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Ecossocialismo

ECOSSOCIALISMO Eric Fernando Czelusniak Lucas Głowienka Strada Rebecca Schluter Barbarini - SOCIALISMO É uma doutrina política e econômica baseada sobretudo no princípio de igualdade(um dos três valores que são tidos como bases da sociedade). Socialismo pode ser dividido em duas formas de pensamento mais populares sendo o socialismo utópico e o socialismo científico. O socialismo utópico tem como principal pensador Conde de Saint-Simon, filósofo e economista francês. Essa linha de pensamento acreditava numa conciliação de classes, pensando que a sociedade seria mais justa e igualitária a partir da consciência das classes burguesas (ricos entendem e ajudam os pobres para o melhor da sociedade). Outro ponto é a reforma do capitalismo, que acredita num estado e instituições fortes para combater a desigualdade e assegurar a cooperação na produção e distribuição de riqueza. Já o socialismo Científico tem como pensadores Friedrich Engels e Karl Marx como pensadores do Marxismo, neles se via a destruição do capitalismo e a extinção das classes sociais como necessário. Via-se que as sociedades são baseadas na luta de classes ( Opressora X Oprimida) E para tornar a sociedade igualitária se torna necessário o fim das classes sociais por meio da revolução do proletariado. Acreditavam num estado parecido com o de Conde de Saint-Simon, sendo ele um estado que teria controle da economia, os meios de produção seriam socializados e seria extinta a existência da propriedade privada. 1 - AMBIENTALISMO A capacidade de modificação do meio ambiente, apesar de ter garantido a sobrevivência humana em seu processo evolutivo, atualmente, ameaça a sua existência na Terra. A difusão do ambientalismo ou “revolução ambientalista" é uma das mais importantes revoluções conceituais da história, e pode ser definida como um movimento ecológico cujas principais preocupações são os efeitos da poluição ambiental e o comprometimento da qualidade de vida. Seu surgimento pode ser explicado através das descobertas científicas durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Nesse período histórico, foram estabelecidos os fundamentos da botânica e da zoologia modernas por uma sucessão de naturalistas. Essas pesquisas afetaram a visão do humano quanto ao seu lugar na natureza. A seguir, no século XIX, o trabalho de Darwin ajudou a reforçar a ideia de que a humanidade fazia parte da natureza, e, com isso, começou a firmar-se uma consciência biocêntrica, que vai se manifestar plenamente na segunda metade do século XX, na emergência de movimentos ambientalistas em todo o mundo. Alguns outros pesquisadores foram importantes para o desenvolvimento ambiental, um deles foi Henry David Thoreau. O trabalho de Thoreau foi muito importante, ele formulou reflexões sobre a preservação da natureza, a partir de sua experiência pessoal, ao passar dois anos vivendo isolado numa cabana junto ao Lago Walden, em Concord, Massachusetts. Ele se tornou um naturalista autodidata, e, em seus escritos, construiu uma crítica cortante “dos padrões e das aspirações da sociedade industrial”. A partir de 1960, surgiram diversos movimentos ambientalistas preocupados em reverter a situação ambiental e em demonstrar à opinião pública mundial os riscos que a inércia por parte dos governantes e da sociedade civil poderia trazer ao meio 2 ambiente. Foi nesse momento de luta pela preservação ambiental que surgiram diversas Organizações Não governamentais (ONGs) preocupadas com a causa ambiental e que buscavam incluir tal temática nas discussões políticas internacionais. - ECOSSOCIALISMO Um conceito importante para melhor compreensão do Ecossocialismo, é a separação entre os termos “ambiental” e “ecológico”. Ambiental diz respeito ao meio ambiente, à construção de algo isolado da sociedade, desconexo. Mas o ecológico em si, aponta que nada disso está separado, e o ser humano não apenas faz parte da natureza, como está sujeito às regras da mesma. E em um sistema econômico, quando há produção desenfreada, os efeitos não são sentidos só pela natureza, mas pelo homem também. O que é o contrário da atual visão capitalista moderna, que prega a possibilidade de uma simples dominação da natureza, e busca incessante de um lucro inviável, considerada pelos ecossocialistas, como uma ilusão com consequências danosas para toda sociedade, devido ao iminente esgotamento dos recursos naturais. Então, um dos principais objetivos do Ecossocialismo, é quebrar essa falsa dicotomia, de que os centros urbanos são contrários e antagonistas as zonas rurais, que são consideradas antiquadas e desprovidas de avanços importantes, por intermédio de uma visão ecológica da produção e reprodução da vida. O Ecossocialismo, em sua essência, é socialismo, mas há a adição do “Eco” para enfatizar o debate sobre a ecologia de acordo com o Marxismo. Não se tratando simplesmente sobre grupos socialistas discutindo questões relacionadas ao meio ambiente, pois não significa que a perspectiva utilizada é, de fato, ecológica. Portanto, “eco” não