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Artigo Cientifico Pronto

Estética é uma disciplina filosófica científica e que só se torna compreensível, quando observada na sua complexidade isso se verifica até mesmo na sua definição como palavra. È fácil se observar contradições em pesquisa na internet e feitas em sites confiáveis. No Dicionário on-line do Aurélio do Brasil temos: A ciência que trata do belo em geral e do sentimento que ele desperta em nós; beleza, no Vocabulaire de l”Esthetique(França), descreve-a como a filosofia e a ciência da arte; mais consensuais e temos ainda na Academic American Encyclopaedia on-line (Britânica), o ramo da filosofia a que trata das artes e da beleza”. Isso é compreensível como se verá mais a frente. Com autores, o mesmo se dá, percebemos que as abordagens também variam muito, e “passeiam” entre o filosófico e cientifico. Porém, na abordagem tempo- histórica que aqui se propõe, é possível se falar que o que gira entorno destas definições de estética são muito amplas, porem não limitadas. Daí é valido supor que o entendimento dos fatores que levaram a tantas reflexões e a tantas concepções desenvolvidas através dos tempos seja justamente o como e quanto os contextos históricos de época influenciaram tais definições. A ideia aqui é percorrer a historia humanidade, da teoria do belo e do fazer criador de Platão e Aristóteles, que considerava os objetos comuns, como meras cópias do mundo das formas, ao deslocamento da ênfase do objeto da beleza para o sujeito que a percebe a Kant com a sua teoria a faculdade do juízo ou julgamento onde bem diferentemente de seus antecessores o julgamento do belo não se dá somente na sensibilidade, mas como ele propõe, também por uma intervenção do intelecto sobre as puras sensações. Entender à psicogênese de Piaget que levaram Swanwick e Shafter a uma das mais recentes definições do termo relacionando o auge da experiência estética com as relações intima das estruturas de nossas experiências individuais, quando na apreciação se organizam os esquemas, os traços, os eventos vividos anteriormente a obra. Este artigo tem por intenção apresentar esta complexidade, abordando outras especificidades próprias de toda ciência humana. Do entendimento da sensibilidade humana através dos tempos, das influências dos fatores históricos, as ideias e ideais que reconfiguraram o pensamento humano e que alteraram a finalidade da produção artística e da definição daquilo que é belo para o homem.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS MG CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LATO SENSU EDUCAÇÃO MUSICAL COM DESTAQUE PARA MUSICA POPULAR ALEXANDER CUSTÓDIO MUNIZ DA ESTÉTICA; DA SENSIBILIDADE, DA COMPREESÃO DAQUILO QUE VAI. ALÉM DOS SENTIDOS: A História e Filosofia por traz de um Tema Varginha 2016 ALEXANDER CUSTÓDIO MUNIZ DA ESTÉTICA; DA SENSIBILIDADE, DA COMPREESÃO DAQUILO QUE VAI. ALÉM DOS SENTIDOS: A História e Filosofia por traz de um Tema Projeto de pesquisa apresentado ao curso de pós-graduação em Educação Musical com destaque para Musica popular do Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS MG como pré-requisito para obtenção do título de especialista em Educação Musical com destaque para Musical Popular. Varginha 2016 DA ESTÉTICA; DA SENSIBILIDADE, DA COMPREESÃO DAQUILO QUE VAI. ALÉM DOS SENTIDOS: A História e Filosofia por traz de um Tema Alexander Custódio Muniz Alexander Custódio Muniz. Graduado em educação Musical com destaque para a Música popular pelo Centro Universitário do Sul de Minas- UNIS MG e professor de Música e Tecnologia da Musica do Conservatório Cora Pavan Capparelli de Uberlândia, Minas Gerais. E-mail. alexcumu@yahoo.com.br) Resumo A estética propriamente dita é uma disciplina filosófica científica e que só se torna compreensível, quando examinada na sua complexidade. Muito discutido por pensadores que fizeram parte da construção do conhecimento humano, tal tema, se tornou uma necessidade de ser conhecido e entendido, não só por não se limitar ao campo das puras percepções formais, mas também por possibilitar ser estendida ao conceitual onde a filosofia tem um papel importante. O que se pretende neste artigo é proporcionar de forma muito sintética, mas objetiva e estruturada a familiarização do pensamento de diversos autores que foram cuidadosamente estudados. Da mimese de Platão e Aristóteles, as ideias de René Descartes e finalmente com as mais recentes definições do termo com autores como