RESUMO Para iniciarmos uma pesquisa científica, devemos partir de três pré-requisitos básicos: 1) conhecer bem e ter competência no assunto a ser pesquisado; 2) ter acesso e dominar a amostra; e 3) depender o mínimo possível de terceiros para realizar a pesquisa. Devemos também gostar do método científico e nos empolgar com o aprendizado que poderemos ter durante esse processo. A realização da pesquisa científica e a posterior publicação dos seus resultados em revista científica de impacto começam com a ideia brilhante que podemos ter a partir da pergunta de pesquisa que queremos responder. Por exemplo, se quisermos saber quais as características dos países que falam a Língua Inglesa, deveremos propor um trabalho científico para respondermos a essa questão. Palavras-chave: Pesquisa. Projeto de Pesquisa. Normatização. 1. INTRODUÇÃO O conhecimento, concebido como algo incomensurável, torna-se um pressuposto norteador da nossa experiência cotidiana. Assim, tal afirmativa parece se ajustar de forma contundente quando fazemos referência à pesquisa de um modo geral-fonte produtora deste conhecimento. Especificamente, temos a pesquisa científica, definida como uma atividade desenvolvida por investigadores, visando a novas descobertas e contribuindo, assim, para a qualidade da vida intelectual. Dessa forma, a pesquisa compreende algumas das atividades desenvolvidas durante a vida acadêmica, a qual requer do aluno-pesquisador algumas habilidades necessárias ao pleno desenvolvimento de suas funções, tais como, planejamento, conhecimento e adequação às normas científicas. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo a ABNT (NBR 6022, 2003, p.2), o artigo científico pode ser definido como a "publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento". Mediante tal definição, um questionamento que se mostra relevante faz referência à diferença demarcada entre um artigo e uma monografia. Em consonância a esta pergunta, respostas poderão surgir, tais como a de que o artigo possui uma forma mais simplificada que a monografia. Sendo assim, veremos algumas elucidações, a fim de que possíveis dúvidas possam ser esclarecidas acerca do tema em questão. O artigo científico, como o próprio nome já nos revela, caracteriza-se por um texto científico cuja função é relatar os resultados, sendo esses calcados de originalidade, provenientes de 1 Diogo Guedes Gotardi-Acadêmico do 4º módulo-Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI-Curso (FLX1780)-Prática do Módulo I-Polo Ji-Paraná/RO.

O pensamento reducionista, amplamente utilizado no meio científico e pautado no paradigma cartesiano, busca a compreensão do complexo a partir do olhar para cada parte constitutiva. Tal paradigma científico dominante reflete-se também na realidade educacional vigente. Na tentativa de interpretar as influências paradigmáticas na construção do perfil do professor analisaram-se as relações entre as concepções paradigmáticas de Ciência e seus possíveis reflexos na construção da prática pedagógica de trinta licenciandos em Biologia por meio da análise semiolinguística do discurso. Percebendo-se que os estudantes supervalorizam o método científico e as experimentações, bem como reconhecem a tradicional dicotomia entre teoria e prática no ambiente acadêmico. Em um curso de formação de professores, as concepções paradigmáticas devem ser alargadas, a fim de não se reproduzir apenas as culturas primeiras do paradigma educacional dominante.

Argumentamos que o estudo de diferentes episódios históricos pode contextualizar discussões sobre diversos aspectos da natureza das ciência (NDC), problematizando visões essencialistas e promovendo visões melhor informadas na formação de professores. Para isso, apresentamos narrativas históricas escritas e didatizadas sob a perspectiva da historiografia contemporânea, que exemplificam a contextualização de diferentes fatores epistêmicos e não epistêmicos envolvidos no desenvolvimento das ciências.

