remoção de madeira, automóveis de passagem (incluindo montagem), cartão e papel. Há 160 grupos étnicos na Rússia, contudo 81% da população do país compreende russos étnicos Resultados do Censo Populacional Nacional de 2010 (resultados do Censo russo 2010) - http://www.perepis-2010.ru/1. Apesar do relativo grande número de pessoas na Rússia, a sua densidade demográfica é baixa, muito por causa da extensão territorial do país e das baixíssimas temperaturas que fazem em algumas partes do país. Em territórios vizinhos, há uma grande concentração de pessoas que se identificam com a Rússia, por razões culturais, pela relação com a ex-URSS e, também, muito pela fala russa que predomina em certas áreas de determinados países. A Russia, entretanto é um Estado uno com maioria étnica de russos. O nome oficial da Rússia é Federação Russa ou Federação da Rússia. A Rússia é uma República Federal semipresidencialista. O poder legislativo russo é bicameral, a câmara baixa e a câmara alta constituem a Assembleia Federal da Rússia, que é responsável pelas tomadas de decisões políticas. A câmara baixa chama-se Duma, formada por 450 deputados, já a câmara alta é denominada Soviete da Federação, esta câmara é formada por deputados indicados pelos 83 distritos russos, totalizando 166 membros do Soviete da Federação. O poder executivo é formado pelo chefe de Estado e o chefe de Governo, sendo o chefe de Estado o Presidente da Rússia e o chefe de Governo o Primeiro-ministro. O Presidente Russo é eleito pelo voto de sufrágio universal, é eleito para um mandato de 6 anos, renováveis uma única vez. O chefe de Estado escolhe o Primeiro-Ministro, desde que obtenha o consentimento da Duma. É também dever do Presidente assegurar a soberania do Estado e é quem determina a política externa Russa. O atual presidente russo chama-se Vladimir Putin, que foi primeiro-ministro entre os anos de 1999 a 2000, tornou-se presidente e exerceu dois mandatos entre os anos de 2000 a 2008, depois, pela segunda vez, foi escolhido primeiro-ministro pelo presidente eleito Dimitri Medvedev, exercendo o cargo entre os anos de 2008 a 2012. Novamente concorreu às eleições presidenciais em 2012, foi eleito e poderá cumprir o mandato até 2018. 2. A Política Externa 2.1 Do Interesse Nacional O final da Guerra Fria e a desagregação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) no ano 1991 desencadeou uma série de movimentos históricos a vários níveis, porém, é sobretudo a nível político que se fez sentir o culminar daquele que foi um grande bloco político na área de Leste. A rivalidade bipolar no confronto com o bloco ocidental foram as premissas para desencadear aquela que foi a “quase” 3ª Guerra-Mundial, a Guerra Fria, no mesmo sentido, após décadas de bipolaridade a redefinição da ordem internacional presente nestes acontecimentos constituiu um desafio a longo-prazo. Após a Federação Russa assumir no sistema internacional as responsabilidades fundamentais da antiga URSS, como por exemplo, o assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), assume relevância no entendimento de possíveis configurações desta nova ordem. A questão do ajuste necessário entre a ex-superpotência URSS e a sua sucessora fragilizada, destaca-se actualmente na agenda internacional. Importa referir que o processo de transição que se inicia então com o fim da União Soviética, para além de significar uma reestruturação profunda de um sistema centralizado de orientação comunista, para um novo quadro politico, económico e social, significou ainda o redimensionamento da Rússia, num novo mapa geográfico onde a antiga União Soviética deu lugar a 15 novos Estados, incluindo a Federação Russa. Esta transformação imposta pela separação reflecte-se no conceito de Política Externa da actual Federação Russa, através do seu enfoque em determinadas matérias, regiões e instituições, como por exemplo, a cooperação sendo um fenómeno fundamental para a globalização contrapõem-se quando se trata da relação Rússia-NATO em pontos sensíveis, como o caso dos países de Leste da EX-URSS, na medida em que a Rússia não vê com bons olhos a integração dos mesmos na NATO e ainda na União Europeia. O Interesse nacional reside em matrizes estrategicamente bem delineadas por Putin, fruto da sua capacidade operacional de lidar com base da negociação, algo bem diferente face a Ieltsin, conhecido como “homem do tanque”. A posição da Rússia no Mundo tem vindo a evoluir, demonstra ser um participante activo neste processo, o facto de ser um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, constitui-lhe um capacidade e acesso a meios substanciais da actividade vital e ainda de manter ligações fortes com as principais potências mundiais, que por sua vez, a Rússia pratica uma influência considerável sobre a formação de uma nova ordem mundial.       