Swanwick, Dewey, Shafter entre outros. Abordando definições filosóficas de diversos autores através do tempo sobre as representações de uma obra e o que mais participa no processo de criação e apreciação, enfim o que define o belo como experiência sensorial. Assim visa pontuar e expor esta complexidade, não de forma simplista e sim abordando outras especificidades próprias de toda ciência humana, dos pensamentos, que tanto influenciaram as artes na história da humanidade e que foram as bases na elaboração de definições de estética. Ao final certamente o leitor embasado, poderá desenvolver, “a síntese em seu eu” e chegar a sua verdade; a teoria de uma prática. Palavras-chave: Estética. Música. Filosofia. Introdução Estética é uma disciplina filosófica científica e que só se torna compreensível, quando observada na sua complexidade isso se verifica até mesmo na sua definição como palavra. È fácil se observar contradições em pesquisa na internet e feitas em sites confiáveis. No Dicionário on-line do Aurélio do Brasil temos: A ciência que trata do belo em geral e do sentimento que ele desperta em nós; beleza, no Vocabulaire de l”Esthetique(França), descreve-a como a filosofia e a ciência da arte; mais consensuais e temos ainda na Academic American Encyclopaedia on-line (Britânica), o ramo da filosofia a que trata das artes e da beleza”. Isso é compreensível como se verá mais a frente. Com autores, o mesmo se dá, percebemos que as abordagens também variam muito, e “passeiam” entre o filosófico e cientifico. Porém, na abordagem tempo- histórica que aqui se propõe, é possível se falar que o que gira entorno destas definições de estética são muito amplas, porem não limitadas. Daí é valido supor que o entendimento dos fatores que levaram a tantas reflexões e a tantas concepções desenvolvidas através dos tempos seja justamente o como e quanto os contextos históricos de época influenciaram tais definições. A ideia aqui é percorrer a historia humanidade, da teoria do belo e do fazer criador de Platão e Aristóteles, que considerava os objetos comuns, como meras cópias do mundo das formas, ao deslocamento da ênfase do objeto da beleza para o sujeito que a percebe a Kant KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995. §51 disponível em: ttp://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=596 > acesso 27 de março de 2016 com a sua teoria a faculdade do juízo ou julgamento onde bem diferentemente de seus antecessores o julgamento do belo não se dá somente na sensibilidade, mas como ele propõe, também por uma intervenção do intelecto sobre as puras sensações. Entender à psicogênese de Piaget que levaram Swanwick e Shafter a uma das mais recentes definições do termo relacionando o auge da experiência estética com as relações intima das estruturas de nossas experiências individuais, quando na apreciação se organizam os esquemas, os traços, os eventos vividos anteriormente a obra. Este artigo tem por intenção apresentar esta complexidade, abordando outras especificidades próprias de toda ciência humana. Do entendimento da sensibilidade humana através dos tempos, das influências dos fatores históricos, as ideias e ideais que reconfiguraram o pensamento humano e que alteraram a finalidade da produção artística e da definição daquilo que é belo para o homem. Da sensibilidade a compreensão do objeto A sensibilidade, entendida como habilidade receptiva de formas estética, é comunmente avaliada como a grande responsável pela determinação da experiência perante a uma obra de arte, pois como se diz, a arte é uma experiência puramente sensorial, fisiológica. Porem a partir do século XIX alguns autores como Wagner Wilhen Richard Wagner (1813-1883) compositor e teórico. pensador das artes. Criador do “ideal Wagneriano de junção das artes”. deram início a uma nova abordagem acrescentando a esta função “sensorialista”, uso ostensivo de meios que levem o envolvimento do espectador, para que este vá alem da escuta com o uso de artifícios como o esconder a orquestra no fosso ou mesmo apagar as luzes do teatro durante a apresentação. Artifícios usados para envolver e levar o espectador a ver além da música. Com isso a experiência sensorial ganha uma nova abordagem se deslocando da sensação para a compreensão através do uso por parte do espectador de suas capacidades intelectuais para aprender e entender o objeto e por parte do produtor de arte, produzir com fundamentação reflexiva se aproximando sensivelmente do pensar filosófico. Esta concepção