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ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO ASSOCIADOS AOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS: REVISÃO DE ESTUDOS COM POPULACAO BRASILEIRA

2018, Leonidas Valverde da Silva

Introdução: O estigma associado aos transtornos psiquiátricos é um obstáculo para os cuidados adequados em saúde mental. Ele contribui para a limitação do acesso aos serviços, emprego, habitação e aos demais direitos sociais. A concepção sobre indivíduos com transtorno psiquiátrico como perigosos e violentos é VI Mostra Do Programa De Pós-Graduação Em Distúrbios Do Desenvolvimento 15 Universidade Presbiteriana Mackenzie CCBS – Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v.18, p.1-37, 2018 compartilhada por populações de várias partes do mundo. Objetivo: identificar e descrever a produção científica brasileira sobre estigma em relação a pessoas com problemas de saúde mental. Método: Revisão integrativa de literatura utilizando as bases de dados Scielo e PubMed, com as palavra-chave/mesh-terms “estigma, saúde mental, Brasil”. Os critérios de inclusão dos artigos consistiram em: 1) estudos com dados empíricos sobre o estigma relacionado à saúde mental; 2) com amostras/participantes brasileiros; 3) publicados nos idiomas Português, Inglês ou Espanhol. Não se colocou limite para período. O item método foi detalhado em: a) tipo de estudo; b) local do estudo; c) amostra e d) instrumento(s) utilizado(s). Para análise dos artigos utilizou-se dos dados: (1) tipo de estudo, (2) instrumentos; (3) principais resultados; (4) conclusões. Resultados: Utilizando-se apenas a palavra-chave “estigma”, foram encontrados 946 artigos na base de dados Scielo. Após a análise dos títulos e dos resumos, restaram apenas 10 estudos que atenderam a todos os critérios de inclusão. Através da combinação dos descritores “estigma, saúde mental, Brasil” foram encontrados 348 artigos na base de dados PubMed. A leitura dos títulos e dos resumos resultou num total de 10 artigos elegíveis para a revisão. As amostras/participantes eram oriundas da população geral, de estudantes e/ou profissionais da área da saúde. Identificouse que os estudos qualitativos (total de 10 artigos) utilizaram predominantemente as entrevistas semiestruturadas, grupos focais e observação participante. Enquanto os estudos quantitativos (total de 10 artigos) utilizaram questionários estruturados e vinhetas baseadas nos critérios diagnósticos do DSM-IV para transtornos psiquiátricos. Os temas contemplados nos 20 artigos foram (1) descrição de diferentes tipos de estigma vivenciados pelas pessoas com transtornos psiquiátricos (estigma público, introjetado e estrutural, incluindo na mídia); (2) perfil de estigma segundo diagnóstico psiquiátricos, com destaque para a esquizofrenia; (3) caracterização do estigma por diferentes públicos, principalmente população geral e profissionais da saúde; e eficácia de diferentes modelos de intervenções/campanhas antiestigma. Conclusão: Conclui-se que a falta de conhecimento reforça os estereótipos em torno de pessoas com transtornos psiquiátricos. Concepções estigmatizantes trazem sofrimento e interferem na inserção social e recuperação dessas pessoas. Sugerimos que novos estudos abordem as diversas variáveis relacionadas ao estigma na doença mental e se estendam para a investigação de campanhas antiestigma que viabilizem políticas públicas nesse campo. Palavra-chave: Estigma e Transtornos Psiquiátricos; Revisão Integrativa; População Brasileira

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