O fenómeno das relações internacionais face à sua transformação, ao fim do confronto, à eliminação progressiva das consequências da "Guerra Fria" e do progresso das reformas russas amplificaram as possibilidades de cooperação na arena mundial, tendo como consequência a redução da principal ameaça global, a energia nuclear. A esfera militar, mesmo sendo colocada num plano de paz, é vital para relação entre os Estados, comporta uma missão cada vez maior no trabalho a desempenhar, incidindo em factores económicos, científicos/tecnológicos, políticos, informação e ainda ecológicos. No mesmo sentido, são encarados com frontalidade os novos desafios e ameaças aos interesses nacionais da Rússia que surgem da esfera internacional, verifica-se uma tendência crescente para a fixação da ideologia unipolar no mundo, com a dominação económica e de poder dos Estados Unidos. 2.2 Doutrina de Segurança A Rússia tem vindo a sofrer ao longo dos anos com a dupla de Poder mais mediática Putin-Medvedev, uma série de intervenções na sua definição e posição acerca da doutrina de Segurança. A entrada de Putin no plano do Poder, resultou de uma mudança significativa sobre o que a Rússia entende como essencial para a promoção da sua segurança e intervenção baseada nos interesses reais. Para compreender a Doutrina Putin seria necessário o estudo dos documentos estratégicos adoptados como “Estratégia de Segurança Nacional (Janeiro de 2010) ”, a “Doutrina Militar (Abril de 2000) ” e a “Concepção de Política Externa (Junho de 2000)”, documentos que revelam uma nova política externa da Rússia. No segundo mandato de Putin, sensivelmente entre 2007 e 2008 promoveu-se uma nova análise sobre as recentes directrizes políticas da federação russa, fruto da economia encontrar-se instável, muito em conta à crise de 2008 e às invasões do “FUKUS” (França, Reino Unido e Estados Unidos) aos países árabes. O novo pragmatismo tem demonstrado coerência e já perpassa os recentes governos. Observa-se então que desde 2000 com os governos Putin (2000 à 2008) e Medvedev (2009 a 2013) a Doutrina de Putin constrói-se com viés pró-eurasianismo e multilateral, o que define aquele que é o desenvolvimento das forças armadas russas e o próprio papel da Rússia no sistema político-militar do mundo. A visão da Rússia sobre os fenómenos problemáticos relacionados com a globalização, como a crescente criminalidade transnacional, o terrorismo e ainda o tráfico, obrigam a uma intervenção militar capacitada, porém apenas revela-se na prática contra os protagonistas não-Estatais. As organizações militares adquiriram peso e predomínio na formulação de políticas com países terceiros, com destaque à NATO, da OCS e da OTSC como organizações coordenadores das acções interestatais ao combate contra as práticas anteriormente referidas. A nova doutrina de Segurança Russa depara-se com assuntos transfronteiriços que só podem ser dissipados pela cooperação regional, fruto da diáspora da antiga URSS estar bem presente, 14 países ao todo, constituem então uma fronteira terreste com a Rússia. Esta situação não reconhece os laços diplomáticos como via possível de estabelecer uma política de segurança completa e eficaz, surgindo então a necessidade de promover uma presença fortemente militar. Putin e Medvedev entendem que a Rússia tem vindo a perder de forma gradual a sua capacidade de influenciar a Europa, fruto da extinção da URSS, os países de leste depara-se com uma nova realidade ao qual escolheram albergar as ideologias e práticas mais próximas da sua visão ténue, formando-se como uma espécie de países satélites que mais tarde origina a movimentos ocidentais (essencialmente europeus), como o acaso da adesão à União Europeia e ainda da NATO. 2.3 Ameaças As principais ameaças ao longo dos mandatos de Putin contrastam com a evolução global dos sistemas políticos dos Estados, este fenómeno provoca uma série potencial