filosófica aparece como exemplo no cubismo, que apresentava em si uma pretensão científica ao abordar especulações não euclidianas e a acronofotografia Nesta busca por uma experiência sensorial diferenciada e mais reflexiva faz surgir o cubismo cuja filosofia estava em renunciar o uso de perspectiva principalmente a tridimensional através de uma reconstrução da imagem.. Tal atitude por parte do artista demonstra a importância do conceitual, já que sua criação visa à superação do experimentalismo, proporcionando a uma reflexão, que ela instiga. História e Filosofia. Na história do pensamento artístico, a filosofia sempre esteve presente nas discussões sobre a estética, remontando a antiga Grécia até os dias de hoje, com a finalidade de se fundamentar a prática criativa em conceitos filosóficos a fim de legitimar o produzido. Para Platão, este considerava os objetos comuns, como meras reproduções do mundo das formas, e questionava o valor do artefato de arte. Aristóteles pelo contrário, deu ênfase a aspectos positivos da “imitação”, como por exemplo, no teatro ao se vivenciar os conflitos de personagens de uma tragédia, o espectador se sente purificado por aquelas emoções e que exatamente nessa purgação de paixões que estaria o prazer com o objeto de arte. Mas, tanto Aristóteles como Platão, deram uma atenção particular ao que se vê além do mundo sensível das artes quando evidenciam que o mérito do artista não está só na competência técnica, vai muito mais além com a capacidade da obra de apurar e promover emoções. Na idade Média Santo Agostinho, sob a influência de Platão dá tom a discussões sobre a arte contemporânea ao nascimento da nova religião. Em suas “Confissões” Para ele o sensível desempenha um papel menor na experiência artística a obra possui um compromisso com o intelectual e o moral e, por isso, a mais profunda experiência estética se dá, portanto exatamente onde se extrapola o mero captar das formas. (AGOSTINHO, 1999.p 292-293) Ibid., p. 38 ele alerta o como a musica pode ser nociva, quando a experimentação da musica se limita a um simples fruir da percepção. Na Renascença os artistas se esforçam para demonstrar que as artes estão muitas mais próximas das ciências humanas, criando objetos de artes indo além da perícia, ou seja, a partir da compreensão das técnicas e dos meios, principalmente, de uma absorção crítica e racionalizada da realidade. Uma atividade que engloba reflexão, matemática e geometria, dignas das concepções de outras ciências como a teologia e a filosofia. Somente a partir do século XVI é que os artistas adotam a filosofia de que a obra não deve ser uma representação fidedigna da natureza e sim uma representação da visão subjetiva que o artista tem da realidade. Surge a opera, com um novo estilo a música dramática, onde o autor vislumbra a possibilidade da ligação do som a palavra passa dar ênfase a uma ação literária (uma nova postura estética; polifônica). No século XVII e início do século XVIII, de Montoverdi a Bach, tem como base a compreensão da musica, em não se ater ao conteúdo literário e sim a ação dos personagens. Nessas obras assim como as do estilo de Bach, Haendel ou Vivaldi como dimensão imediata dos sentidos tem para a experiência estética, o mesmo valor do eu aspecto literário, e se as palavras se aproximam mais do conceito e do entendimento, essas se aproximam da experiência estética baseada no conceito e de entendimento. Assim o julgamento artístico não se dá somente na sensibilidade, mas também numa intervenção do intelecto sobre as sensações, acrescentando a isso a valorização da teoria e do conceito na arte do século XX, devemos analisar alguns conceitos de Kant. Immanuel Kant em sua Crítica da faculdade de juízo propõe sua teoria sobre a estética onde: “o entendimento desempenha uma importância crucial”. Para ele o ideal de beleza tem como causa um conceito do objeto, esse depende do entendimento, assim em sua opinião, a poesia se torna superior nas artes por ser mais imediata quando se dirige ao intelecto. A importância dada por Kant ao papel do entendimento na experimentação é crucial por ser claro que o julgamento do belo, não se dá somente na sensibilidade, mas por uma intervenção do intelecto sobre as puras sensações. Complementando, pode-se dizer que o conceito de estética sempre mudou na história da humanidade, acompanhando o caráter histórico de cada momento, ditada pelas constatações científicas de cada período. Religião e Música As religiões, sempre fizeram parte