é unicamente um prefixo empregado. O movimento não se trata meramente sobre a parte do socialismo responsável por cuidar de questões ambientais imediatas, erro comumente cometido por diversas pessoas. É uma vertente socialista que se apresenta com uma visão ecológica e metabólica do socialismo, baseada em Marx, no 3 materialismo histórico e também em diferentes movimentos ambientais. História do Ecossocialismo Assim como outros movimentos sociais, o ecossocialismo ganhou forças durante a Guerra Fria, com a derrota do Eixo e a bipolaridade mundial entre capitalismo e socialismo, deu-se início às corridas competitivas. Como a corrida espacial, nuclear e o aumento da produtividade industrial, amparada na ciência e técnica subsidiadas pelas grandes corporações e pelo estado capitalista e socialista. Isso obteve o efeito de ampliar significativamente, pela tecnologia, a velocidade e a quantidade da transformação dos denominados recursos naturais em mercadorias. Tal impacto do capitalismo pós-guerra ampliou substancialmente a produção e o consumo de energia baseada nos derivados de petróleo, assim como o conjunto de aplicações de insumos agrícolas provenientes desse aparato produtivo que se tornou mítico, isto é, por ter se tornado um modelo dominante a ser seguido de forma incontestável. No entanto, pode se notar que essa atividade provocou, além dos elevados índices de produção, também a degradação e desertificação e, com isso, a extinção de espécies. Devido a tais consequências da produção desenfreada, em meados da década de 70, houve uma maior disseminação e posterior estabelecimento da “Teoria Verde”, um movimento ambientalista que engloba várias vertentes do ambientalismo, como o conservacionismo, preservacionismo, desenvolvimento sustentável, sustentabilidade, entre outras ideias. Todas estas vertentes do movimento ambiental começaram a ser discutidas mais frequentemente, e por consequência, alguns pensadores de diferentes filosofias começaram a avaliar tais discussões, tentando trazer elas para dentro dos seus movimentos, o mesmo caso que ocorreu com o Socialismo. Diversos pensadores começaram a abordar esses “debates verdes” de acordo com os princípios socialistas. As décadas de 80 e 90 ficaram conhecidas como Primeiro Estágio do Ecossocialismo, devido a discussão mais intensa sobre questões ambientais dentro do Socialismo. Nesta etapa é onde ocorre a adição do verde ao vermelho, ou seja, socialistas realizando análises dos movimentos ambientais e tentando trazer para dentro da filosofia. Alguns autores 4 importantes desta fase são Michael Lowy, Daniel Tanuro e Joel Kovel, que possuíram grande presença na formulação de um manifesto Ecossocialista. Durante este período houveram muitas confrontações em relação às influências de Karl Marx, pois alguns de seus escritos possuíam um teor mais elogioso à revolução industrial, o que gerou incertezas em respeito a relação entre Marx e a natureza. Então, para averiguar este produtivismo nas ideias de Marx, diversos pensadores socialistas retornaram aos fundamentos escritos por ele, desde o início até o fim, para confirmar como realmente era abordada a questão da natureza dentro dos seus textos. É neste período que o editor de livros, John Bellamy Foster, lança o livro A Ecologia de Marx, importante texto, que serviu de estudo e base para diversas teorias ecológicas seguindo os conceitos marxistas. Este período de busca e revisão é conhecido como o segundo estágio do ecossocialismo. De forma simples, no primeiro estágio o objetivo era adicionar o verde ao vermelho, porém nesta nova etapa, há a procura do verde nas discussões vermelhas. Isto gerou diversos debates entre os pensadores do primeiro e do segundo estágio, e apesar dessas discussões ainda existirem, atualmente são vistas mais evidências favoráveis ao ecossocialismo a partir das próprias filosofias marxistas, do que teorias negacionistas à tal influência. E o Terceiro Estágio do Ecossocialismo é o atual estágio do movimento, com ele já se relacionando com os movimentos sociais, tendo bastante presença em debates sobre desenvolvimento, a questão indígena, relacionamento com a natureza, de maneira mais sólida e consistente. A ideia do Manifesto Ecossocialista Internacional foi elaborada por Joel Kovel e Michel Löwy e redigida originalmente no painel sobre ecologia e socialismo, realizado em Vincennes, França, em setembro de 2001, assinado por inúmeras personalidades. Posteriormente, em 2002, foi publicado como editorial na revista Capitalism, Nature, Socialism. 5 - REFERÊNCIAS https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossocialismo#Hist%C3%B3ria https://www.ecodebate.com.br/pdf/ecossocialismo.pdf https://www.redalyc.org/pdf/3055/305541164015.pdf https://www.politize.com.br/socialismo-o-que-e/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossocialismo https://www.scielo.br/j/soc/a/prFX658H9cGKzknMJ4WPvjj/?lang=pt&format=pdf https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/8219 https://www.rosapenido.com.br/ongs-ambientais-brasileiras/ 6