de ameaças capazes de comprometer a paz e a posição da Rússia no Sistema Internacional. A mudança no poder de Ieltsin para Putin criou um impacto positivo sobre as intenções da Rússia sobre os principais temas em questão, tal como o armamento nuclear, a paz nos países de leste, a cooperação e o desenvolvimento. Para compreender melhor esta mudança de página a história Russa é necessário reflectir acerca dos 3 mandatos de Putin e compreender melhor o período fulcral 2007-2008, com a conferência de Munique. Com a entrada de Putin em cena, ano 2000, verificava-se a tendência unipolar de uma estrutura mundial, politica e económica controlada totalmente por parte dos Estados Unidos da América, compreendida como uma ameaça pela capacidade de desestabilizar a ordem internacional, provocando tensões, conflitos e uma luta acesa pelo recurso de armas. Outra das ameaças foi o facto das instituições de Leste serem substituídas pelas Nações Unidas para salvaguardarem-se do uso da força militar Russa, mas não só, num âmbito regional, as próprias facções procuraram desenvolver o seu poder militar, com posições extremistas, muito por força da proliferação das armas. Com a conferência de Munique em 2007, Putin demonstrou que a Rússia está sob transformação no que considera o seu conceito de Política Externa, apresentando novos objectivos e as suas principais ameaças, discursa “Estamos vendo um desprezo cada vez maior pelos princípios básicos do Direito internacional. Mais do que isso, normas independentes estão, na verdade, quase se tornando todo o sistema legal de um estado único — antes de tudo, claro, dos Estados Unidos — que ultrapassou suas fronteiras nacionais em todas as esferas: na económica, na política e na humanitária — e as impõe a outras nações. Enfim, quem aprecia isso? A quem isso agrada?” No segundo mandato de Putin, 2008, as ameaças são fruto das diferentes interpretações sobre o significado e as consequências acerca do fim da Guerra Fria, a competência entre os sistemas de valores, a diferença e os próprios padrões de desenvolvimento dos países ocidentais e a sua respectiva perda de poder que afirma-se na política de "contenção" imposta frente à Rússia, abrangendo o espectro, verifica-se que o terrorismo internacional, as drogas, o tráfico, juntamente com a proliferação das armas originam a uma destruição massiva das sociedades que por sua vez causam uma nova vaga de pobreza, é de salientar que a questão ecológica é uma nova ameaça fruto dos tratados em cima da mesa e os limites impostos internacionalmente. Por fim, no terceiro mandato, 2013, direcciona as suas atenções para a zona Europeia, a crise de 2008 trouxe um impacto negativo na economia europeia, implicando futuros riscos severos, o próprio valor das instituições bem como a questão da xenofobia, pela intolerância e descontrolo nas relações internacionais. A gestão das crises ao longo das sanções unilaterais e a aplicação das medidas coercivas, por vezes fora de contexto, bem como a posição do Conselho de Segurança através da sua protecção da população como desculpa para interferir em Estados soberanos, em nada resolvem as razões estruturais dos conflitos. Por fim, a proliferação das armas de destruição maciça e os seus meios de recurso para o lançamento comprovam que Putin está perante um novo desafio não só interno como global, o desenvolvimento do terrorismo internacional descreve uma série de atitudes mais nacionalistas na Rússia, o tráfico de armas que continua sem algum controlo, a radicalização, o extremismo religioso, as tensões étnicas, as migrações ilegais, a pirataria marítima e o tráfico de drogas confirmam então que são novos os desafios e ameaças que não só a Rússia, mas o Sistema Internacional tem de procurar resolver. 