da sociedade como uma necessidade humana de crer no sobrenatural, da possibilidade que algo muito acima de nos, que observa, providencia, acolhe e atende as nossas necessidades. A partir dessa necessidade humana, não há de se negar o poder que as religiões têm sobre a vida do homem. Um exemplo disso se viu com o fim do império romano, quando sua influência ampliou se fortalecendo criando uma unidade espiritual, essencial a civilização medieval. Seu controle não se restringia somente aos aspectos espirituais, pois aproximadamente um terço das chamadas terras produtivas da Europa estavam em seu poder e este fator a tornava bastante poderosa a ponto de impor valores e “necessidades” à vida de cidadãos. Apesar de impor uma “cultura religiosa” a este período, a idade média é lembrada na musica com o Canto Gregoriano, a invenção do Moteto e principalmente com desejo de uniformizar os cultos em todos os lugares, que levou ao desenvolvimento de uma escrita musical mais exata com a “Schola Cantorum” em Roma. Isso permitiu a evolução da música e a definição de outros períodos como o Barroco, também sobre a influência da igreja, porem muito fértil devido à contraposição aos modos gregorianos. Apesar de muito criticada, não se pode negar que foi a igreja que moldou a nossa civilização ocidental, sua interferência na história considerada muito das vezes negativa, impondo conceitos filosóficos que na verdade visavam atender a uma comunidade elitista. Apesar de ter sido uma influencia em muitos momentos, negativa não se saberíamos hoje onde a nossa civilização estaria e tão pouco se teríamos tantas referências nas artes quanto a que temos hoje. Da vivência Como foi dito antes, não é somente sensibilidade, entendida como habilidade receptiva de formas estéticas, a responsável pela determinação da experiência perante a uma obra de arte, mas como interpretamos e a compreendemos. Os fatores que excitam a nossa imaginação nos fazendo associar a ela, aspectos culturais e de vivência. Este tema, “o estético” é muito contraverso e foi muito debatido como Swanwick expressa em seu livro “Ensinando música musicalmente” Ensinando Música Musicalmente. SWANWICK, Keith São Paulo: Moderna, 2003. Neste ele tenta responder a esta questão citando Dewey Este pensamento aparece em várias fontes, daí a necessidade de esclarecimento desta “inutilidade” que aponta que o problema de uma defesa especial para as artes, não pode se basear na suposta ideia de unidade do estético, pois ela reativa a velha, destacada e inútil divisão entre o "afetivo" e o "cognitivo", entre pensamento e sentimento e essa dicotomia é naturalmente falsa Dewey nos lembra, "a curiosa noção de que o artista não pensa, e de que o investigador científico não faz nada, é o resultado de converter uma diferença de tempo e enfatizar uma diferença de qualidade” (Dewey 1934:15). Os aspectos culturais e de vivência é um pressuposto necessário na interpretação, e explica porque quando ouvimos um som gravado de água, por exemplo, nos lembramos de lugares a beira do mar, um ambiente tranquilo com um riacho, uma experiência vivida e agradável. Isso também acontece frequentemente na composição. Debussy descreveu que sons lhe causavam impressões e que derrepente e independente de sua vontade uma destas lembranças emergiam e se expressava em linguagem musical Debussy dizia que sua inspiração vinha do:“o som do mar, a curva do horizonte, o vento nas folhas, o grito de um pássaro deixam em nos impressões múltiplas e derrepente, independentemente de nossa vontade, uma destas lembranças emerge de nós e se expressam em linguagem musical. O estímulo não é o fenômeno natural original, a “impressão”, mas o fenômeno mental derivado, a lembrança”. “Quero cantar minha paisagem interior com simplicidade de uma criança”. (GRIFFITHS,1998. p.10-11). No século XIX para o XX, a música se apresenta com um caráter revolucionário, que em termos de estética nesta nova concepção. Surge com uma proposta de rompimento com o passado, através de buscas e alternativas, para que a música pudesse estar sempre em evolução à procura de se entender e atender aos anseios do novo mundo que surgia; o das máquinas, das fábricas, da mecanização das grandes cidades que geravam “novos problemas para as grandes cidades” e assim uma nova concepção de música. Mais recentemente, Murray Shafer, criou o termo “Paisagem Sonora” R> Murray Shafter, (1977., pg20) que como ele mesmo definiu como sendo o nosso ambiente sonoro, o sempre presente conjunto de