Este artigo apresenta o levantamento de registros do acompanhamento dos acadêmicos do 7º período do curso de Pedagogia, da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, durante o Estágio Docência do Ensino Superior, com carga horária de 60h, requisito do Regimento Interno do Curso de Mestrado Acadêmico Educação em Ciências na Amazônia, capítulo VII, Seção III, do PPGEEC/UEA. O período observado da disciplina Ciências da Natureza na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental subsidiou a coleta de dados para elaboração deste documento. Dos desdobramentos, discussão e reflexão analítica das questões mediadas pela disciplina abordaremos os principais elementos do processo formativo. A partir das observações no desenvolvimento das aulas e a aplicação do questionário nos pautaremos no referencial teórico para as análises dos resultados. Assim, registramos que o período de envolvimento com o acompanhamento dos acadêmicos do curso de Pedagogia nos possibilitou refletir sobre o conhecimento adquirido no período de investigação e, aos poucos, tomar consciência da necessidade de ressignificação do que se construiu como pesquisador no percurso investigativo Por fim, concluímos que, o processo de transformação da realidade educacional começa prioritariamente, na perspectiva de que ela pode acontecer e o ponto de partida é a formação de professores. Além disso, as mudanças desencadeadas nesse processo se efetivam na medida em que haja a experimentação do movimento ação-reflexão-ação-reflexão.

The role of History and Philosophy of Science in the classroom is recognized in the area of Science Education. Today, there is a certain consensus on the advantages that the inclusion of History and Philosophy of Science may bring about in the classroom practice. One of benefits pointed out is that the inclusion of the subject in the curriculum promotes a better learning of scientific theories and allows discussions about the nature of science. However, a problem still unsolved is how to employ that knowledge in the classroom. Many researches at Master’s and Doctorate courses are trying to answer this question. But are those concerns found in the initial training of teachers of physics? Does their training guarantee the development of lessons which make use of strategies born from the knowledge of History and Philosophy of Science? On this paper we come out with the main results of a study that sought for some answers to those questions. The study was conducted with 80 students in an undergraduate training course for physics teachers at a Public Educational Institution (Federal University of Piauí). The initial results showed that in the course syllabus there are topics concerned with the insertion of history and philosophy of science in the curriculum. Nevertheless, even in pedagogical disciplines’ classes in which History and Philosophy of Science should be discussed, it is not put into practice. This fact brings on a gap in physics teachers’ formal education and the eventual difficulty for them to cope adequately with the subject in the classroom.

O contexto em que se insere esse trabalho considera a importância do ensino de Ciências desde os primeiros anos da escolarização, por um lado e, por outro, as graves deficiências na forma-ção dos professores que atuam nos anos iniciais no que tange a área de Ciências Naturais. Entende-se que é papel da formação discutir formas de mediação do conhecimento para que a prática docente com as crianças seja fundamentada. Tendo em conta esses aspectos é que temos trabalhado na forma-ção de professores. Relatamos algumas experiências desenvolvidas em um curso de Licenciatura em Pedagogia de uma universidade pública do Estado de São Paulo, a partir de diferentes abordagens. Palavras-Chave: Ensino de Ciências; formação de professores; Pedagogia. Introdução D iversos autores têm discutido a importância do Ensino de Ciências desde os primeiros anos da escolarização, a exemplo de Harlen (1989), Fumagalli (1998) e Zancul (2007). Por outro lado, de longa data, pesquisas apontam graves deficiências na formação dos professores que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, no que tange à área de Ciências Naturais, refle-tindo nas práticas desenvolvidas com as crianças nessa etapa da educação escolar (HAMBURGER, 2007; LONGHINI, 2008). No Brasil, os professores que atuam nos primeiros anos da Educação Básica são formados, prioritariamente, nos cursos de Licenciatura em Pedagogia. Os professores ali graduados são gene-ralistas, em termos de apropriação dos conteúdos dos diversos componentes do currículo escolar, o que torna a tarefa de sua formação bastante complexa, uma vez que o curso precisa contemplar fundamentos da Educação bem como diferentes áreas do conhecimento pelos quais esses docentes serão responsáveis, depois, em sala de aula. No entanto, para Viveiro e Zancul (2012), não propor-cionar adequada formação sobre o Ensino de Ciências a esses professores afeta diretamente o ensino de Ciências nos anos iniciais, compromentendo também a formação de milhares de crianças.