3. Vladimir Putin e a sua influência na Política Externa Russa 3.1 Antecedentes Históricos Em 1985, quando o último líder da ex-URSS, Mikhail Gorbachev, liderava, houve uma tentativa, de sua parte, de implementar uma reforma política, a fim de acabar com o marasmo económico soviético e democratizar o governo. Por estas tentativas, surgiram movimentos separatistas e nacionalistas que discordavam com tais medidas. Até então, a União Soviética era a segunda maior potência económica no mundo, entretanto, na sua última década de existência, passou por uma insuficiência de mercadorias, défices orçamentais e, por fim, uma alta inflação. Com a crise económica e política a descomedir-se na União Soviética, os países anexados à URSS resolveram separar-se. Um referendo feito foi a favor da preservação da URSS renovada, mas uma tentativa de golpe de Estado por pessoas dentro do próprio governo contra Gorbachev, a fim de preservara a URSS, culminou com o fim do Partido Comunista da União Soviética e, apesar do referendo realizado anteriormente, a URSS foi dissolvida e dividida em 15 Estados. No mesmo ano, desses acontecimentos, 1991, foi eleito o primeiro Presidente da Rússia, Boris Yeltsin. Foi a primeira eleição directa para presidente na história russa. Enquanto ocorria a desintegração da URSS, reformas políticas vinham sendo implantadas por tal governo. Para haver uma retomada à estabilidade económica e política na Rússia as medidas tomadas incluíam privatizações, mercadorias e um comércio liberal. Entretanto, ao invés de restabelecer a economia do país, tais medidas levaram a uma crise desastrosa na Rússia. Órgãos estatais passaram a ser comandados por pessoas que tinham ligações com o governo, pessoas que ganharam muito dinheiro com tais providências levavam grande parte de suas riquezas para fora do país, culminando, portanto numa queda gigantesca no PIB nacional, num alto crescimento da pobreza, taxa de natalidade, corrupção, ilegalidade e criminalidade. Houveram conflitos armados também, tanto com grupos étnicos quanto com separatistas . Ataques terroristas contra civis foram realizados por separatistas matando centenas de pessoas. Os separatistas tchetchenos declararam sua independência e entraram em conflito aramo com a força militar russa. O caos nos anos 90 foi implantado, para piorar, a Rússia assumiu a responsabilidade de liquidação da dívida externa deixada pela ex-URSS, apesar de ter a metade da população que tinha a URSS. Com tantos deficits orçamentais, em 1998, a crise financeira russa provocou numa derrocada ainda maior no PIB russo. No último dia do ano de 1999 o presidente Yeltsin renuncia seu cargo, entregando o posto ao recém-nomeado primeiro-ministro Vladimir Putin, que, no ano seguinte, ganhou as eleições presidenciais. Putin suprime a rebelião tchetchena, faz com que a economia cresça progressivamente, melhora a qualidade de vida na Rússia, aumenta o consumo interno 3.2 Vladimir Putin no comando da Rússia Vladimir Vladimirovitch Putin, nasceu em 7 de Outubro de 1952, em Leningrado, cidade hoje conhecida com São Petersburgo. Putin foi o terceiro filho (apesar destes três terem morrido na infância) de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial e de uma sobrevivente do Cerco de Leningrado, neto de um famoso chef de cozinha que chegou a trabalhar para autoridades soviéticas como Lenine e Stalin. Vladimir Putin estudou química num instituto técnico e, em seguida, direito na Universidade de Linegrado, concluindo o curso em 1970 com sua tese acerca do direito Internacional intitulada “A cláusula da nação mais favorecida: Princípio do Direito Internacional”. Enquanto esteve na universidade, Putin tornou-se membro do Partido Comunista da União Soviética, até este ser dissolvido no fim do ano de 1991. Posteriormente foi agente da KGB e chefe dos serviços secretos soviéticos na FSB, mas abandona a KGB após seu principal aliado, Anatoli Sobtchak (que foi seu professor em Direito Empresarial), se dizer contra o golpe de Estado que era apoiado pela própria KGB (que pretendia através dum golpe manter a unidade da URSS). No ano de 1990 Putin foi nomeado como assessor de assuntos internacional pelo Presidente da Câmara de São Petersburgo Anatoli Sobtchak, seguidamente se tornou chefe no Comité de Relações Externas do Gabinete do Presidente da Câmara de São Petersburgo além de outros cargos políticos e governamentais na cidade. Até que em 1994 Putin é nomeado vice-presidente do Governo de São Petersburgo. Ajuda a formar a filial do Partido governista Nossa Casa é a Rússia em São Petersburgo, apoiando-o na campanha eleitoral das legislativas de 1995 e liderando tal filial até 1997. Sobtchak não se conseguiu reeleger em São Petersburgo, por este motivo Putin não continuou no governo, mas foi chamado para Moscovo onde se vice-chefe do Departamento de Gestão de Propriedade Presidencial. Em Março de 1997, o Presidente Boris Yeltsin nomeou Vladimir Putin vice-chefe da Casa Civil e em 98 