sons, agradáveis e desagradáveis, fortes ou fracos. Que às vezes escutamos ou ignoramos no nosso dia a dia. Um vasto compêndio, sempre em mutação de sons de carros, buzinas, britadeiras, musica gritos, apitos, vento e chuva e sempre tem feito parte da existência da humanidade. A questão do som do ambiente versus produção artística Como vimos até agora o mundo está em constante mudança. E agora principalmente, essas mudanças são constantes e quase imediatas. Com isso os sons do nosso ambiente, a paisagem sonora que temos, também muda. Shafter. (2001) diz: “Se antigamente o que se ouvia eram os sons de carroças passando pela rua, hoje se ouve é o transito de carros em alta velocidade se no campo se ouvia os sons dos pássaros e o cacarejar das galinhas, hoje aparece entre eles o som de maquinas e tratores.” Surge daí a pergunta: como isso influencia os compositores nas suas obras a fim de atenderem a estética do momento? Ou como o mesmo autor se pergunta: Qual é a relação entre os homens e os sons de seu ambiente e o que acontece quando estes sons se modificam Passim Murray Shafter, (1977)? Para essas questões, temos que ter o entendimento de que nosso primeiro estímulo, após o nascimento, vem do som, através da percepção auditiva, que capta vibrações vindas de diferentes objetos, traduzimos esses sons e criamos imagens mentais ou acústicas que compõem o nosso imaginário sonoro. O imaginário sonoro nada mais é do que o repertório de sons que acumulamos durante nossas vidas e que excitam a nossa imaginação associando aspectos culturais e a vivência do indivíduo Shafter confirma isso ao citar John Cage (SHAFTER, Apud JHON CAGE,1977,p.19) sobre a definição de musica: "A definição de musica tem sofrido uma mudança radical nos últimos anos. Numa das mais recentes, John Cage declarou:” musica é sons, sons a nossa volta, quer estejamos dentro ou fora das salas de concertos .. Na música o aspecto humano nos diz que ouvimos o que vivenciamos, é levado como base nas composições, sendo o compositor o “fabricante de sons” que nos leva através de recursos, como a escolha de instrumentos, sua sonoridade e a carga simbólica que esses instrumentos carregam. Dessa forma os sons que esses instrumentos emitem, são decorrências de uma realidade sociocultural do ambiente o qual eles pertencem, e o saber “conduzir” a imaginação pela narrativa sonora a partir destes princípios composicionais é tarefa do compositor, que vai explorar e combinar os diferentes sons ”pertencentes” a sua cultura. Não se pode negar que compositores mesmo com o conhecimento destes princípios composicionais e com imaginação suficiente para combinar diferentes sons da sua cultura, de associar sons, criarem uma sonoridade própria, carregada de simbolismos, contextualizada e tudo o mais que abordamos anteriormente, não venha a falhar. Às vezes por erro de interpretação de quem é a plateia, faz com que a música não deixe espaço a experimentação provocando aversão e preconceito, que impedem a sua compreensão. Considerações Finais Enfim o termo estético em sua definição é difícil e intrincada, porque envolve o homem na sua complexidade como o interprete de arte, definindo, com suas bases de conhecimento e de vivência, a interpretação a compreensão do objeto e por fim aquilo que é belo. No outro lado desta moeda, esta o artista, o produtor, aquele que interpreta “o vivido” e transportando este contexto para a sua obra, que tem por finalidade, instigar o apreciador, envolvê-lo para sentir e compreender o que vai além dos sentidos. Nesta compreensão do vivido do homem se dá na interpretação daquilo que o estimula, os sons, a maneira que o interpretamos e criamos nosso imaginário sonoro, nossa cultura e nossa cognição. São muitos fatores e que muito se mudou com o passar dos tempos. A música clássica, considerada perfeita, em determinado momento passa a não fazer sentido, devido a um contexto caótico, veloz e poluído do início da revolução industrial. Os instrumentos clássicos agora estão sendo substituídos pelas guitarras e sintetizadores que são frutos desta era digital. A estética como concepção, acompanha este movimento entremeado pelos fatores políticos sociais e científicos, observando as mudanças sociais e culturais para se redefinir. A estética como foi dita, é uma disciplina filosófica científica que só se torna compreensível quando examinada na sua complexidade. Pode-se dizer que o conceito de estética sempre mudou na história da humanidade, acompanhando o caráter histórico