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POSSIBILIDADES E DESAFIOS ATRAVÉS DA INSERÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE LEITURA EM AULAS DE QUÍMICA Renata Isabelle Guaita – renataguaita@yahoo.com.br Salete de Aquino - saleteaquino@gmail.com Fábio André Sangiogo – fabiosangiogo@gmail.com Fábio Peres Gonçalves – fabio.pg@ufsc.br Palavras-chave: Linguagem, Ensino de Química, Estratégias de leitura, Temas Sociais. Este trabalho foi desenvolvido no contexto de duas componentes curriculares, quais sejam, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e Estágio Supervisionado III do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de Santa Catarina. O trabalho objetiva descrever uma prática de iniciação à docência que buscou desenvolver uma estratégia de leitura em aulas de Química através de três atividades compostas por três momentos distintos cada uma. A prática pedagógica foi promovida numa escola situada em Florianópolis/SC, em uma turma do período noturno de 25 alunos, com estudantes do segundo ano do ensino médio. Para a abordagem do tema “Energia e Ambiente” utilizou-se do estudo de textos que envolvem temas como os combustíveis, a unidade caloria em rótulos de alimentos e os alimentos diet e light. Pode-se ressaltar que ambos os textos possuem relação com o conteúdo de termoquímica estudado na turma do 2º ano do ensino médio. A abordagem tem um viés progressista (Freire, 2006) em busca da pedagogia da transformação, ou seja, compreendendo o aluno e o professor como sujeitos do processo de ensino e aprendizagem de forma dialógica. Tais atividades se relacionaram com textos adaptados do periódico “Química Nova na Escola” (Chassot, Venquiaruto, Dallago, 2005; Silva, Furtado, 2005) e do livro didático “Química Cidadã” (SANTOS, MÓL, 2010), para utilização em sala de aula. As atividades foram intercaladas por momentos individuais e coletivos junto aos estudantes, com finalidades de criar um ambiente propício para reflexão e socialização das atividades. O trabalho possibilitou reflexões essenciais à formação docente como as etapas de planejamento, desenvolvimento e replanejamento de práticas. Sobre os aspectos favoráveis observados no decorrer do desenvolvimento das atividades, observou-se, por exemplo, a melhoria nas interações entre professor e alunos, houve identificação para com a discussão dos temas estudados em aula. Também se observou algumas limitações e aspectos a serem reavaliados e refletidos, pode-se citar a resistência a estratégias de leitura e interpretação de textos, pois tais atividades diferenciam-se de práticas anteriores que vinham sendo desenvolvidas em sala de aula. Portanto, os resultados ao mesmo tempo proporcionam uma reflexão da prática docentes favorecendo o entendimento de que o processo de ensino e aprendizagem se dá permeada pelo binômio continuídade-descontinuídade. Com isto se põe em xeque um ensino instantâneo calcado em memorizações de conceitos e fórmulas. Pretende-se valorizar o processo educativo com um ato reflexivo a respeito dos conhecimentos escolares inseridos a partir do desenvolvimento das atividades em sala de aula. Por isso é fundamental o professor ter "consciência" do seu papel como mediador na sala de aula que é um espaço no qual todos aprendem e todos ensinam, mesmo tendo cada um seu papel no processo de ensino e aprendizagem. Referências CHASSOT, A;. VENQUIARUTO, L.D. e DALLAGO, R. M. De olho nos rótulos: Compreendendo a unidade caloria. Química Nova na Escola, N° 21, maio, p. 10-13, 2005. FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 48ª ed. São Paulo: Cortez, 2006. SANTOS, W. e MÓL, G. (Coord.). Química Cidadã. V.2, 1ª edição, São Paulo: Editora Nova Geração, 2010. SILVA, R.M.G. e FURTADO, S.T.F. Diet ou Light: qual a diferença? Química Nova na Escola. N° 21, maio, p 14 – 16, 2005.