chefe da Direção principal de controlo do Departamento de Gestão de Propriedade Presidencial. Em maio de 1998 Putin foi nomeado Primeiro vice-chefe da Equipa Presidencial para as regiões, em seguida nomeado chefe da Comissão para a elaboração de acordos sobre a delimitação de poderes das regiões e do Centro Federal ligado ao Presidente. Mais tarde, Putin é nomeado chefe da FSB, sendo membro permanente do Conselho de Segurança da Federação Russa e secretário em finais de Março de 1999. Em agosto de 1999, Vladimir Putin é nomeado um dos três PrimeiroVice-primeiros-ministros e, mais tarde, nomeado Primeiro-Ministro do Governo da Federação russa, sendo a nomeação aprovada pela Duma. Vladimir Putin, torna-se, portanto, o quinto Primeiro-Ministro na história da Rússia e em menos de 18 meses. Muitos ainda não conheciam o actual Primeiro-Ministro, foi aí que o seu nome se tornou público em meio a alguma contestações, contudo, acresceu-se ao facto da postura adoptada por Putin e a abordagem mais inflexível quanto à segunda guerra tchetchena. Putin ganha tanta popularidade que, mesmo sem partido, manifesta apoio ao Partido da Unidade, fazendo com que este tivesse a segunda maior percentagem na eleições da Duma em Dezembro de 1999; em contrapartida Putin foi apoiado por esse partido. Em Dezembro de 1999 o presidente Yeltsen renuncia inesperadamente e, de acordo com a Constituição Russa, Putin tornou-se o Presidente interino da Federação Russa. Esta renúncia resultou numa antecipação das eleições presidenciais, enquanto os partidos de oposição estavam a preparar-se para eleições em Junho, tal acontecimento levou a que as eleições fossem em março. Com 53% dos votos, Vladimir Putin torna-se Presidente com apenas uma volta. Após eleito, Vladimir Putin começa a reconstruir a condição de pobreza que existia no país, porém, por algumas medidas tomadas pelo Presidente, especulava-se que sua popularidade diminuiria bastantes, mas antes pelo contrário, a sua popularidade aumentou. Putin, em 2003, realizou um referendo na Tchetchenia para que se adotasse uma nova constituição que falava acerca da anexação da República com a Rússia. Os conflitos na Tchetchenia têm sido estabilizados, salvo alguns que acontecem esporadicamente, e a Thetchenia tem suas próprias eleições palamentares e de governo regional. Putin foi reeleirto em 2004 com 71% dos votos, no ano seguinte prioriza projetos nacionais quanto à educação, saúde, habitação e agricultura. A intervenção estatal aumenta sobre a governança corporativa de muitas empresas russas, afectando deste modo, positivamente, a economia russa. Putin, também, procurou realinhar a burocracia regional para que os governadores pudessem reportar-se ao primeiro-ministro ao invés do presidente. Em 2008, Putin não pôde concorrer a um terceiro mandato, entretanto o Primeiro vice-primeiro-ministro, Dimitri Medvedev, foi escolhido como o seu sucessor, sendo eleito e escolhendo, assim, Putin como Primeiro-Ministro russo. Entretanto, a grande recessão atingiu a economia russa, interrompendo o fluxo de investimento de crédito comercial barato com o ocidente, coincidindo também com a tensão na relação com os EUA e a UE, pelo facto de a Rússia ter invadido a Geórgia. Porém, por causa do fundo de estabilização russo, acumulado num período anterior, o qual havia aumentado o preço do petróleo, o crescimento económico voltou. No legado socioeconómico dos anos 90, quando Putin chegou ao poder, em 2000, os russos não têm sequer as suas necessidades básicas garantidas, por isso o respeito dos direitos humanos e liberdades é sempre mencionado após as melhorias das condições de vida. O mandato iniciado no ano 2000 foi um "início com uma posição firme", mas no período de 2008 a postura afirmada é de "conseguir uma posição fortalecimento". Essa mudança no discurso é explicada porque durante a primeira presidência de Putin (2000-2004), a Rússia usou principalmente ferramentas de soft power para a sua relação com os seus vizinhos, e olhou para a cooperação com o Ocidente sobre questões de interesse comum. Enquanto que durante o seu segundo presidência (2004-2008), suas relações com o exterior próximo basearam-se principalmente no hard power (coercitivo) e houve situações de tensão com os EUA e seus aliados. (González, 2013) Por outro lado, os anos de 2000 e 2008 apelam à natureza de grande potência da