de cada momento, ditada pelas constatações científicas de cada período. Que as concepções filosóficas ocidentais se definem em três fases bem demarcadas na história da humanidade. A primeira se dá na criação das teorias do belo e do fazer criador de Platão e Aristóteles que repercutiram pelo mundo na idade média e renascença. Uma segunda fase surge quando há o deslocamento da ênfase do objeto da beleza para o sujeito que a percebe. Tal visão se deu com os avanços das ciências físicas e os desafios apresentados pelas ideias de René Descartes (1596-1650) e onde aparece Kant com a faculdade do juízo ou julgamento. Recentemente, a partir dos anos oitenta, aonde as questões de estética vêm novamente à tona, como diz Swanwick nos dizendo que o cume da experiência estética é escalado somente quando a obra se relaciona fortemente com as estruturas de nossas experiências individuais, quando ela clama por uma nova maneira de organizar os esquemas, os traços, os eventos vividos anteriormente. Esta é provavelmente a mais nova definição, mas como se viu anteriormente não será a ultima. ESTHÉTIQUE; SENSIBILITE, LA COMPREESÃO DE QUOI GOES AU-DELÀ DU SENS / Histoire et Philosophie d’un Theme Pour Donner. Alexander Custódio Muniz Alexander Custodio Muniz. Diplômé en Éducation Musicale en Mettant l'accent sur la Musique Populaire par l'University of Southern Minas-UNIS MG Center et professeur de Conservatoire de Musique et de la Technologie de la Musique Cora Pavan Capparelli de Uberlândia, Minas Gerais. E-mail.:alexcumu@yahoo.com.br) Résumé L'esthétique elle-même est une discipline philosophique scientifique et ne devient compréhensible quand on l'examine dans sa complexité. Très discuté par les penseurs qui faisaient partie de la construction de la connaissance humaine, ce sujet est devenu une nécessité pour être connu et compris, non seulement par ne se limite pas au domaine des perceptions formelles pures, mais aussi pour permettre à être étendu à la conception, où le la philosophie a un rôle important. Le but de cet article est de fournir très synthétiquement, mais la familiarisation objective et structurée la pensée de plusieurs auteurs. Mimesis de Platon et d'Aristote, les idées René Descartes et, enfin, avec les dernières définitions du terme avec des auteurs comme Swanwick, Dewey, Shafter entre autres. Adressage définitions philosophiques de divers auteurs à travers le temps sur les représentations d'une œuvre et quoi d'autre participe à la création et l'appréciation, qui définit le beau comme expérience sensorielle. Ainsi vise à ponctuer et d'exposer cette complexité, pas simpliste mais d'aborder d'autres caractéristiques spécifiques de toutes les connaissances humaines, des pensées, qui donc a influencé les arts dans l'histoire humaine et sont à la base dans le développement des paramètres esthétiques. A la fin joueur certainement mise à la terre peut se développer, "le résumé dans votre auto" et obtenir votre vérité; la théorie de la pratique. Mots-clés: Esthétique. Musique. Philosophie Referências GRIFFITHS, Paul. A música moderna: uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez. Rio de Janeiro: Jg. Zahar, 1998. . Disponível em: http://www.foamorim.net/historia-da-musica-iv. Acesso em: 05 de abril de 2016 SCHAFER, Murray. A afinação do mundo. São Paulo: UNESP, 2001 disponível em: http://books.google.com.br/books/about/A_afina%C3%A7%CC%83ao_do_mundo_uma_explora%C3%A7%CC%83ao.html?hl=pt-BR&id=NngaVSbuPJcC> acessado em: 10 de maio de 2016 SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. São Paulo: Moderna, 2003. Disponível em: http://www.4shared.com/office/d6XnklFN/swanwick_keith_ensinando_msica.html. > acesso em 17 de maio de 2016. Bibliografia Complementar AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Coleção "OS PENSADORES"). Disponível em: http://www.lusosofia.net/textos/agostinho_de_hipona_confessiones_livros_vii_x_xi.pdf > acesso em: 28 de maio de 2016/ ENGELMANN, Ademir Antonio. Filosofia da arte. Curitiba: Ibpex, 2008. 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(biblioteca virtual Pearson) disponível em: http://portal.metodista.br/biblioteca/servicos/acesso-a-biblioteca-virtual-universitaria-pearson acesso 27 de março de 2016 TAVARES, Isis Moura & CIT, Simone. Linguagem da Música. Curitiba: Ibpex, 2008.  (biblioteca virtual Pearson) disponível em: http://portal.metodista.br/biblioteca/servicos/acesso-a-biblioteca-virtual-universitaria-pearson acesso 27 de março de 2016 PAGE \* MERGEFORMAT5