Rússia e para a sua criação como um dos polos de referência mundial, o que leva a refletir-se exatamente que esse status foi perdido durante o período de Yeltsin, enquanto o Concept 2013 centrou-se na necessidade para consolidar o progresso já alcançado desde então. Se a primeira meta está relacionada com as forças e fraquezas internas da Rússia, a segunda está focada nas oportunidades e ameaças do seu ambiente (González, 20013). A posição de Moscovo é bastante clara: a participação ativa na definição de uma ordem mundial estável e justa, e as soluções coletivas para desafios comuns, contudo sempre sob a legalidade prevista pela ONU. Os recursos para o papel central da segurança na manutenção da paz e segurança mundial, sendo este um fórum em que a Rússia é um assento permanente com direito de veto, são uma constante em todo Concept 2013, muito prejudicial para os interesses russos, e ao Parlamento Europeu aprova regularmente resoluções de condenação da Rússia, para exigir uma legitimidade democrática, não contemplado nas relações com outras regiões (González, 20013). Em 2012 Putin venceu as eleições presidenciais russas, com mais de sessenta por cento dos votos, houve um grande esforço para mostrar a transparência nas eleições, já que na anterior houve uma grande contestação dos opositores e por observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Houve muitos protestos anti-Putin, contudo, no dia seguinte aos protestos, muitas prisões foram feitas. Putin e o seu Partido, Rússia Unida, foram contra causas do movimento LGBT, legislando contra a comunidade, uma lei contra a propaganda homossexual foi implantada. Se nos primeiros mandatos os direitos humanos eram bastante evidentes, em 2013 há uma mudança clara. Em 2014, eclode a revolução Ucraniana, que dividia o país. De um lado, a Ucrânia queria estabelecer maiores relações com a UE, mas por outro, parte da Ucrânia,a região da Crimeia, apoiava a adesão a Rússia, mantendo maiores relações com esta. Putin chegou a pedir permissão ao parlamento para implantar tropas russas na Ucrânia, mas tudo se tem resolvido com um acordo de adesão da Crimeia à Rússia. Acontece que a tensão entre Rússia e a UE aumentou. Por esta razão, a Rússia tem favorecido as relações bilaterais com apenas alguns Estados ocidentais, como a Alemanha ou a França, contra o conjunto da UE. Por outro lado, a recuperação do status de grande potência perdido na década de 1990 levou a Rússia cada vez mais para uma posição de força, tanto no seu exterior próximo e frente à UE, que também coincidiu com a adoção de medidas internas de caráter autoritário após o retorno de Putin ao Kremlin. Para começar a reverter essa situação, a cooperação na resolução de alguns dos "conflitos congelados" na vizinhança comum seria benéfico, em particular o da Transnístria, na Moldávia (González, 2013). 4. Acerca das relações externas russas 4.1 Agendas Multilaterais e política de vizinhança A Federação Russa fruto da herança histórica e simbólica das Ex-URSS direcciona os seus principais interesses num panorama externo aos ex-membros da mesma, quer pela sua real afectividade e semelhanças, quer pelo plano geográfico assim o ditar, veja-se o facto de 14 países fazerem fronteira com a Rússia. Porém, a independência desses Estados não permite de forma legal a anexação dos mesmos à Rússia, isto se o pretendente for unicamente a Rússia, caso que se tem verificado. Mais recentemente, a anexação da Crimeia é considerada pela Administração Putin uma vitória das vontades gerais dos povos, mesmo que seja contra as principais organizações ocidentais. Por outro lado, a situação da Ucrânia é bastante complexa e constituída por movimentos pró-russos contra pró-europeístas, um verdadeiro conflito armado. Na base deste conflito encontra-se o orgulho russo com toque soviético, reclamando a Ucrânia como seu “património”, mas as intenções de agir militarmente são ainda mais graves quando entram em acção as instituições ocidentais, tais como a NATO e a União Europeia. Porque afinal a Rússia de Putin e Medvedev estão contra as investidas democráticas do Ocidente? A resposta é dada por Putin em plena Conferência de Munique (2008) “a segurança internacional compreende muito mais do que as questões relativas à estabilidade militar e política. Envolve a estabilidade da economia global, a superação da pobreza, a segurança económica e desenvolvimento de um diálogo entre as civilizações. (...) O mundo unipolar que havia sido proposta após a Guerra Fria não ter lugar. [É] (...) refere-se a um tipo de situação, ou seja, um centro de autoridade, um centro de força, um centro de tomada de decisões. É o mundo em que há um mestre, um soberano. [...] E isso certamente não tem nada em comum com a democracia. (...) A democracia é o poder da maioria, tendo em conta os interesses e as opiniões da minoria. Aliás, [a Rússia de] constantemente a ser ensinado sobre a democracia. Mas, por alguma razão, aqueles que nos ensinam não quer aprender a si mesmos.” Putin descreve com desprezo sobre como os princípios básicos do direito internacional estão a ser negados pelas principais potências mundiais, em especial aos E.U.A, porque ultrapassou as suas fronteiras nacionais em vários sentidos, quer pelas suas. Isso é visível nas políticas de foro económico, político, cultural e educacional que decretam noutros países. Por outro lado, aponta o domínio da força como algo que inevitavelmente incita uma série de países a adquirir armas de destruição em massa. Segundo Putin, tem-se verificado que a última década foi demarcada pela participação Internacional de Grupos Económicos e Alianças Políticas, como os casos do, G20, União Europeia (EU) Mercosul e BRICS, ao que Putin relata o domínio da Atlântico-Centro, fenómeno que descreve uma multipolarização concentrada e vai contra as linhas-mestras do respeito mútuo entre nações, sobretudo após a Guerra Fria. Direccionando para as relações específicas com as principais organizações é importante perceber que o contexto de bipolaridade à escala global, isto é, a existência de duas Superpotências disputando a formação de uma ordenação multipolar, foi a Federação Russa que perdeu maior dominação geopolítica, direccionando então as suas atenções sobre as principais dinâmicas de cooperação e integração em várias áreas. A sua participação é na maioria como a principal parte interessada nos organismos concebidos como a CEI (Comunidade de Estados Independentes), que tem o objectivo de cooperar na resolução dos problemas crónicos à escala regional, com Putin no governo verifica-se então que a política externa russa aponta como prioridade o “estrangeiro vizinho”. A relação entre a Rússia e a NATO tem questões interessantes tais como “Quais são os termos da relação da NATO com a Rússia? O que explica o desacordo fundador na actualidade? Em que medida o alargamento da NATO ao antigo espaço soviético é uma ameaça para a Rússia?”. As respostas encontram-se no perfil dos Membros da Nato, Ocidentais, e, na ideologia de pertença dos países de Leste à Rússia, mas é possível verificar dois níveis que quase impossibilitam a relação Rússia-NATO. Numa primeira instância, verifica-se que a longo-prazo as discordâncias sobre a validade da ordem de segurança europeia colocam Moscovo insatisfeito. No mesmo sentido, como anteriormente foi referido, o “estrangeiro vizinho” da Rússia reproduz um balizamento à acção política e funcional, os prismas de cooperação pelo facto de ser uma matéria sensível comportam uma necessidade de bastantes esforços de aproximação a longo-prazo. O caso mais prático reside na relação com a Ucrânia, pela sua importância particular aos olhos do Kremlin. Numa segunda instância, de período mais curto, são as políticas cooperativas globalistas, ou seja, exteriormente ao espaço Europeu, são relações mais pacíficas e congruentes, ou seja, de valor e interesse igual para os protagonistas. Resume-se então que as relações com a União Europeia em matérias sensíveis tais como a Integração Europeia e a Política de Segurança são difíceis de resultar em acordos, a sua visão integradora na área de Leste incompatibiliza com os preceitos Russos e no mesmo sentido a intervenção da NATO fruto de constituir-se por grande parte dos Estados-Membros europeus não permite a estabilização da paz civil. Com Putin, tem-se acentuado esta ideia de que os Estados Unidos lideram o panorama internacional, sobretudo através da NATO de modo a controlar a Rússia, ao que provoca um redireccionamento de interesses externos para a zona Asiática. Conclusão A acção política de Putin como se constata descreve-o como um político com enorme sentido de Estado, inteligência, oportunidade e sensatez, colocando os interesses do país acima de qualquer outra ordem. A tendência Socialista típica da extinta União Soviética desempenha não só a nível interno, mas também externo, a ideia de ser uma superpotência que deve comportar-se como tal, com as demonstrações de força e poder militar, com o poder de influência sobre o Sistema Internacional e por consequência, a evolução de uma política marcante na região da Euroasia. O período 2007-2008 foi fulcral para compreender como Putin pretende conduzir a Rússia no plano internacional, a ideia de fazer frente aos Estados Unidos da América está mais assente que nunca por uma razão óbvia, a NATO. A utilização da NATO como desculpa das inúmeras intervenções militares na Europa de Leste e consequente aliciamento dos mesmos Estados para integrarem a NATO provoca um ambiente na eminência de uma Guerra, porém, a interdependência no Sistema Internacional não o permite. Putin tem-se assumido como um líder internacional reservado nas matérias de cooperação, sobretudo pela sua resistência na adesão à NATO, porém, a política externa russa tem demonstrado que está mais presente que nunca na era democrática, está para ficar e sobretudo para debater-se com as superpotências que a enfrentarem, tal como os E.U.A. Em suma, a Rússia assume que é de facto importante estar presente na arena internacional, como meio de controlo dos excessos de outros potências, mas por outro lado, a sua realidade está muito mais localizada, está no estrangeiro próximo, a sua intenção de agregação dos ex-territórios soviéticos está a consolidar-se e a desenvolver conflitos armados sangrentos, propagando um desrespeito pelo direito internacional e da soberania de cada Estado. Fontes Bibliográficas Adelman, Jonathan (1989) Contemporary Soviet Military Affairs: The Legacy of World War II (1a edição). New York: Unwin Hyman Freire, Maria R. (2013) A evolução da política externa da Rússia.  In Novas Dinâmicas da Política Externa Russa: Desafios no Espaço Euro-Atlântico, ed. Patricia Daehnhardt e Maria Raquel Freire, 00 - 01. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Shpuy, Oxana. (2013) Tese de Mestrado “O Sistema Político Russo: Da transição a uma Democracia dirigida?” – Porto: Universidade Fernando Pessoa Lo, Bobo. (1959) Vladimir Putin and the evolution of Russian foreign policy. Oxford : Blackwell   PÓTI, László; IAPONICA, Acta Slavica. Evolving Russian Foreign and Security Policy: Interpreting the Putin-doctrine. Acta Slavica Iaponica, Sapporo, v. 25, p.29-42, 2008 http://archive.kremlin.ru/appears/2007/02/10/1737_type63374type63376type63377type63381type82634_118097.shtml Freire, Maria R. (2011). Federação Russa.  In Política Externa: As Relações Internacionais em Mudança, 0 - 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Freire, Maria R; Kanet, Roger. eds. (2012). Russia and Its Near Neighbours: Identity, Interests and Foreign Policy ed. 01. Basingstoke: Palgrave MacMillan. FERNANDES, Sandra. (2010)  NATO e Rússia: novos lances estratégicos. Relações Internacionais [online]. n.27 [citado  2014-12-05], pp. 45-53. Disponível em: <http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-91992010000300005&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1645-9199 Haukkala, Hiski (1973) - The EU- Russia strategic partnership : the limits of post-sovereignty in international relations. London : Routledge, 2011. Resultados do Censo Populacional Nacional de 2010 (resultados do Censo russo 2010) - Disponível em: <http://www.perepis-2010.ru/> 2014-12-05 Massie, Robert K. (1967) An Intimate Account of the Last of the Romanovs and the Fall of Imperial Russia. Atenas: Black Dog & Leventhal Lynch, Allen. (2011) Vladimir Putin e russo Statecraft. (2a edição). Chicago: Potomac Books Segrillo, Angelo (2005) Russia e Brasil em Transformação: Uma breve história dos partidos russos e brasileiros na democratização política. (2ª Ed.) Rio de Janeiro: Editora 7 letras González, Francisco (2013) The foreign policy concept of The russian federation: aComparative study. Espanha: Ieee.es Sloat, Sarah.( 2014). An Interesting Theory That Could Explain Vladimir Putin's Risky Behavior. New Republic. Fernandes, Sandra. (2013). Ukraine: Finding a Balance Between the EU and Russia. E-International Relations (December 20) http://www.e-ir.info/2013/12/20/ukraine-finding-a-balance-between-the-eu-and-russia/ (acedido a 03 de dezembro de 2014).